Questões de Filosofia - Filosofia antiga - Helenismo - Cetismo
6 Questões
Questão 7 13274549
FMJ 2024Leia um trecho do tratado Da maneira de distinguir o bajulador do amigo, do historiador e filósofo grego Plutarco, para responder à questão.
Quando um homem dá sem cessar, em palavras, provas de amor-próprio, meu caro Antíoco Filopapo, Platão observa que todos o desculpam; mas esse sentimento, acrescenta ele, entre uma pletora de vícios muito diferentes, contém um muito importante que impede que ele tenha sobre si mesmo um julgamento íntegro e imparcial. “Com efeito, o amante é cego a respeito do que ele ama”, a menos que tenha aprendido, por um estudo especial, a habituar-se a apreciar e procurar o belo, de preferência ao inato e ao familiar. No seio da amizade eis que se abre ao bajulador um vasto campo de ação: nosso amor-próprio é para ele um terreno de acesso inteiramente propício à investigação sobre nós; por causa desse sentimento, cada um de nós é o primeiro e o maior adulador de si próprio, não hesitando em confiar no bajulador estranho de quem espera ter a aprovação para confirmar suas crenças e desejos. Com efeito, aquele que é acusado de gostar da bajulação não passa de um homem perdidamente enamorado de si, que, pela paixão que a si mesmo dedica, deseja e crê possuir todas as qualidades; ora, se o desejo é natural, a crença é, entretanto, arriscada e reclama bastante circunspecção. Mas, supondo-se que a verdade seja divina e seja, segundo Platão, o princípio “de todos os bens para os deuses e de todos os bens para os homens”, o bajulador está muito arriscado a ser inimigo dos deuses e sobretudo do deus Pítico, pois não deixa de estar em contradição com o “conhece-te a ti mesmo”, iludindo cada um quanto à sua própria pessoa e tornando-o cego, no que diz respeito a si mesmo, e às virtudes e aos vícios que lhe concernem, pois torna as primeiras imperfeitas e inacabadas, os outros, totalmente incuráveis.
(Plutarco. Como tirar proveito de seus inimigos / Da maneira de distinguir o bajulador do amigo, 2011. Adaptado.)
De acordo com Plutarco, tendemos a confiar nos bajuladores porque
Questão 15 10790086
UFT Tarde 2024/1“O ceticismo é um modo de pensar bem antigo. Começa desde os primórdios da Filosofia. Pirro de Eléia (360 – 270 a. C) se baseia no princípio de que não há contato entre sujeito e objeto. A apreensão do objeto pelo sujeito é vedada à nossa consciência cognoscente, por isso não há conhecimento”.
Fonte: THOMAL, A. O desafio de pensar sobre o pensar: Investigando sobre teoria do conhecimento. 5ª. Ed. Florianópolis: Sophos, 2001, p. 91.
Conforme o ceticismo é CORRETO afirmar que
Questão 59 6265267
UNESP 2022/1As certezas do homem comum, as verdades comuns da experiência cotidiana, os filósofos vivem-nas, por certo, e não as negam, enquanto homens. Mas, enquanto filósofos, não as assumem. Nesse sentido em que as desqualificam, pode-se dizer que as recusam. Desqualificação teórica, recusa filosófica, empreendidas em nome da racionalidade que postulam para a filosofia. Assim é que boa parte das filosofias opta por esquecer “metodologicamente” a visão comum do Mundo, recusando-se a integrá-la ao seu saber racional e teórico. Não podendo furtar-se, enquanto homens, à experiência do Mundo, não o reconhecem como filósofos. O Mundo não é, para eles, o universo reconhecido de seus discursos. Desconsiderando filosoficamente as verdades cotidianas, o bom senso, o senso comum, instauram de fato o dualismo do prático e do teórico, da vida e da razão filosófica. Instauram, consciente e propositadamente, o divórcio entre o homem comum que são e o filósofo que querem ser
(Oswaldo Porchat Pereira. Rumo ao ceticismo, 2007. Adaptado.)
O “divórcio” entre o homem comum e o filósofo, segundo o autor, ocorre em função da
Questão 16 6847067
Unioeste Tarde 2021Sexto Empírico, em Hipotiposis Pirrônicas, escreve:
Se, portanto, as coisas que nos afetam por natureza afetam todos do mesmo modo, mas os assim chamados bens não nos afetam todos do mesmo modo, então nada é bom por natureza. Não é possível ser convencido por todas as opiniões apresentadas (...), por causa do conflito, nem por alguma delas. Pois aquele que diz que devemos achar convincente esta e não aquela, tem contra si opostos os argumentos daqueles que sustentam concepções diferentes e se torna parte da disputa. Assim, ele precisará, como os demais, antes ser julgado do que ser juiz dos outros. Uma vez, então, que não há critério ou prova, em razão da disputa indecidível a respeito destes, ele terminará suspendendo o juízo e assim não será capaz de afirmar acerca do que é por natureza bom (...).
Hipotiposis Pirrônicas III, 192.
Com base no texto de Sexto Empírico, examine, agora, as afirmações abaixo e assinale a alternativa CORRETA.
Questão 73 1360810
UECE 2ª Fase 2° Dia 2019/2Com a morte de Alexandre, o Grande, iniciouse a fase conhecida como Helenismo. Considerando os valores e ideais desse período, atente para os seguintes itens:
I. favorecimento da unificação entre a cultura superior e a cultura popular;
II. reforço dos elos entre o indivíduo e a comunidade, repudiando o individualismo;
III. destaque para os ideais filosóficos do epicurismo e do estoicismo.
É correto somente o que consta em
Questão 9 645279
Unioeste 2ª Etapa Tarde 2019“Quem procura alguma coisa acaba chegando a este ponto: ou diz que a encontrou, ou que ela não pode ser encontrada, ou ainda está buscando. Toda a filosofia está distribuída por estes três gêneros. Seu intento é buscar a verdade, a ciência e a certeza. Os peripatéticos, epicuristas, estoicos e outros pensaram havê-la encontrado. Estes estabeleceram as ciências que temos e trataram-nas como conhecimentos certos. Clitômaco, Carnéades e os acadêmicos desesperaram de sua busca e declararam que a verdade não podia ser compreendida com nossos meios. [...]. Pirro e outros céticos ou eféticos – [...] – dizem que estão ainda em busca da verdade. Estes declaram que os que pensam havê-la encontrado enganam-se infinitamente; e que há ainda vaidade ousada demais nesse segundo escalão que assegura que as forças humanas não são capazes de atingila. Pois, estabelecer a medida de nossa capacidade de conhecer e julgar a dificuldade das coisas é uma ciência grande e extrema, da qual duvidam que o homem seja capaz” (MONTAIGNE, Ensaios II, 12).
Sobre o excerto acima que trata dos partidos dos filósofos, seguem as seguintes afirmações:
I. De acordo com os Acadêmicos e outros, a verdade, a ciência e a certeza podem ser encontradas mediante esforço mental.
II. Pirro e outros céticos ou eféticos estão seguros de ter encontrado a verdade porque são vaidosos.
III. Os peripatéticos, epicuristas e estoicos estabelecem que ainda não encontraram a verdade, mas continuam buscando.
IV. Não há diferença entre os três gêneros de filosofia.
A partir dessas afirmações,
Pastas
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