Questões de Filosofia - Filosofia antiga
XI. Jamais, a respeito de coisa alguma, digas: “Eu a perdi”, mas sim: “Eu a restituí”. O filho morreu? Foi restituído. A mulher morreu? Foi restituída. “A propriedade me foi subtraída”, então também foi restituída. “Mas quem a subtraiu é mau”. O que te importa por meio de quem aquele que te dá a pede de volta? Na medida em que ele der, faz uso do mesmo modo de quem cuida das coisas de outrem. Do mesmo modo como fazem os que se instalam em uma hospedaria.
EPICTETO. Encheirídion. In: DINUCCI, A. Introdução ao Manual de Epicteto. São Cristóvão: UFS, 2012 (adaptado).
A característica do estoicismo presente nessa citação do filósofo grego Epicteto é
Entretanto, nosso amigo Basso tem o ânimo alegre. Isso resulta da filosofia: estar alegre diante da morte, forte e contente qualquer que seja o estado do corpo, sem desfalecer, ainda que desfaleça.
SENECA. L Cartas morais Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1990
O excerto refere-se a uma carta de Sêneca na qual se apresenta como um bem fundamental da filosofia promover a
Leia o texto de Michel de Montaigne para responder à questão.
Os que se dedicam à crítica das ações humanas jamais se sentem tão embaraçados como quando procuram agrupar e harmonizar sob uma mesma luz todos os atos dos homens, pois estes se contradizem comumente a tal ponto que não parecem provir de um mesmo indivíduo. [...] Somos todos constituídos de peças e pedaços juntados de maneira casual e diversa, e cada peça funciona independentemente das demais. Daí ser tão grande a diferença entre nós e nós mesmos quanto entre nós e outrem: “Crede-me, não é coisa fácil conduzir-se como um só homem” [Sêneca].
(Michel de Montaigne apud Eduardo Giannetti. O livro das citações, 2008.)
No texto, o autor reflete sobre
“Quem procura alguma coisa acaba chegando a este ponto: ou diz que a encontrou, ou que ela não pode ser encontrada, ou ainda está buscando. Toda a filosofia está distribuída por estes três gêneros. Seu intento é buscar a verdade, a ciência e a certeza. Os peripatéticos, epicuristas, estoicos e outros pensaram havê-la encontrado. Estes estabeleceram as ciências que temos e trataram-nas como conhecimentos certos. Clitômaco, Carnéades e os acadêmicos desesperaram de sua busca e declararam que a verdade não podia ser compreendida com nossos meios. [...]. Pirro e outros céticos ou eféticos – [...] – dizem que estão ainda em busca da verdade. Estes declaram que os que pensam havê-la encontrado enganam-se infinitamente; e que há ainda vaidade ousada demais nesse segundo escalão que assegura que as forças humanas não são capazes de atingila. Pois, estabelecer a medida de nossa capacidade de conhecer e julgar a dificuldade das coisas é uma ciência grande e extrema, da qual duvidam que o homem seja capaz” (MONTAIGNE, Ensaios II, 12).
Sobre o excerto acima que trata dos partidos dos filósofos, seguem as seguintes afirmações:
I. De acordo com os Acadêmicos e outros, a verdade, a ciência e a certeza podem ser encontradas mediante esforço mental.
II. Pirro e outros céticos ou eféticos estão seguros de ter encontrado a verdade porque são vaidosos.
III. Os peripatéticos, epicuristas e estoicos estabelecem que ainda não encontraram a verdade, mas continuam buscando.
IV. Não há diferença entre os três gêneros de filosofia.
A partir dessas afirmações,
Com a morte de Alexandre, o Grande, iniciouse a fase conhecida como Helenismo. Considerando os valores e ideais desse período, atente para os seguintes itens:
I. favorecimento da unificação entre a cultura superior e a cultura popular;
II. reforço dos elos entre o indivíduo e a comunidade, repudiando o individualismo;
III. destaque para os ideais filosóficos do epicurismo e do estoicismo.
É correto somente o que consta em
Reflitas em que esse a quem chamas teu servo, nascido da mesma semente, vive sob o mesmo céu, respira da mesma maneira, da mesma maneira vive e da mesma maneira morre! Tanto podes tu vê-lo livre como ele a ti escravo. Todas as vezes que te lembrares dos teus poderes sobre o teu servo, outras tantas te lembrem os do teu senhor sobre ti.
(Sêneca apud Alexandre Alves. História – conexões, 2010. Adaptado.)
A partir do texto de Sêneca, filósofo e senador romano no período imperial, é correto afirmar que, em Roma,