Questões de Filosofia - Filosofia moderna - Utilitarismo -
8 Questões
Questão 32 104968
UnB 2° Dia 2009/2Assim como há princípios físicos e químicos envolvidos na projeção de um filme, há princípios morais que regulam a fruição de uma sessão de cinema pelos espectadores. No campo da ética, é conhecido o princípio moral kantiano do imperativo categórico, segundo o qual uma pessoa deve sempre evitar uma ação que, caso seja realizada por todos os presentes no ambiente, torna impossível sua própria realização, ou seja, uma ação não universalizável naquele ambiente. Outra abordagem, distinta da kantiana, é a desenvolvida por Stuart Mill e conhecida como utilitarismo, na qual se postula que uma ação é eticamente correta quando preserva o bem-estar da maior parte das pessoas envolvidas na ação.
A partir desse texto, julgue o item que se segue.
Contar, em voz alta, o final de um filme durante a sessão em que o filme está sendo apresentado não viola o princípio ético utilitarista.
Questão 13 128833
Unioeste 2° Dia 2017Texto 1: “Por princípio da utilidade entende-se aquele princípio que aprova ou desaprova qualquer ação, segundo a tendência que tem a aumentar ou a diminuir a felicidade da pessoa cujo interesse está em jogo, ou, o que é a mesma coisa em outros termos, segundo a tendência de promover ou comprometer a referida felicidade. Digo qualquer ação, com o que tenciono dizer que isto vale não somente para qualquer ação de um indivíduo particular, mas também de qualquer ato ou medida de governo. [...] A comunidade constitui um corpo fictício, composto de pessoas individuais que se consideram como constituindo os seus membros. Qual é, nesse caso, o interesse da comunidade? A soma dos interesses dos diversos membros que integram a referida comunidade”. (BENTHAM, Jeremy. Uma introdução aos princípios da moral e da legislação. São Paulo: Abril Cultural, 1974. p. 10)
Texto 2: “Para compreendermos o valor que Mill atribui à democracia, é necessário observar com mais atenção a sua concepção de sociedade e indivíduo [...]. O governo democrático é melhor porque nele encontramos as condições que favorecem o desenvolvimento das capacidades de cada cidadão”. (WEFFORT, F. (org.). Os clássicos da política 2. 3 ed. São Paulo: Ática, 1991. p. 197-98).
Sobre o utilitarismo e o pensamento de Bentham e Stuart Mill, é INCORRETO afirmar.
Questão 9 112717
PUC-SP Verão 2016Racionalidade e tolerância no contexto pedagógico
Nadja Hermann – PUCRS
Stuart Mill (1806-1873) acrescenta à ideia de tolerância religiosa a importância do pluralismo, da liberdade de opinião e crença, baseado na independência do indivíduo. A liberdade compreende a “liberdade de pensamento e de sentimento, absoluta independência de opinião e de sentimento em todos os assuntos, práticos ou especulativos, científicos, morais ou teológicos” (MILL, 2000, p.21). Desse modo, Stuart Mill defende a tolerância a partir de um princípio bastante simples de que
a autoproteção constitui a única finalidade pela qual se garante à humanidade individual ou coletivamente, interferir na liberdade de ação de qualquer um. O único propósito de se exercer legitimamente o poder sobre qualquer membro de uma comunidade civilizada, contra sua vontade, é evitar danos aos demais.[...] Na parte que diz respeito apenas a si mesmo, sua independência é, de direito, absoluta. Sobre si mesmo, seu corpo e sua mente, o indivíduo é soberano (2000, p.18).
MILL, John Stuart. A liberdade. In: ____. A liberdade, utilitarismo. Trad. Eunice Ostrensky. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
Trecho de artigo publicado no site do Grupo de Pesquisa “Racionalidade e Formação”. Disponível em: http://w3.ufsm.br/gpracioform/artigo%2002.pdf. Acesso em: 24 out.2015.
Para tratar da concepção de liberdade, Nadja Hermann retoma Stuart Mill para afirmar que
Questão 8 112716
PUC-SP Verão 2016Racionalidade e tolerância no contexto pedagógico
Nadja Hermann – PUCRS
Stuart Mill (1806-1873) acrescenta à ideia de tolerância religiosa a importância do pluralismo, da liberdade de opinião e crença, baseado na independência do indivíduo. A liberdade compreende a “liberdade de pensamento e de sentimento, absoluta independência de opinião e de sentimento em todos os assuntos, práticos ou especulativos, científicos, morais ou teológicos” (MILL, 2000, p.21). Desse modo, Stuart Mill defende a tolerância a partir de um princípio bastante simples de que
a autoproteção constitui a única finalidade pela qual se garante à humanidade individual ou coletivamente, interferir na liberdade de ação de qualquer um. O único propósito de se exercer legitimamente o poder sobre qualquer membro de uma comunidade civilizada, contra sua vontade, é evitar danos aos demais.[...] Na parte que diz respeito apenas a si mesmo, sua independência é, de direito, absoluta. Sobre si mesmo, seu corpo e sua mente, o indivíduo é soberano (2000, p.18).
MILL, John Stuart. A liberdade. In: ____. A liberdade, utilitarismo. Trad. Eunice Ostrensky. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
Trecho de artigo publicado no site do Grupo de Pesquisa “Racionalidade e Formação”. Disponível em: http://w3.ufsm.br/gpracioform/artigo%2002.pdf. Acesso em: 24 out.2015.
Indique o princípio de Stuart Mill do qual tanto Hélio Schwartsman como Nadja Hermann se valem para sustentar suas ideias.
Questão 1 112706
PUC-SP Verão 2016Da soberania do indivíduo
Folha de S.Paulo, 24/10/2015
Hélio Schwartsman
SÃO PAULO – Alguns leitores ficaram um pouco bravos comigo porque eu afirmei na coluna de ontem que a legislação sobre costumes de um Estado moderno deve sempre seguir a inspiração liberal e não a conservadora. Diferentemente do que sugeriram certos missivistas, não escrevi isso porque minhas preferências pessoais coincidem com as ideias ditas progressistas, mas porque existe uma diferença qualitativa no papel que as duas visões de mundo reservam para a lei.
Na visão conservadora, é legítimo que o Estado opere ativamente para promover a coesão social, mesmo que, para isso , force o indivíduo a conformar-se ao "statu quo". Não dá para dizer que não funcione. Em que pese um certo autoritarismo intrínseco, sociedades que colocam os interesses coletivos acima dos individuais tendem a apresentar menores índices de violência interpessoal e menos desigualdade. Costumam sermenos inventivas também, mas esse é outro problema.
Já para os liberais, a ênfase recai sobre a liberdade individual. Bem no espírito de John Stuart Mill, atitudes e comportamentos, por mais exóticos que pareçam, só podem ser legitimamente proibidos ou limitados se resultarem em dano objetivo e demonstrável para terceiros. Caso contrário, "sobre si mesmo, seu corpo e sua mente, o indivíduo é soberano".
A implicação mais óbvia dessa diferença é que, enquanto a perspectiva liberal permite que cada grupo viva segundo suas próprias convicções, ainda que numa escala menor que a do todo, a concepção conservadora exige que as franjas minoritárias renunciem a seus valores. Trocando em miúdos, existem vários projetos de lei para proibir ou limitar o aborto e o casamento gay, mas não há nenhum com o intuito de torná-los obrigatórios. Numa época em que consensos sociais podem mudar rapidamente, conservadores deveriam ser os principais interessados numa legislação bem liberal.
No primeiro parágrafo do texto de Hélio Schwartsman, as duas visões de mundo às quais o autor se refere são
Questão 41 85682
UNIFOR Graduação 2015/1De todas as dificuldades que impedem o progresso do pensamento e a formação de opiniões bem fundamentadas sobre a vida e os sistemas sociais, a maior, hoje em dia, é a ignorância e negligência da humanidade com relação às influências que formam o caráter humano. Independentemente de quaisquer partes da espécie humana que hoje sejam, ou pareçam ser, assim, acredita-se, elas têm uma tendência natural para ser: mesmo quando o conhecimento mais elementar das circunstâncias nas quais foram colocadas, claramente põe em relevo as causas que as tornaram o que são.
(John Stuart Mill apud Cordelia Fine em Homens não são de Marte, Mulheres não são de Vênus.)
Segundo o texto,
Pastas
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