demandas por redistribuição requerem a transformação da sociedade, ao passo que demandas por reconhecimento, não.

a correção de injustiças distributivas produz injustiças de reconhecimento e vice-versa.

lutas por reconhecimento são prioritárias, pois diferenças culturais determinam as econômicas.

lutas por reconhecimento desmobilizam as lutas por distribuição.

a lógica da redistribuição é a de acabar com a diferença entre os grupos, enquanto a lógica do reconhecimento é a de valorizar diferenças.

à falta de educação estética da juventude.

ao domínio da razão sobre a sensibilidade.

à produção de objetos com fins econômicos.

à renovação artística da época moderna.

o líder fascista é aquele que recusa o conceito de humanidade, adotando apenas máximas naturalistas e o culto ancestral à natureza.

uma concepção unitária e fechada de humanidade é um meio de mobilizar massas fascistizadas contra os modos de vida divergentes.

humanidade é um conceito que descreve a sociedade eurocêntrica, cristã e capitalista, nas suas diversas formas e composições.

por meio do simples conceito de humanidade, poderemos superar as guerras e eliminar a guerra e a violência como meio político.

Para Schopenhauer, a arte é pacificadora em termos individuais e coletivos. É a expressão estética que confere algum conforto ou consolo ao mal-estar predominante. É uma forma de superação das dores, do sofrimento humano, é o caminho possível de alívio, mesmo que temporário, transitório.

Para os filósofos Theodor Adorno e Max Horkheimer, a indústria cultural não foi apropriada pela de consumo de massa. Para eles, a noção de consumo massificado não se aplica ao campo das artes, visto que os elementos artísticos obedecem a uma singularidade, a uma originalidade.

Para Sócrates, a arte – poesia e dramaturgia – é portadora da verdade e deveria ser valorizada, pois é entendida como uma tentativa de imitação do mundo e contribui para que o homem, de fato, atinja a verdade. Os poetas são sábios comunicadores de virtudes.

Para Aristóteles, a arte é deformadora do caráter emocional do ser humano. Ele escreveu A poética com a intenção de demonstrar a inutilidade moral e política da poesia, apresentando-a como algo falso que deturpa a realidade, como se a aparência substituísse a essência.

Para Nietzsche, a arte, assim como a beleza, é uma criação humana, uma expressão estética que se parece com a razão, pois simplesmente agrada sem que haja um motivo ou uma justificativa.

consumo de produtos culturais elaborados no mesmo sistema produtivo do capitalismo.

forma de realizar as diversas potencialidades da natureza humana.

alternativa para equilibrar tensões psicológicas do dia a dia.

promoção da satisfação de necessidades artificiais.

mecanismo de organização do ócio e do prazer.

Os atores e demais empregados da indústria cinematográfica norte-americana estão preocupados com o uso da inteligência artificial para escolha dos filmes e séries nas plataformas de “streaming”. Na perspectiva de Benjamin, podemos identificar o receio dos grevistas de que cada vez mais os temas dos filmes e séries sejam apenas vinculados à tecnologia, utilizando sempre os mesmos artistas.

A greve se organiza diante de uma percepção crítica do mercado cinematográfico. Os grevistas estão revelando sua interpretação da banalização da arte e de suas consequências para seu campo de atuação, ou seja, o cinema nada mais tem a oferecer que não seja entretenimento de baixa qualidade e, por isso, não aceitam mais trabalhar por papéis de menor expressão artístico-cultural.

Os estudos de Benjamin nos permitem assumir que a motivação dos grevistas tem natureza apenas econômica, na medida em que se sentem lesados pela divisão desigual dos lucros. Quanto às regras do uso de inteligência artificial, não houve apontamentos ou interesses destacados na reportagem.

Segundo Benjamin, os interesses econômicos que existem no nascimento das produções audiovisuais orientam o campo artístico para o lucro e não para as demandas humanas (éticas ou morais) ou para a “aura” do objeto artístico. Nesse caso, os grevistas reproduzem este campo de interesses ao lutar pelos seus ganhos e pela defesa de sua imagem, agora, vítima das novas tecnologias (IA).

Na perspectiva de Benjamin, o sindicato dos atores de Hollywood tem se posicionado de forma crítica, reproduzindo os movimentos operários do século XIX, responsáveis pela alteração drástica do modo de produção capitalista. Por isso, a indústria cultural vem produzindo filmes críticos, aliados aos grupos compreendidos como minoritários, além de atentos às novas demandas tecnológicas do século XXI.