Questões de Filosofia - Temática - Antropologia Filosófica
440 Questões
Questão 73 14447842
ENEM PPL 1° Dia (Amarelo) 2024O mito de Sísifo explora a noção de “o absurdo”, que Camus descreve alternativamente como sendo a condição humana e, ao mesmo tempo, uma difusa sensibilidade do nosso tempo. Sísifo, condenado pelos deuses a uma infindável e fútil tarefa de rolar uma pedra montanha acima (donde ela haveria de rolar montanha abaixo pelo seu próprio peso), torna-se, assim, um exemplar da condição humana, lutando desesperada e impotentemente para alcançar algo.
SOLOMON, R. C. In: AUDI, R. Dicionário de filosofia de Cambridge. São Paulo: Paulus, 2006 (adaptado).
O absurdo da condição humana, representado pela alegoria contida no texto, fundamenta-se na
Questão 62 13224377
UFPR 2024O excerto de texto a seguir é referência para a questão.
Talvez estejamos muito condicionados a uma ideia de ser humano e a um tipo de existência. Se a gente desestabilizar esse padrão, talvez nossa mente sofra uma espécie de ruptura, como se caíssemos num abismo. Quem disse que a gente não pode cair? Quem disse que a gente já não caiu? Houve um tempo em que o planeta que chamamos Terra juntava os continentes todos numa grande Pangeia. Se olhássemos lá de cima do céu, tiraríamos uma fotografia completamente diferente do globo. Quem sabe se, quando o astronauta Iúri Gagarin disse “a Terra é azul”, ele não fez um retrato ideal daquele momento para essa humanidade que nós pensamos ser. Ele olhou com o nosso olho, viu o que a gente queria ver. Existe muita coisa que se aproxima mais daquilo que pretendemos ver do que se podia constatar se juntássemos as duas imagens: a que você pensa e a que você tem. Se já houve outras configurações da Terra, inclusive sem a gente aqui, por que é que nos apegamos tanto a esse retrato com a gente aqui? O Antropoceno tem um sentido incisivo sobre a nossa existência, a nossa experiência comum, a ideia do que é humano. O nosso apego a uma ideia fixa de paisagem da Terra e de humanidade é a marca mais profunda do Antropoceno.
KRENAK, Ailton. Ideias para Adiar o Fim do Mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2020. p. 57-58.
Antropoceno: considerado uma nova época geológica em que, pela primeira vez na história do planeta, as mudanças ambientais são resultado da intervenção humana.
Considerando-se as reflexões que apresenta no texto, o posicionamento predominante de Ailton Krenak pode ser caracterizado como:
Questão 60 13224300
UFPR 2024O excerto de texto a seguir é referência para a questão.
Talvez estejamos muito condicionados a uma ideia de ser humano e a um tipo de existência. Se a gente desestabilizar esse padrão, talvez nossa mente sofra uma espécie de ruptura, como se caíssemos num abismo. Quem disse que a gente não pode cair? Quem disse que a gente já não caiu? Houve um tempo em que o planeta que chamamos Terra juntava os continentes todos numa grande Pangeia. Se olhássemos lá de cima do céu, tiraríamos uma fotografia completamente diferente do globo. Quem sabe se, quando o astronauta Iúri Gagarin disse “a Terra é azul”, ele não fez um retrato ideal daquele momento para essa humanidade que nós pensamos ser. Ele olhou com o nosso olho, viu o que a gente queria ver. Existe muita coisa que se aproxima mais daquilo que pretendemos ver do que se podia constatar se juntássemos as duas imagens: a que você pensa e a que você tem. Se já houve outras configurações da Terra, inclusive sem a gente aqui, por que é que nos apegamos tanto a esse retrato com a gente aqui? O Antropoceno tem um sentido incisivo sobre a nossa existência, a nossa experiência comum, a ideia do que é humano. O nosso apego a uma ideia fixa de paisagem da Terra e de humanidade é a marca mais profunda do Antropoceno.
KRENAK, Ailton. Ideias para Adiar o Fim do Mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2020. p. 57-58.
Antropoceno: considerado uma nova época geológica em que, pela primeira vez na história do planeta, as mudanças ambientais são resultado da intervenção humana.
Considerando o período “Se a gente desestabilizar esse padrão, talvez nossa mente sofra uma espécie de ruptura, como se caíssemos num abismo” (sublinhado no texto), assinale a alternativa que indica, respectivamente, as relações lógico-sintáticas aí expressas.
Questão 19 12612312
ESA 2024TEXTO
O que é angústia
Um rapaz fez-me essa pergunta difícil para ser respondida. Pois depende do angustiado. Para alguns incautos, inclusive, é palavra que se orgulham de pronunciar como se com ela subissem de categoria - o que também é uma forma de angústia.
Angústia pode ser não ter esperança na esperança. Ou conformar-se sem se resignar. Ou não se confessar nem a si próprio. Ou não ser o que realmente se é, e nunca se é.
Angústia pode ser o desamparo de estar vivo. Pode ser também não ter coragem de ter angústia - e a fuga é outra angústia. Mas angústia faz parte: o que é vivo por ser vivo, se contrai.
Esse mesmo rapaz perguntou-me: você não acha que há um vazio sinistro em tudo? Há sim. Enquanto se espera que o coração entenda.
LISPECTOR, Clarice. Disponível em: https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/12678/o-que-e-angustia. Acesso em 30 de dezembro de 2022.
Com a leitura do Texto, pode-se concluir que:
Questão 11 13426933
ENEM PPL 1º Dia (Azul – Reaplicação) 2023A solidão nas cidades grandes é muito mais um sinal da precariedade do sentido da comunidade e da convivência, é mais um problema sociocultural do que de escolha individual.
Certamente ela reflete a impossibilidade de retornar às florestas, como um dia fez Henry Thoreau. As florestas estão em extinção, assim como, curiosamente, a ideia de humanidade. Resta fugir para a moderna caverna na selva de pedra — sem querer reeditar lugares-comuns — que é a casa de cada um.
A solidão é, assim, a categoria política que expressa a nostalgia de uma vivência de si mesmo. Ela é, por isso, a tentativa de preservar a subjetividade e a intimidade consigo mesmo que não tem lugar no contexto de relações sociais transformadas em mercadorias baratas.
A sociedade da antipolítica precisa tratar a solidão como uma pena e um mal-estar quando não consegue olhar para a miséria da vez: o fetiche da hiperconectividade, que ilude que não somos sozinhos.
TIBURI, M. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br. Acesso em: 7 out. 2011.
Marcia Tiburi trata de um tema relevante para a sociedade moderna: a convivência interpessoal e a hiperconectividade vivenciada no ciberespaço.
O texto classifica-se, quanto ao gênero textual, como artigo de opinião, porque
Questão 15 12374929
UECE 2ª Fase 2º Dia 2023/1“As diferenças biológicas que existem entre os membros de diversos grupos étnicos não afetam de maneira nenhuma a organização política ou social, a vida moral ou as relações sociais. As pesquisas biológicas ancoram a ética da fraternidade universal; elas estão dizendo que o homem é, por tendência inata, levado à cooperação e, se este instinto não encontra em que se satisfazer, indivíduos e nações padecem igualmente por isso. O homem é por natureza um ser social, que só chega ao pleno desenvolvimento de sua personalidade se relacionando com os seus semelhantes”.
MOURA, Clóvis. O racismo como arma ideológica de dominação. Princípios: Revista Teórica, Política e de Informação, 34, ago/set/out, 1994, p. 28-3.
Com base no texto anterior, podemos concluir que, para o filósofo brasileiro Clóvis Moura,
Pastas
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