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Acesse GrátisQuestões de Filosofia - Temática
Questão 58 4369461
UNESP Cursos da área de biológicas 2021Texto
O filósofo é o amigo do conceito, ele é conceito em potência. Quer dizer que a filosofia não é uma simples arte de formar, de inventar ou de fabricar conceitos, pois os conceitos não são necessariamente formas, achados ou produtos. A filosofia, mais rigorosamente, é a disciplina que consiste em criar conceitos.
(Gilles Deleuze e Félix Guattari. O que é a filosofia?, 2007.)
Texto
A língua é um “como” se pensa, enquanto que a cultura é “o quê” a sociedade faz e pensa. A língua, como meio, molda o pensamento na medida em que pode variar livremente. A língua é o molde dos pensamentos.
(Rodrigo Tadeu Gonçalves. Perpétua prisão órfica ou Ênio tinha três corações, 2008. Adaptado.)
Os textos levantam questões que permitem identificar uma característica importante da reflexão filosófica, qual seja, que
Questão 14 5949131
PUC-MG 2021TEXTO PARA AS QUESTÃO.
Texto
O educador espanhol Jorge Larrosa Bondia, em ensaio nomeado “Notas sobre a experiência e o saber da experiência”3 discute a falta de oportunidades, contemporaneamente, para que as pessoas tenham experiências significativas. Segue um excerto desse ensaio, em que Larrosa Bondia fala sobre a natureza humana e sobre o que seria, efetivamente, uma experiência:
3 BONDIA, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Rev. Bras. Educ., Rio de Janeiro , n. 19, p. 20-28, Abr. 2002. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 24782002000100003&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 30 abr.2021.
“As palavras determinam nosso pensamento porque não pensamos com pensamentos, mas com palavras, não pensamos a partir de uma suposta genialidade ou inteligência, mas a partir de nossas palavras. E pensar não é somente “raciocinar” ou “calcular” ou “argumentar”, como nos tem sido ensinado algumas vezes, mas é sobretudo dar sentido ao que somos e ao que nos acontece. E isto, o sentido ou o sem-sentido, é algo que tem a ver com as palavras. E, portanto, também tem a ver com as palavras o modo como nos colocamos diante de nós mesmos, diante dos outros e diante do mundo em que vivemos. E o modo como agimos em relação a tudo isso. Todo mundo sabe que Aristóteles definiu o homem como zôon lógon échon. A tradução desta expressão, porém, é muito mais “vivente dotado de palavra” do que “animal dotado de razão” ou “animal racional”. Se há uma tradução que realmente trai, no pior sentido da palavra, é justamente essa de traduzir logos por ratio. E a transformação de zôon, vivente, em animal. O homem é um vivente com palavra. E isto não significa que o homem tenha a palavra ou a linguagem como uma coisa, ou uma faculdade, ou uma ferramenta, mas que o homem é palavra, que o homem é enquanto palavra, que todo humano tem a ver com a palavra, se dá em palavra, está tecido de palavras, que o modo de viver próprio desse vivente, que é o homem, se dá na palavra e como palavra. (BONDIA, 2002, p. 21).
Conforme a argumentação do educador espanhol, é CORRETO afirmar:
Questão 3 6307809
EEAR 2021 A linguagem — a fala humana — é uma inesgotável
riqueza de múltiplos valores. A linguagem é inseparável do
homem e segue-o em todos os seus atos. A linguagem é o
instrumento graças ao qual o homem modela seu
[5]pensamento, seus sentimentos, suas emoções, seus esforços,
sua vontade e seus atos, o instrumento graças ao qual ele
influencia e é influenciado, a base última e mais profunda da
sociedade humana. Mas é também o recurso último e
indispensável do homem, seu refúgio nas horas solitárias em
[10] que o espírito luta com a existência, e quando o conflito se
resolve no monólogo do poeta e na meditação do pensador.
Antes mesmo do primeiro despertar de nossa consciência, as
palavras já ressoavam à nossa volta, prontas para envolver os
primeiros germes frágeis de nosso pensamento e a nos
[15] acompanhar inseparavelmente através da vida, desde as mais
humildes ocupações da vida quotidiana aos momentos mais
sublimes e mais íntimos dos quais a vida de todos os dias
retira, graças às lembranças encarnadas pela linguagem, força
e calor. A linguagem não é um simples acompanhante, mas
[20] sim um fio profundamente tecido na trama do pensamento;
para o indivíduo, ela é o tesouro da memória e a consciência
vigilante transmitida de pai para filho.
Hjelmslev, Louis. Prolegômenos a uma teoria da linguagem.
A questão refere-se ao texto acima.
O texto apresenta uma sequência de
Questão 32 1560435
UEMA 2020Uma das questões comuns aos professores de Filosofia quando vão para suas atividades em sala de aula é a seguinte: Para que mesmo serve a Filosofia? Pela pergunta apresentada, parece que os alunos têm clareza para que serve as ciências de uma forma em geral e conseguem identificar o seu pragmatismo, mas quanto à Filosofia, parece não ficar clara a sua função. Analise a cena transcrita:
A professora ou o professor de Biologia, ao terminar de explicar a aula sobre Leishmaniose, faz a seguinte atividade para os alunos: Analise as imagens relacionadas à leishmaniose e sintetize as informações pertinentes. Ao executar esse comando, a professora espera que o aluno saiba o que é o analisar e o sintetizar. Essa é uma condição de operacionalização do pensar que pode ser feita com imagens ou com conceitos para todas as ciências.
Os procedimentos de análise e de sistematização pressupõem, necessariamente, comportamentos cognitivos de
Questão 13 1593232
Unit-AL Medicina 1° Dia 2019/1Supunham-se duas situações de linguagem a seguir:
1. Um índio, ainda com pouco contato com a civilização branca, que não conhecia aparelhos sanitários para as excretas pessoais, teve que fazer uma viagem de trem e, sentindo sede, procurou onde beber um pouco d’água. Encontrou, no banheiro do trem, um vaso sanitário e o confundiu com um poço. Meteu o caneco e tomou daquela água.
2. As crianças de uma escola foram solicitadas a trazer, no dia seguinte, uma redação sobre um animal de estimação da casa. A professora percebeu que as duas irmãs gêmeas trouxeram redações com textos idênticos, ao que lhe responderam: “o nosso animalzinho de estimação é o mesmo, professora!”
As duas situações de linguagem contrariam, respectivamente, um fato da
Questão 32 181857
UEMA 2018Normalmente numa discussão em grupo, de amigos ou mesmo entre pessoas de classe e de cultura diferentes, ao tratar de um assunto polêmico, é fácil e também legítimo observar que cada pessoa manifesta opinião própria em razão de sua formação, classe social, educação e cultura. Tal como na situação a seguir:
No leito de morte, Ribeiro, um ateu convicto, recebe o amigo Leonardo, um cristão autêntico para uma última conversa.
Leonardo: – você não será recebido por Deus Pai, mas Mãe!
Ribeiro: – Será uma deusa! Leonardo: – Sim, e, por sua demora, terá muitos afagos e muita festa!
Ribeiro: – Muita farra pelo visto... ah, como eu gostaria que fosse verdade!... invejo você por ter fé... eu não tenho.
Leonardo: – não importa a fé, mas o amor. E toda sua vida é um ato de amor; aos famintos, às crianças abandonadas, aos índios marginalizados, aos negros, às mulheres oprimidas...
Ribeiro: – Continuo não acreditando, mas gosto de farra.
Em situações como a descrita acima, parece que a discussão não chega a um acordo, o da aceitação de uma vida pós-morte com os divinos conforme as tradições religiosas nos expõem. Porém, nem sempre esse acordo é possível, sobretudo quando temos posições diferentes e as radicalizamos.
A impossibilidade de acordo, do ponto de vista filosófico, ocorre, sobretudo, quando se está diante de um