Questões de Literatura - Teoria literária
5.368 Questões
Questão 21 13221992
UERJ 1º EXAME 2025Antes de morrer, a donzela disse para o pescador:
– A sua mentira era maior que a minha. Eles mataram pela minha mentira e vão matar pela
sua. Onde está, afinal, a verdade?
O pescador deu de ombros e disse:
– A verdade é que eu achei o anel na barriga de um peixe. Mas quem acreditaria nisso? O
pessoal quer violência e sexo, não história de pescador.
No diálogo entre os personagens, ao final da crônica, conclui-se que houve omissão da verdade.
O pescador justifica essa omissão pelo seguinte motivo:
Questão 16 13221867
UERJ 1º EXAME 2025CRÔNICA “A MENTIRA”
Nesta crônica, João e Maria mentem para um casal de amigos, Luíza e Pedro. A mentira que eles contam tem uma característica comum a muitas outras.
Tal característica pode ser sintetizada pelo seguinte dito popular:
Questão 28 14440801
ENEM PPL 1° Dia (Amarelo) 2024TEXTO I
Meu caro Gilberto,
Convivi longamente com Saciologia goiana. As palavras
faíscam em garimpos semânticos. Goiás mora em minhas
raízes. Ali tombei no corpo de meus antepassados Antônio
Castanho Almeida e Martin Rodrigues Tenório de Aguilar e
agora renasço em minha neta Mirela Rondom Caiado Bomfim.
Você recebeu a Coroa de sonetos?
Um abraço fraterno do
Paulo Bomfim
TEXTO II
Prezado Prof. Gilberto Mendonça Teles
Cumprimentos
Quero lhe agradecer o oferecimento da sua Saciologia
goiana, que li e estou relendo e que me proporcionou
inúmeras surpresas. Acompanho com o maior apreço a
sua atividade — ainda agora consultei a edição recente e
enriquecida de seu trabalho sobre vanguarda europeia
e Modernismo brasileiro.
Creia no apreço e admiração do
Nelson W. Sodré
XAVIER, T. M. (Org.). Fortuna crítica de Saciologia goiana. Rio de Janeiro: Galo Branco, 2011.
As cartas de Paulo Bomfim e de Nelson Sodré respondem e agradecem a Gilberto M. Teles o envio de um exemplar de seu livro Saciologia goiana.
Quanto ao teor, elas se diferenciam, respectivamente, por apresentarem
Questão 8 14440498
ENEM PPL 1° Dia (Amarelo) 2024Num mundo ideal, o cronista funcionaria como o paciente de Lacan. Ficaria por aí, tocando sua vida, indo ao banco, almoçando no quilo, olhando vitrines atrás de um presente de Dia das Mães, até que surgisse uma ideia. Imediatamente, ele encontraria uma praça, se acomodaria num banco — se possível fosse, até alugaria um quartinho de hotel —, tiraria o laptop da mochila e escreveria seu texto, com todos os ingredientes colhidos na hora.
Um romancista não precisa levar o laptop na mochila. Suas ideias podem amadurecer antes de ir pro papel. Ele está contando uma longa história, é bom que tenha algumas pistas de para onde está indo. Já o cronista, quanto mais cego ao iniciar seu passeio, maiores as chances de conhecer lugares novos no caminho.
PRATA, A. Trinta e poucos. São Paulo: Cia. das Letras, 2016.
Nesse texto, a reflexão acerca dos processos de elaboração que resultam em crônica ou em romance baseia-se na
Questão 22 12679821
UFAM PSI - CG 1 2024O Romantismo gerou e vem gerando muitas
releituras e diálogos, como se percebe nos versos a
seguir, do poema de Casimiro de Abreu:
“Canção do exílio – Meu lar”
Se eu tenho de morrer na flor dos anos
Meu Deus! não seja já;
Eu quero ouvir na laranjeira, à tarde,
Cantar o sabiá!
Meu Deus, eu sinto e tu bem vês que eu morro
Respirando este ar;
Faz que eu viva, Senhor! dá-me de novo
Os gozos do meu lar!
O país estrangeiro mais belezas
Do que a pátria não tem;
E este mundo não vale um só dos beijos
Tão doces duma mãe!
Considere as seguintes afirmativas:
I. É possível perceber que o tema desenvolvido, nos fragmentos do poema, remete ao saudosismo da pátria e à sua valorização pelo eu-lírico (sabiá, não querer morrer longe de casa, desejo de voltar à terra natal, pois no “país estrangeiro” não há mais beleza do que no seu).
II. Casimiro de Abreu não pertence à segunda Geração Romântica, chamada de ultrarromântica. Nessa geração há a presença do nacionalismo e do indianismo, pois o indígena assumirá o papel do cavaleiro medieval europeu.
III. O fragmento do poema de Casemiro de Abreu dialoga com o poema de Gonçalves Dias “Canção do exílio”, que também trata do exílio e cuja marcação geográfica é feita pelos advérbios lá, cá, aqui: “Minha terra tem palmeiras, //onde canta o sabiá;//as aves que aqui gorjeiam, //não gorjeiam como lá //[...]// não permita Deus que eu morra// sem que desfrute os primores// que não encontro por cá”.
Assinale a alternativa CORRETA:
Questão 5 12668530
UECE 1ª Fase 2024/2TEXTO
Admirável Chip Novo
(Pitty)
Pane no sistema, alguém me desconfigurou
Aonde estão meus olhos de robô?
Eu não sabia, eu não tinha percebido
Eu sempre achei que era vivo
[5] Parafuso e fluido em lugar de articulação
Até achava que aqui batia um coração
Nada é orgânico, é tudo programado
E eu achando que tinha me libertado
Mas lá vêm eles novamente
[10] Eu sei o que vão fazer
Reinstalar o sistema
Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga
[15] Tenha, more, gaste, viva
Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga
Não, senhor, sim, senhor
[20] Não, senhor, sim, senhor
Mas lá vêm eles novamente
Eu sei o que vão fazer
Reinstalar o sistema
Observa-se, no texto, a presença de duas pessoas, um “eu lírico” e um “eles”, sobre as quais é correto afirmar que
Pastas
06