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Acesse GrátisQuestões de Literatura - Classicismo
Questão 14 305999
ESPM 2018/3Considere os dois textos que seguem:
Porém já cinco sóis eram passados
Que dali nos partíramos, cortando
Os mares nunca doutrem navegados,
Prosperamente os ventos assoprando,
Quando uma noite, estando descuidados
Na cortadora proa vigiando,
Uma nuvem, que os ares escurece,
Sobre nossas cabeças aparece. (...)
(Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões, 1572)
Nem cinco sóis eram passados que de vós nos partíramos, quando a mais temerosa desdita pesou sobre Nós. Por uma bela noite dos idos de maio do ano translato, perdíamos a muiraquitã (...).
(Macunaíma, de Mário de Andrade, 1928)
Observando que o segundo texto é posterior ao primeiro, pode-se dizer que Mário de Andrade utilizou o seguinte recurso em relação a Camões:
Questão 42 396216
URCA 2° Dia 2018/1São os principais representantes, na literatura portuguesa, do Classicismo:
Questão 18 113990
ENEM PPL 1° Dia 2014A mitologia comparada surge no século XVIII. Essa tendência influenciou o escritor cearense José de Alencar, que, inspirado pelo estilo da epopeia homérica na Ilíada, propõe em Iracema uma espécie de mito fundador do povo brasileiro. Assim como a Ilíada vincula a constituição do povo helênico à Guerra de Troia, deflagrada pelo romance proibido de Helena e Páris, Iracema vincula a formação do povo brasileiro aos conflitos entre índios e colonizadores, atravessados pelo amor proibido entre uma índia — Iracema — e o colonizador português Marfim Soares Moreno. DETIENNE, M. A invenção da mitologia. Rio de Janeiro: José Olympio, 1998 (adaptado).
A comparação estabelecida entre a Ilíada e Iracema demonstra que essas obras
Questão 46 271076
CESUPA 2013Na cena, extraída da novela Avenida Brasil, a personagem Carminha incorpora a vilã que é frequentemente recompensada pelas suas maldades, enquanto Nina(ou Rita), mesmo vítima, é punida. Essa inversão de valores encontra ecos na própria poesia de Camões, como comprovam os versos:
Questão 16 112914
UFT Manhã 2012/2A mulher de preto
Meneses foi o primeiro que rompeu o silêncio de alguns minutos, dizendo ao jovem amigo:
_ Espero que o romance da nossa amizade não termine no primeiro capítulo.
Estêvão, que já reparara nas maneiras solícitas do deputado, ficou inteiramente pasmado quando lhe ouviu falar no romance da amizade. A razão era simples. O amigo que os havia apresentado no teatro Lírico disse no dia seguinte:
_Meneses é um misantropo, e um cético; não crê em nada, nem estima ninguém. Na política como na sociedade faz um papel puramente negativo.
Esta era a impressão com que Estêvão, apesar da simpatia que o arrastava, falou a segunda vez a Meneses, e admirava-se de tudo, das maneiras, das palavras, e do tom de afeto que elas pareciam revelar.
À linguagem do deputado o jovem médico respondeu com igual franqueza.
_ Por que acabaremos no primeiro capítulo? _ perguntou ele; _ um amigo não é coisa que se despreze, acolhe-se como um presente de deuses.
_ Dos deuses! – disse Meneses rindo; _ já vejo que é pagão.
_ Alguma coisa, é verdade; mas no bom sentido – respondeu Estêvão rindo também. – Minha vida assemelha-se um pouco à de Ulisses...
_ Tem ao menos uma Ìtaca, sua pátria, e uma Penélope, sua esposa.
_ Nem uma nem outra.
_Então entender-nos-emos.
ASSIS, Machado de Contos fluminenses. São Paulo: Martin Claret, 2006, pp. 59 e 60.
No fragmento acima, observa-se que há uma referência a uma obra da literatura clássica universal. Assinale a obra/autor a que pertence esta referência:
Questão 10 6654819
FMABC 2022Para responder a questão, leia o soneto de Luís de Camões.
Busque Amor novas artes, novo engenho1,
Para matar-me, e novas esquivanças2;
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho.
Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes3
nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido o lenho4.
Mas, conquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê;
Que dias há5
que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como, e dói não sei por quê.
(Luís de Camões. Lírica, 1991.)
1 engenho: artimanha.
2 esquivanças: maus-tratos, desprezos.
3 contrastes: adversidades, contrariedades.
4 lenho: embarcação.
5 dias há: faz tempo.
No soneto, o eu lírico ressalta que o sentimento de desgosto pressupõe