Questões de Literatura - Textos Literários
6.454 Questões
CONTO “COPACABANA”
Copacabana, essa sim, eu conhecia de ponta a ponta, mas mesmo morando diante do mar, às vezes me sentia contaminado pelo lado sombrio do bairro. Visto de frente, eu era um adolescente de belas cores, o rosto bronzeado e uns olhos claros de fulminar as garotas que mirava na praia. Já minhas costas eram de pobre, apinhadas de cravos, espinhas, quistos e furúnculos (p. 91)
A descrição física do personagem o mostra como uma representação do bairro de Copacabana, também descrito.
Essa representação se constrói por meio de um recurso conhecido como:
A QUESTÃO REFEREM-SE AO LIVRO ANOS DE CHUMBO E OUTROS CONTOS, DE CHICO BUARQUE (São Paulo: Companhia das Letras, 2021).
CONTO “MEU TIO”
A partir da leitura do conto, observa-se que o tom de banalização dos fatos, empregado pela narradora, acentua certa crítica.
Essa crítica dirige-se ao seguinte comportamento:
“Os dois soldados, que eram os únicos que podiam saber, andavam guiando a gente para uns rumos muito diferentes, e como nada se achava, fingiam que tinham perdido o lugar”.
GUIMARÃES, Bernardo. “A dança dos ossos”. In: BORGES et al. (Org). Coletânea de contos fantásticos, de terror e de realismo mágico. Belo Horizonte: LED, 2021. p. 29.
No trecho do conto "A dança dos ossos", a palavra “como” estabelece a mesma relação de sentido que na frase:
Leia o fragmento para responder a QUESTÃO.
Moira Fernandes morava numa casa espaçosa, pintada de verde-seco, com uma larga varanda a toda a volta e um pequeno jardim nas traseiras. O piso da varanda, em cerâmica, formando desenhos geométricos, em tons de azul, trouxe-me memórias de infância. Na cozinha, na casa do Huambo, o piso era idêntico. Ou talvez não fosse, mas é assim que o imagino. Os meus irmãos e eu passávamos muito tempo sentado à mesa da cozinha. A avó preparava-nos o lanche, depois que retornávamos da escola: limonada com limões colhidos no próprio quintal, bolo e torradas. Lembrei-me da luz que deslizava através da porta aberta e se estirava, rebrilhando, no azul-celeste.
Fonte: AGUALUSA, José Eduardo. A sociedade dos sonhadores involuntários. São Paulo: Planeta, 2017, p. 94. [Fragmento]
É CORRETO afirmar, sobre esse fragmento de A sociedade dos sonhadores involuntários, de José Eduardo Agualusa, que o narrador
A QUESTÃO REFERE-SE AO ROMANCE O MEU AMIGO PINTOR, DE LYGIA BOJUNGA
(Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2015).
quando a gente estuda literatura aprende que os escritores não devem se intrometer na vida dos personagens e livros que criam. Tornou-se uma regra que eu tenho desrespeitado. (p. 90)
O trecho acima é extraído do posfácio do livro, no qual a autora de O Meu Amigo Pintor defende uma concepção sobre regras no campo literário.
Com base no trecho citado, essa concepção pode ser resumida na seguinte premissa geral:
A QUESTÃO REFERE-SE AO ROMANCE O MEU AMIGO PINTOR, DE LYGIA BOJUNGA
(Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2015).
No livro, há passagens em que o narrador não apenas narra algo, como também revela consciência do ato de narrar.
Uma dessas passagens está transcrita em:
Adicionar à pastas
06