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Acesse GrátisQuestões de Literatura - Textos Literários
Questão 13 8847458
UFT Manhã 2023Leia os poemas para responder a QUESTÃO
Texto I
Cá
Enquanto houver silêncio
haverá poesia
e gente
cavoucando o dia.
Fonte: PEDREIRA, Célio. As tocantinas. Palmas-TO: EDUFT, 2014, p. 31.
Texto II
esvaziar-se
depois de tantos textos
o amor vai se acabando sem palavras
nem poema nem verso nem memorando
nenhuma ata a atestar o fim
o amor se esvai com o tempo, o calor, a vida
desfeito em muitos silêncios
Fonte: SILVA, Luiza Helena Oliveira da. Solau do mal de amor. Palmas-TO: EDUFT, 2016, p. 45.
Analise as afirmativas em relação aos poemas de Célio Pedreira e Luiza Helena Oliveira da Silva:
I. O texto I propõe que o silêncio escava a terra.
II. O texto I propõe que o silêncio é propício ao fazer poético.
III. O texto II propõe que o silêncio é maior que a poesia.
IV. O texto II propõe que o silêncio finda o amor.
Assinale a alternativa CORRETA:
Questão 15 8847510
UFT Manhã 2023Leia o fragmento de texto para responder a QUESTÃO.
Gonzaga ou A revolução de Minas
Ato I
Cena III
Os mesmos e Luís
LUÍS – Senhor!
GONZAGA – Vem cá. (Aos companheiros) Veem este homem?
CLÁUDIO – Por Deus! é um negro.
GONZAGA – Sabem a que classe pertence?
CLÁUDIO – Um escravo ou um liberto.
GONZAGA – Que é ainda um escravo, se este homem tiver a
desgraça de ter mãe, filho, irmã, amante, uma mulher, uma
família, enfim, algum desses fios que prendem o homem à vida
como a estrela ao firmamento. E sabeis por quê? É que a mãe
de cujo seio saiu é escrava e o fruto murcha quando o tronco
sofre, é que a mulher que ele tem no coração é escrava e o
verme que morde o coração mata o corpo, é que o filho de seu
amor é escravo, e o ninho desaba quando o passarinho
estrebucha na agonia. E sabem o que esse homem quer? Qual
o único sonho de sua noite, a única ideia do seu cérebro?
Perguntem-lhe.
CLÁUDIO – Talvez o amor, a ventura sob a forma de um beijo.
LUÍS – Perdoe, meu senhor. Engana-se. Não!
CLÁUDIO – Riqueza para realizar estes castelos doudos de
uma imaginação da África?
LUÍS – Ainda não.
CLÁUDIO – Mulheres como nos haréns do Oriente, como os
príncipes da África sabem ter?
LUÍS – Não, mil vezes não.
CLÁUDIO – Posição, grandeza, talvez uma farda de
Governador. Ainda não? Com mil diabos, és difícil de
contentar.
GONZAGA – Enganas-te. Ele quer pouco, quer o que todos
nós temos, quer sua família, quer sua filha.
Fonte: ALVES, Castro. Gonzaga ou a revolução de Minas. In: Obras completas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1976. p. 586-587 (fragmento)
Assinale a alternativa CORRETA. O texto teatral de Castro Alves apresenta três personagens em um diálogo que expressa:
Questão 1 6431454
UEA - SIS 2° Etapa 2022Leia o trecho do romance O cortiço, de Aluísio Azevedo, para responder à questão.
E [Jerônimo] viu a Rita Baiana, que fora trocar o vestido por uma saia, surgir de ombros e braços nus, para dançar. A lua destoldara-se nesse momento, envolvendo-a na sua coma1 de prata, a cujo refulgir os meneios da mestiça melhor se acentuavam, cheios de uma graça irresistível, simples, primitiva, feita toda de pecado, toda de paraíso, com muito de serpente e muito de mulher.
Ela saltou em meio da roda, com os braços na cintura, rebolando as ilhargas2 e bamboleando a cabeça, ora para a esquerda, ora para a direita, como numa sofreguidão de gozo carnal, num requebrado luxurioso que a punha ofegante; já correndo de barriga empinada; já recuando de braços estendidos, a tremer toda, como se se fosse afundando num prazer grosso que nem azeite, em que se não toma pé e nunca se encontra fundo. [...]
E, arrastado por ela, pulou à arena o Firmo, ágil, de borracha, a fazer coisas fantásticas com as pernas, a derreter-se todo, a sumir-se no chão, a ressurgir inteiro com um pulo, os pés no espaço, batendo os calcanhares; os braços a querer fugirem-lhe dos ombros, a cabeça a querer saltar-lhe. E depois, surgiu também a Florinda, e logo o Albino e até, quem diria! o grave e circunspecto Alexandre.
O chorado arrastava-os a todos, despoticamente, desesperando aos que não sabiam dançar. Mas, ninguém como a Rita; só ela, só aquele demônio, tinha o mágico segredo daqueles movimentos de cobra amaldiçoada; aqueles requebros que não podiam ser sem o cheiro que a mulata soltava de si e sem aquela voz doce, quebrada, harmoniosa, arrogante, meiga e suplicante.
E Jerônimo via e escutava, sentindo ir-se-lhe toda a alma pelos olhos enamorados.
Naquela mulata estava o grande mistério, a síntese das impressões que ele recebeu chegando aqui: ela era a luz ardente do meio-dia; ela era o calor vermelho das sestas da fazenda; era o aroma quente dos trevos e das baunilhas, que o atordoara nas matas brasileiras; [...] ela era a cobra verde e traiçoeira, a lagarta viscosa, a muriçoca doida, que esvoaçava havia muito tempo em torno do corpo dele, assanhando-lhe os desejos, acordando-lhe as fibras embambecidas pela saudade da terra, picando-lhe as artérias, para lhe cuspir dentro do sangue uma centelha daquele amor setentrional, uma nota daquela música feita de gemidos de prazer, uma larva daquela nuvem de cantáridas3 que zumbiam em torno da Rita Baiana e espalhavam-se pelo ar numa fosforescência afrodisíaca.
(O cortiço, 2016.)
1 coma: cabeleira.
2 ilharga: anca, quadril.
3 cantárida: besouro.
Em relação a Rita Baiana, Jerônimo manifesta um sentimento de
Questão 3 6692889
USCS 2022/1Considere o trecho do romance O cortiço, de Aluísio Azevedo, para responder à questão.
E durante dois anos o cortiço prosperou de dia para dia, ganhando forças, socando-se de gente. E ao lado o Miranda assustava-se, inquieto com aquela exuberância brutal de vida, aterrado defronte daquela floresta implacável que lhe crescia junto da casa, por debaixo das janelas, e cujas raízes, piores e mais grossas do que serpentes, minavam por toda parte, ameaçando rebentar o chão em torno dela, rachando o solo e abalando tudo. [...]
À noite e aos domingos ainda mais recrudescia o seu azedume, quando ele, recolhendo-se fatigado do serviço, deixava-se ficar estendido numa preguiçosa1, junto à mesa da sala de jantar, e ouvia, a contragosto, o grosseiro rumor que vinha da estalagem numa exalação forte de animais cansados. Não podia chegar à janela sem receber no rosto aquele bafo, quente e sensual, que o embebedava com o seu fartum2 de bestas no coito.
E depois, fechado no quarto de dormir, indiferente e habituado às torpezas carnais da mulher [Estela, sua esposa], isento já dos primitivos sobressaltos que lhe faziam, a ele, ferver o sangue e perder a tramontana3, era ainda a prosperidade do vizinho [João Romão, dono da venda, do cortiço e da pedreira] o que lhe obsedava o espírito [...].
Mas então, ele, Miranda, que se supunha a última expressão da ladinagem e da esperteza; ele, que, logo depois do seu casamento, respondendo para Portugal a um ex-colega que o felicitava, dissera que o Brasil era uma cavalgadura carregada de dinheiro, cujas rédeas um homem fino empolgava facilmente; ele, que se tinha na conta de invencível matreiro, não passava afinal de um pedaço de asno comparado com o seu vizinho! Pensara fazer-se senhor do Brasil e fizera-se escravo de uma brasileira mal-educada e sem escrúpulos de virtude! Imaginara-se talhado para grandes conquistas, e não passava de uma vítima ridícula e sofredora!... [...]
— Fui uma besta! resumiu ele, em voz alta, apeando-se da cama, onde se havia recolhido inutilmente. [...]
— Fui uma besta! repisava ele, sem conseguir conformar- -se com a felicidade do vendeiro. Uma grandíssima besta! No fim de contas que diabo possuo eu?... Uma casa de negócio, da qual não posso separar-me sem comprometer o que lá está enterrado! um capital metido numa rede de transações que não se liquidam nunca, e cada vez mais se complicam e mais me grudam ao estupor desta terra, onde deixarei a casca!
(O cortiço, 2016.)
1 preguiçosa: cadeira de encosto reclinado com lugar para estender as pernas.
2 fartum: odor desagradável de alguns animais.
3 tramontana: rumo.
Em relação ao vizinho João Romão, Miranda manifesta, sobretudo, um sentimento de
Questão 9 6696382
UNIFAE 2022Considere o trecho de Vidas Secas, de Graciliano Ramos, para responder a questão.
Festa
Fabiano marchava teso.
Os dois meninos espiavam os lampiões e adivinhavam casos extraordinários. Não sentiam curiosidade, sentiam medo, e por isso pisavam devagar, receando chamar a atenção das pessoas. Supunham que existiam mundos diferentes da fazenda, mundos maravilhosos na serra azulada. Aquilo, porém, era esquisito. Como podia haver tantas casas e tanta gente? Com certeza os homens iriam brigar. Seria que o povo ali era brabo e não consentia que eles andassem entre as barracas? Estavam acostumados a aguentar cascudos e puxões de orelhas. Talvez as criaturas desconhecidas não se comportassem como sinha Vitória, mas os pequenos retraíam- se, encostavam-se às paredes, meio encandeados, os ouvidos cheios de rumores estranhos.
Chegaram à igreja, entraram. Baleia ficou passeando na calçada, olhando a rua, inquieta.
(Vidas Secas, 1982.)
Quando chegam à festa de Natal na cidade, com Fabiano e sinha Vitória, os dois meninos sentem-se
Questão 22 6825356
UFRGS 1° Dia 2022Entre os anos 1940 e 1960, veio à luz um conjunto de dramas que renovou a cena teatral brasileira; entre os mais famosos encontram-se Vestido de noiva, de Nelson Rodrigues, Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, Eles não usam black-tie, de Gianfrancesco Guarnieri, e O pagador de promessas, de Dias Gomes.
No bloco da esquerda abaixo, estão listadas peças teatrais; no da direita, nomes de protagonistas.
Associe adequadamente os dois blocos.
( ) Vestido de noiva
( ) Auto da Compadecida
( ) Eles não usam black-tie
( ) O pagador de promessas
1- João Grilo
2- Alaíde
3- Tião
4- Zé do Burro
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é