Questões de Literatura - Literatura brasileira - Escolas Literárias - Literatura contemporânea
1.002 Questões
Questão 4 12668524
UECE 1ª Fase 2024/2TEXTO
Admirável Chip Novo
(Pitty)
Pane no sistema, alguém me desconfigurou
Aonde estão meus olhos de robô?
Eu não sabia, eu não tinha percebido
Eu sempre achei que era vivo
[5] Parafuso e fluido em lugar de articulação
Até achava que aqui batia um coração
Nada é orgânico, é tudo programado
E eu achando que tinha me libertado
Mas lá vêm eles novamente
[10] Eu sei o que vão fazer
Reinstalar o sistema
Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga
[15] Tenha, more, gaste, viva
Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga
Não, senhor, sim, senhor
[20] Não, senhor, sim, senhor
Mas lá vêm eles novamente
Eu sei o que vão fazer
Reinstalar o sistema
No trecho: “Nada é orgânico, é tudo programado” (linha 07), a vírgula pode ser substituída, sem prejuízo de sentido, pelo conectivo
Questão 54 12644249
UNIFOR Demais Cursos 2024/2Borboletas
Borboletas me convidaram a elas.
O privilégio insetal de ser uma borboleta me atraiu.
Por certo eu iria ter uma visão diferente dos homens e das coisas.
Eu imaginava que o mundo visto de uma borboleta seria, com certeza,
um mundo livre aos poemas.
Daquele ponto de vista:
Vi que as árvores são mais competentes em auroras do que os homens.
Vi que as tardes são mais aproveitadas pelas garças do que pelos homens.
Vi que as águas têm mais qualidade para a paz do que os homens.
Vi que as andorinhas sabem mais das chuvas do que os cientistas.
Poderia narrar muitas coisas ainda que pude ver do ponto de vista de
uma borboleta.
Ali até o meu fascínio era azul.
Disponível em: https://poetisarte.com/autores/manoel-de-barros/borboletas/. Acesso em: 06 mai. 2024.
Por meio do poema “Borboletas”, Manoel de Barros defende a tese de que
Questão 5 12620294
UEA - SIS 3ª Etapa 2024/2026Para responder a questão, leia o poema “Canção do exílio”, do escritor Murilo Mendes, publicado originalmente em 1930.
Canção do exílio
Minha terra tem macieiras da Califórnia
onde cantam gaturamos1 de Veneza.
Os poetas da minha terra
são pretos que vivem em torres de ametista,
os sargentos do exército são monistas2, cubistas,
os filósofos são polacos vendendo a prestações.
A gente não pode dormir
com os oradores e os pernilongos.
Os sururus3 em família têm por testemunha a Gioconda4.
Eu morro sufocado
em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia.
Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade
e ouvir um sabiá com certidão de idade!
(Murilo Mendes. Poemas, 2014.)
1 gaturamo: espécie de pássaro.
2 monista: relativo a monismo, uma vertente filosófica.
3 sururu: briga envolvendo muitas pessoas, confusão.
4 Gioconda (La Gioconda): a conhecida pintura Mona Lisa de Leonardo
da Vinci
Na construção de seu poema, Murilo Mendes mobiliza fundamentalmente o seguinte recurso expressivo:
Questão 40 12172970
UECE 2ª Fase 1º Dia 2024/1TEXTO
Poemas aos homens do nosso tempo
Hilda Hilst
Enquanto faço o verso, tu decerto vives.
Trabalhas tua riqueza, e eu trabalho o sangue.
Dirás que sangue é o não teres teu ouro
E o poeta te diz: compra o teu tempo.
Contempla o teu viver que corre, escuta
O teu ouro de dentro. É outro o amarelo que te
falo.
Enquanto faço o verso, tu que não me lês
Sorris, se do meu verso ardente alguém te fala.
O ser poeta te sabe a ornamento, desconversas:
“Meu precioso tempo não pode ser perdido com os
poetas”.
Irmão do meu momento: quando eu morrer
Uma coisa infinita também morre. É difícil dizê-lo:
MORRE O AMOR DE UM POETA.
E isso é tanto, que o teu ouro não compra,
E tão raro, que o mínimo pedaço, de tão vasto
Não cabe no meu canto.
(Disponível em HILST, Hilda. Poemas aos homens do nosso tempo. In: Júbilo, memória, noviciado da paixão. São Paulo: Companhia das Letras, 2018; p.125.)
No verso “Meu precioso tempo não pode ser perdido com os poetas.” (linhas 129-130), o tom apresentado pela autora é de
Questão 32 12290921
PUC-GO Medicina 2023/2Leia o poema A flor e o beija-flor, de Marília de Mendonça e Juliano Tchula:
Essa é uma velha história
De uma flor e um beija-flor
Que conheceram o amor
Numa noite fria de Outono
E as folhas caídas no chão
Da estação que não tem cor
E a flor conhece o beija-flor
E ele lhe apresenta o amor
E diz que o frio é uma fase ruim
Que ela era a flor mais linda do jardim
E a única que suportou
Merece conhecer o amor
E todo seu calor
Ai que saudade de um beija-flor
Que me beijou depois voou
Pra longe demais
Pra longe de nós
Saudade de um beija-flor
Lembranças de um antigo amor
O dia amanheceu tão lindo
Eu durmo e acordo sorrindo.
[...]
(MENDONÇA, Marília TCHULA, Juliano. A flor e o beija-flor. Disponível em: https://www.letras.mus.br. Acesso em: 09 mar. 2023. Adaptado.)
Considere a leitura do poema e marque a única alternativa inteiramente correta:
Questão 10 9751160
UFT manhã 2023/2Insubmissas lágrimas de mulheres, da escritora Conceição Evaristo, é um livro que apresenta questões relativas à vida de uma parte da população feminina brasileira.
Sobre essa obra, assinale a alternativa CORRETA:
Pastas
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