Cabelos brancos! dai-me, enfim, a calma
A esta tortura de homem e de artista:
Desdém pelo que encerra a minha palma,
E ambição pelo mais que não exista.

BILAC, Olavo. Disponível em: https://www.culturagenial.com/ olavo-bilac-poemas/. Acesso em: 8 mar. 2024. [Fragmento]

Considerando o exposto no poema, observa-se que a figura de linguagem utilizada no primeiro verso

Considere o seguinte trecho do livro Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto:

“Policarpo era patriota. Desde moço, aí pelos vinte anos, o amor da pátria tomou-o todo inteiro. Não fora o amor comum, palrador e vazio; fora um sentimento sério, grave e absorvente. Nada de ambições políticas ou administrativas; o que Quaresma pensou, ou melhor: o que o patriotismo o fez pensar foi num conhecimento inteiro do Brasil, levando-o a meditações sobre os seus recursos, para depois então apontar os remédios, as medidas progressivas, com pleno conhecimento de causa. [...]

Havia um ano a esta parte que se dedicava ao tupiguarani. Todas as manhãs, antes que a ‘Aurora, com seus dedos rosados abrisse caminho ao louro Febo’, ele se atracava até ao almoço com o Montoya, Arte y dicionário de la lengua guaraní ó más bien tupí [...]. Na repartição, os pequenos empregados, amanuenses e escreventes, tendo notícia desse estudo do idioma tupiniquim, deram não se sabe por que em chamá-lo — Ubirajara.”

Barreto, 1991, p. 21-22

Considere as seguintes afirmativas:

I. Alguns aspectos do amor à pátria, conforme o texto acima, são concebidos a partir do fato de Policarpo Quaresma ver o Brasil na sua totalidade e de ele estar estudando o tupi-guarani, para torná-lo a língua oficial do Brasil.

II. Os colegas de repartição chamavam-no de Ubirajara, por admiração e por considerarem relevante o estudo do “idioma tupiniquim”.

III. Os sentimentos cívicos do Major Quaresma, desde que era jovem, aos vinte anos, aparecem na narrativa do livro quando ele se propõe estudar sobre a modinha, o folclore, “o jargão caboclo”, os autores nacionais e de ele admirar as novidades vindas da Europa.

IV. O amor à pátria sentido pelo personagem não se confundia com ambições ou carreirismo político, tampouco era voltado para os interesses individuais, como é sugerido no primeiro parágrafo do trecho acima.

V. Policarpo Quaresma, depois do aprendizado do tupiguarani, escreve um Requerimento, na primeira parte do livro, ao Congresso Nacional, pedindo o “tupi-guarani como língua oficial e nacional do povo brasileiro.”

Assinale a alternativa CORRETA:

Leia os versos da letra da música “Tigresa”, de
Caetano Veloso:

“Uma tigresa de unhas negras e íris cor de mel
Uma mulher, uma beleza que me aconteceu
Esfregando a pele de ouro marrom do seu corpo
contra o meu
Me falou que o mal é bom, e o bem, cruel”

Disponível em: https://www.letrasdemusicas.fm/caetano-veloso/tigresa

Sobre as figuras de linguagem encontradas nos versos da letra da música, é CORRETO afirmar que:

Seiscentos e Sessenta e Seis

A vida é uns deveres que nós trouxemos para
fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas…
Quando se vê, já é 6.ª feira…
Quando se vê, passaram 60 anos…
Agora, é tarde demais para ser reprovado…
Ese me dessem – um dia – uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio.
seguia sempre, sempre em frente …
E iria jogando pelo caminho a casca dourada e
inútil das horas.

Mário Quintana

Acerca da poética de Quintana, é coerente afirmar que

Leia o trecho do poema “Eu, etiqueta”, de Carlos Drummond de Andrade.

Estou, estou na moda.
É duro andar na moda, ainda que a moda
Seja negar minha identidade,
Trocá-la por mil, açambarcando¹
Todas as marcas registradas,
Todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
Eu que antes era e me sabia
Tão diverso de outros, tão mim mesmo,
Ser pensante sentinte e solitário
Com outros seres diversos e conscientes
De sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio
Ora vulgar ora bizarro.
Em língua nacional ou em qualquer língua.

(www.sociologia.seed.pr.gov.br)

1 açambarcar: tomar com exclusividade.

O trecho do poema faz uma crítica à

Assinale a opção que corresponde à forma adjetiva da expressão: “Sem cor sem perfume” (linha 93).