Questões de Literatura - Literatura brasileira - Escolas Literárias - Simbolismo
210 Questões
Questão 10 13396506
FAME 2024/2Cabelos brancos! dai-me, enfim, a calma
A esta tortura de homem e de artista:
Desdém pelo que encerra a minha palma,
E ambição pelo mais que não exista.
BILAC, Olavo. Disponível em: https://www.culturagenial.com/ olavo-bilac-poemas/. Acesso em: 8 mar. 2024. [Fragmento]
Considerando o exposto no poema, observa-se que a figura de linguagem utilizada no primeiro verso
Questão 58 12370658
UECE 2ª Fase 1º Dia 2023/1Texto
Caso pluvioso
A chuva me irritava. Até que um dia
descobri que maria é que chovia.
A chuva era maria. E cada pingo
de maria ensopava o meu domingo.
[5] E meus ossos molhando, me deixava
como terra que a chuva lavra e lava.
Eu era todo barro, sem verdura…
Maria, chuvosíssima criatura!
Ela chovia em mim, em cada gesto,
[10] pensamento, desejo, sono, e o resto.
Era chuva fininha e chuva grossa,
matinal e noturna, ativa…Nossa!
Não me chovas, Maria, mais que o justo
chuvisco de um momento, apenas susto.
[15] Não me inundes de teu líquido plasma,
não sejas tão aquático fantasma!
Eu lhe dizia em vão – pois que Maria
quanto mais eu rogava, mais chovia.
Chuvadeira maria, chuvadonha,
[20] chuvinhenta, chuvil, pluvimedonha!
Eu lhe gritava: Pára! e ela chovendo,
Poças d'água gelada ia tecendo.
E choveu tanto maria em minha casa
que a correnteza forte criou asa
[25] e um rio se formou, ou mar, não sei,
sei apenas que nele me afundei.
Os seres mais estranhos se juntando
na mesma aquosa pasta iam clamando
contra essa chuva estúpida e mortal
[30] catarata (jamais houve outra igual).
Anti-petendam cânticos se ouviram.
Que nada! As cordas d'água mais deliram,
e maria, torneira desatada,
mais se dilata em sua chuvarada.
[35] Os navios soçobram. Continentes
já submergem com todos os viventes,
e maria chovendo. Eis que a essa altura,
delida e fluida a humana enfibratura,
e a terra não sofrendo tal chuvência,
[40] comoveu-se a Divina Providência,
e Deus, piedoso e enérgico, bradou:
Não chove mais, maria! – e ela parou.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Antologia poética. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p. 231-234. Excerto.
Analise as afirmativas a seguir e assinale V para verdadeiro e F para falso.
( ) O R nos vocábulos “lavra” e “larva” é um fonema, pois possui valor capaz de alterar o significado de uma palavra.
( ) Os radicais –chuv em chuvinhenta (linha 20) e – pluvi em pluvimedonha (linha 20) têm a mesma significação.
( ) O prefixo anti– em “Anti-petendam” (linha 31) possui valor de afirmação.
( ) O sufixo –eira em “chuvadeira” (linha 19) possui valor de insignificância.
Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:
Questão 3 9536238
UEMG 2023“Constante aproximação entre a música e a poesia; utilização de recursos literários como, por exemplo, a aliteração (repetição de um fonema consonantal), assonância (repetição de fonemas vocálicos), onomatopeia, sinestesia; caráter individualista; subjetividade; oposição ao racionalismo, materialismo e cientificismo; desconsideração das questões sociais; fantasia e mistério; misticismo, religiosidade e sublimação; ampla valorização da espiritualidade humana; valorização do inconsciente e do consciente humano, rompendo com as barreiras impostas pela racionalidade; universo onírico e transcendental; produção de obras de arte baseadas na intuição, descartando a lógica e a razão; linguagem fluida e musical”.
Estas são algumas características do:
Questão 10 12518008
Barão de Mauá Maio 2022A questão abaixo baseia-se no poema “Idealização da humanidade futura”, de Augusto dos Anjos.
Idealização da humanidade futura
Rugia nos meus centros cerebrais
A multidão dos séculos futuros
- Homens que a herança de ímpetos impuros
Tornara etnicamente irracionais!
Não sei que livro, em letras garrafais,
Meus olhos liam! No húmus dos monturos,
Realizavam-se os partos mais obscuros,
Dentre as genealogias animais!
Como quem esmigalha protozoários
Meti todos os dedos mercenários
Na consciência daquela multidão...
E, em vez de achar a luz que os Céus inflama,
Somente achei moléculas de lama
E a mosca alegre da putrefação!
ANJOS, Augusto dos. Eu e outras poesias. São Paulo: Martin Claret, 2007.
Há, no poema, uma caracterização do homem com tendência à animalização, realçada pelos seguintes vocábulos:
Questão 28 9884950
UNIEVA Medicina 2022/2Leia o poema de Cecília Meireles, Primeiro motivo da rosa.
Vejo-te em seda e nácar,
e tão de orvalho trêmula,
que penso ver, efêmera,
toda a Beleza em lágrimas
por ser bela e ser frágil.
Meus olhos te ofereço:
espelho para a face
que terás, no meu verso,
quando, depois que passes,
jamais ninguém te esqueça.
Então, de seda e nácar,
toda de orvalho trêmula,
serás eterna. E efêmero
o rosto meu, nas lágrimas
do teu orvalho...E frágil.
(MEIRELES, Cecília. Obra poética, cit, p. 232.)
A sensibilidade de Cecília Meireles se revela na valorização de imagens da natureza e do infinito.
No caso do texto, observa-se que:
Questão 8 9550328
FACISA 2022/1Assinale a assertiva CORRETA.
Pastas
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