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Acesse GrátisQuestões de Literatura - Literatura brasileira
Questão 15 1058572
UFMS 2018Leia o texto a seguir.
[...]
Coração, portal vermelho
Pedra, com plumagem de ave
Cobra, coral que arranha
E alisa
E é pele de sal
Delírio ao olhar pras Cagarras
Pupila, kajal tão verde
Esmeralda, manchada de som
Onda, dedilhar que afoga
E desaba
O meu temporal
Arrepio ao cantar das cigarras
Cabelo, silêncio da noite
Negrume, cintura de raio
Bicho, seu dançar me engole
E desabotoa
O meu ato final
Deslizo ao chorar das guitarras
(E ao cantar das cigarras)
Fumaça!
Manchada de som
Fumaça!
Na pista a luz de cigarros
Eu sou do tipo que também passa mal
Com ciúmes do sabor da fumaça
Que penetra sua boca
Esse amor marginal
[...]
NOPORN. Fumaça. In: NOPORN. Boca. São Paulo: Tratore Distribuidora dos Independentes, 2016. 1 CD. Faixa 3 (4’48”).
A canção “Fumaça”, do duo NoPorn, composto por Liana Padilha e Luca Lauri, emprega dois recursos caros a duas poéticas da virada do século XIX para o século XX: primeiro, a aproximação de elementos distantes, criando novas realidades, por vezes oníricas, como a imagem de uma “pedra, com plumagem de ave”; segundo, a sinestesia, que promove o cruzamento de sensações, perceptível em construções como “manchada de som” e “sabor da fumaça”. O primeiro e o segundo recursos criativos expostos podem ser associados, respectivamente, ao:
Questão 40 138151
FACERES Medicina 2016/2O dadaísmo foi uma das vanguardas cujos preceitos serviram de base para o movimento do________________, no início do século XX. Ele levou em consideração a afirmação da identidade nacional mas soube aproveitar (devorar) as influências estrangeiras para a concepção das obras. O termo que completa corretamente o espaço é:
Questão 43 86297
UNIFOR 1ª Fase 2013/2“Eu queria que as palavras me gorjeassem”.
(Manoel de Barros).
Assinale a alternativa onde se encontra a correta interpretação para esse verso do poeta pantaneiro.
Questão 22 88321
UNCISAL 1° Dia 2012O movimento a que se refere o autor do texto acima, pelas características apresentadas, é o
Questão 7 5210166
UEA - SIS 3° Etapa 2020Leia o trecho inicial do poema “Como um presente”, do escritor Carlos Drummond de Andrade, para responder a questão
Teu aniversário, no escuro,
não se comemora.
Escusa de levar-te esta gravata.
Já não tens roupa, nem precisas.
Numa toalha no espaço há o jantar,
mas teu jantar é silêncio, tua fome não come.
Não mais te peço a mão enrugada
para beijar-lhe as veias grossas.
Nem procuro nos olhos estriados
aquela interrogação: está chegando?
Em verdade paraste de fazer anos.
Não envelheces. O último retrato
vale para sempre. És um homem cansado
mas fiel: carteira de identidade.
Tua imobilidade é perfeita. Embora a chuva,
o desconforto deste chão. Mas sempre amaste
o duro, o relento, a falta. O frio sente-se
em mim que te visito. Em ti, a calma.
Como compraste calma? Não a tinhas.
Como aceitaste a noite? Madrugavas.
Teu cavalo corta o ar, guardo uma espora
de tua bota, um grito de teus lábios,
sinto em mim teu corpo cheio, tua faca,
tua pressa, teu estrondo… encadeados.
(A rosa do povo, 2012.)
“Teu cavalo corta o ar, guardo uma espora
de tua bota, um grito de teus lábios,
sinto em mim teu corpo cheio, tua faca,
tua pressa, teu estrondo… encadeados.” (6a estrofe)
A presença do elemento onírico nesses versos revela a influência, sobretudo, da seguinte vanguarda europeia:
Questão 7 6144648
UEA - SIS 3° Etapa 2019Leia o trecho inicial do poema “Como um presente”, do escritor Carlos Drummond de Andrade, para responder à questão.
Teu aniversário, no escuro,
não se comemora.
Escusa de levar-te esta gravata.
Já não tens roupa, nem precisas.
Numa toalha no espaço há o jantar,
mas teu jantar é silêncio, tua fome não come.
Não mais te peço a mão enrugada
para beijar-lhe as veias grossas.
Nem procuro nos olhos estriados
aquela interrogação: está chegando?
Em verdade paraste de fazer anos.
Não envelheces. O último retrato
vale para sempre. És um homem cansado
mas fiel: carteira de identidade.
Tua imobilidade é perfeita. Embora a chuva,
o desconforto deste chão. Mas sempre amaste
o duro, o relento, a falta. O frio sente-se
em mim que te visito. Em ti, a calma.
Como compraste calma? Não a tinhas.
Como aceitaste a noite? Madrugavas.
Teu cavalo corta o ar, guardo uma espora
de tua bota, um grito de teus lábios,
sinto em mim teu corpo cheio, tua faca,
tua pressa, teu estrondo… encadeados.
(A rosa do povo, 2012.)
“Teu cavalo corta o ar, guardo uma espora
de tua bota, um grito de teus lábios,
sinto em mim teu corpo cheio, tua faca,
tua pressa, teu estrondo… encadeados.” (6ª estrofe)
A presença do elemento onírico nesses versos revela a influência, sobretudo, da seguinte vanguarda europeia: