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Acesse GrátisQuestões de Literatura - Literatura portuguesa
Questão 9 6272523
UNESP 2022/2Carpe diem. É um lema latino que significa, lato sensu, “aproveita bem o dia” ou “aproveita o momento fugaz”. Esta expressão tem paralelo em línguas modernas, como no inglês: “Take time while time is, for time will away”.
(Carlos Alberto de Macedo Rocha. Dicionário de locuções e expressões da língua portuguesa, 2011. Adaptado.)
Tal lema manifesta-se mais explicitamente nos seguintes versos de Fernando Pessoa
Questão 8 6696359
UNIFAE 2022Leia o trecho da cantiga medieval galego-portuguesa, em que o eu lírico pede a Deus que lhe permita ver a mulher amada ou então que lhe dê a morte.
A dona que eu amo e tenho por senhor
amostrade-mi-a, Deus, se vos en prazer for,
senom dade-mi a morte.
A que tenho eu por lume destes olhos meus
e por que choram sempre, amostrade-mi-a, Deus,
senom dade-mi a morte.
(Bernal de Bonaval. https://cantigas.fcsh.unl.pt. Adaptado.)
Por suas características, essa obra poética é típica do movi-mento literário conhecido como
Questão 7 7355058
UNITAU Inverno Medicina 2022“É certo que eu, num dos meus passeios desabridos, quando o céu afuzilava relâmpagos, fui caminho de Sintra, e vi na balaustrada de uma varanda, com os olhos postos no ocidente tempestuoso, uma mulher, que se me afigurou a pomba da boa nova ao quadragésimo dia do dilúvio”.
BRANCO, Camilo Castelo, Coração, cabeça e estômago. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1960, p. 455.
Dentre as alternativas abaixo, qual recurso literário podemos identificar no excerto acima?
Assinale a resposta CORRETA.
Questão 12 4060459
UNIFESP 2021Leia o poema de Fernando Pessoa para responder à questão.
Cruz na porta da tabacaria!
Quem morreu? O próprio Alves? Dou
Ao diabo o bem-’star que trazia.
Desde ontem a cidade mudou.
Quem era? Ora, era quem eu via.
Todos os dias o via. Estou
Agora sem essa monotonia.
Desde ontem a cidade mudou.
Ele era o dono da tabacaria.
Um ponto de referência de quem sou.
Eu passava ali de noite e de dia.
Desde ontem a cidade mudou.
Meu coração tem pouca alegria,
E isto diz que é morte aquilo onde estou.
Horror fechado da tabacaria!
Desde ontem a cidade mudou.
Mas ao menos a ele alguém o via,
Ele era fixo, eu, o que vou,
Se morrer, não falto, e ninguém diria:
Desde ontem a cidade mudou.
(Obra poética, 1997.)
No poema, o eu lírico sente-se
Questão 7 4358996
UNESP Cursos da área de biológicas 2021Futurismo. O Manifesto Futurista, de autoria do poeta italiano Filippo Tommaso Marinetti (1876-1944), foi publicado em Paris em 1909. Nesse manifesto, Marinetti declara a raiz italiana da nova estética: “queremos libertar esse país (a Itália) de sua fétida gangrena de professores, arqueólogos, cicerones e antiquários”. Falando da Itália para o mundo, o Futurismo coloca-se contra o “passadismo” burguês e o tradicionalismo cultural. A exaltação da máquina e da “beleza da velocidade”, associada ao elogio da técnica e da ciência, torna-se emblemática da nova atitude estética e política.
(https://enciclopedia.itaucultural.org.br. Adaptado.)
Verifica-se a influência dessa vanguarda artística nos seguintes versos do poeta português Fernando Pessoa:
Questão 41 5275401
UEL 2021Leia o fragmento retirado do livro Amor de perdição, de Camilo Castelo Branco, e responda a questão.
O ferimento de Simão Botelho era melindroso demais para obedecer prontamente ao curativo do ferrador, enfronhado em aforismos de alveitaria. A bala passara-lhe de revés a porção muscular do braço esquerdo; mas algum vaso importante rompera, que não bastavam compressas a vedar-lhe o sangue. Horas depois de ferido, o acadêmico deitou-se febril, deixando-se medicar pelo ferrador. O arreeiro partiu para Coimbra, encarregado de espalhar a notícia de ter ficado no Porto, Simão Botelho.
Mais que as dores e o receio da amputação, o mortificava a ânsia de saber novas de Teresa. João da Cruz estava sempre de sobre-rolda, precavido contra algum procedimento judicial por suspeitas dele. As pessoas que vinham de feirar na cidade contavam todas que dois homens tinham aparecido mortos, e constava serem criados dum fidalgo de Castro d’Aire, ninguém, porém, ouvira imputar o assassínio a determinadas pessoas. Na tarde desse dia recebeu Simão a seguinte carta de Teresa:
"Deus permita que tenhas chegado sem perigo à casa dessa boa gente. Eu não sei o que se passa, mas há coisa misteriosa que eu não posso adivinhar. Meu pai tem estado toda a manhã fechado com o primo, e a mim não me deixa sair do quarto. Mandou-me tirar o tinteiro; mas eu felizmente estava prevenida com outro. Nossa Senhora quis que a pobre viesse pedir esmola debaixo da janela do meu quarto; senão, eu nem tinha modo de lhe dar sinal para ela esperar esta carta. Não sei o que ela me disse. Falou-me em criados mortos; mas eu não pude entender... Tua mana Rita está-me acenando por trás dos vidros do teu quarto...
Disse-me agora tua mana que os moços de meu primo tinham aparecido mortos perto da estrada. Agora já sei tudo. Estive para lhe dizer que tu aí estás, mas não me deram tempo. Meu pai de hora a hora dá passeios no corredor, e solta uns ais muitos altos.
Ó meu querido Simão, que será feito de ti?... Estás ferido? Serei eu a causa da tua morte? Dize-me o que souberes. Eu já não peço a Deus senão a tua vida. Foge desses sítios: vai para Coimbra, e espera que o tempo melhore a nossa situação. Tem confiança nesta desgraçada, que é digna da tua dedicação... Chega a pobre: não quero demorá-la mais... Perguntei-lhe se se dizia de ti alguma coisa, e ela respondeu que não. Deus o queira".
BRANCO, Camilo Castelo. Amor de perdição. 2ª ed. Barueri: Ciranda Cultural, 2017. p. 47-48.
Assinale a alternativa correta sobre Amor de perdição.