
Faça seu login
Acesse GrátisQuestões de Literatura - Literatura portuguesa
Questão 80 76113
ESPM 2014/1Camões, grande Camões, quão semelhante
Acho teu fado¹ ao meu quando os cotejo!
Igual causa nos fez perdendo o Tejo
Arrostar² co sacrílego gigante (...)
Ludíbrio, como tu, da sorte dura,
Meu fim demando ao Céu, pela certeza
De que só terei paz na sepultura (...)
(Bocage)
¹fado = destino
²arrostar = encarar, afrontar
Assinale a afirmação correta sobre o poema. O "eu" lírico:
Questão 8 6263973
UNESP 2022/1O tópico clássico do locus amoenus está bem exemplificado nos seguintes versos do poeta Manuel Maria Barbosa du Bocage:
Questão 19 2095757
ESPM 2020/1Considere os dois excertos que seguem.
I
E disse: “Ó gente ousada, mais que quantas
No mundo cometeram grandes cousas,
Tu, que por guerras cruas, tais e tantas,
E por trabalhos vãos nunca repousas (...)”
(Os Lusíadas, Luís de Camões, canto V)
II
Aqui ao leme sou mais do que eu:
Sou um povo que quer o mar que é teu;
E mais que o mostrengo, que me a alma teme
E roda nas trevas do fim do mundo,
Manda a vontade, que me ata ao leme,
De El-Rei D. João Segundo!
(Mensagem, de Fernando Pessoa, 2.ª parte)
Em I, o Gigante Adamastor fala aos navegantes portugueses que queriam, pioneiramente, atravessar o Cabo das Tormentas a caminho das Índias; em II, o timoneiro fala ao mostrengo o porquê de a embarcação lusitana estar enfrentando os perigos do mar.
A partir dos excertos e dos comentários, assinale a afirmação que esteja incorreta.
Questão 9 4061971
UNIVAG 2020Leia o poema para responder à questão.
Lamenta um desengano inesperado
Tenta em vão temerária conjectura
Sondar o abismo do invisível Fado,
Que, de umbrosos mistérios enlutado,
Some aos olhos mortais a luz futura:
Presumia (ai de mim!) vendo a ternura
Daquela, que me trouxe enfeitiçado,
Presumia que Amor tinha guardado
Nos braços do meu bem minha ventura:
Oh Terra! Oh Céu! Mentiram-me os brilhantes
Olhos seus, onde achei suave abrigo;
Quão fáceis de enganar são os amantes!
Humanos, que seguis as leis que sigo,
Vós, corações, que ao meu sois semelhantes,
Ah! Comigo aprendei, chorai comigo.
(Bocage. Sonetos completos de Bocage, 1995.)
No poema, o eu lírico traz como tema
Questão 7 6419456
UNISA 2020Leia o soneto “Importuna Razão, não me persigas”, de Bocage, para responder a questão.
Importuna Razão, não me persigas;
Cesse a ríspida voz que em vão murmura;
Se a lei de Amor, se a força da ternura
Nem domas, nem contrastas, nem mitigas1.
Se acusas os mortais, e os não obrigas,
Se (conhecendo o mal) não dás a cura,
Deixa-me apreciar minha loucura,
Importuna Razão, não me persigas.
É teu fim, teu projeto encher de pejo2
Esta alma, frágil vítima daquela
Que, injusta e vária, noutros laços vejo.
Queres que fuja de Marília bela,
Que a maldiga, a desdenhe; e o meu desejo
É carpir, delirar, morrer por ela.
(Sonetos, s/d.)
1 mitigar: tornar mais brando, mais suave, menos intenso.
2 pejo: sentimento de vergonha.
No soneto, o eu lírico
Questão 9 6419504
UNISA 2020Leia o soneto “Importuna Razão, não me persigas”, de Bocage, para responder a questão.
Importuna Razão, não me persigas;
Cesse a ríspida voz que em vão murmura;
Se a lei de Amor, se a força da ternura
Nem domas, nem contrastas, nem mitigas1.
Se acusas os mortais, e os não obrigas,
Se (conhecendo o mal) não dás a cura,
Deixa-me apreciar minha loucura,
Importuna Razão, não me persigas.
É teu fim, teu projeto encher de pejo2
Esta alma, frágil vítima daquela
Que, injusta e vária, noutros laços vejo.
Queres que fuja de Marília bela,
Que a maldiga, a desdenhe; e o meu desejo
É carpir, delirar, morrer por ela.
(Sonetos, s/d.)
1 mitigar: tornar mais brando, mais suave, menos intenso.
2 pejo: sentimento de vergonha.
Poeta do final do século XVIII, Bocage é comumente enquadrado no Arcadismo português.
Podem-se observar nesse soneto, contudo, várias características que antecipam a estética