Questões de Literatura - Literatura Latino Americana
8 Questões
Questão 20 12296744
UNESP Meio do Ano 2024Para responder à questão, leia o conto indígena “Mboi-tatá ou Fogo-fátuo”, história contada por Yaguareçá Sukuyê e escrita por Yaguarê Yamã.
Fogo-fátuo é o nome pelo qual se conhece o Mboi-tatá, que em nhengatu significa “cobra de fogo”. Ele é um ser visajento1 , brilhante, que para os Maraguá, e especialmente para os habitantes do rio Urariá, se apresenta como uma luz que pinga, como se fosse uma vela.
Certa vez, um rapaz de uma aldeia saiu para ir a uma festa na aldeia vizinha. Muito interessado nas moças, ele demorou muito e acabou voltando depois da meia-noite. Como não havia levado lamparina para alumiar o caminho, foi andando aos tropeções pelo cacoal2 de uns dois quilômetros que separava as duas aldeias. Sempre é perigoso andar por dentro do cacoal, pois a luz do luar não atravessa as árvores, e muitas vezes há cobras venenosas, como a surukuku, a mais temida da região.
O rapaz vinha o tempo todo olhando para trás, torcendo para que viesse alguém com uma lamparina. Mas não vinha ninguém, e ele continuava andando, sempre com muito medo de ser picado por alguma cobra. De repente ele avistou uma luz muito ao longe e resolveu esperar, achando que fosse alguém da aldeia que vinha na sua direção. Quando a luz se aproximou, ele chamou:
— Olá, amigo, quem é você?
Só que ninguém respondeu. O rapaz recomeçou a andar, bem devagarinho, e meio cismado tornou a falar:
— Olá, amigo, está indo para a aldeia?
Mais uma vez, ninguém respondeu. Muito desconfiado, o rapaz acelerou o passo. A luz se tornou mais forte e, pingando como uma vela, foi se aproximando mais depressa. O rapaz não quis ver mais nada. Saiu correndo, tropeçando no meio da escuridão, caindo e se levantando, com a luz misteriosa sempre atrás dele, tentando alcançá-lo.
Cansado de tanto correr, quase entregando os pontos, ele acabou deixando a escuridão do cacoal e avistou a aldeia logo à sua frente. Não deu nem para chegar em casa. Passou como um relâmpago pelo meio dos cachorros que latiam e se jogou contra a porta do primeiro tapiry3 que encontrou. Com o tranco, arrebentou a esteira de japá4 e caiu para dentro. O dono da casa acordou assustado, ouviu a história do rapaz e os dois saíram juntos para o terreiro. A luz estranha tinha sido atacada pelos cachorros, e eles ainda a viram se afastando e voltando a entrar no cacoal.
No dia seguinte a aldeia toda ficou sabendo do caso, e nunca mais ninguém teve coragem de passar por aquele cacoal à noite.
(Yaguarê Yamã. Murũgawa: mitos, contos e fábulas do povo Maraguá, 2007.)
1 ser visajento (ou visagento): ser sobrenatural.
2 cacoal: aglomerado de cacaueiros.
3 tapiry: choupana que serve de abrigo.
4 japá: esteira de palha para cobrir ou servir de porta.
“A luz estranha tinha sido atacada pelos cachorros” (9º parágrafo)
Transposto para a voz ativa, esse trecho assume a seguinte redação:
Questão 18 12296728
UNESP Meio do Ano 2024Para responder à questão, leia o conto indígena “Mboi-tatá ou Fogo-fátuo”, história contada por Yaguareçá Sukuyê e escrita por Yaguarê Yamã.
Fogo-fátuo é o nome pelo qual se conhece o Mboi-tatá, que em nhengatu significa “cobra de fogo”. Ele é um ser visajento1 , brilhante, que para os Maraguá, e especialmente para os habitantes do rio Urariá, se apresenta como uma luz que pinga, como se fosse uma vela.
Certa vez, um rapaz de uma aldeia saiu para ir a uma festa na aldeia vizinha. Muito interessado nas moças, ele demorou muito e acabou voltando depois da meia-noite. Como não havia levado lamparina para alumiar o caminho, foi andando aos tropeções pelo cacoal2 de uns dois quilômetros que separava as duas aldeias. Sempre é perigoso andar por dentro do cacoal, pois a luz do luar não atravessa as árvores, e muitas vezes há cobras venenosas, como a surukuku, a mais temida da região.
O rapaz vinha o tempo todo olhando para trás, torcendo para que viesse alguém com uma lamparina. Mas não vinha ninguém, e ele continuava andando, sempre com muito medo de ser picado por alguma cobra. De repente ele avistou uma luz muito ao longe e resolveu esperar, achando que fosse alguém da aldeia que vinha na sua direção. Quando a luz se aproximou, ele chamou:
— Olá, amigo, quem é você?
Só que ninguém respondeu. O rapaz recomeçou a andar, bem devagarinho, e meio cismado tornou a falar:
— Olá, amigo, está indo para a aldeia?
Mais uma vez, ninguém respondeu. Muito desconfiado, o rapaz acelerou o passo. A luz se tornou mais forte e, pingando como uma vela, foi se aproximando mais depressa. O rapaz não quis ver mais nada. Saiu correndo, tropeçando no meio da escuridão, caindo e se levantando, com a luz misteriosa sempre atrás dele, tentando alcançá-lo.
Cansado de tanto correr, quase entregando os pontos, ele acabou deixando a escuridão do cacoal e avistou a aldeia logo à sua frente. Não deu nem para chegar em casa. Passou como um relâmpago pelo meio dos cachorros que latiam e se jogou contra a porta do primeiro tapiry3 que encontrou. Com o tranco, arrebentou a esteira de japá4 e caiu para dentro. O dono da casa acordou assustado, ouviu a história do rapaz e os dois saíram juntos para o terreiro. A luz estranha tinha sido atacada pelos cachorros, e eles ainda a viram se afastando e voltando a entrar no cacoal.
No dia seguinte a aldeia toda ficou sabendo do caso, e nunca mais ninguém teve coragem de passar por aquele cacoal à noite.
(Yaguarê Yamã. Murũgawa: mitos, contos e fábulas do povo Maraguá, 2007.)
1 ser visajento (ou visagento): ser sobrenatural.
2 cacoal: aglomerado de cacaueiros.
3 tapiry: choupana que serve de abrigo.
4 japá: esteira de palha para cobrir ou servir de porta.
Uma pontuação alternativa para um trecho do texto, sem prejuízo para a sua correção gramatical, está em:
Questão 19 12296731
UNESP Meio do Ano 2024Para responder à questão, leia o conto indígena “Mboi-tatá ou Fogo-fátuo”, história contada por Yaguareçá Sukuyê e escrita por Yaguarê Yamã.
Fogo-fátuo é o nome pelo qual se conhece o Mboi-tatá, que em nhengatu significa “cobra de fogo”. Ele é um ser visajento1 , brilhante, que para os Maraguá, e especialmente para os habitantes do rio Urariá, se apresenta como uma luz que pinga, como se fosse uma vela.
Certa vez, um rapaz de uma aldeia saiu para ir a uma festa na aldeia vizinha. Muito interessado nas moças, ele demorou muito e acabou voltando depois da meia-noite. Como não havia levado lamparina para alumiar o caminho, foi andando aos tropeções pelo cacoal2 de uns dois quilômetros que separava as duas aldeias. Sempre é perigoso andar por dentro do cacoal, pois a luz do luar não atravessa as árvores, e muitas vezes há cobras venenosas, como a surukuku, a mais temida da região.
O rapaz vinha o tempo todo olhando para trás, torcendo para que viesse alguém com uma lamparina. Mas não vinha ninguém, e ele continuava andando, sempre com muito medo de ser picado por alguma cobra. De repente ele avistou uma luz muito ao longe e resolveu esperar, achando que fosse alguém da aldeia que vinha na sua direção. Quando a luz se aproximou, ele chamou:
— Olá, amigo, quem é você?
Só que ninguém respondeu. O rapaz recomeçou a andar, bem devagarinho, e meio cismado tornou a falar:
— Olá, amigo, está indo para a aldeia?
Mais uma vez, ninguém respondeu. Muito desconfiado, o rapaz acelerou o passo. A luz se tornou mais forte e, pingando como uma vela, foi se aproximando mais depressa. O rapaz não quis ver mais nada. Saiu correndo, tropeçando no meio da escuridão, caindo e se levantando, com a luz misteriosa sempre atrás dele, tentando alcançá-lo.
Cansado de tanto correr, quase entregando os pontos, ele acabou deixando a escuridão do cacoal e avistou a aldeia logo à sua frente. Não deu nem para chegar em casa. Passou como um relâmpago pelo meio dos cachorros que latiam e se jogou contra a porta do primeiro tapiry3 que encontrou. Com o tranco, arrebentou a esteira de japá4 e caiu para dentro. O dono da casa acordou assustado, ouviu a história do rapaz e os dois saíram juntos para o terreiro. A luz estranha tinha sido atacada pelos cachorros, e eles ainda a viram se afastando e voltando a entrar no cacoal.
No dia seguinte a aldeia toda ficou sabendo do caso, e nunca mais ninguém teve coragem de passar por aquele cacoal à noite.
(Yaguarê Yamã. Murũgawa: mitos, contos e fábulas do povo Maraguá, 2007.)
1 ser visajento (ou visagento): ser sobrenatural.
2 cacoal: aglomerado de cacaueiros.
3 tapiry: choupana que serve de abrigo.
4 japá: esteira de palha para cobrir ou servir de porta.
Observa-se o emprego de palavra formada com prefixo que exprime ideia de repetição no seguinte trecho do conto:
Questão 17 12296722
UNESP Meio do Ano 2024Para responder à questão, leia o conto indígena “Mboi-tatá ou Fogo-fátuo”, história contada por Yaguareçá Sukuyê e escrita por Yaguarê Yamã.
Fogo-fátuo é o nome pelo qual se conhece o Mboi-tatá, que em nhengatu significa “cobra de fogo”. Ele é um ser visajento1 , brilhante, que para os Maraguá, e especialmente para os habitantes do rio Urariá, se apresenta como uma luz que pinga, como se fosse uma vela.
Certa vez, um rapaz de uma aldeia saiu para ir a uma festa na aldeia vizinha. Muito interessado nas moças, ele demorou muito e acabou voltando depois da meia-noite. Como não havia levado lamparina para alumiar o caminho, foi andando aos tropeções pelo cacoal2 de uns dois quilômetros que separava as duas aldeias. Sempre é perigoso andar por dentro do cacoal, pois a luz do luar não atravessa as árvores, e muitas vezes há cobras venenosas, como a surukuku, a mais temida da região.
O rapaz vinha o tempo todo olhando para trás, torcendo para que viesse alguém com uma lamparina. Mas não vinha ninguém, e ele continuava andando, sempre com muito medo de ser picado por alguma cobra. De repente ele avistou uma luz muito ao longe e resolveu esperar, achando que fosse alguém da aldeia que vinha na sua direção. Quando a luz se aproximou, ele chamou:
— Olá, amigo, quem é você?
Só que ninguém respondeu. O rapaz recomeçou a andar, bem devagarinho, e meio cismado tornou a falar:
— Olá, amigo, está indo para a aldeia?
Mais uma vez, ninguém respondeu. Muito desconfiado, o rapaz acelerou o passo. A luz se tornou mais forte e, pingando como uma vela, foi se aproximando mais depressa. O rapaz não quis ver mais nada. Saiu correndo, tropeçando no meio da escuridão, caindo e se levantando, com a luz misteriosa sempre atrás dele, tentando alcançá-lo.
Cansado de tanto correr, quase entregando os pontos, ele acabou deixando a escuridão do cacoal e avistou a aldeia logo à sua frente. Não deu nem para chegar em casa. Passou como um relâmpago pelo meio dos cachorros que latiam e se jogou contra a porta do primeiro tapiry3 que encontrou. Com o tranco, arrebentou a esteira de japá4 e caiu para dentro. O dono da casa acordou assustado, ouviu a história do rapaz e os dois saíram juntos para o terreiro. A luz estranha tinha sido atacada pelos cachorros, e eles ainda a viram se afastando e voltando a entrar no cacoal.
No dia seguinte a aldeia toda ficou sabendo do caso, e nunca mais ninguém teve coragem de passar por aquele cacoal à noite.
(Yaguarê Yamã. Murũgawa: mitos, contos e fábulas do povo Maraguá, 2007.)
1 ser visajento (ou visagento): ser sobrenatural.
2 cacoal: aglomerado de cacaueiros.
3 tapiry: choupana que serve de abrigo.
4 japá: esteira de palha para cobrir ou servir de porta.
“O rapaz recomeçou a andar, bem devagarinho, e meio cismado tornou a falar:
— Olá, amigo, está indo para a aldeia?” (5º /6º parágrafos)
Ao se adaptar esse trecho para o discurso indireto, a locução verbal da fala do rapaz assume a seguinte forma:
Questão 16 12296715
UNESP Meio do Ano 2024Para responder à questão, leia o conto indígena “Mboi-tatá ou Fogo-fátuo”, história contada por Yaguareçá Sukuyê e escrita por Yaguarê Yamã.
Fogo-fátuo é o nome pelo qual se conhece o Mboi-tatá, que em nhengatu significa “cobra de fogo”. Ele é um ser visajento1 , brilhante, que para os Maraguá, e especialmente para os habitantes do rio Urariá, se apresenta como uma luz que pinga, como se fosse uma vela.
Certa vez, um rapaz de uma aldeia saiu para ir a uma festa na aldeia vizinha. Muito interessado nas moças, ele demorou muito e acabou voltando depois da meia-noite. Como não havia levado lamparina para alumiar o caminho, foi andando aos tropeções pelo cacoal2 de uns dois quilômetros que separava as duas aldeias. Sempre é perigoso andar por dentro do cacoal, pois a luz do luar não atravessa as árvores, e muitas vezes há cobras venenosas, como a surukuku, a mais temida da região.
O rapaz vinha o tempo todo olhando para trás, torcendo para que viesse alguém com uma lamparina. Mas não vinha ninguém, e ele continuava andando, sempre com muito medo de ser picado por alguma cobra. De repente ele avistou uma luz muito ao longe e resolveu esperar, achando que fosse alguém da aldeia que vinha na sua direção. Quando a luz se aproximou, ele chamou:
— Olá, amigo, quem é você?
Só que ninguém respondeu. O rapaz recomeçou a andar, bem devagarinho, e meio cismado tornou a falar:
— Olá, amigo, está indo para a aldeia?
Mais uma vez, ninguém respondeu. Muito desconfiado, o rapaz acelerou o passo. A luz se tornou mais forte e, pingando como uma vela, foi se aproximando mais depressa. O rapaz não quis ver mais nada. Saiu correndo, tropeçando no meio da escuridão, caindo e se levantando, com a luz misteriosa sempre atrás dele, tentando alcançá-lo.
Cansado de tanto correr, quase entregando os pontos, ele acabou deixando a escuridão do cacoal e avistou a aldeia logo à sua frente. Não deu nem para chegar em casa. Passou como um relâmpago pelo meio dos cachorros que latiam e se jogou contra a porta do primeiro tapiry3 que encontrou. Com o tranco, arrebentou a esteira de japá4 e caiu para dentro. O dono da casa acordou assustado, ouviu a história do rapaz e os dois saíram juntos para o terreiro. A luz estranha tinha sido atacada pelos cachorros, e eles ainda a viram se afastando e voltando a entrar no cacoal.
No dia seguinte a aldeia toda ficou sabendo do caso, e nunca mais ninguém teve coragem de passar por aquele cacoal à noite.
(Yaguarê Yamã. Murũgawa: mitos, contos e fábulas do povo Maraguá, 2007.)
1 ser visajento (ou visagento): ser sobrenatural.
2 cacoal: aglomerado de cacaueiros.
3 tapiry: choupana que serve de abrigo.
4 japá: esteira de palha para cobrir ou servir de porta.
Observa-se o emprego de uma expressão própria da linguagem coloquial no seguinte trecho do conto:
Questão 1 3548000
IFMA Subsequente 2016O texto que segue é uma adaptação do conto de Júlio Cortázar, escritor argentino que se destacou como autor de literatura fantástica. Leia-o atentamente e responda a questão.
TEXTO
Continuidade dos parques
Havia começado a ler o romance uns dias antes. Abandonou-o por negócios urgentes, voltou a abri-lo quando regressava de trem à chácara; deixava interessar-se lentamente pela trama, pelo desenho das personagens. Essa tarde, depois de escrever uma carta ao caseiro e discutir com o mordomo uma questão de uns aluguéis, voltou ao livro com a tranquilidade do gabinete que dava para o parque dos carvalhos. Esticado na poltrona favorita, de costas para a porta que o teria incomodado como uma irritante possibilidade de instrução, deixou que sua mão esquerda acariciasse uma e outra vez o veludo verde e começou a ler os últimos capítulos.
CORTÁZAR, Júlio. Continuidade dos parques. In: CORTÁZAR, Júlio. Final do jogo. RJ: Expressão e Cultura, 1971.
Após leitura e compreensão do texto “Continuidade dos parques”, constata-se que
Pastas
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