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Acesse GrátisQuestões de Português - Morfologia
Questão 52 278358
UNIFOR Bacharelado 2017/2Leia a frase a seguir.
“Seguro sem corretor credenciado não é seguro.”
Sobre a palavra seguro, pode-se dizer que
Questão 6 1366218
UFAL 2014/2A questão refere-se aos quadrinhos abaixo.
Os adjetivos que estão presentes no primeiro quadrinho aparecem com o prefixo cujo significado consta em movimento
Questão 8 94539
Mackenzie 2013/2Texto I
Esses Moços
Esses moços, pobres moços
Ah! Se soubessem o que eu sei
Não amavam...
Não passavam aquilo que eu já passei
[5] Por meus olhos
Por meus sonhos
Por meu sangue, tudo enfim
É que eu peço a esses moços
Que acreditem em mim
[10] Se eles julgam
Que há um lindo futuro
Só o amor nesta vida conduz
Saibam que deixam o céu por ser escuro
E vão ao inferno
[15] À procura de luz
Eu também tive nos meus belos dias
Essa mania que muito me custou
E só as mágoas eu trago hoje em dia
E essas rugas o amor me deixou!
Lupicínio Rodrigues (1948)
Texto II
Capítulo LXXIII / O contrarregra
Ora, o dandy do cavalo baio não passou como os outros; era a
trombeta do juízo final e soou a tempo; assim faz o Destino, que é o
seu próprio contrarregra. O cavaleiro não se contentou de ir andando,
mas voltou a cabeça para o nosso lado, o lado de Capitu, e olhou
[5] para Capitu, e Capitu para ele; o cavalo andava, a cabeça do homem
deixava-se ir voltando para trás. Tal foi o segundo dente de ciúme que
me mordeu. A rigor, era natural admirar as belas figuras; mas aquele
sujeito costumava passar ali, às tardes; morava no antigo Campo da
Aclamação, e depois... e depois... Vão lá raciocinar com um coração
[10] de brasa, como era o meu! Nem disse nada a Capitu; saí da rua à
pressa, enfiei pelo meu corredor, e, quando dei por mim, estava na
sala de visitas.
Machado de Assis, Dom Casmurro (1899)
Assinale a alternativa correta.
Questão 2 1530972
PUC-PR Inverno - Demais Cursos 2018Leia a seguir.
Em ortografia, a noção de certo ou errado é regida por lei, que prescreve a correta escrita de nossas palavras.
Assim, sobre a correção ortográfica do segundo quadrinho da tirinha, assinale a alternativa CORRETA.
Questão 2 297502
UFRR Etapa 2 2018Leia o texto abaixo e responda a questão.
TEXTO I
UM APÓLOGO
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?
— Deixe-me, senhora.
— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
— Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
— Mas você é orgulhosa.
— Decerto que sou.
— Mas por quê?
— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu?
— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...
— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando...
— Também os batedores vão adiante do imperador.
— Você é imperador?
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:
A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plicplic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:
— Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:
— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:
— Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!
ASSIS, Machado de. Para Gostar de Ler - Volume 9 – Contos. São Paulo: Ática, 1984.
No trecho: ―Esta agora é melhor.", e no trecho ―... um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência...‖, as palavras destacadas são adjetivos expressos na gradação ou grau:
Questão 8 301956
UECE 1° Fase 2° Dia 2018Uma vela para Dario
Dalton Trevisan
[1] Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço
[2] esquerdo e, assim que dobrou a esquina,
[3] diminuiu o passo até parar, encostando-se à
[4] parede de uma casa. Por ela escorregando,
[5] sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e
[6] descansou na pedra o cachimbo.
[7] Dois ou três passantes rodearam-no e
[8] indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a
[9] boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta.
[10] O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia
[11] sofrer de ataque.
[12] Ele reclinou-se mais um pouco, estendido
[13] agora na calçada, e o cachimbo tinha apagado.
[14] O rapaz de bigode pediu aos outros que se
[15] afastassem e o deixassem respirar. Abriu-lhe o
[16] paletó, o colarinho, a gravata e a cinta.
[17] Quando lhe retiraram os sapatos, Dario roncou
[18] feio e bolhas de espuma surgiram no canto da
[19] boca.
[20] Cada pessoa que chegava erguia-se na ponta
[21] dos pés, embora não o pudesse ver. Os
[22] moradores da rua conversavam de uma porta
[23] à outra, as crianças foram despertadas e de
[24] pijama acudiram à janela. O senhor gordo
[25] repetia que Dario sentara-se na calçada,
[26] soprando ainda a fumaça do cachimbo e
[27] encostando o guarda-chuva na parede. Mas
[28] não se via guarda-chuva ou cachimbo ao seu
[29] lado.
[30] A velhinha de cabeça grisalha gritou que ele
[31] estava morrendo. Um grupo o arrastou para o
[32] táxi da esquina. Já no carro a metade do
[33] corpo, protestou o motorista: quem pagaria a
[34] corrida? Concordaram chamar a ambulância.
[35] Dario conduzido de volta e recostado à parede
[36] – não tinha os sapatos nem o alfinete de
[37] pérola na gravata.
[38] Alguém informou da farmácia na outra rua.
[39] Não carregaram Dario além da esquina; a
[40] farmácia no fim do quarteirão e, além do mais,
[41] muito pesado. Foi largado na porta de uma
[42] peixaria. Enxame de moscas lhe cobriu o
[43] rosto, sem que fizesse um gesto para espantá-
[44] las.
[45] Ocupado o café próximo pelas pessoas que
[46] vieram apreciar o incidente e, agora, comendo
[47] e bebendo, gozavam as delícias da noite. Dario
[48] ficou torto como o deixaram, no degrau da
[49] peixaria, sem o relógio de pulso.
[50] Um terceiro sugeriu que lhe examinassem os
[51] papéis, retirados – com vários objetos – de
[52] seus bolsos e alinhados sobre a camisa
[53] branca. Ficaram sabendo do nome, idade;
[54] sinal de nascença. O endereço na carteira era
[55] de outra cidade.
[56] Registrou-se correria de mais de duzentos
[57] curiosos que, a essa hora, ocupavam toda a
[58] rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro
[59] investiu a multidão. Várias pessoas
[60] tropeçaram no corpo de Dario, que foi
[61] pisoteado dezessete vezes.
[62] O guarda aproximou-se do cadáver e não pôde
[63] identificá-lo – os bolsos vazios. Restava a
[64] aliança de ouro na mão esquerda, que ele
[65] próprio – quando vivo – só podia destacar
[66] umedecida com sabonete. Ficou decidido que o
[67] caso era com o rabecão.
[68] A última boca repetiu “Ele morreu, ele
[69] morreu”. A gente começou a se dispersar.
[70] Dario levara duas horas para morrer, ninguém
[71] acreditou que estivesse no fim. Agora, aos que
[72] podiam vê-lo, tinha todo o ar de um defunto.
[73] Um senhor piedoso despiu o paletó de Dario
[74] para lhe sustentar a cabeça. Cruzou as suas
[75] mãos no peito. Não pôde fechar os olhos nem
[76] a boca, onde a espuma tinha desaparecido.
[77] Apenas um homem morto e a multidão se
[78] espalhou, as mesas do café ficaram vazias. Na
[79] janela alguns moradores com almofadas para
[80] descansar os cotovelos.
[81] Um menino de cor e descalço veio com uma
[82] vela, que acendeu ao lado do cadáver. Parecia
[83] morto há muitos anos, quase o retrato de um
[84] morto desbotado pela chuva.
[85] Fecharam-se uma a uma as janelas e, três
[86] horas depois, lá estava Dario à espera do
[87] rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o
[88] paletó, e o dedo sem a aliança. A vela tinha
[89] queimado até a metade e apagou-se às
[90] primeiras gotas da chuva, que voltava a cair.
TREVISAN, Dalton. Vinte Contos Menores. Rio de Janeiro: Record, 1979.
No conto, há duas classes de pessoas que interagem com Dario: os indiferentes e os solidários. Atente ao que se diz a seguir sobre estes dois grupos de personagens, e assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso.
( ) Para marcar linguisticamente a classe dos indiferentes, o contista faz uso, geralmente, de expressões com plural ou com pronome indefinido.
( ) Para descrever a classe dos solidários, o narrador emprega, algumas vezes, substantivos seguidos de artigo definido ou de adjetivos/expressões adjetivas.
( ) O contista narra inúmeras tentativas para auxiliar Dario, destacando, em relação aos indiferentes, um maior predomínio, no texto, de pessoas solidárias com a dor e o sofrimento do pobre homem.
( ) Há um tom marcadamente trágico presente no desfecho do conto, ao se mostrar, entre as pessoas solidárias, um senhor piedoso e um menino negro sem chinelos que pareciam, em pleno espaço público da rua em uma noite chuvosa, preparar os rituais da cerimônia do velório e do sepultamento do corpo de Dario.
A sequência correta, de cima para baixo, é: