Questões de Português - Gramática
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Questão 12 13478728
ENEM 1º Dia (Azul) 2024 A Língua da Tabatinga, falada na cidade de Bom Despacho, Minas Gerais, foi por muito tempo estigmatizada devido à sua origem e à própria classe social de seus falantes, pois, segundo uma pesquisadora, era falada por “menos pobres vindos da Tabatinga ou de Cruz de Monte — ruas da periferia da cidade cujos habitantes sempre foram tidos por marginais”. Conhecida por antigos como a “língua dos engraxates”, pois muitos trabalhadores desse ofício conversavam nessa língua enquanto lustravam sapatos na praça da matriz, a Língua da Tabatinga era utilizada por negros escravizados como uma espécie de “língua secreta”, um código para trocarem informações de como conseguir alimentos, ou para planejar fugas de seus senhores sem risco de serem descobertos por eles.
De acordo com um documento do Iphan (2011), os falantes da língua apresentam uma forte consciência de sua relação com a descendência africana e da importância de preservar a “fala que os identifica na região”. Essa mudança de compreensão tangencia aspectos de pertencimento, pois, à medida que o falante da Língua da Tabatinga se identifica com a origem afro-brasileira, ele passa a ver essa língua como um legado recebido e tem o cuidado de transmiti-la para outras gerações. A concentração de falantes dessa língua está na faixa etária entre 61 e 80 anos de idade.
Disponível em: www.historiaeparcerias2019.ir.anpuh.org. Acesso em: 3 fev. 2024 (adaptado).
A Língua da Tabatinga tem sido preservada porque o(a
Questão 5 13396100
FAME 2024/2INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.
Disponível em: https://www.facebook.com/tirasarmandinho/posts/d41d8cd9/1895481693830461/?locale=pt_BR. Acesso em: 8 mar. 2024.
Na oração: “Bem que disseram...”, no segundo quadrinho, o sujeito é classificado como
Questão 2 13396035
FAME 2024/2INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.
Pelo direito de concluir a educação básica
Em 2022, no Brasil, mais de 9 milhões de jovens de 15 a 29 anos estavam fora da escola, sem completar a educação básica. Os principais motivos que levaram esses jovens a se afastarem incluíram a necessidade de trabalhar, o desinteresse e as necessidades de cuidar de filhos e de outros parentes, além da gravidez, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São mais de 9 milhões de cidadãs e cidadãos que enfrentam inúmeros desafios de empregabilidade e ficam sujeitos, muitas vezes, a postos de trabalho precários e a menos oportunidades de ascensão profissional. É um desafio nacional viabilizar as condições necessárias para reintegrá-los à educação, assegurando o direito constitucional ao ensino básico. E esse deveria ser um compromisso de toda a sociedade.
A violação do direito à educação e a baixa escolaridade agravam o ciclo de pobreza e desigualdades do país. Negar esse direito a essa parcela da população não só impacta as camadas mais vulnerabilizadas da sociedade, mas também amplia as desigualdades sociais já existentes.
Não conseguiremos construir uma nação justa e economicamente forte enquanto dois em cada 10 jovens chegarem à vida adulta sem concluir ao menos o Ensino Médio.
CHAMARELLI, Carla; SOARES, Rosalina. Pelo direito de concluir a educação básica. Correio Braziliense. Opinião, 2024. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/ opiniao/2024/03/6817048-pelo-direito-de-concluir-a-educacaobasica.html. Acesso em: 12 mar. 2024. [Fragmento adaptado]
Releia este período do texto.
“É um desafio nacional viabilizar as condições necessárias para reintegrá-los à educação”.
Considerando o primeiro parágrafo do artigo de opinião, qual é a função do termo destacado no período apresentado?
Questão 6 13197027
UnirG Medicina 2024/1Texto para a questão
MEDO DE AGULHA? TÉCNICAS PROMETEM EFEITO
SEMELHANTE À ACUPUNTURA SEM PERFURAÇÃO
Apesar de especialistas dizerem que a acupuntura, quando realizada da maneira adequada, não deve causar dor, pessoas com fobia de agulhas, ou mesmo as crianças, podem resistir ao procedimento por causa (1) desses objetos.
Na prática, a técnica está diretamente associada às agulhas, “mas existem possibilidades de estimulação de pontos de acupuntura sem fazer o agulhamento”, explica o presidente da Associação Médica Brasileira de Acupuntura, Ruy Yukimatsu Tanigawa.
De acordo com o médico, (2) esses pontos estão associados ao sistema nervoso. O que significa que os estímulos passam pela coluna vertebral e podem chegar até a parte cerebral — provocando a inibição ou o equilíbrio do sistema.
Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/medo-de-agulha-tecnicasprometem-efeito-semelhante-a-acupuntura-sem-perfuracao/
O verbo poder, nas duas ocorrências no texto acima, tem sentido de:
Questão 5 13185416
UnirG Medicina 2024/1Texto para a questão
MEDO DE AGULHA? TÉCNICAS PROMETEM EFEITO
SEMELHANTE À ACUPUNTURA SEM PERFURAÇÃO
Apesar de especialistas dizerem que a acupuntura, quando realizada da maneira adequada, não deve causar dor, pessoas com fobia de agulhas, ou mesmo as crianças, podem resistir ao procedimento por causa (1) desses objetos.
Na prática, a técnica está diretamente associada às agulhas, “mas existem possibilidades de estimulação de pontos de acupuntura sem fazer o agulhamento”, explica o presidente da Associação Médica Brasileira de Acupuntura, Ruy Yukimatsu Tanigawa.
De acordo com o médico, (2) esses pontos estão associados ao sistema nervoso. O que significa que os estímulos passam pela coluna vertebral e podem chegar até a parte cerebral — provocando a inibição ou o equilíbrio do sistema.
Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/medo-de-agulha-tecnicasprometem-efeito-semelhante-a-acupuntura-sem-perfuracao/
Os pronomes desses (ref 1.) e esses (ref 2), indicados no texto, são elementos que contribuem para a coesão textual.
Sendo assim é correto afirmar que, no contexto em que ocorrem, eles recuperam, respectivamente:
Questão 7 12296660
UNESP Meio do Ano 2024Para responder à questão, leia o epílogo do livro O fim da Terra e do Céu, do físico brasileiro Marcelo Gleiser.
A sabedoria dos céus
Cada vez que tocamos algo na Natureza, causamos reverberações no resto do Universo. John Muir (1838-1914)
Existe magia nos céus. E essa magia nos compele a olhar para cima, a explicar, de alguma forma, nosso lugar no vasto Universo em que vivemos. Afinal, nós somos poeira das estrelas, nossa química deriva de explosões estelares que ocorreram antes ainda da formação do sistema solar. Se durante a história da humanidade nossas explicações vieram originalmente das várias religiões, hoje elas provêm da ciência. Mas, conforme procurei argumentar neste livro, não existe uma ruptura abrupta entre o discurso religioso e o discurso científico. O fascínio e o medo dos céus, que são parte integral de muitas religiões, influenciaram e influenciam o desenvolvimento das teorias científicas que criamos para explicar os movimentos celestes. O que antes era inesperado, assustador, tantas vezes interpretado como uma mensagem dos deuses ou mesmo como um prenúncio do Fim, é hoje incorporado nas nossas teorias cósmicas, que visam descrever os diversos fenômenos celestes como sendo consequência de relações de causa e efeito entre objetos materiais. A magia, mesmo que agora faça parte do discurso científico, persiste.
É difícil aceitar a ideia de que nós somos relativamente insignificantes dentro do contexto cósmico, de que nossa existência individual ou mesmo como espécie tem tão pouca influência no desenrolar das criações e destruições que se propagam pelo Universo. Como podemos reconciliar nossa capacidade de refletir sobre o mundo e sobre nós mesmos com o fato de que nossas vidas são tão curtas, de que por mais que amemos e aprendamos, teremos sempre muito mais o que amar e aprender? Não existe uma única resposta para essa pergunta. Cada pessoa tenta, consciente ou inconscientemente, responder a ela de alguma forma. Talvez a resposta esteja na própria pergunta, no fato de que nos sa existência é limitada. Sem limites não existem desejos. E sem desejo não existe criação. Seria frustrante passar toda uma vida nos preocupando com o que não teremos chance de fazer após morrermos. Mais do que frustrante, seria um desperdício.
Nós vimos como processos regenerativos ocorrem a partir de eventos destrutivos: asteroides caem sobre a Terra, extinguindo várias espécies mas permitindo que outras evoluam; estrelas são criadas a partir dos restos de outras, em um ciclo de renovação que se perpetua de galáxia em galáxia; até mesmo o nosso Universo tem uma história, cujo começo ainda não conhecemos e cujo fim talvez jamais vamos conhecer. Esses processos de regeneração não são uma exclusividade celeste, mas ocorrem à nossa volta todos os dias. Cada árvore que tomba dá origem a muitas outras; cada vida humana semeia muitas outras. Nós somos seres complicados, imaturos, capazes das mais belas criações e dos crimes mais horrendos. Talvez, ao aprendermos mais sobre o mundo à nossa volta, sobre os vários ciclos de criação e destruição que acontecem continuamente nos céus e na Terra, sejamos capazes de crescer um pouco mais, de enxergar além das nossas diferenças, e de trabalhar juntos para a preservação do nosso planeta e da nossa espécie. O primeiro passo é simples: é só olhar para os lados, com respeito, curiosidade, humildade e admiração. E não temos sequer um minuto a perder.
(O fim da Terra e do Céu, 2011.)
Em “A magia, mesmo que agora faça parte do discurso científico, persiste.” (1o parágrafo), a locução conjuntiva sublinhada pode ser substituída, sem prejuízo para o sentido do texto, por:
Pastas
06