Questões de Português - Gramática - Figuras de Linguagem
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TEXTO
EMISSORAS VERDE-OLIVA DE RÁDIO
Desde 2002, as emissoras do Sistema Verde-Oliva de Rádio têm conquistado seu espaço na audiência desse tipo de mídia. Essa realidade é fruto da parceria entre a Fundação Cultural do Exército Brasileiro (FUNCEB) e o Centro de Comunicação Social do Exército, com o apoio cultural da Fundação Habitacional do Exército (FHE).
Com o slogan “SINAL VERDE PARA A BOA MÚSICA”, as emissoras têm a missão de produzir uma programação de conteúdos de qualidade, transmitindo músicas, notícias gerais e informações institucionais que aproximem o Exército da sociedade, o que colabora para a educação, a cultura e o civismo dos ouvintes.
Ouça no rádio e pela internet!
Disponível em: https://www.eb.mil.br/web/radio-verde-oliva. Acesso em 13 de janeiro de 2023.
Qual figura de linguagem pode ser identificada no slogan em destaque no Texto?
Para responder à questão, considere o texto a seguir.
ÚLTIMA CARTA DE PAUL KLEE AOS GATOS DA SUA VIDA
Queridos Nuggi, Fritzy e Binho,
Chegando ao fim da minha vida, dirijo-vos esta
carta para vos dar conta da importância que tiveram
no meu atribulado percurso como pintor.
[5] Creio que não teria chegado aonde cheguei como
artista do meu tempo sem o vosso amor e a inspi-
ração que nunca me regatearam.
Fiz questão de vos manter presentes em tudo
quanto fiz, desde as cartas aos poemas, passando,
[10] naturalmente, pelos quadros em que tentei modes-
tamente representar-vos.
Vocês acompanharam-me nas horas de sofr-
imento e de incerteza, de exílio e de privação, mas
também naquelas que me deram a ilusão da feli-
[15] cidade. Primeiro, o meu querido Nuggi, cinzento e
meigo, ainda nos anos da juventude; depois, Fritzy,
tigrado, brincalhão e matreiro, a quem também
chamei Fripouille, nos tempos mais intensos da
criação pictórica e também do reconhecimento ar-
[20] tístico pelo público e pela crítica; por fim, Bimbo,
branco e discreto, já nos anos da doença e da de-
cadência física, sempre dedicado, sempre presente,
sempre terno e atento.
Devo confessar que sempre vislumbrei em vós um
[25] toque do sagrado, porque não hesito em considerar-vos
seres divinos, que eu não fui capaz de retratar com
o talento merecido nas telas e nos desenhos em que
vos tentei eternizar. Sim, é verdade que vos escrevi
cartas, sobretudo a Bimbo, já no fim da vida, e que
[30] não tinha sossego nos meus telefonemas sempre
que me diziam que algum de vocês estava doente ou
andava fugido. Isso nunca foi uma fraqueza minha e
sim uma das principais manifestações do amor que
consegui partilhar com outros seres.
[35] Ainda assim, alguns dos quadros de que mais
gosto são precisamente aqueles em que vos reser-
vei lugar, com títulos como O Gato e o Pássaro ou
A Montanha do Gato Sagrado. Os gatos ajudaram
também a fortalecer amizades com artistas e poetas
[40] que comungam comigo esse amor e essa admiração
irrenunciáveis. Foi o que aconteceu com Rainer Maria
Rilke. Até isso eu vos fiquei a dever, tributo reserva-
do a um pintor que tentou sempre estar à altura da
vossa ternura e infinita capacidade de dádiva.
[45] Agora que estou de partida, levo comigo a re-
cordação do que vocês foram para mim e a con-
vicção de que não teria sido o que fui, nem teria
chegado aonde cheguei, sem o vosso amparo e a
vossa dedicação. No meu íntimo, sei que volta-
[50] remos a encontrar-nos, porque não pode acabar
no perecível mundo material e terreno um amor
como foi o nosso.
Eternamente vosso,
Paul Klee
Fonte: LETRIA, J. J. Última carta de Paul Klee aos gatos da sua vida. In: LETRIA, J. J. Amados gatos: pequenas histórias de gatos célebres. Oficina do Livro: Alfragide, Portugal, 2005. (Adaptado)
Os termos “primeiro” (ℓ. 15), “depois” (ℓ. 16) e “por fim” (ℓ. 20) são empregados para indicar
Leia o soneto de Manuel Maria Barbosa du Bocage para responder à questão.
Nos campos o vilão1 sem sustos passa,
Inquieto na corte o nobre mora;
O que é ser infeliz aquele ignora,
Este encontra nas pompas a desgraça.
Aquele canta e ri; não se embaraça
Com essas coisas vãs que o mundo adora;
Este (oh, cega ambição!) mil vezes chora,
Porque não acha bem que o satisfaça.
Aquele dorme em paz no chão deitado,
Este, no ebúrneo2 leito precioso,
Nutre, exaspera velador cuidado3.
.
Triste! Sai do palácio majestoso:
Se hás-de ser cortesão, mas desgraçado,
Antes ser camponês e venturoso!
(Bocage. Poemas escolhidos, 1974.)
1vilão: camponês.
2ebúrneo: feito de marfim.
3cuidado: preocupação, inquietação.
O eu lírico lança mão do recurso retórico conhecido como hipérbole no seguinte verso:
Examine o meme publicado pelo perfil “Art Memes Central” no Instagram, em 17.05.2023.
Na construção de seu sentido, o meme explora fundamentalmente o seguinte recurso expressivo:
Nessa noite, fui cedo para a cama, preparando-me para madrugar no dia seguinte. E tal era o meu propósito, que peguei logo num sono doce e tranquilo. Eram seis horas e eu já estava no jardim. Como quem desperta de um sono, apatetada, olhei à roda e só vi folhas, folhas e mais folhas verdes! Nem uma flor!
ALMEIDA, Júlia Lopes de. “As rosas”. In.: BORGES et al. (Org). Coletânea de contos fantásticos, de terror e de realismo mágico. Belo Horizonte: LED, 2021. p. 138.
A autora desse trecho recorre à repetição da palavra em destaque como estratégia para
Leia este trecho de uma canção.
“Você é luz
É raio, estrela e luar
Manhã de sol
Meu iaiá, meu ioiô
Você é “sim”
E nunca meu “não” […]”
Disponível em: https://www.letras.mus.br/wando/49324/. Acesso em: 14 set. 2023.
Na textualização do discurso poético dessa canção, a figura de linguagem predominante é a
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