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Acesse GrátisQuestões de Português - Gramática
Questão 9 8555873
UERJ 2023As mulheres de Tony pertencem a diferentes grupos étnicos: Rami é ronga; Ju é changana; Lu é sena; Saly é maconde; Mauá é macua.
Em relação a essa diversidade, na representação cultural de Moçambique, cada uma dessas mulheres pode ser compreendida pela seguinte figura de linguagem:
Questão 8 8871120
Unit-AL Medicina - 1º dia 2022A estrutura linguística desse haicai traz o emprego de uma linguagem predominantemente
Questão 6 6706713
UNIFUNEC 2021Leia um trecho do conto “A caçada”, de Lygia Fagundes Telles, para responder à questão.
A loja de antiguidades tinha o cheiro de uma arca de sacristia com seus anos embolorados e livros comidos de traça. Com as pontas dos dedos, o homem tocou numa pilha de quadros. Uma mariposa levantou vôo e foi chocar-se contra uma imagem de mãos decepadas.
— Bonita imagem — disse ele.
A velha tirou um grampo do coque, e limpou a unha do polegar. Tornou a enfiar o grampo no cabelo.
— É um São Francisco.
Ele então voltou-se lentamente para a tapeçaria que tomava toda a parede no fundo da loja. Aproximou-se mais. A velha aproximou-se também.
— Já vi que o senhor se interessa mesmo é por isso… Pena que esteja nesse estado.
O homem estendeu a mão até a tapeçaria, mas não chegou a tocá-la.
— Parece que hoje está mais nítida…
— Nítida? — repetiu a velha, pondo os óculos. Deslizou a mão pela superfície puída. — Nítida, como?
— As cores estão mais vivas. A senhora passou alguma coisa nela? [...]
— Não passei nada, imagine… Por que o senhor pergunta?
— Notei uma diferença.
— Não, não passei nada, essa tapeçaria não aguenta a mais leve escova, o senhor não vê? Acho que é a poeira que está sustentando o tecido — acrescentou, tirando novamente o grampo da cabeça. Rodou-o entre os dedos com ar pensativo. [...]
Era uma caçada. No primeiro plano, estava o caçador de arco retesado, apontando para uma touceira espessa. Num plano mais profundo, o segundo caçador espreitava por entre as árvores do bosque, mas esta era apenas uma vaga silhueta, cujo rosto se reduzira a um esmaecido contorno. Poderoso, absoluto era o primeiro caçador, a barba violenta como um bolo de serpentes, os músculos tensos, à espera de que a caça levantasse para desferir-lhe a seta.
O homem respirava com esforço. Vagou o olhar pela tapeçaria que tinha a cor esverdeada de um céu de tempestade. Envenenando o tom verde-musgo do tecido, destacavam-se manchas de um negro-violáceo e que pareciam escorrer da folhagem, deslizar pelas botas do caçador e espalhar-se no chão como um líquido maligno. A touceira na qual a caça estava escondida também tinha as mesmas manchas e que tanto podiam fazer parte do desenho como ser simples efeito do tempo devorando o pano.
— Parece que hoje tudo está mais próximo — disse o homem em voz baixa. — É como se… Mas não está diferente? A velha firmou mais o olhar. Tirou os óculos e voltou a pô-los.
— Não vejo diferença nenhuma.
— Ontem não se podia ver se ele tinha ou não disparado a seta…
— Que seta? O senhor está vendo alguma seta?
— Aquele pontinho ali no arco… A velha suspirou.
— Mas esse não é um buraco de traça? Olha aí, a parede já está aparecendo, essas traças dão cabo de tudo — lamentou, disfarçando um bocejo. [...]
(Os cem melhores contos brasileiros do século, 2000. Adaptado.)
Nas passagens “a barba violenta como um bolo de serpentes” (14º parágrafo) e “simples efeito do tempo devorando o pano” (15º parágrafo), ocorrem, respectivamente, as figuras de linguagem
Questão 2 7257656
PUC-PR Inverno Medicina 2021Leia o trecho de livro reproduzido a seguir para responder à próxima questão.
“Atchin!… Atchin!…”: essa era a manchete irônica estampada no jornal O Combate, no início do mês de julho de 1918. A notícia referia-se a um estranho surto de gripe que havia paralisado o esforço de guerra na Alemanha. O moral da população andava baixo, e a doença atingia tanto a economia como a capacidade de mobilização da sociedade. Publicado em São Paulo, na forma de tabloide, o periódico fazia parte da imprensa de filiação anarquista e tinha um claro propósito: convencer o maior número possível de brasileiros de que a Grande Guerra, que se arrastava desde 1914 e continuava firme entrado o ano de 1918, era um embate insano.
SCHWARCZ, L.M. e STARLING, H.M. A bailarina da morte: a gripe espanhola no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2020, p. 11.
O texto mostra que, para cumprir seu propósito discursivo, mantendo a linha editorial e aproximando-se do público leitor, o periódico lançou mão de uma
Questão 52 5319448
UFU 2° Dia 2020“O sofrimento move a vida”
Viviane Mosé defende que o ser humano precisa lidar com a dor para amadurecer.
“Se a minha vida está reta, arrumo logo um abismo para me jogar”. A frase é da filósofa e psicanalista Viviane Mosé, de 55 anos. Conhecendo um pouco mais sua linha de raciocínio, é possível compreender o motivo de ela acreditar que alguns abismos ao longo da vida são importantes.
Para Viviane, o ser humano se equivoca ao tentar diminuir o sofrimento e, pior ainda, quando tenta acabar com esse sentimento pela via da automedicação. “O sofrimento move a vida. Não tenho de buscar, mas não achar que tenho de acabar com o sofrimento. A pessoa amadurece quando lida melhor com o sofrimento”, defende.
“O sofrimento move a vida”. Leitura & Conhecimento: Filosofia. Ano 1, n. 1. Bauru: Editora Alto Astral, 2020, p. 16.
Nos enunciados negritados, a autora do texto se vale do recurso retórico da
Questão 123 5796695
FGV-SP Economia - 1ª Fase - LEI/ FIS/QUI/LPO 2020/1Leia o texto para responder à questão.
São Paulo – Os olhos do Brasil e do mundo se voltam para a maior floresta tropical e maior reserva de biodiversidade da Terra. Milhares de mensagens de alerta em diferentes línguas circulam nas redes sociais com a hashtag #PrayForAmazonia. A razão não poderia ser pior: a Amazônia arde em chamas.
O bioma é o mais afetado pela maior onda de incêndios florestais no Brasil em sete anos. Não há novidade no fenômeno em si. A Amazônia sempre sofreu com queimadas ligadas à exploração de terra. Mas como isso chegou tão longe?
Segundo dados do Inpe, o número de focos de incêndio florestal aumentou 83% entre janeiro e agosto de 2019 na comparação com o mesmo período de 2018. Desde 1o de janeiro até a terça-feira [20.08.2019] foram contabilizados 74155 focos, alta de 84% em relação ao mesmo período do ano passado. É o número mais alto desde que os registros começaram, em 2013. A última grande onda é de 2016, com 66622 focos de queimadas nesse período.
Combinado a períodos de seca severa, o desmatamento e a prática de queimadas podem gerar um saldo final incendiário. O que causa estranheza aos especialistas nos eventos de 2019, porém, é que a seca não se mostra tão severa como nos anos anteriores e tampouco houve eventos climáticos extremos, como o El Niño, que justifiquem um aumento considerável nos focos de incêndio. Além disso, os tempos de seca mais severos ocorrem geralmente no mês de setembro. Ou seja: a mão do homem pesou, e muito, para a alta neste ano.
(Vanessa Barbosa. “Inferno na floresta: o que sabemos sobre os incêndios na Amazônia”. https://exame.abril.com.br, 23.08.2019. Adaptado.)
De acordo com o Dicionário Houaiss, a metonímia é uma “figura de retórica que consiste no uso de uma palavra fora de seu contexto semântico normal, por ter ela significação com alguma relação objetiva, de contiguidade, material ou conceitual, com o conteúdo ou o referente ocasionalmente pensado”.
Essa definição aplica-se à seguinte passagem do texto: