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Acesse GrátisQuestões de Português - Gramática
Questão 8 4428972
UNICAMP 1° Dia 2021Entre os versos de Gilberto Gil transcritos a seguir, podemos identificar uma relação paradoxal em:
Questão 1 5948814
PUC-GO Geral 2020/1Tanto na comunicação cotidiana quanto na produção de textos literários, o emprego da conotação, em conjunto com a denotação, contribui para um uso mais eficiente da língua.
Considere o texto a seguir:
Os guerrilheiros dispersaram para avançar. A serra mecânica – abelha furando um morro de salalé – continuava a sua tarefa. Havia o mecânico, que acionava a serra, e o ajudante, com a lata de gasolina e de óleo; mais atrás, quatro operários com machados. Todos tão embebidos na tarefa que não repararam nas sombras furtivas. Nem protestaram, quando viram os canos das pépéchás virados para eles. Os olhos abriram-se, o imenso branco dos olhos comendo a cara toda, a boca aberta num grito que não ousou sair e ficou vibrando interiormente. O Comissário e Ekuikui avançaram para a serra. Ekuikui encostou o cano da arma às costas do mecânico:
— Não mexe!
O mecânico olhou por cima do ombro e compreendeu rapidamente a situação. Fez parar a serra. O silêncio
que se seguiu furou os ouvidos dos guerrilheiros, subiu
às copas das árvores e ficou pairando, misturado à neblina que encobria o Mayombe.
— Todos para aqui, vamos! – ordenou o Comissário.
Juntaram os prisioneiros, revistaram-nos para procurar armas: retiraram dois canivetes.
— Há outros? – perguntou o Comissário.
— Ali – murmurou o mecânico, apontando o sítio para onde se dirigira o Chefe de Operações.
— Soldados?
— Só no quartel. A dez quilómetros.
— O branco?
— Está no camião.
— Vamos. E não tentem fugir, ninguém vos fará mal.
O cortejo partiu em direção ao ponto de encontro. Muatiânvua vigiava o mecânico, que carregava a serra. Os outros trabalhadores tremiam.
(PEPETELA, pseud. Mayombe. 5. ed. Lisboa: Publicações, Dom Quixote, 1993, p. 15.)
Analise atentamente a linguagem das informações apresentadas nos itens a seguir:
I - “Nem protestaram, quando viram os canos das pépéchás virados para eles. Os olhos abriram-se, o imenso branco dos olhos comendo a cara toda, a boca aberta num grito que não ousou sair e ficou vibrando interiormente.”
II - “Fez parar a serra. O silêncio que se seguiu furou os ouvidos dos guerrilheiros, subiu às copas das árvores e ficou pairando, misturado à neblina que encobria o Mayombe.”
III - “— Ali – murmurou o mecânico, apontando o sítio para onde se dirigira o Chefe de Operações.”
IV - “O cortejo partiu em direção ao ponto de encontro. Muatiânvua vigiava o mecânico, que carregava a serra. Os outros trabalhadores tremiam.”
Em quais dos trechos destacados o paroxismo das sensações é explorado conotativamente? Assinale a opção correta:
Questão 45 1422053
UNIFOR 2019.2Francisco contou para Aécio, que contou para a namorada, que contou para Madeinusa, que pediu a Adriano que a levasse urgente até a casa dos pais de Francisco. Entrou sem pedir licença na casa de Chico Coveiro, interrompendo a conversa, de supetão:
– É verdade que você escuta uma voz cantar às cinco da manhã, todo dia?
ACIOLI, Socorro. A cabeça do santo. São Paulo: Companhia das Letras, 2014, p.128.
No excerto destacado, a urgência da situação é passada por um recurso estilístico que é
Questão 69 480124
FUVEST 2019TEXTOS PARA A QUESTÃO.
Sonetilho do falso
Fernando Pessoa
Onde nasci, morri.
Onde morri, existo.
E das peles que visto
muitas há que não vi.
[5] Sem mim como sem ti
posso durar. Desisto
de tudo quanto é misto
e que odiei ou senti.
Nem Fausto nem Mefisto,
[10] à deusa que se ri
deste nosso oaristo*,
eis‐me a dizer: assisto
além, nenhum, aqui,
mas não sou eu, nem isto.
Carlos Drummond de Andrade. Claro Enigma.
Ulisses
O mito é o nada que é tudo.
O mesmo sol que abre os céus
É um mito brilhante e mudo ‐
O corpo morto de Deus,
Vivo e desnudo.
Este, que aqui aportou,
Foi por não ser existindo.
Sem existir nos bastou.
Por não ter vindo foi vindo
E nos criou.
Assim a lenda se escorre
A entrar na realidade,
E a fecundá‐la decorre.
Em baixo, a vida, metade
De nada, morre.
Fernando Pessoa. Mensagem.
*conversa íntima entre casais
O oxímoro é uma “figura em que se combinam palavras de sentido oposto que parecem excluir‐se mutuamente, mas que, no contexto, reforçam a expressão” (HOUAISS, 2001). No poema “Sonetilho do falso Fernando Pessoa”, o emprego dessa figura de linguagem ocorre em:
Questão 13 604014
UNESP 2019/1Leia o trecho do livro A dança do universo, do físico brasileiro Marcelo Gleiser, para responder à questão.
Algumas pessoas tornam-se heróis contra sua própria vontade. Mesmo que elas tenham ideias realmente (ou potencialmente) revolucionárias, muitas vezes não as reconhecem como tais, ou não acreditam no seu próprio potencial. Divididas entre enfrentar sua insegurança expondo suas ideias à opinião dos outros, ou manter-se na defensiva, elas preferem a segunda opção. O mundo está cheio de poemas e teorias escondidos no porão.
Copérnico é, talvez, o mais famoso desses relutantes heróis da história da ciência. Ele foi o homem que colocou o Sol de volta no centro do Universo, ao mesmo tempo fazendo de tudo para que suas ideias não fossem difundidas, possivelmente com medo de críticas ou perseguição religiosa. Foi quem colocou o Sol de volta no centro do Universo, motivado por razões erradas. Insatisfeito com a falha do modelo de Ptolomeu, que aplicava o dogma platônico do movimento circular uniforme aos corpos celestes, Copérnico propôs que o equante fosse abandonado e que o Sol passasse a ocupar o centro do cosmo. Ao tentar fazer com que o Universo se adaptasse às ideias platônicas, ele retornou aos pitagóricos, ressuscitando a doutrina do fogo central, que levou ao modelo heliocêntrico de Aristarco dezoito séculos antes.
Seu pensamento reflete o desejo de reformular as ideias cosmológicas de seu tempo apenas para voltar ainda mais no passado; Copérnico era, sem dúvida, um revolucionário conservador. Ele jamais poderia ter imaginado que, ao olhar para o passado, estaria criando uma nova visão cósmica, que abriria novas portas para o futuro. Tivesse vivido o suficiente para ver os frutos de suas ideias, Copérnico decerto teria odiado a revolução que involuntariamente causou.
Entre 1510 e 1514, compôs um pequeno trabalho resumindo suas ideias, intitulado Commentariolus (Pequeno comentário). Embora na época fosse relativamente fácil publicar um manuscrito, Copérnico decidiu não publicar seu texto, enviando apenas algumas cópias para uma audiência seleta. Ele acreditava piamente no ideal pitagórico de discrição; apenas aqueles que eram iniciados nas complicações da matemática aplicada à astronomia tinham permissão para compartilhar sua sabedoria. Certamente essa posição elitista era muito peculiar, vinda de alguém que fora educado durante anos dentro da tradição humanista italiana. Será que Copérnico estava tentando sentir o clima intelectual da época, para ter uma ideia do quão “perigosas” eram suas ideias? Será que ele não acreditava muito nas suas próprias ideias e, portanto, queria evitar qualquer tipo de crítica? Ou será que ele estava tão imerso nos ideais pitagóricos que realmente não tinha o menor interesse em tornar populares suas ideias? As razões que possam justificar a atitude de Copérnico são, até hoje, um ponto de discussão entre os especialistas.
(A dança do universo, 2006. Adaptado.)
Em “Copérnico era, sem dúvida, um revolucionário conservador” (3° parágrafo), a expressão sublinhada constitui um exemplo de
Questão 10 5287624
UFVJM 2018.1ASSOCIE corretamente a coluna das figuras de linguagem à coluna que contém trechos de canções que compõem o álbum Estudando o Samba, de Tom Zé.
1. Hipérbole – Ênfase em alguma ideia, juízo ou sentimento por meio do exagero.
2. Paranomásia – Utilização de palavras diferentes para compor sons semelhantes.
3. Paradoxo – Utilização simultânea de ideias opostas.
4. Antonomásia – Designação de algo ou alguém por alguma característica atribuída a si.
( )“Eu tô te explicando pra te confundir,
Eu tô te confundindo pra te esclarecer,
Tô iluminando pra poder cegar,
Tô ficando cego pra poder guiar.”
(Élton Medeiros; Tom Zé. Tô)
( )“Dorme dorme
Meu pecado
Minha culpa
Minha salvação”
(Élton Medeiros; Tom Zé. Mãe (mãe solteira)
( )”Ah! Se maldade vendesse na farmácia
Que bela fortuna você faria
Com esta cobaia
Que eu sempre fui nas tuas mãos”
(Tom Zé. Se)
( )“Só lhe chamando
Solicitando
Sólidão”
(Tom Zé. Só (Solidão)
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: