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Acesse GrátisQuestões de Português - Gramática
Questão 11 1558797
UEMA 2020Este é um outro trecho do poema Evocação do Recife.
“[...]
A gente brincava no meio da rua
Os meninos gritavam:
Coelho sai!
Não sai!
À distância as vozes macias das meninas politonavam:
Roseira dá-me uma rosa
Craveiro dá-me um botão
(Dessas rosas muita rosa
Terá morrido em botão...)
[...]”
BANDEIRA, M. Libertinagem. 2 ed. São Paulo: Global, 2013.
Sinestesia é a figura de linguagem que associa sensações percebidas por diferentes sentidos.
Essa figura está presente no seguinte verso:
Questão 33 1418465
URCA 2° Dia 2019/1Enumere a segunda coluna de acordo com a primeira no que se refere às figuras da linguagem, em seguida marque a opção correta:
(1) Polissíndeto
(2) Anacoluto
(3) Pleonasmo
(4) Anáfora
(5) Antítese
(6) Gradação
(7) Sinestesia
( ) “Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal” (Fernando Pessoa)
( ) “Eu vi a cara da morte, e ela estava viva”. (Cazuza)
( ) “O primeiro milhão possuído excita, acirra, assanha a gula do milionário.” (Olavo Bilac)
( ) “Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino, escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!”
com calma sem sofrer” (Olavo Bilac)
( ) “Como era áspero o aroma daquela fruta exótica” (Giuliano Fratin)
( ) “Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer” (Camões)
( ) “O homem, chamar-lhe mito não passa de anacoluto” (Carlos Drummond de Andrade)
Questão 8 6142309
UEA - SIS 2° Etapa 2019Leia o trecho do romance Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, para responder a questão.
Uma janela aberta deixava entrar o vento, que sacudia frouxamente as cortinas, e eu fiquei a olhar para as cortinas, sem as ver. Empunhara o binóculo da imaginação; lobrigava, ao longe, uma casa nossa, uma vida nossa, um mundo nosso, em que não havia Lobo Neves, nem casamento, nem moral, nem nenhum outro liame, que nos tolhesse a expansão da vontade. Esta ideia embriagou-me; eliminados assim o mundo, a moral e o marido, bastava penetrar naquela habitação dos anjos.
— Virgília, disse eu, proponho-te uma coisa.
— Que é?
— Amas-me?
— Oh! suspirou ela, cingindo-me os braços ao pescoço.
Virgília amava-me com fúria; aquela resposta era a verdade patente. Com os braços ao meu pescoço, calada, respirando muito, deixou-se ficar a olhar para mim, com os seus grandes e belos olhos, que davam uma sensação singular de luz úmida; eu deixei-me estar a vê-los, a namorar-lhe a boca, fresca como a madrugada, e insaciável como a morte. A beleza de Virgília tinha agora um tom grandioso, que não possuíra antes de casar. Era dessas figuras talhadas em pentélico, de um lavor nobre, rasgado e puro, tranquilamente bela, como as estátuas, mas não apática nem fria. Ao contrário, tinha o aspecto das naturezas cálidas, e podia-se dizer que, na realidade, resumia todo o amor. Resumia-o sobretudo naquela ocasião, em que exprimia mudamente tudo quanto pode dizer a pupila humana. Mas o tempo urgia: deslacei- -lhe as mãos, peguei-lhe nos pulsos, e, fito nela, perguntei se tinha coragem.
— De quê?
— De fugir.
(Memórias póstumas de Brás Cubas, 2001.)
Sinestesia é a reunião de termos pertencentes a planos sensoriais diversos: por exemplo, palavras referentes à audição e ao tato, ao olfato e ao paladar, etc.
José Luiz Fiorin. Figuras de retórica, 2014. Adaptado.)
O narrador lança mão desse recurso estilístico no seguinte trecho do 6º parágrafo:
Questão 69 6537918
FAMECA 2018Leia o poema “Relógios e beijos”, do poeta alemão Heinrich Heine (1797-1856), traduzido para o português por Álvares de Azevedo (1831-1852), para responder a questão.
Quem os relógios inventou? Decerto
Algum homem sombrio e friorento:
Numa noite de inverno, tristemente
Sentado na lareira ele cismava,
Ouvindo os ratos a roer na alcova
E o palpitar monótono do pulso.
Quem o beijo inventou? Foi lábio ardente,
Foi boca venturosa, que vivia
Sem um cuidado mais que dar beijinhos…
Era no mês de maio. As flores cândidas
A mil abriam sobre a terra verde,
O sol brilhou mais vivo em céu d’esmalte
E cantaram mais doce os passarinhos.
(Lira dos vinte anos, 1996.)
Assinale o segmento que utiliza a sinestesia como recurso expressivo.
Questão 7 380122
UFAM PSC 2016/2Leia o trecho a seguir para responder à questão:
Os gatos têm a má fama de serem ariscos, esquivos, indiferentes; de não darem a mínima para o seu dono e de serem altivos até a intolerável arrogância. Em síntese, seriam verdadeiras ilhas. Por que tantos atributos negativos ao membro mais inofensivo da família dos felídeos? Talvez pela independência desses bichos. Por isso, muita gente os despreza e mesmo os detesta. Os gatos não fazem festa nem estardalhaço, não são excessivamente carentes de afeto, podem dormir e sonhar por um século e esquecer o mundo ao redor. Um dia, encontrei um bichaninho perto do edifico em que morava. Levei-o para o apartamento, onde foi um hóspede discreto. Curioso, olhava-me quando eu tomava café, segurando a asa da xícara. Esqueci-me de dizer: chamava-se Leon e era um gato de grande caráter.
(Milton Hatoum, “Elegia a um felino”, no livro Um solitário à espreita, p. 209-210. Texto adaptado.)
Observe os trechos a seguir: “seriam verdadeiras ilhas”, “podem dormir e sonhar por um século” e “olhavame quando eu tomava café, segurando a asa da xícara”. Neles estão expressas, respectivamente, as seguintes figuras de linguagem:
Questão 49 817026
FIP-Moc Saúde 2016/2Texto
“Ilumina com a tua luz fria
Ó lua do cio e do ciúme
A fachada daquela moradia
A causa do seu queixume”
Dulce Pontes
Texto
Vencer é uma necessidade
Um privilégio fazer planos e classificar
Sonhar, jogar, decidir e ganhar
E depois festejar (...)
Samuel Rosa
Nos textos, estão em destaque, respectivamente, as seguintes figuras de estilo: