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Acesse GrátisQuestões de Português - Gramática
Questão 42 678068
FIP-Moc Medicina 2018/2DESTINO
Cecília Meireles
Pastora de nuvens, fui posta a serviço
por uma campina desamparada
que não principia e também não termina,
onde nunca é noite e nunca madrugada.
Pastores da terra, vós tendes sossego,
que olhais para o sol e encontrais direção.
Sabeis quando é tarde, sabeis quando é cedo. (I)
Eu, não.) (II)
(...)
factivel.wordpress.com/poesia
Nos versos destacados (I e II), estão presentes, respectivamente, as figuras de linguagem:
Questão 11 1446314
ESA 2018Analise os exemplos que seguem quanto a figura de linguagem e marque a alternativa correta.
(1) João é meu irmão. Pedro, primo.
(2) Que noite escura!
(3) Os brasileiros somos alegres
Questão 5 441763
UCPEL Verão 2010Leia o texto a seguir.
ANÚNCIO CLASSIFICADO
[1] Procura-se apartamento
[2] pequeno, bem situado,
[3] onde caibam dois amantes
[4] de frente como de lado.
[5] Quer-se bem perto do mar
[6] e bem longe do barulho,
[7] de modo que a única música
[8] ouvida seja a de Bach,
[9] de Corette,de Bomporti,
[10] com seus preciosos discos
[11] arrumados de tal sorte
[12] que inda caibam uns livros
[13] de poesia, está claro,
[14] e também (toda uma estante)
[15] os tratados de Epicuro,
[16] Descartes, Spinoza, Kant.
[17] A mesa-de-cabeceira
[18] deve ficar a seu cômodo
[19] para que nenhuma aresta
[20] machuque o amor na testa.
[21] E a cama, sem ser estreita,
[22] nem larga como avenida,
[23] tenha espaço suficiente
[24] para as doçuras da vida.
[25] Caibam na pequena copa
[26] a bandeja, o biscoitinho,
[27] hoje guardados no armário
[28] dos alvos lençóis de linho,
[29] bem como aquelas garrafas
[30] do escocês nacional
[31] que a gente, faute de mieux,
[32] ingere e não nos faz mal.
[33] Procura-se apartamento
[34] de quarto-e-sala (tão pouco
[35] e tão muito), sem barata,
[36] sem mosquito rezinguento,
[37] sem vizinhos enervantes
[38] que gritem palavras sujas,
[39] sem terríveis, sem constantes
[40] cortes d’água quando as nuas
[41] formas já ensaboadas
[42] se restauravam, cuidando
[43] de logo após se enroscarem
[44] nas formas do amor, amando.
[45] Quem souber de tal imóvel
[46] não fique imóvel: na asa
[47] do vento que me informe onde,
[48] onde é que fica essa casa!
ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia completa. Rio de Janeiro: Ed. Nova Aguilar, 2003.
Em “...na asa do vento ...” (linhas 46-47), existe
Questão 7 8457831
Albert Einstein 2023Para responder a questão, leia um trecho do prefácio “Um gênero tipicamente brasileiro”, do escritor Humberto Werneck, publicado na antologia Boa companhia: crônicas.
Fernando Sabino e Rubem Braga, por longos anos obrigados a desovar crônicas diárias, não se limitavam, nas horas de aperto, a requentar seus requintados escritos — chegaram a permutar, na moita, velhos recortes, na suposição de que os textos, de tão antigos, já se houvessem apagado da memória do leitor de jornal, recuperando assim a virgindade tipográfica. O troca-troca, contado por Fernando Sabino na crônica “O estranho ofício de escrever”, merece ser aqui reproduzido:
Éramos três condenados à crônica diária: Rubem no Diário de Notícias, Paulo no Diário Carioca e eu no O Jornal. Não raro um caso ou uma ideia, surgidos na mesa do bar, servia de tema para mais de um de nós. Às vezes para os três. Quando caiu um edifício no bairro Peixoto, por exemplo, três crônicas foram por coincidência publicadas no dia seguinte, intituladas respectivamente: “Mas não cai?”, “Vai cair” e “Caiu”.
Até que um dia, numa hora de aperto, Rubem perdeu a cerimônia:
— Será que você teria aí uma crônica pequenininha para me emprestar?
Procurei nos meus guardados e encontrei uma que talvez servisse: sobre um menino que me pediu um cruzeiro para tomar uma sopa, foi seguido por mim até uma miserável casa de pasto da Lapa: a sopa existia mesmo, e por aquele preço. Chamava-se “O preço da sopa”. Rubem deu uma melhorada na história, trocou “casa de pasto” por “restaurante”, elevou o preço para cinco cruzeiros, pôs o título mais simples de “A sopa”.
Tempos mais tarde chegou a minha vez — nada como se valer de um amigo nas horas difíceis:
— Uma crônica usada, de que você não precisa mais, qualquer uma serve.
— Vou ver o que posso fazer — prometeu ele.
Acabou me dando de volta a da sopa.
— Logo esta? — protestei.
— As outras estão muito gastas.
Sou pobre mas não sou soberbo. Ajeitei a crônica como pude, toquei-lhe uns remendos, atualizei o preço para dez cruzeiros e liquidei de vez com ela, sob o título: “Esta sopa vai acabar”.
Eternamente deleitável ou imediatamente deletável — depende menos do tema do que das artes do autor —, a crônica pode não ser um “gênero de primeira necessidade, a não ser talvez para os escritores que a praticam”, como sustentava Luís Martins — um dos recordistas brasileiros nesse ramo de escreveção. Um subgênero, há quem desdenhe. “Literatura em mangas de camisa”, diz-se em Portugal. Mas, para o crítico Wilson Martins, trata-se de uma “espécie literária” que de jornalístico “só tem o fato todo circunstancial de aparecer em periódicos.”
(Humberto Werneck (org.). Boa companhia: crônicas, 2005. Adaptado.)
Para evitar sua repetição, omite-se um substantivo que pode ser facilmente identificado pelo contexto linguístico em:
Questão 10 9124360
Unichristus 2023Quando a indesejada das gentes chegar
(Não sei se dura ou coroável),
Talvez eu tenha medo.
Talvez sorria e diga:
— Alô iniludível.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem. 16.ed. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2000.
No texto, identifica-se uma figura de linguagem denominada
Questão 4 435810
UNIFENAS Manhã 2019/1Sobre o autor: Alphonsus de Guimaraens (1870-1921) é considerado o maior poeta místico da Literatura Brasileira. Seu lirismo amoroso, quase sempre de caráter elegíaco, gravita em torno do amor e da morte, sendo decorrente de uma particularidade bastante pessoal: a morte de sua prima Constança. Esta parece, na maioria das vezes, identificada com a Virgem Maria, num clima permanente de sonho e de mistério. Trata-se, portanto, de um lirismo de base platônica, apresentando, não raro, uma tonalidade medieval, lembrando o amor cortês.
Texto: Eras a sombra no poente
Eras a sombra do poente
Em calmarias bem calmas;
E no ermo agreste, silente,
Palmeira cheia de palmas.
Eras a canção de outrora,
Por entre nuvens de prece;
Palidez que ao longe cora
E beijo que aos lábios desce.
Eras a harmonia esparsa
Em violas e violoncelos:
E como um voo de garça
Em solitários castelos.
Eras tudo, tudo quanto
De suave esperança existe;
Manto dos pobres e manto
Com que as chagas me cobriste.
Eras o Cordeiro, a Pomba,
A crença que o amor renova...
És agora a cruz que tomba
À beira de tua cova.
(Alphonsus de Guimaraens. Poesias – I. Rio de Janeiro: Org. Smões, 1955, p.284.)
Considere, tendo por base os textos, as seguintes afirmações.
I – O primeiro verso de cada estrofe do texto, encerra, sem exceção, uma metáfora (emprego de uma palavra ou expressão por outra, por haver entre elas uma relação de semelhança).
II – A forma verbal “Eras”, repetida no início de cada verso do texto, constitui exemplo de uma figura de construção denominada anáfora.
III – Na terceira estrofe do texto, ocorrem, ao mesmo tempo, os seguintes recursos de estilo: metáfora, aliteração, assonância, comparação, zeugma.
IV – Em “Eras a canção de outrora” (texto, estrofe 2), o vocábulo destacado formou-se pela mesmo processo verificado em todas os seguintes: boquiaberto, pernilongo, lobisomem, pontiagudo, natimorto, agridoce, planalto.
V – Em “Palidez que ao longe cora” (texto, estrofe 2), o fonema destacado no vocábulo “palidez” preencherá todas as seguintes lacunas: torpe__a, catequi__ar, coti__ar, pequene__, destre__a, profeti__ar, aspere__a, reve__ar, economi__ado, vile__a, lhane__a, ironi__ar.