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Acesse GrátisQuestões de Português - Gramática
Questão 33 1418465
URCA 2° Dia 2019/1Enumere a segunda coluna de acordo com a primeira no que se refere às figuras da linguagem, em seguida marque a opção correta:
(1) Polissíndeto
(2) Anacoluto
(3) Pleonasmo
(4) Anáfora
(5) Antítese
(6) Gradação
(7) Sinestesia
( ) “Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal” (Fernando Pessoa)
( ) “Eu vi a cara da morte, e ela estava viva”. (Cazuza)
( ) “O primeiro milhão possuído excita, acirra, assanha a gula do milionário.” (Olavo Bilac)
( ) “Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino, escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!”
com calma sem sofrer” (Olavo Bilac)
( ) “Como era áspero o aroma daquela fruta exótica” (Giuliano Fratin)
( ) “Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer” (Camões)
( ) “O homem, chamar-lhe mito não passa de anacoluto” (Carlos Drummond de Andrade)
Questão 5 441763
UCPEL Verão 2010Leia o texto a seguir.
ANÚNCIO CLASSIFICADO
[1] Procura-se apartamento
[2] pequeno, bem situado,
[3] onde caibam dois amantes
[4] de frente como de lado.
[5] Quer-se bem perto do mar
[6] e bem longe do barulho,
[7] de modo que a única música
[8] ouvida seja a de Bach,
[9] de Corette,de Bomporti,
[10] com seus preciosos discos
[11] arrumados de tal sorte
[12] que inda caibam uns livros
[13] de poesia, está claro,
[14] e também (toda uma estante)
[15] os tratados de Epicuro,
[16] Descartes, Spinoza, Kant.
[17] A mesa-de-cabeceira
[18] deve ficar a seu cômodo
[19] para que nenhuma aresta
[20] machuque o amor na testa.
[21] E a cama, sem ser estreita,
[22] nem larga como avenida,
[23] tenha espaço suficiente
[24] para as doçuras da vida.
[25] Caibam na pequena copa
[26] a bandeja, o biscoitinho,
[27] hoje guardados no armário
[28] dos alvos lençóis de linho,
[29] bem como aquelas garrafas
[30] do escocês nacional
[31] que a gente, faute de mieux,
[32] ingere e não nos faz mal.
[33] Procura-se apartamento
[34] de quarto-e-sala (tão pouco
[35] e tão muito), sem barata,
[36] sem mosquito rezinguento,
[37] sem vizinhos enervantes
[38] que gritem palavras sujas,
[39] sem terríveis, sem constantes
[40] cortes d’água quando as nuas
[41] formas já ensaboadas
[42] se restauravam, cuidando
[43] de logo após se enroscarem
[44] nas formas do amor, amando.
[45] Quem souber de tal imóvel
[46] não fique imóvel: na asa
[47] do vento que me informe onde,
[48] onde é que fica essa casa!
ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia completa. Rio de Janeiro: Ed. Nova Aguilar, 2003.
Em “...na asa do vento ...” (linhas 46-47), existe
Questão 56 1359276
UECE 2° Fase 1° Dia 2019/2TEXTO
Dragão do Mar fez Ceará abolir a escravidão 4 anos antes da Lei Áurea
Maria Fernanda Garcia
O Brasil comemora no dia 13 de maio a
abolição da escravidão no país, oficializada
pela Lei Áurea, em 1888. O que muitos
[180] desconhecem é que o estado do Ceará
aboliu a escravidão quatro anos antes da
Lei Áurea. Em 25 de março de 1884, o
presidente da província, Sátiro de Oliveira
Dias, declarou a libertação de todos os
[185] escravos do Ceará, tornando o estado o
primeiro a abolir a escravidão no país.
Isso foi possível graças a Francisco
José do Nascimento, também conhecido
como Dragão do Mar ou Chico da Matilde.
[190] Homem de origem humilde, jangadeiro e
abolicionista, teve participação ativa no
Movimento Abolicionista no Ceará.
Francisco José era chefe dos
jangadeiros e, em 1881, convenceu os
[195] colegas jangadeiros a se recusarem a
transportar para os navios negreiros
os escravos vendidos para o sul do Brasil.
A ação repercutiu no país e somada às
ações dos outros abolicionistas do Ceará,
[200] que pertenciam à elite econômica e
intelectual do estado, levou ao fim da
escravidão no Ceará.
A ação iniciada pelo Dragão do Mar foi
tão importante que Angelo Agostini
[205] (desenhista ítalo-brasileiro) registrou o fato
na capa da Revista Illustrada, com uma
ilustração alegórica de Francisco
Nascimento, com a seguinte legenda: “À
testa dos jangadeiros cearenses,
[210] Nascimento impede o tráfico dos escravos
da província do Ceará vendidos para o sul”.
Francisco José do Nascimento virou um
símbolo da resistência popular cearense
contra a escravidão e foi homenageado pelo
[215] governo do Ceará, com seu nome dado ao
Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura,
pelo que ele e seus colegas realizaram em
nome da liberdade, em 1881, na Praia de
Iracema. Francisco faleceu em Fortaleza em
[220] 05 de março de 1914.
GARCIA, Maria Fernanda. Dragão do Mar fez Ceará abolir a escravidão 4 anos antes da Lei Áurea. Observatório do Terceiro Setor. 2018. Disponível em: https://observatorio3setor.org.br/carrossel/dragao-domar-fez-ceara-abolir-a-escravidao-4-anos-antes-da-leiaurea/ Acesso em: 09 de maio de 2019.
O texto apresenta Francisco José do Nascimento como líder dos jangadeiros. Seu nome é retomado de várias formas, tais como Dragão do Mar, Chico da Matilde, Francisco e Nascimento.
O objetivo dessa retomada é
Questão 4 1885897
UnirG 2018/2TEXTO
Cosendo os pontos do dia
Põe-se a mesa a cada refeição. A cada refeição tira-se a mesa. Lava-se o copo, lavam-se os cabelos. A roupa também se lava. A escova esfrega a parte renitente.
Desço da cama e ando. Descalça meu pé fica sujo. Lavo o pé, calço o sapato e ando. Vou até ali e volto. Vou até a esquina e volto. Vou até a cidade e volto. Vou e volto.
O prato na mesa, o talher do lado, o talher do outro, o copo na frente. Tomates e cebolas. Depois a sobremesa. Por último, o café.
COLASANTI, Marina. Cosendo os pontos do dia. In: ______. A casa das palavras. São Paulo: Ática, 2003. p. 75. Adaptado.
Percebe-se no Texto, de Marina Colasanti, que a autora utiliza artifícios linguísticos para retratar a rotina cotidiana.
Marque a alternativa que apresenta as figuras de linguagem que contribuem para a construção dessa ideia:
Questão 4 287165
UNIFENAS Manhã 2018/1Texto I
Oficina Irritada
Eu quero compor um soneto duro
Como poeta algum ousaria escrever.
Eu quero pintar um soneto escuro,
Seco, abafado, difícil de ler.
Quero que meu soneto, no futuro,
Não desperte em ninguém nenhum prazer.
E que, no seu maligno ar imaturo,
Ao mesmo tempo saiba ser, não ser.
Esse meu verbo antipático e impuro
Há de pungir, há de fazer sofrer,
Tendão de Vênus sob o pedicuro.
Ninguém o lembrará: tiro no escuro,
Cão mijando no caos, enquanto Arcturo,
Claro enigma, se deixa surpreender.
(CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE – Claro Enigma, in Nova Reunião - Rio de Janeiro, 1983, Livraria José Olympio Editora, p. 260)
Texto II
A um poeta
Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino, escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!
Mas que na forma se disfarce o emprego
Do esforço; e a trama viva se construa
De tal modo que a imagem fique nua,
Rica mas sóbria, como um templo grego.
Não se mostre na fábrica o suplício
Do mestre. E, natural, o efeito agrade,
Sem lembrar os andaimes do edifício:
Porque a Beleza, gêmea da Verdade,
Arte pura, inimiga do artifício,
É a força e a graça na simplicidade.
(OLAVO BILAC – Tarde, in Antologia de Poesia Brasileira – Realismo e Parnasianismo – Org. de Benjamim Abdala Jr. São Paulo, 1985, Editora Ática, página 48)
I – Em “não se mostra na fábrica o suplício” (texto II )“Eu quero compor um soneto duro” ( textoI ) / “Não desperte em ninguém nenhum prazer” (texto I), todos os termos destacados possuem a mesma função sintática.
II – Em “Quero que meu soneto impuro” (texto I), o vocábulo destacado formou-se pelo mesmo processo verificado, sem exceção, nos seguintes: advérbio, requeimar, ambidestro, abjurar, decapitar, extrafino, perpassar, disfagia, hipogastro, epiderme.
III – Em “Do claustro, na paciência e no sossego” (texto II), / “Rica mas sóbria, como um templo grego” (texto II) / “Não se mostre na fábrica o suplício” (texto II)/ “Sem lembrar os andaimes de um edifício” (texto II), todos os vocábulos assinalados recebem acento gráfico pela mesma razão.
IV – Em “De tal modo que a imagem fique nua” (texto II), a palavra destacada terá a mesma classificação morfológica que as assinaladas seguintes ocorrências: Amo-a que é um desespero/ Certos políticos mentem que é uma barbaridade. / Tenho medo de barata que me pelo! / Não dizem uma palavra que não seja pura asneira. / “Deus! ó Deus! onde estás que não respondes? (Castro Alves).
V- Nos versos “Ao mesmo tempo saiba ser, não ser” (texto I)/“Ninguém o lembrará, tiro no escuro” (texto I)/ Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua! (texto II), encontram-se, pela ordem, paradoxo, metáfora e polissíndeto.
Questão 12 214908
FACISA 2017/1TEXTO II
Soneto de Fidelidade
Vinicius de Moraes
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Com relação ao TEXTO II, julgue as proposições que seguem:
I. “Que” no terceiro verso, é uma conjunção consecutiva que liga a oração subordinada (“Dele se encante mais meu pensamento”) à principal, presente nos dois primeiros versos.
II. A presença do “e”, reiterado diversas vezes no texto, indica dois casos de polissíndeto.
III. “Angústia de quem vive” e “fim de quem ama” são apostos, respectivamente, de “a solidão” e “a morte”.
IV. Em “rir meu riso” (7º verso) temos um caso de objeto direto que contraria a norma culta pois constitui um pleonasmo vicioso.
Estão corretas apenas