Questões de Português - Gramática - Figuras de Linguagem - Assíndeto
6 Questões
Questão 38 6799737
UNITINS Tarde 2021/2Releia a 4ª. estrofe do texto de Eliane Potiguara a seguir.
“Era gente de todas as caras
Era gente de todas as correntes
Era gente comum
Era uma gente crente!”
Assinale a alternativa correta quanto ao recurso estilístico-expressivo presente nos termos grifados.
Questão 36 1408197
URCA 2° Dia 2020/1Leia o texto, do poeta angolano, Jorge Macedo, para responder a questão
A CIDADE À NOITE
A festa dos reclamos luminosos
é minha.
Não gosto de coisas reais.
Todas as ilusões
me pertencem.
Sou milionário universal
da fantasia.
Gosto de passar pelas montras
e sonhar...
Sonhar sonhando,
sem cobiça,
sem pólvora,
sem sangue,
sem ódio,
sem ferir o mundo.
O uso intencional de elementos retóricos é chamado de Figuras de linguagem. São recursos de expressão com o objetivo de ampliar o significado de um texto literário, como servem para ocasionar uma maior expressividade.
A segunda estrofe apresenta, a partir do segundo verso, um recurso:
Questão 3 6526688
FASM 1° Semestre 2016Leia o poema de Olavo Bilac para responder à questão.
A um poeta
Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino, escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!
Mas que na forma se disfarce o emprego
Do esforço; e a trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua,
Rica mas sóbria, como um templo grego.
Não se mostre na fábrica o suplício
Do mestre. E, natural, o efeito agrade,
Sem lembrar os andaimes do edifício:
Porque a Beleza, gêmea da Verdade,
Arte pura, inimiga do artifício,
É a força e a graça na simplicidade.
(Poemas, 1976.)
“Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!”
A figura de linguagem presente no verso é
Questão 3 11953667
CFO-BM 2013TELEFONE, UM INIMIGO NECESSÁRIO
Anna Veronica Mautner
Na vida nossa de cada dia, muitos tornam o número de telefone acessível, nem sempre com disposição para atender as exigências que disso decorrem. Existe aí uma responsabilidade em relação ao "outro". Se eu dou meu número para alguém, estou anunciando que sou acessível.
No tempo em que existia lista telefônica, isso poderia ser discutível, pois os números ficavam públicos de certa forma, por lei. Mas, hoje, meu número de celular não está em lista oficial nenhuma, só é acessível se eu der. A partir daí, torno-me responsável por atendê-lo. O processo funciona em mão dupla. Quando ligo para alguém, imagino que vá me atender - senão, por que teria me dado seu número?
A relação com a telefonia é uma escolha pessoal. Há quem ama falar, há quem é lacônico. Seja como for, tornar-se acessível significa perder graus de liberdade e, ao mesmo tempo, ganhar em acessibilidade.
O telefone me torna pública, mas também pode preservar minha privacidade. Para me garantir e me defender, posso usar a secretária eletrônica ou o bina, aliás, inventado e patenteado por um brasileiro.
Tudo isso é muito recente. Há cinquenta anos, o telefone era uma raridade reservada para pessoas da classe A. A linha era comprada a preço de ouro. Muitas lojas não tinham mais do que um aparelho - muitas vezes com cadeado; outras, com cadeado só das 13h às 15h, quando ilegalmente recebiam o resultado do jogo do bicho - não disponível para fregueses.
E, então, um dia, privatizaram a companhia telefônica, e a cidade foi inundada por telefones. Logo depois chegaram os celulares, que invadiram definitivamente nossa vida.
Tudo isso transformou as relações interpessoais de maneira avassaladora. Não atender o celular pode ser visto quase como um estelionato. Você está privando o outro do acesso a você - que você prometeu quando deu o número.
O celular foi uma revolução tão grande quanto a difusão do telefone fixo. Se ligo para o fixo de alguém que não me atende, só sei que a pessoa não está lá. Mas, com o celular, temos que aprender a mentir melhor. Vamos desenvolvendo jeitinhos. Se fulano não me atende, ligo de um número que ele não conhece e descubro se não está lá ou se não quer me atender. Inventamos o bina e depois inventamos jeitinhos para driblá-lo.
A barreira da invisibilidade ainda não foi vencida. Se é meu amigo ou meu inimigo, não sou capaz de distinguir antes de atender e ouvir a voz. Só depois de atender, o enigma se desfaz.
Uma educação para o uso do telefone se faz cada dia mais necessária.
Folha de São Paulo, 05 fev.2013
VOCABULÁRIO
Lacônico: breve, conciso.
Todas as palavras destacadas abaixo têm natureza adverbial, EXCETO:
Questão 5 441763
UCPEL Verão 2010Leia o texto a seguir.
ANÚNCIO CLASSIFICADO
[1] Procura-se apartamento
[2] pequeno, bem situado,
[3] onde caibam dois amantes
[4] de frente como de lado.
[5] Quer-se bem perto do mar
[6] e bem longe do barulho,
[7] de modo que a única música
[8] ouvida seja a de Bach,
[9] de Corette,de Bomporti,
[10] com seus preciosos discos
[11] arrumados de tal sorte
[12] que inda caibam uns livros
[13] de poesia, está claro,
[14] e também (toda uma estante)
[15] os tratados de Epicuro,
[16] Descartes, Spinoza, Kant.
[17] A mesa-de-cabeceira
[18] deve ficar a seu cômodo
[19] para que nenhuma aresta
[20] machuque o amor na testa.
[21] E a cama, sem ser estreita,
[22] nem larga como avenida,
[23] tenha espaço suficiente
[24] para as doçuras da vida.
[25] Caibam na pequena copa
[26] a bandeja, o biscoitinho,
[27] hoje guardados no armário
[28] dos alvos lençóis de linho,
[29] bem como aquelas garrafas
[30] do escocês nacional
[31] que a gente, faute de mieux,
[32] ingere e não nos faz mal.
[33] Procura-se apartamento
[34] de quarto-e-sala (tão pouco
[35] e tão muito), sem barata,
[36] sem mosquito rezinguento,
[37] sem vizinhos enervantes
[38] que gritem palavras sujas,
[39] sem terríveis, sem constantes
[40] cortes d’água quando as nuas
[41] formas já ensaboadas
[42] se restauravam, cuidando
[43] de logo após se enroscarem
[44] nas formas do amor, amando.
[45] Quem souber de tal imóvel
[46] não fique imóvel: na asa
[47] do vento que me informe onde,
[48] onde é que fica essa casa!
ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia completa. Rio de Janeiro: Ed. Nova Aguilar, 2003.
Em “...na asa do vento ...” (linhas 46-47), existe
Questão 9 6303662
FACISA 2021/1Observe os conhecidos versos de Vinícius de Moraes (de Soneto da Fidelidade), abaixo:
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Analise as assertivas:
I. Uma figura de estilo que se destaca, entre outras, é o assíndeto, marcado pelas vírgulas no segundo verso.
II. “De tudo”, que abre a estrofe, complementa o adjetivo “atento”, evidenciando um caso de inversão.
III. “Que”, no terceiro verso, é um conectivo consecutivo, pois inicia a oração “mesmo em face do maior encanto”, com significado de consequência em relação ao zelo pelo amor.
IV. O sujeito “meu pensamento” é um caso de anástrofe, entre várias outras ocorrências de inversão presentes na estrofe.
V. “ele”, no último verso, tem como referente “o meu amor” (primeiro verso), constituindo-se como um caso de coesão referencial.
Com relação às assertivas acima, estão corretas apenas
Pastas
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