Questões de Português - Gramática - Acentuação gráfica - Oxítonas
54 Questões
Questão 26 8541606
ESA 2021TEXTO a ser utilizado para responder a questão.
“Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no introito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco.”
(Trecho do livro “Memórias Póstumas de Brás Cubas” de Machado de Assis)
Assinale a alternativa em que os vocábulos obedecem às mesmas regras de acentuação gráfica das palavras “temática” e “saúde”, respectivamente:
Questão 21 398994
EEAR 2018/1Leia:
Transforma-se o amador na cousa amada,
Por virtude do muito imaginar;
Não tenho mais que desejar,
Pois tenho em mim a parte desejada.
(Luís de Camões)
Quanto à sílaba tônica, as palavras em destaque são
Questão 5 6309248
UVA 2015/1Devem receber acentuação gráfica, pelo Acordo Ortográfico de 2008, todas as palavras à alterativa:
Questão 9 454100
IFSul - Rio-Grandense 2015/2Agora todo mundo tem opinião
[1] Meu amigo Adamastor, o gigante, me apareceu hoje de manhã, 1 muito cedo, aqui na
[2] biblioteca, e disse que vinha a fim de um cafezinho. Mentira, eu sei. Quando ele vem tomar um
[3] cafezinho é porque está com alguma ideia borbulhando em sua mente.
[4] E estava. Depois do primeiro gole e antes do segundo, café muito quente, ele afirmou que
[5] concorda plenamente com a democratização da informação. Agora, com o advento da internet,
[6] qualquer pessoa, democraticamente, pode externar aquilo que pensa.
[7] Balancei a cabeça, na demonstração de uma quase divergência, e seu espanto também me
[8] espantou. Como assim, ele perguntou, está renegando a democracia? Pedi com modos a meu amigo
[9] que não embaralhasse as coisas. Democracia não é um termo divinatório, que se aplique sempre,
[10] em qualquer situação.
[11] Ele tomou o segundo gole com certa avidez e queimou a língua.
[12] Bem, voltando ao assunto, nada contra a democratização dos meios para que se divulguem
[13] as opiniões, as mais diversas, mais esdrúxulas, mais inovadoras, e tudo o mais. É um direito que
[14] toda pessoa tem: emitir opinião.
[15] O que o Adamastor não sabia é que uns dias atrás andei consultando uns filósofos, alguns
[16] antigos, outros modernos, desses que tratam de um palavrão que sobrevive até os dias atuais:
[17] gnoseologia. Isso aí, para dizer teoria do conhecimento.
[18] Sim, e daí?, ele insistiu.
[19] O mal que vejo, continuei, não está na enxurrada de opiniões as mais isso ou aquilo na
[20] internet, e principalmente com a chegada do Facebook. Isso sem contar a imensa quantidade de
[21] textos apócrifos, muitas vezes até opostos ao pensamento do presumido autor, falsamente
[22] presumido. A graça está no fato de que todos, agora, têm opinião sobre tudo.
[23] − Mas isso não é bom?
[24] O gigante, depois da maldição de Netuno, tornou-se um ser impaciente.
[25] O fato, em si, não tem importância alguma. O problema é que muita gente lê a enxurrada de
[26] bobagens que aparecem na internet não como opinião, mas como conhecimento. O Platão, por
[27] exemplo, afirmava que opinião (doxa) era o falso conhecimento. O conhecimento verdadeiro
[28] (episteme) depende de estudo profundo, comprovação metódica, teste de validade. Essas coisas de
[29] que se vale em geral a ciência.
[30] O mal que há nessa “democratização” dos veículos é que se formam crenças sem
[31] fundamento, mudam-se as opiniões das pessoas, afirmam-se absurdos em que muita pessoa
[32] ingênua acaba acreditando. Sim, porque estudar, comprovar metodicamente, testar a validade, tudo
[33] isso dá muito trabalho.
[34] O Adamastor não estava muito convencido da justeza dos meus argumentos, mas o café
[35] tinha terminado e ele se despediu.
Texto de Menalton Braff, publicado em 03 de abril de 2015. Disponível em: . Acesso em: 20 abr. 2015.
Julgue as afirmativas a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F).
( ) Na linha 11, o verbo queimar é transitivo direto, cujo complemento é o objeto direto formado pela expressão a língua.
( ) O verbo embaralhar (linha 9) está conjugado no tempo pretérito perfeito do modo indicativo.
( ) Quanto à acentuação ortográfica, as palavras café e lê distinguem-se por serem oxítona e monossílabo tônico, respectivamente.
( ) O advérbio democraticamente é formado por processo de derivação, em que foi acrescentado o sufixo –mente ao radical do adjetivo feminino democrática.
A sequência correta, de cima para baixo, é
Questão 5 1314329
IFAL 2014/1A questão têm relação com o texto.
Texto
Maior manifestação popular de Maceió percorreu 10 km, do Farol à orla. 21/06/2013 06h31. Plínio Lins
A maior manifestação popular da história de Maceió, nesta quinta-feira, 20 de junho, durou mais de sete horas. Começou com 2 mil pessoas no Farol, transformou-se em uma gigantesca onda humana, que foi descendo organizadamente em direção ao centro da cidade, espalhou-se em tom festivo pela cidade e percorreu cerca de 10 quilômetros até chegar à orla da Ponta Verde, por volta das 22 horas.
O povo que tomou as ruas era majoritariamente jovem, mas também havia muitos vovôs de camiseta e tênis, mamães empurrando carrinhos de bebê, casais de namorados, estudantes de todas as escolas públicas e particulares, gente comum do povo e também malucos de todas as tribos – inclusive aqueles que se descontrolam e colocam em risco a segurança, o patrimônio e a vida dos outros.
Diversidade de público e de causas marcam ato histórico.
As reivindicações eram expressas em cartazes e camisetas, um caleidoscópio de palavras de ordem, a começar pelo repúdio ao preço do transporte público e ao péssimo serviço prestado pelas empresas do setor. Mas o bom-humor e a civilidade prevaleceram.
(...)
(http://tnh1.ne10.uol.com.br/noticia/maceio/2013/06/21/251813/m aior-manifestacao-popular-de-maceio-percorreu-10-km-do-farol-aorla-veja-fotos, acesso em 01/10/2013.)
Com relação ao segundo parágrafo do texto, notamos a presença de algumas palavras acentuadas.
No que diz respeito à regra de acentuação gráfica, é correto afirmar que
Questão 11 799456
UFN Verão 2009/1VOCÊ SABE O QUE ESTÃO ENSINANDO A ELE?
Uma pesquisa mostra que para os brasileiros tudo vai bem nas escolas. Mas a realidade é bem menos rósea: o sistema é medíocre.
Monica Weinberg e Camila Pereira
[1] Vamos falar sem rodeios. Em boa parte dos lares brasileiros,
uma conversa em família flui com muito mais vigor e participação
quando se decide a assinatura de novos canais a cabo, o destino das
próximas férias ou a hora de trocar de carro do que quando se discu-
[5] te sobre o que exatamente o Júnior está aprendendo na escola.
Quando e se esse assunto é levantado, ele se resumirá às notas obti-
das e a algum evento extraordinário de mau comportamento, como
ter sido pego fumando no corredor ou ter beliscado o traseiro da pro-
fessora de geografia. O quadro acima é um tanto anedótico, mas
[10] tem muito de verdadeiro. De modo geral, com as nobilíssimas exce-
ções que todos conhecemos, os pais brasileiros de todas as classes
não se envolvem como deveriam na vida escolar dos filhos. Os mais
pobres dão graças aos céus pelo fato de a escola fornecer merenda,
segurança e livros didáticos gratuitos. Os pais de classe média se
[15] animam com as quadras esportivas, q limpeza e a manifesta tole-
rância dos filhos quanto às exigências acadêmicas muitas vezes cali-
bradas justamente para não forçar o ritmo dos menos capazes. Uma
pesquisa encomendada por VEJA à CNT/Sensus traduz essa situação
em números. Para 89% dos pais com filhos em escolas particulares,
[20] o dinheiro é bem gasto e tem bom retorno. No outro campo, 90%
dos professores se consideram bem preparados para a tarefa de en-
sinar. Como mostra a Carta ao Leitor desta edição, sob sua plácida
superfície essa satisfação esconde o abismo da dura realidade — o
ensino no Brasil é péssimo, está formando alunos despreparados pa-
[25] ra o mundo atual, competitivo, mutante e globalizado. Em compara-
ções internacionais, os melhores alunos brasileiros ficam nas últimas
colocações — abaixo da quinquagésima posição em competições com
apenas 5/ países.
À reportagem que se vai ler pretende chamar atenção para as
[30] raízes dessa cegueira e contribuir para que pais, professores, educa-
dores e autoridades acordem para a dura realidade cuja reversão vai
exigir mais do que todos estão fazendo atualmente — mesmo os que,
como é o caso em especial dos pais, acreditam estar cumprindo
exemplarmente sua função. Em Procura da Poesia, o grande Carlos
[35] Drummond de Andrade provê uma metáfora eficiente do que o desa-
fio de melhorar a qualidade da educação exigirá da atual geração de
brasileiros: "O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia”. Uni-
formizar, alimentar, dar livros didáticos aos jovens e perguntar como
foi o dia na escola é fundamental, mas isso ainda não é educação
[40] para o século XXI. "Chega mais perto e contempla as palavras. Cada
uma tem mil faces secretas sob a face neutra e te pergunta, sem in-
teresse pela resposta, pobre ou terrível, que lhe deres: Trouxeste a
chave?”, continua nosso maior poeta, morto em 1987. Outra metá-
fora exata. Os jovens estudantes são como as palavras, com mil fa-
[45] ces secretas sob a face neutra e esperando as chaves que lhes abram
os portais de uma vida pessoal e profissional plena.
Isso só se conseguirá, como mostra a pesquisa encomendada por
VEJA, quando o otimismo com o desempenho do sistema, que é
também compartilhado pelos alunos, for transformado em radical in-
[50] conformismo. À fagulha de mudança pode ser acendida com a cons-
tatação de que as escolas que pais, alunos e professores tanto elogi-
am são as mesmas que devolvem à sociedade jovens incapazes de
ler e entender um texto, que se embaralham com as ordens de gran-
deza e confiam cegamente em suas calculadoras digitais para não
[55] apenas fazer contas mas substituir o pensamento lógico. Mais uma
vez abusa-se do recurso da generalização para que o mérito indivi-
dual de alguns poucos não dilua a constatação de que o complexo
educacional brasileiro é medíocre e não se enxerga como tal. Quan-
do um conselho de notáveis americanos fez a célebre condenação do
[60] sistema de ensino do país ("parece ter sido concebido pelo pior ini-
migo dos Estados Unidos...”), as pesquisas de opinião mostravam
que q maioria dos americanos estava plenamente satisfeita com suas
escolas. À comissão viu mais longe e soou o alarme. Agora no Brasil
o mesmo senso de realidade e urgência se faz necessário, como re-
[65] sume Claudio de Moura Castro, ensaísta, pesquisador e colunista de
VEJA: "Uma crise, uma crise profunda. Só isso salva nossa educa-
ção”.
Fonte: Revista VEJA | Edição 2074 | 20 de agosto de 2008
Marque V (verdadeiro) ou F (falso).
( ) A palavra “férias” (l. 4) é acentuada porque é uma oxítona.
( ) A palavra “medíocre” (l. 58) é acentuada porque é uma oxítona terminada em ‘E’.
( ) A palavra “terrível” (l. 42) é acentuada porque é uma paroxítona terminada em ‘L’.
( ) A palavra “nobilíssimas” (l. 10) é acentuada porque é uma proparoxítona.
( ) A palavra “conseguirá” (l. 47) é acentuada porque é uma oxítona terminada em ‘A’.
A seqüência correta é
Pastas
06