Questões de Português - Gramática
Assinale a alternativa em que os vocábulos estejam acentuados pela mesma razão.
Indique a alternativa na qual TODAS as palavras correspondem às regras da nova ortografia da Língua Portuguesa:
Em consonância com o Novo Acordo Ortográfico, que entrou em Vigor em 1º de Janeiro de 2009, ocorreram modificações Significativas no modo de como escrever muitas palavras em nossa língua. Com base no exposto, identifique em qual alternativa todos os vocábulos estão grafados em obediência a nova ortografia.
Assinale a opção que contenha a palavra que sofreu alteração no emprego do acento segundo o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
TEXTO:
A cultura dominante, hoje mundializada, se estrutura
ao redor da vontade de poder, que se traduz por vontade
de dominação da natureza, do outro, dos povos e dos
mercados. Essa é a lógica dos dinossauros que criou a
[5] cultura do medo e da guerra. Praticamente em todos os
países, as festas nacionais e seus heróis são ligados a
feitos de guerra e de violência. Os meios de comunicação
levam ao paroxismo, à magnificação de todo tipo de
violência, bem simbolizado nos filmes de Schwazenegger,
[10] como o “Exterminador do Futuro”. Nessa cultura, o militar,
o banqueiro e o especulador valem mais do que o poeta,
o filósofo e o santo. E sempre de novo faz suscitar a
pergunta que, de forma dramática, Einstein colocou a
Freud nos idos de 1932: é possível superar ou controlar
[15] a violência? Freud, realisticamente, responde: “É
impossível aos homens controlar totalmente o instinto
de morte… Esfaimados, pensamos no moinho que tão
lentamente mói que poderíamos morrer de fome antes
de receber a farinha”.
[20] Sem detalhar a questão, diríamos que, por detrás
da violência, funcionam poderosas estruturas. A primeira
delas é o caos sempre presente no processo
cosmogênico. Viemos de uma imensa explosão, o big
bang. E a evolução comporta violência em todas as suas
[25] fases. A expansão do universo possui também o
significado de ordenar o caos. Possivelmente a própria
inteligência nos foi dada para pormos limites à violência
e conferir-lhe um sentido construtivo.
Em segundo lugar, somos herdeiros da cultura
[30] patriarcal que instaurou a dominação do homem sobre a
mulher e criou as instituições do patriarcado assentadas
sobre mecanismos de violência, como o Estado, as
classes, o projeto da tecnociência, os processos de
produção como objetivação da natureza e sua sistemática
[35] depredação.
Em terceiro, essa cultura patriarcal gestou a guerra
como forma de resolução dos conflitos. Sobre essa vasta
base, se formou a cultura do capital, hoje globalizada;
sua lógica é a competição e não a cooperação, por isso,
[40] gera guerras econômicas e políticas e, com isso,
desigualdades, injustiças e violências. Todas essas
forças se articulam estruturalmente para consolidar a
cultura da violência que nos desumaniza.
A essa cultura da violência há que se opor à cultura
[45] da paz. Hoje ela é imperativa, porque as forças de
destruição estão ameaçando, por todas as partes, o
pacto social mínimo sem o qual regredimos a níveis de
barbárie. É imperativa porque o potencial destrutivo já
montado pode ameaçar toda a biosfera e impossibilitar a
[50] continuidade do projeto humano. Ou limitamos a violência
e fazemos prevalecer o projeto da paz ou conheceremos,
no limite, o destino dos dinossauros.
O ser humano é o único ser que pode intervir nos
processos da natureza e copilotar a marcha da evolução.
[55] Ele foi criado criador. Dispõe de recursos de reengenharia
da violência mediante processos civilizatórios de
contenção e uso de racionalidade. A competitividade
continua a valer, mas no sentido do melhor e não de
destruição do outro. Assim todos ganham e não apenas
[60] um.
Onde buscar as inspirações para cultura da paz?
Mais que imperativos voluntarísticos, é o próprio processo
antroprogênico a nos fornecer indicações objetivas e
seguras. Ao lado de estruturas de agressividade, temos
[65] capacidades de afetividade, compaixão, solidariedade e
amorização. Hoje é urgente que desentranhemos tais
forças para conferir rumo mais benfazejo à história. Toda
protelação é insensata.
BOFF, Leonardo. Cultura da paz. Disponível em: <http://www.leonar doboff.com/site/vista/2001-2002/culturapaz.htm.>. Acesso em: 12 jul. 2016. Adaptado.
No que diz respeito aos recursos linguísticos presentes no texto, está correto o que se afirma em
I. O termo preposicionado “da natureza” (l. 3) exerce a mesma função sintática que “de comunicação” (l. 7), ambos tendo valor passivo, pois completam o sentido de um nome.
II. O vocábulo “países” (l. 6) é acentuado, porque o -i- do hiato não aparece antecedido de ditongo, forma sílaba sozinho, e não vem seguido de -nh, enquanto a acentuação do ditongo aberto -oi- de “heróis” (l. 6) e de “mói” (l. 18) deve-se, respectivamente, ao fato de se tratar de palavra oxítona e de um monossílabo tônico.
III. A presença do sinal de crase em “à magnificação” (l. 8) revela a fusão de duas vogais idênticas, embora pertencentes a classes gramaticais diferentes, sendo uma decorrente de regência verbal, e outra determinante de um nome feminino.
IV. Os verbos em negrito no fragmento “superar ou controlar a violência” (l. 14-15) classificam-se como transitivos, fazem parte da mesma conjugação e compõem orações subjetivas que se alternam entre si.
V. As palavras “desigualdades” (l. 41) e “injustiças” (l. 41) são derivadas pelo mesmo processo, não obstante os prefixos que as formam expressarem diferentes ideias.
A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão corretas é a
Destaque a alternativa em que as regras de acentuação foram empregadas adequadamente.