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Acesse GrátisQuestões de Português - Gramática
Questão 5 7072340
UNIC 2019/2TEXTO:
Eles já foram acusados de tudo: distraídos,
superficiais e até egoístas. Mas se preocupam com o
ambiente, têm fortes valores morais e estão prontos
para mudar o mundo.
[05] São impacientes, preocupados consigo próprios,
interessados em construir um mundo melhor e, em
pouco tempo, vão tomar conta do planeta.
Com 20 e poucos anos, esses jovens são os
representantes da chamada Geração Y, um grupo
[10] que está, aos poucos, provocando uma revolução
silenciosa. Sem as bandeiras e o estardalhaço das
gerações dos anos 60 e 70 do século passado, mas
com a mesma força poderosa de mudança.
Eles sabem que as normas do passado não
[15] funcionam –– e as novas estão inventando sozinhos.
Folgados e insubordinados são outros adjetivos
menos simpáticos para classificar os nascidos entre
1978 e 1990. Concebidos na era digital, democrática
e da ruptura da família tradicional, essa garotada está
[20] acostumada a pedir e ter o que quer.
LOIOLA, Rita. Geração Y. Disponível em: < http://revistagalileu.globo. com/Revista/Galileu/0,,EDG87165-7943-219,00-GERACAO+Y. html>. Acesso em: 5 jun. 2019. Adaptado.
São acentuadas por diferentes razões as palavras transcritas na alternativa
Questão 11 283169
UCS 2018O ato de escrever nos modifica, e é por essa razão que ele faz sentido
Cristovão Tezza
Há muitos anos, ouvi o escritor português Augusto Abelaira (1926-2003) classificar toda a literatura
do mundo em apenas duas famílias: “Grandes Esperanças” e “Ilusões Perdidas”. A brincadeira com as
obras-primas de Dickens e Balzac poderia ser estendida ao temperamento dos escritores, os soturnos e
solares.
[5] Como classificar e coçar é só começar, e a ficção – o nome já o diz – não é uma ciência, pensei
em separar os escritores em função de como eles ____ o mundo que pretendem “revelar”. As aspas se
explicam adiante.
A primeira vertente seria a conspiratória. Segundo ela, somos naturalmente seres negativos que se
dirigem à morte. Infelizmente, não há nada que se possa fazer a respeito, porque a natureza é soberana,
[10] e a subjetividade, uma mentira. Pela escrita, fomos arrancados do aqui e agora do mundo natural, ao qual
não podemos voltar.
Assim, escrever será sempre um processo insidioso de ocultação, e são impressionantes os meios de
que ____ a escrita para nos enganar, criando fantasmas paralelos e arbitrários que asfixiam o real tentando
simular um impossível retorno à suposta paz primitiva.
[15] É falsa, portanto, a distinção entre ficção e não ficção – tudo é ficção; ou, pior, tudo é uma mentira, e a
penosa ética da escrita seria torná-la límpida, trazer a mentira à luz do sol, denunciando perpetuamente o
fracasso, que, queiramos ou não, se volta sobre si mesmo. Não há escape ou segurança, exceto no próprio
ato de escrever, que é, necessariamente, um ato de desespero.
A segunda vertente é a encantatória. Vivemos em uma rede maravilhosa – não necessariamente
[20] otimista, alegre ou feliz, mas no sentido atávico das mil e uma noites, o maravilhoso como suspensão do
tempo e das regras sensoriais.
Essa rede fantástica de sentidos, causas e efeitos existe segundo essências inatingíveis pela lógica
humana e revela sinais milagrosos em toda parte. O artista é a antena com poderes de captação de um
saber que, apesar da intransponível opacidade da natureza, está sempre pulsando no entorno à espera de
[25] um intérprete. O escritor seria esse arauto das forças misteriosas do mundo.
Nessa visão, de um apelo instintivamente escapista, escrever também é tirar o manto que oculta a
realidade e revelá-la tal qual ela é. Para o poeta Ezra Pound, havia mesmo uma raça pulsando em alguma
parte, que o poeta, “antena da raça”, deve farejar. A expressão é historicamente grotesca, mas o seu
espírito tem uma atração perene, uma espécie de “alma do mundo”, o comando romântico irresistível.
[30] O fato é que, tanto para os encantatórios como para os conspiratórios, a realidade é um dado prévio
que se deixa ver apenas por enigmas e só pode ser pressentido; escrever é revelar, ou, mais precisamente,
deixar o mundo revelar-se pelas mãos do escritor.
São visões com o charme do irracionalismo poético – e certamente obras-primas se escreveram e
continuarão se escrevendo sob o sopro dessa natureza regressiva.
[35] Para colocar essa teoria capenga em minha própria medida, gosto de pensar em mim mesmo como
escritor de uma realidade encantatória, mas o espírito da conspiração vive me puxando o tapete. A ideia de
que os escritores “revelam” alguma coisa é enganosa – eu aqui, cristalino; e o mundo lá, turvo e misterioso.
Escrever é uma ação sobre o mundo, e sou parte dele. O ato de escrever nos modifica, e é por essa
razão que ele faz sentido. É possível que o primeiro impulso seja o da “revelação” – o que é isso que estou
[40] vendo ou sentindo? –, mas já no instante seguinte a redução da vida real ____ letras, a reapresentação e
o fechamento do mundo pela gramática, pelo funil das sentenças, cria uma terceira realidade, um desejo
que se desenha, um objeto espelhado, uma hipótese, que, por sua própria natureza, surge não “revelando”
o mundo, que nada diz por si mesmo, mas fazendo concorrência a ele, como queriam os verdadeiros
realistas.
[45] Levando-se adiante ____ conversa solta, pode-se extrair daí uma ética laica do ato de escrever ficção,
ou seja, o seu princípio inegociável, desde os diálogos socráticos e seu sabor romanesco: o fato de que
somos seres inacabados. Fico por aqui: para salvação deste escriba, e alegria do leitor, acabou o espaço.
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/colunas/cristovao-tezza/2017/07/1897639-o-ato-de-escrever-nos-modifica-e-e-por-essa-razao-que- -ele-faz-sentido.shtml>. Acesso em: 3 set. 17. (Adaptado.)
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas nas linhas 6, 13, 40 e 45 do texto.
Questão 15 762592
EEAR 2016/2Marque a alternativa que apresenta, correta e respectivamente, as palavras que completam as lacunas do fragmento de texto abaixo.
Poucos ____ consciência de que, quando ainda era jovem, ele ____ decidir ____ que caminho seguir.
Questão 27 945205
PUC-RS Verão 2016INSTRUÇÃO: Responder à questão com base no texto.
TEXTO
As transformações que _____ ocorrido na socieda-
de contemporânea, em especial a partir dos anos 70,
_____ propiciando mudanças nas relações científicas
estabelecidas com o ambiente internacional. Um evento
[5] norteador das transformações societais e decisivo para
essas mudanças foi a globalização, que _____ fortes
evidências do entrosamento entre ciência e sociedade
e _____ a dinâmica de produção do conhecimento, com
efeitos no ensino superior sobretudo, realçando a impor-
[10] tância da internacionalização nas funções de transmitir
e produzir conhecimento.
Universidade, ciência, inovação e sociedade. 36º Encontro Anual da ANPOCS. (Texto adaptado)
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto.
Questão 15 128190
ULBRA Medicina 2014Leia as afirmações abaixo e assinale a alternativa correta.
I – A fala de Mafalda, no primeiro quadro, refere-se, claramente, aos caules das duas árvores, no mesmo espaço.
II – O termo “direitos”, no primeiro quadro, possui um ditongo decrescente.
III – O verbo “têm”, no primeiro quadro, concorda com “eles”, por isso é acentuado.
IV – No último quadro, o nome “Manolito” está entre vírgulas por se tratar de um vocativo.
Está (ão) correta (s):
Questão 3 132082
UFT Manhã 2014/1Leia o texto a seguir para responder a QUESTÃO
E se as pessoas só pudessem ter um filho?
Ela caminha, ele resmunga. “Achei que o nosso trabalho da faculdade ia ser sobre icebergs.” Ela não reage, ele segue. “Ou petróleo. Ou cinema. Mas você insistiu tanto para que fosse sobre irmão. Por quê?” [...]
Ele e ela nasceram em uma realidade singular: neste mundo, todos são filhos únicos. Começou como exemplo, se tornou obrigação e, passado tanto tempo, é como as coisas são. A semana tem sete dias, as pessoas têm só um filho.
No começo do século 22, era isso ou o apocalipse. As previsões otimistas falharam: 20 bilhões de habitantes exauriam o mundo. Espécies eram extintas semanalmente. Mesmo com países inteiros transformados em pasto e lavoura, faltava comida. Mesmo com os rios amazônicos apropriados pela ONU, faltava água. [...]
Foi quando a Austrália decidiu ressuscitar a política do filho único, abandonada oficialmente pela China desde a revolução democrática de 2049. As regras eram rígidas e valiam para todos os residentes, cidadãos e imigrantes. Após o primeiro parto, as mulheres eram esterilizadas [...] Caso segundos filhos fossem descobertos, quem arcava com as consequências eram os adultos responsáveis. [...]
Após décadas como a escória do mundo, a Austrália passou a colher e divulgar resultados. Com menos gente, havia lugar para a fauna – coalas e cangurus foram recriados em laboratório e soltos na natureza. A previdência, reformulada e vitaminada por recursos liberados pela economia com educação, deixou de ser um problema. Cada geração, sempre metade da anterior, contava com mais dinheiro, espaço, opções de empregos. [...] O mundo, à beira de uma guerra mundial por recursos básicos, perdoou a Austrália. E seguiu seu exemplo.
É verdade que alguns líderes, ansiosos por sobrepujar vizinhos, mandaram seus povos se multiplicarem. Suas nações acabaram sendo atacadas com o controverso gás esterilizante [...] Ainda hoje, hordas de antirreprodutores fanáticos peregrinam até os locais atingidos para se tornarem estéreis.
E o mundo foi ficando menor. Ou melhor, diferente. Vagas nas escolas viraram camas de asilos. Buffets infantis deram lugar a estúdios de pilates. Universidades pertinho do metrô deram lugar a imensos bingos próximos de trens turísticos. Ídolos adolescentes deram lugar a celebridades de terceira, quarta, quinta idade. Quando alguém cogita derrubar o dogma de um filho só, a resposta é sólida: menos é mais. Por falta de carros, avenidas viraram parques. O trânsito... que trânsito? O crime, com cada vez menos jovens, caiu sucessivamente. Profissão, você escolhe a que quiser
[...].
A população das cidades encolheu, sobraram imóveis de todos os tipos. E faz 200 anos que ninguém sabe o que é dividir um quarto – ou qualquer outra coisa. Duzentos anos sem saber o que é ser caçula, mais velho, primo de alguém, sem os escudos e cicatrizes que vêm desse convívio.
[...]
URBIM, Emiliano. E se as pessoas só pudessem ter um filho? Super Interessante. Edição 326. São Paulo: Editora Abril: dezembro de 2013, p.96-97. (Adaptado).
Quanto aos itens gramaticais utilizados no texto, é CORRETO afirmar.