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Acesse GrátisQuestões de Português - Gramática
Questão 3 7835669
UNIFIMES 2019Leia com atenção o trecho abaixo, pois ele será base para a questão.
[...] Os narradores de “Sagarana” têm o estilo marcante criado por Guimarães Rosa, cuja principal característica é a oralidade. No entanto, esse traço ainda não está tão acentuado como em obras posteriores, como “Grande Sertão: Veredas” e “Primeiras Estórias”, entre outras. Considerando que a oralidade acentuada é um dos principais obstáculos para a leitura de Guimarães Rosa, o livro “Sagarana” é uma excelente opção para iniciar-se na obra do autor.
Disponível em https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/sagarana-resumo-da-obra-de-guimaraes-rosa/> acesso em 02/11/2018
Em relação ao vocábulo têm destacado na primeira linha do excerto acima, podemos afirmar que:
Questão 1 424369
IFSul 2018/1Leia o texto a seguir para responder à questão.
Viver a vida ou registrá-la nos celulares, eis a questão
Marcelo Gleiser
De alguns anos para cá, uma transformação profunda ________ ocorrendo em nossas
vidas, mesmo que poucos reflitam sobre ela. Com a rápida evolução dos smartphones, ficou tão
fácil capturar imagens da vida, que o que antes era complicado e oneroso – comprar um filme
fotográfico, levar a câmera a tiracolo, revelar o filme na ótica, pegar as fotos reveladas – hoje é
[5] algo que todo mundo (ou quase) pode fazer. Tudo é devidamente registrado, do mais significativo
ao mais trivial.
Todo mundo é ou quer ser a estrela principal do grande filme da sua vida, e capturar os
momentos julgados importantes é construir, aos poucos, essa narrativa pessoal. O filme da sua
vida vive, virtualmente, nas redes sociais. No YouTube, vídeos viram "virais", atingindo milhares
[10] e até milhões de pessoas em horas. Cachorros salvando veadinhos que se ________, aviões em
pane, jogadores de videogame seguidos por adolescentes do mundo inteiro, cenas variadas da
vida de indivíduos – cômicas e trágicas – são compartilhadas globalmente, com pessoas do
Afeganistão à Zâmbia.
Por um lado, isso faz sentido: nossas vidas são importantes, e queremos dividi-las, ser
[15] vistos, apreciados, tanto pelos amigos quanto por estranhos. Mas por outro, essa voracidade de
capturar a vida tecnologicamente acaba por nos separar dela, criando um distanciamento do
momento, da experiência visceral de estar vivo. Vivemos mais para mostrar aos outros nossas
vidas do que para apreciá-la a cada momento.
Essa transição começou antes dos celulares. Algo ocorreu entre o diário pessoal que
[20] trancávamos na gaveta e a câmera de vídeo portátil. Por exemplo, em junho de 2001 levei um
grupo de ex-alunos da minha universidade num cruzeiro para observar um eclipse total do sol na
África. No navio, encontrei vários "caçadores de eclipse", pessoas que viajam o mundo atrás de
eclipses. Faz sentido, visto que poucos fenômenos naturais são tão espetaculares, capazes de
despertar uma emoção tão profunda. […] Durante alguns minutos, tudo se transforma, o dia vira
[25] noite, o Sol coberto pelo disco da Lua, cercado pelos raios difusos da corona. Para vivenciar isso,
temos que olhar para o céu com foco total. Mas o que vi, quando o eclipse ia começar, foi o
convés do navio repleto de câmeras e tripés, as pessoas afoitas para fotografar e gravar o
evento.
As pessoas escolheram vivenciar esse momento tão raro e especial através de lentes e
[30] filtros, em vez de vivê-lo diretamente. Fiquei chocado, especialmente porque o navio tinha
fotógrafos profissionais que ________ dar suas fotos para os passageiros. Mas as pessoas
queriam as suas fotos e vídeos, mesmo sabendo que não seriam tão boas. Participei de dois
outros eclipses e é sempre a mesma coisa. As pessoas optam por capturar a realidade através de
uma máquina, diluindo a emoção do momento.
[35] Com os celulares e a mídia social, ficou infinitamente mais fácil arquivar e distribuir
imagens. O alcance é potencialmente enorme, e o nível de gratificação mensurável (quantos
"likes" uma foto ou vídeo ganha). Essencialmente, a vida moderna se transformou num evento
social compartilhável.
Claro que existe um lado positivo de tudo isso. Queremos e devemos celebrar momentos
[40] significativos e dividi-los com pessoas queridas e próximas. O problema começa quando a ânsia
de registrar o momento ofusca a experiência de vivenciá-lo. Músicos e comediantes reclamam
que não podem ver seu público, apenas um mar de iPhones e iPads. Algumas celebridades estão
proibindo o uso de celulares nos seus casamentos, exigindo a presença concreta de seus
convidados, e não a virtual.
[45] O mesmo ocorre com palestras e aulas que usam Powerpoint. Assim que a tela se ilumina,
os olhares vão para ela, e o apresentador é uma voz solta no espaço, incapaz de criar uma
relação direta com a audiência. Por isso, tendo a usar essas tecnologias minimamente hoje em
dia.
Sem querer ser muito nostálgico (mas sendo), nada suplanta o contato direto, olho no
[50] olho, o estar presente no momento, com a família ou amigos, ou mesmo sozinho. Os celulares
são incríveis, claro. Mas não ________ definir como vivemos nossas vidas – apenas
complementá-las.
Publicado em 23 jul. 2017. Disponível em: . Acesso em: 21 ago. 2017
Para atender à sintaxe de concordância, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com
Questão 5 1582628
IFRR Superior 2017/1Para responder a questão, considere o fragmento do conto O Enfermeiro, de Machado de Assis, da obra Várias Histórias.
Parece-lhe então que o que se deu comigo em 1860, pode entrar numa página de livro? Vá que seja, com a condição única de que não há de divulgar nada antes da minha morte. Não esperará muito, pode ser que oito dias, se não for menos; estou desenganado.
Olhe, eu podia mesmo contar-lhe a minha vida inteira, em que há outras cousas interessantes, mas para isso era preciso tempo, ânimo e papel, e eu só tenho papel; o ânimo é frouxo, e o tempo assemelha-se à lamparina de madrugada. Não tarda o sol do outro dia, um sol dos diabos, impenetrável como a vida. Adeus, meu caro senhor, leia isto e queira-me bem; perdoe-me o que lhe parecer mau, e não maltrate muito a arruda, se lhe não cheira a rosas. Pediu-me um documento humano, ei-lo aqui. Não me peça também o império do Grão-Mogol, nem a fotografia dos Macabeus; peça, porém, os meus sapatos de defunto e não os dou a ninguém mais.
Já sabe que foi em 1860. No ano anterior, ali pelo mês de agosto, tendo eu quarenta e dois anos, fiz-me teólogo, — quero dizer, copiava os estudos de teologia de um padre de Niterói, antigo companheiro de colégio, que assim me dava, delicadamente, casa, cama e mesa. Naquele mês de agosto de 1859, recebeu ele uma carta de um vigário de certa vila do interior, perguntando se conhecia pessoa entendida, discreta e paciente, que quisesse ir servir de enfermeiro ao coronel Felisberto, mediante um bom ordenado. O padre falou-me, aceitei com ambas as mãos, estava já enfarado de copiar citações latinas e fórmulas eclesiásticas. Vim à Corte despedir-me de um irmão, e segui para a vila.
Chegando à vila, tive más notícias do coronel. Era homem insuportável, estúrdio, exigente, ninguém o aturava, nem os próprios amigos. Gastava mais enfermeiros que remédios. A dous deles quebrou a cara. Respondi que não tinha medo de gente sã, menos ainda de doentes; e depois de entender-me com o vigário, que me confirmou as notícias recebidas, e me recomendou mansidão e caridade, segui para a residência do coronel.
Achei-o na varanda da casa estirado numa cadeira, bufando muito. Não me recebeu mal. Começou por não dizer nada; pôs em mim dous olhos de gato que observa; depois, uma espécie de riso maligno alumiou-lhe as feições, que eram duras. Afinal, disse-me que nenhum dos enfermeiros que tivera, prestava para nada, dormiam muito, eram respondões e andavam ao faro das escravas; dous eram até gatunos!
— Você é gatuno?
— Não, senhor
Em seguida, perguntou-me pelo nome: disse-lho e ele fez um gesto de espanto. Colombo? Não, senhor: Procópio José Gomes Valongo. Valongo? achou que não era nome de gente, e propôs chamar-me tão somente Procópio, ao que respondi que estaria pelo que fosse de seu agrado. Conto-lhe esta particularidade, não só porque me parece pintá-lo bem, como porque a minha resposta deu de mim a melhor idéia ao coronel. Ele mesmo o declarou ao vigário, acrescentando que eu era o mais simpático dos enfermeiros que tivera. A verdade é que vivemos uma lua-de-mel de sete dias.
No oitavo dia, entrei na vida dos meus predecessores, uma vida de cão, não dormir, não pensar em mais nada, recolher injúrias, e, às vezes, rir delas, com um ar de resignação e conformidade; reparei que era um modo de lhe fazer corte. Tudo impertinências de moléstia e do temperamento. A moléstia era um rosário delas, padecia de aneurisma, de reumatismo e de três ou quatro afecções menores. Tinha perto de sessenta anos, e desde os cinco toda a gente lhe fazia a vontade. Se fosse só rabugento, vá; mas ele era também mau, deleitava-se com a dor e a humilhação dos outros. No fim de três meses estava farto de o aturar; determinei vir embora; só esperei ocasião. Não tardou a ocasião.
Um dia, como lhe não desse a tempo uma fomentação, pegou da bengala e atirou-me dous ou três golpes. Não era preciso mais; despedi-me imediatamente, e fui aprontar a mala. Ele foi ter comigo, ao quarto, pediu-me que ficasse, que não valia a pena zangar por uma rabugice de velho. Instou tanto que fiquei.
— Estou na dependura, Procópio, dizia-me ele à noite; não posso viver muito tempo. Estou aqui, estou na cova. Você há de ir ao meu enterro, Procópio; não o dispenso por nada. Há de ir, há de rezar ao pé da minha sepultura. Se não for, acrescentou rindo, eu voltarei de noite para lhe puxar as pernas. Você crê em almas de outro mundo, Procópio?
— Qual o quê!
— E por que é que não há de crer, seu burro? redargüiu vivamente, arregalando os olhos.
Eram assim as pazes; imagine a guerra. Coibiu-se das bengaladas; mas as injúrias ficaram as mesmas, se não piores. Eu, com o tempo, fui calejando, e não dava mais por nada; era burro, camelo, pedaço d’asno, idiota, moleirão, era tudo. Nem, ao menos, havia mais gente que recolhesse uma parte desses nomes.
Não tinha parentes; tinha um sobrinho que morreu tísico, em fins de maio ou princípios de julho, em Minas. Os amigos iam por lá às vezes aprová-lo, aplaudi-lo, e nada mais; cinco, dez minutos de visita. Restava eu; era eu sozinho para um dicionário inteiro. Mais de uma vez resolvi sair; mas, instado pelo vigário, ia ficando. Não só as relações foram-se tornando melindrosas, mas eu estava ansioso por tornar à Corte. Aos quarenta e dois anos não é que havia de acostumar-me à reclusão constante, ao pé de um doente bravio, no interior.
Para avaliar o meu isolamento, basta saber que eu nem lia os jornais; salvo alguma notícia mais importante que levavam ao coronel, eu nada sabia do resto do mundo. Entendi, portanto, voltar para a Corte, na primeira ocasião, ainda que tivesse de brigar com o vigário. Bom é dizer (visto que faço uma confissão geral) que, nada gastando e tendo guardado integralmente os ordenados, estava ansioso por vir dissipá-los aqui. Era provável que a ocasião aparecesse.
O coronel estava pior, fez testamento, descompondo o tabelião, quase tanto como a mim. O trato era mais duro, os breves lapsos de sossego e brandura faziam-se raros. Já por esse tempo tinha eu perdido a escassa dose de piedade que me fazia esquecer os excessos do doente; trazia dentro de mim um fermento de ódio e aversão.
No princípio de agosto resolvi definitivamente sair; o vigário e o médico, aceitando as razões, pediram-me que ficasse algum tempo mais. Concedi-lhes um mês; no fim de um mês viria embora, qualquer que fosse o estado do doente. O vigário tratou de procurar-me substituto. Vai ver o que aconteceu. Na noite de vinte e quatro de agosto, o coronel teve um acesso de raiva, atropelou-me, disse-me muito nome cru, ameaçoume de um tiro, e acabou atirando-me um prato de mingau, que achou frio, o prato foi cair na parede onde se fez em pedaços.
— Hás de pagá-lo, ladrão! bradou ele. Resmungou ainda muito tempo.
Às onze horas passou pelo sono. Enquanto ele dormia, saquei um livro do bolso, um velho romance de d’Arlincourt, traduzido, que lá achei, e pus-me a lê-lo, no mesmo quarto, a pequena distância da cama; tinha de acordá-lo à meia-noite para lhe dar o remédio. Ou fosse de cansaço, ou do livro, antes de chegar ao fim da segunda página adormeci também. Acordei aos gritos do coronel, e levantei-me estremunhado. Ele, que parecia delirar, continuou nos mesmos gritos, e acabou por lançar mão da moringa e arremessá-la contra mim. Não tive tempo de desviar-me; a moringa bateu-me na face esquerda, e tal foi a dor que não vi mais nada; atirei-me ao doente, pus-lhe as mãos ao pescoço, lutamos, e esganei-o. (...)
Com o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, a acentuação gráfica de algumas palavra foi modificada.
Isso pode ser confirmado como verdadeiro pelo item:
Questão 6 319046
UNESC 2014Indique a alternativa na qual TODAS as palavras correspondem às regras da nova ortografia da Língua Portuguesa:
Questão 3 7345487
Fepese Administração (UFFS) 2012Texto
No dia dos seus 102 anos, uma adorável matriarca está sentada junto à mesa de sua cozinha, rodeada de filhas e amigas. Ela corta os quiabos que serão preparados e servidos mais tarde aos visitantes, como de costume. Entrevistada, diz ao jornalista: “A vida, a gente é que decide. Eu escolhi a felicidade”.
A aniversariante, dona Canô, mãe de Bethânia, minha irmã querida, naturalmente não quis dizer que “escolher a felicidade” é viver sem problemas, sem dramas pessoais ou as dores do mundo. Nem quer dizer ser irresponsável, eternamente infantil. Ao contrário, a entrevistada falou em “decidir” e “escolher”.
Lya Luft: A gente decide. In Veja, 21 out. 2009
Conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, continuam acentuadas graficamente:
1. as palavras baú, conteúdo, distribuído, juízes, distribuído, prejuízo, saída, saúde, [eu] proíbo reúno / saúdo.
2. as palavras cinqüenta, conseqüente, freqüente, seqüência.
3. as formas verbais pôr e pôde, como em Queremos pôr ordem na casa e Você não pôde nos visitar ontem?
4. as formas verbais sublinhadas em Eles vêm de Braço do Norte porque mantêm a palavra; isso lhes convêm.
5. as palavras lençóis, constrói e troféus.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Questão 8 2685614
FCM PB 2019/2TEXTO – A mentirosa liberdade
Comecei a escrever um novo livro sobre os mitos e mentiras, que nossa cultura expõe em prateleiras enfeitadas, para que a gente enfie esse material na cabeça e, pior, na alma – como se fosse algodão-doce colorido. Com ele chegam os medos que tudo isso nos inspira: medo de não estar bem enquadrados, medo de não ser valorizados pela turma, medo de não ser suficientemente ricos, magros, musculosos, de não participar da melhor balada, do clube mais chique, de não ter feito a viagem certa nem possuir a tecnologia de ponta no celular. Medo de não ser livres.
Na verdade, estamos presos numa rede de falsas liberdades. Nunca se falou tanto em liberdade, e poucas vezes fomos tão pressionados por exigências absurdas, que constituem o que chamo a síndrome do “ter de”. Fala-se em liberdade de escolha, mas somos conduzidos pela propaganda como gado para o matadouro, e as opções são tantas que não conseguimos escolher com calma. Medicados como somos (a pressão, a gordura, a fadiga, a insônia, o sono, a depressão e a euforia, a solidão e o medo tratados a remédio), cedo recorremos a expedientes, porque nossa libido, quimicamente cerceada, falha, e a alegria, de tanta tensão, nos escapa.
Preenchem-se fendas e falhas, manchas se removem, suspendem-se prazeres como sendo risco e extravagância, e nos ligamos no espelho: alguém por aí é mais eficiente, moderno, valorizado e belo que eu? Alguém mora num condomínio melhor que o meu? Em fileira ao longo das paredes temos de parecer todos iguais nessa dança de enganos. Sobretudo, sempre jovens. Nunca se pôde viver tanto tempo e com tão boa qualidade, mas no atual endeusamento da juventude, como se só jovens merecessem amor, vitórias e sucesso, carregamos mais um ônus pesadíssimo e cruel: temos de enganar o tempo, temos de aparentar 15 anos se temos 30, 40 anos se temos 60, e 50 se temos 80 anos de idade. A deusa juventude traz vantagens, mas eu não a quereria para sempre: talvez nela sejamos mais bonitos, quem sabe mais cheios de planos e possibilidades, mas sabemos discernir as coisas que divisamos, podemos optar com a mínima segurança, conseguimos olhar, analisar e curtir – ou nos falta o que vem depois: maturidade? Parece que do começo ao fim passamos a vida sendo cobrados: O que você vai ser? O que vai estudar? Como? Fracassou em mais um vestibular? Já transou? Nunca transou? Treze anos e ainda não ficou? E ainda não bebeu? Nem experimentou uma maconhazinha sequer? E um Viagra para melhorar ainda mais? Ainda aguenta os chatos dos pais? Saiba que eles o controlam sob o pretexto de que o amam. Sai dessa! Já precisa trabalhar? Que chatice! E depois: Quarenta anos ganhando tão pouco e trabalhando tanto? E não tem aquele carro? Nunca esteve naquele resort?
Talvez a gente possa escapar dessas cobranças sendo mais natural, cumprindo deveres reais, curtindo a vida sem se atordoar. Nadar contra toda essa louca correnteza. Ter opiniões próprias, amadurecer, ajuda. Combater a ânsia por coisas que nem queremos, ignorar ofertas no fundo desinteressantes, como roupas ridículas e viagens sem graça, isso ajuda. Descobrir o que queremos e podemos é um bom aprendizado, mas leva algum tempo: não é preciso escalar o Himalaia social nem ser uma linda mulher nem um homem poderoso. É possível estar contente e ter projetos bem depois dos 40 anos, sem um iate, físico perfeito e grande fortuna. Sem cumprir tantas obrigações fúteis e inúteis, como nos ordenam os mitos e mentiras de uma sociedade insegura, desorientada, em crise. Liberdade não vem de correr atrás de “deveres” impostos de fora, mas de construir a nossa existência, para a qual, com todo esse esforço e desgaste, sobra tão pouco tempo. Não temos de correr angustiados atrás de modelos que nada têm a ver conosco, máscaras, ilusões e melancolia para aguentar a vida, sem liberdade para descobrir o que a gente gostaria mesmo de ter feito.
(LUFT,Lya. A mentirosa liberdade Disponível em: https://www.contioutra.com/a-mentirosa-liberdade-lya-uft/)
Assinale com V a(s) alternativa(s) verdadeira(s) e com F, a(s) falsa(s).
( ) Em “[...]como se fosse algodão-doce colorido” a flexão de número do substantivo destacado se faz mediante a flexão dos dois termos: algodões-doces.
( ) Em “[...] a alegria, de tanta tensão, nos escapa”, a estrutura destacada é uma expressão adverbial de causa.
( ) Em “Nunca se pôde viver tanto tempo[...]”, a forma verbal destacada se apresenta no pretérito perfeito, recebendo acento diferencial facultativo.
( ) Em “[...] mas de construir a nossa existência[...]”, a ausência do termo em destaque altera o sentido do fragmento.
( ) Em “[...] para descobrir o que a gente gostaria mesmo de ter feito”, o termo destacado pode ser substituído pelo demonstrativo aquilo
A sequência correta é: