Questões de Português - Gramática
TEXTO
Para responder à questão, leia as afirmativas a seguir referentes ao uso das aspas no Texto.
I. O uso do ponto de exclamação no final das sentenças dos quadrinhos indica entusiasmo, embora esse entusiasmo seja decrescente.
II. O uso das reticências no final das sentenças dos dois últimos quadrinhos indica decepção após instantes de euforia.
III. O vocábulo NOSSA assume valor de substantivo e função de sujeito.
IV. A forma verbal repetida no texto integra um predicado verbo-nominal.
Estão corretas apenas as afirmativas
TEXTO
O Texto apresenta dois pontos de exclamação.
Assinale a opção que corretamente justifica seu uso:
O texto a seguir, apesar de monossilábico, estabelece uma comunicação imediata com o leitor.
TEXTO
-Oi! - Oi!.
(ELIACHAR, Lion. O homem ao meio. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1979.)
Que recurso linguístico possibilita ao leitor atribuir sentido ao texto?
Leia o texto abaixo para responder a questão
TEXTO
Pássaros leem jornal
Por Rubem Alves
O Carlos Rodrigues Brandão me deu um livro, faz tempo, que ainda não li. O título é: A linguagem dos pássaros. Nunca levei o dito a sério porque era firme minha convicção que passarinho não tem linguagem. Pois mudei de ideia. Eles não só falam como também leem os jornais. Tive prova disto, prova que não se pode contestar. Eu me queixei, numa de minhas crônicas, da ausência dos pássaros no meu apartamento, a despeito do jardim que a Raquel, minha filha, pôs na varanda. Aventei a hipótese de que é porque moro no oitavo andar, talvez seja altura demais. Guimarães Rosa diz que, no sertão, só há duas alturas: altura de urubu ir e altura de urubu não ir. Fiquei pensando que, aqui no oitavo andar, só os urubus. A crônica saiu num domingo. Na segundafeira, ao chegar em casa do trabalho no final do dia, lá estava, na sala, atendendo à minha queixa, um beija-flor empoleirado no lustre. O bichinho se assustou. Como se sabe, os homens são os seres que perderam a confiança dos pássaros. Ele se pôs a voar de um lado para o outro, desorientado, sem saber onde estava a saída. Tentei pegá-lo. Inutilmente. Aí ele se refugiou no banheiro. fechei a porta, subi numa cadeira e finalmente o segurei com palavras tranquilizantes. Ele não acreditou e até deixou várias penas na minha mão. Desci da cadeira, fui até a varanda e o soltei. Ele partiu como uma flecha. Ah! Como me senti feliz! Pois, no dia seguinte, a coisa se repetiu: não com o beija-flor, mas com uma curruíra. Ela não entrou no apartamento, mas ficou saltitando na minha mini-imitação dos jardins suspensos da Babilônia. Peguei as peninhas do beija-flor, azuis, amarrei-as com um fio e as pendurei no bambu do jardim, como mensagem de paz. Quero que os pássaros confiem em mim. Vocês não concordam comigo que o fato de um beija-flor e uma curruíra terem me visitado no meu apartamento é prova cabal de que leem jornal? Por que é que foram aparecer justo no dia seguinte ao da minha queixa? E fiquei feliz por saber que eles leem o que eu escrevo…
Do livro: “Ostra feliz não faz pérola” http://www.contioutra .com/passaros-leem-jornal/
Em: Ah! Como me senti feliz!, os pontos de exclamação reforçam ideia de:
Se não quiser adoecer – “Busque soluções.”
Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas. Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor é acender o fósforo que lamentar a escuridão. Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma em doença.
Se não quiser adoecer – “Não viva de aparências.”
Quem esconde a realidade finge, faz pose, quer sempre dar a impressão de que está bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho etc., está acumulando toneladas de peso... uma estátua de bronze, mas com pés de barro. Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas. São pessoas com muito verniz e pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.
Se não quiser adoecer – “Confie.”
Quem não confia não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras. Sem confiança, não há relacionamento. A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em Deus.
Se não quiser adoecer – “Não viva SEMPRE triste! ”
O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem vida longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive. “O bom humor nos salva das mãos do doutor.” Alegria é saúde e terapia.
VARELLA, Dráuzio. Desassossego. Disponível em: https://www.pensador.com/textos_de_drauzio_varella/. Acesso em: ago. 2022. Fragmento.
Sobre os sinais de pontuação usados no texto, considerando-se o contexto em que se encontram, é correto afirmar:
Por que usar ponto final em em mensagens de texto é mal visto?
Estamos passando por mudanças na utilização do sinal de ponto final. Há quem diga que ele caiu em desuso, enquanto outros afirmam que ele se tornou uma marca que traduz raiva e irritação nas mensagens de texto. Porém, o que de fato está acontecendo é que a linguagem escrita está se tornando mais flexível e ganhando seu próprio conjunto de normas estilísticas.
A questão do ponto final é apenas um exemplo dessa mudança marcada por novas possibilidades na forma de se comunicar por mensagens escritas. Assim como temos diferentes formas de conversar por linguagem falada dependendo da situação, também apresentamos estilos de escrita alternativos para cada contexto.
Nas entrelinhas dos pontos
Ainda que o ponto final continue sendo um sinal para demarcar o fim de uma sentença, muitos usuários omitem seu uso em mensagens de texto – especialmente se o conteúdo for curto.
Essa opção do usuário por não pontuar suas frases acontece porque as mensagens de texto costumam ser muito dinâmicas, semelhantes aos diálogos da linguagem falada. Quando estamos contando algo ao vivo, costumamos fazer uso de elipses e deixar brechas para que nosso interlocutor participe e acrescente comentários. Assim também fazemos em mensagens de texto. Daí que adicionar um ponto final é o oposto de abrir esse espaço, já que o sinal significa um fim e quer dizer “É isso. Fim de discussão”. Para muitos, é justamente esse caráter de impor fim ao diálogo que faz a marcação não ser amigável.
Um grupo de psicólogos dos Estados Unidos decidiu estudar a influência do sinal em conversas virtuais. Como resultado, eles notaram que os participantes da pesquisa percebiam as mensagens digitais marcadas com ponto final como desonestas ou falsas. Porém, quando os mesmos textos eram reescritos manualmente (também com o ponto final), a sensação de infidelidade não existia. Outro estudo, realizado por linguistas, avaliou que mensagens digitais compostas por muitas sentenças raramente eram marcadas por pontos finais e somente 29% delas tinham uma pontuação ao final de todo o texto. Segundo os pesquisadores, a razão para isso é que o momento em que apertamos “enter” coincide exatamente com o instante em que deveríamos pontuar as frases.
Mudança de código situacional
Mas por que sentimos que o autor da mensagem que usa pontos finais está sendo desonesto conosco? A resposta para isso pode ter relação com a “mudança de código situacional”, termo cunhado pelo linguista John J. Gumperz. A mudança de código situacional diz respeito às diferentes formas com as quais nós nos comunicamos dependendo do lugar, do meio e do nosso interlocutor. Um exemplo comum disso é analisar a forma como uma pessoa se comporta durante uma entrevista de emprego e no bar com os amigos. Normalmente, o locutor vai utilizar uma linguagem mais formal na entrevista do que no ambiente com seus colegas. Caso o linguajar utilizado em ambos os casos seja o mesmo, provavelmente os amigos do bar vão estranhar e achar a situação um tanto quanto bizarra.
O uso do ponto final é um exemplo disso. Quando o sinal aparece em uma mensagem de texto, ele é percebido como uma característica excessivamente formal. Então, quando alguém encerra uma mensagem com um ponto final, é como se o indivíduo estivesse falando formalmente em uma mesa de bar com os amigos. É uma mudança de código situacional que faz aquele ato parecer incorreto, insincero e esquisito.
Também é importante lembrar que, antigamente, a linguagem escrita era quase sempre associada à formalidade porque ela residia em livros e documentos. No entanto, os tempos mudaram. As mídias sociais criaram espaço para que os usuários também trouxessem seu vocabulário casual para a linguagem escrita.
Outra forma de sinceridade
Mais um exemplo sobre a incorporação da fala na linguagem escrita é a repetição de letras. Através de um estudo, uma pesquisadora analisou que estender letras e sinais de marcação confere mais intensidade às mensagens. Outra linguista decidiu se debruçar sobre o assunto e notou que repetir pontos de exclamação em uma conversa pode transmitir sinceridade, como exemplificado na frase:“JACKIE, EU ESTOU ME SENTINDO TÃO TÃO TÃO MAL! Eu pensei que você estivesse atrás de nós no táxi, mas depois eu vi que você não estava!!!!! Eu me sinto tãããããão mal! Pegue outro táxi e eu pagarei para vocêeee”. Note que o texto não é terminado com um ponto final, já que o uso do sinal poderia contradizer o pedido de desculpas. Ao invés disso, o interlocutor repete vogais e abusa de pontos de exclamação. Em um padrão formal, a mensagem seria escrita da seguinte forma:“Jackie, eu estou me sentido tão mal. Eu pensei que você estivesse atrás de nós no táxi, mas depois eu vi que você não estava. Eu me sinto tão mal! Pegue outro táxi e eu pagarei para você.” Este outro exemplo se parece muito mais com um e-mail enviado a um colega de trabalho do que como um pedido de desculpas sincero e amigável.
Esse tipo de situação tem muito a ver com a intuição, mas os exemplos servem para mostrar como a linguagem formal pode prejudicar a sinceridade de um pedido de desculpas.
Fonte: Revista Galileu. Disponível em: https://www.diarioonline.com.br/noticias/mundo-noticias/noticia-478237-por-que-usar-ponto-final-em-mensagens-de-texto-e-mal-visto.html
Leia o trecho do texto e assinale a alternativa INCORRETA.
(...) Mais um exemplo sobre a incorporação da fala sobre linguagem escrita é a repetição de letras. Através de um estudo, uma pesquisadora analisou que estender letras e sinais de marcação confere mais intensidade às mensagens. Outra linguista decidiu se debruçar sobre o assunto e notou que repetir pontos de exclamação em uma conversa pode transmitir sinceridade (...).