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Questão 11 6370282
Unioeste 1° Etapa Manhã 2020LIKES ESCONDIDOS NO INSTAGRAM NÃO VÃO AUMENTAR A AUTOESTIMA DE NINGUÉM
Descartando-se o sempre pulsante noticiário político, a principal novidade da semana talvez tenha sido uma nova política do Instagram, batizada manchetes afora de “fim dos likes” — ou das curtidas. Não é bem verdade que os likes acabaram, eles apenas estão escondidos dos nossos seguidores. Mas podemos, a qualquer momento, descobrir o alcance de uma foto ou vídeo postados por nós mesmos.
Primeiro problema, portanto: continuamos sabendo se bombamos ou “flopamos”. E podemos continuar cultivando a ideia imaginária de sucesso ou fracasso a partir de como lemos nossas estatísticas do coraçãozinho vermelho.
No entanto, a empresa afirma que a estratégia, ainda em fase de testes, tem o propósito de permitir que os seguidores se concentrem mais nos conteúdos do que em sua repercussão.
Ora, como? Seria revolucionário mesmo se as curtidas sumissem de vez. O que seria de nós ao postar uma foto e não ter pistas sobre sua aprovação ou reprovação? Seríamos mais livres de autocensura? Talvez o eterno enigma sobre o que pensam os outros nos tornasse mais criativos.
A história fica ainda mais confusa quando acessamos os Stories e continua lá o desenho de um olhinho seguido pelo número de visualizadores de cada capítulo da nossa trama cotidiana. Acho tão perturbador quanto, por exemplo, o coração de um ex numa foto (ou a falta dele), saber quem se interessa minimamente pela nossa vida (e por qual motivo) e, principalmente, quem não dá a menor bola para o que comemos no almoço, o novo corte de cabelo ou as fotos de férias.
Seja qual for o cenário, seguimos enganchados pelo olhar alheio, ao qual respondemos desde o nascer. As redes sociais só escancaram essa operação psíquica, e o Instagram, convém lembrar, foi a plataforma que nasceu unicamente suportada pela imagem (mas quem passou dos 30, como eu, deve se lembrar do saudoso Fotolog).
Em psicanálise, especialmente a proposta por Jacques Lacan, um dos fiéis leitores de Freud, o sujeito se constitui a partir de um olhar externo. Uma linguagem alheia. Uma família antecipa a chegada do bebê nas palavras que diz e no que imagina sobre ele. Funda-se algo aí. Uma mãe ou um pai olham o recém-nascido para compreender o que deseja o ser que ainda não fala. Ou seja, somos algo porque primeiro somos olhados e adivinhados por alguém. Não há escapatória. Estaremos neuroticamente fadados a repetir essa dança durante toda a vida, de maneiras mais ou menos sintomáticas. Mais ou menos sofridas.
O Instagram é só mais um jeito de sermos olhados e, sobretudo, de buscar esse olhar. Não é a rede que nos torna mais ansiosos, com autoestima em baixa, achando a vida pouco colorida em comparação com as demais vidas da timeline. A imagem é nosso problema essencial, dentro ou fora da tela do celular. É com ela que temos de lidar, mesmo que as curtidas estejam escondidas. A gente continua sempre sabendo onde o calo aperta.
Fonte: Anna Carolina Lementy, O Globo, em 19.07.2019. Coluna “Celina”.
No sexto parágrafo, há a utilização de parênteses.
Assinale a alternativa que descreve CORRETAMENTE tal utilização.
Questão 2 1812160
EN 2° Dia 2017TEXTO
Leia o texto abaixo e responda a questão.
Leitura - leituras: quando ler (bem) é preciso
“[...]. Alguns leitores ao lerem estas frases (poesia citada) não compreenderam logo. Creio mesmo que é impossível compreender inteiramente à primeira leitura pensamentos assim esquematizados sem uma certa prática.”
(Mário de Andrade - Artista)
“Eu sou um escritor difícil
Que a muita gente enquizila,
Porém essa culpa é fácil
De se acabar duma vez:
E só tirar a cortina
Que entra luz nesta escurez.”
(Mário de Andrade - Lundu do escritor difícil)
No eterno criar e recriar da atividade verbal, a criatividade, a semanticidade, a intersubjetividade, a materialidade e a historicidade são propriedades essenciais da linguagem, indispensáveis a todos os atos de fala, sejam eles presentes, passados ou futuros.
Porém, é a atividade semântica que intermedeia a conexão dos seres humanos com o mundo dos objetos, estabelecendo a relação entre o Eu e o Universo, e, junto com a alteridade (relação do Eu com o Outro, de caráter interlocutivo), permite a identificação da linguagem como tal, pois a linguagem existe não apenas para significar, mas significar alguma coisa para o outro.
A semanticidade possibilita o indivíduo conceber e revelar as coisas pertencentes ao mundo do real e da imaginação. Logo, é ao mesmo tempo significação, modo de conceber, ou melhor, uma configuração linguística de conhecimento, uma organização verbal do pensamento, e designação ou referência, aplicação dos conceitos às coisas extralinguísticas. [...].
No processo de leitura do texto, para que o leitor se aproprie desse(s) sentido(s), é necessário que ele domine não apenas o código linguístico, mas também compartilhe bagagem cultural, vivências, experiências, valores, correlacione os conhecimentos construídos anteriormente (de gênero e de mundo, entre outros) com as novas informações expressas no texto; faça inferências e comparações; compreenda que o texto não é uma estrutura fechada, acabada, pronta; perceba as significações, as intencionalidades, os dialogismos, o não dito, os silêncios.
Em resumo, é fundamental que, por meio de uma série de contribuições, o interlocutor colabore para a construção do conhecimento. Assim, ler não significa traduzir um sentido já considerado pronto, mas interagir com o outro (o autor), aceitando, ou não, os propósitos do interlocutor.
(Profº Marina Cezar - Revista de Villegagnon. Ano IV. Nº 4. 2009- Texto adaptado)
Tendo em vista o título do texto - “Leitura, leituras: quando ler (bem) é preciso”, assinale a opção que justifica corretamente o emprego dos parênteses, segunda intenção expressiva da autora.
Questão 2 310491
UFVJM 2014/2Texto I
50 anos do golpe militar brasileiro, uma reflexão.
Ney Iared Reynaldo, doutor em História da América, docente dos cursos de História e Ciências Econômicas/ICHS/CUR/UFMT
Caros leitores, o golpe civil-militar desfechado em 1º de abril de 1964 inaugurou um dos períodos sangrentos e violentos de nossa história. Longos 21 anos para que as instituições políticas brasileiras fossem redemocratizadas, ainda assim tendo que engolir a derrota do movimento pelas diretas e o dissabor da anistia negociada, por um partido de “oposição consentida” responsável pelo fenômeno do terrorismo de Estado contra o qual se mobilizaram diferentes segmentos da sociedade como: intelectuais, artistas, ligas camponesas, o movimento operário, estudantil, a guerrilha urbana e tantos outros atores sociais.
Cabe ressaltar que distante de criar uma dicotomia entre o “bem”, civil, e o “mal”, militar, é sempre bom termo lembrar o período autoritário, como suporte âncora das elites nacionais e de setores das classes médias e populares, é alertar para o fato de que a ruptura da democracia é causada, por vezes, por aqueles que alegam lutar em sua defesa. Não por acaso que setores das Forças Armadas e da sociedade ainda denominam o golpe de 1964 como “revolução”, que teria impedido de alguma forma a tomada do Estado pelo comunismo e o seu alinhamento ao socialismo subversivo.
O golpe ditatorial de 64 foi macabro, sinistro e de longa duração. O transcurso de seus 50 anos exige dessa nova geração um acerto de contas com o passado, para que se estabeleça a verdade, a justiça e a memória dos que foram brutalmente assassinados, perseguidos, exilados e torturados. Em nome dos que tiveram os direitos políticos, civis, sindicais e sociais cassados, também multidões de trabalhadores que sofreram o desemprego, o confisco, o arrocho salarial e os ritmos deprimentes do trabalho.
Tudo a favor da riqueza e do poder que, através dos altos oficiais militares, impuseram a dependência crescente ao grande capital mundial e jogaram o país em um endividamento externo sem precedentes que deu início à sequência da “década perdida”, dos anos 1980. Todavia, precisamos ir além, pois são evidentes as mazelas e heranças da ditadura militar até os dias atuais. O monumental aparato repressivo que se ergue em prol da Copa, completa o pacote de seus negócios e repressão às manifestações populares, com leis de exceção e criminalização aprovadas em diversos níveis legislativos, nos servem de alerta.
Enquanto a Comissão da Verdade instalada pelo Governo Federal vem caminhando para encerrar seus trabalhos, após dois anos de pesquisas e investigações que buscam elucidar alguns aspectos obscuros da ditadura, movimentos sociais e grupos organizados fazem intervenções artísticas em diversas cidades, renomeando praças, ruas, avenidas e pontes com nomes de desaparecidos e mortos pela repressão no lugar daqueles militares, policiais e civis apoiadores do aparato sociopolítico que cerceou a liberdade e a democracia nesse país.
Enfim, a sociedade brasileira necessita romper com as heranças malditas do golpe de 64, que ainda contaminam nossas instituições. Creio ser este o verdadeiro sentido de lembrarmos desta data. Assim, espera-se que esse texto permita ao público olhar para o período de governo autoritário vivido pelo Brasil entre 1964 e 1985, como um exercício de suma importância para a manutenção da democracia que reerguemos após estes 21 anos, à custa de centenas de vidas perdidas, destruídas, de famílias desfeitas e destroçadas.
Fonte: http://www.atribunamt.com.br/2014/04/50-anos-dogolpe-militar-brasileiro-uma-reflexao/ Acesso em: 15 de abril de 2014. Adaptado.
ASSINALE a alternativa em que a mudança da pontuação do título desse texto acarreta alteração do sentido inicial.
Questão 8 75734
FDF 2012'Trabalham quietos, feito condenados', diz vizinho.
Há cinco anos em São Paulo, a boliviana Idalena Furtado conhece bem a realidade de seus compatriotas nas clandestinas oficinas de confecção espalhadas pelo bairro do Bom Retiro, na região central da capital paulista.
Furtado, hoje cozinheira, é uma entre milhares de bolivianos que abandonaram a pátria de Evo Morales atrás de trabalho e renda. Mas, para muitos, o sonho no Brasil se converte em um drama em pouco tempo.
"Trabalhava 15 horas por dia, das 7h da manhã até as 22h. Comia sobre a máquina de costura e dormia em um cômodo onde todo mundo ficava amontoado", afirma a ex-costureira.
Ontem, ao saber da operação realizada pelo Ministério do Trabalho na região, a duas quadras do seu atual trabalho, Furtado comemorou.
"Acho que eles deveriam fazer isso mais vezes. Tem muito patrício aqui que vive como escravo", afirma.
Onde o Ministério do Trabalho fez a blitz, na avenida Rudge, tudo parece quieto e soturno. O prédio parece um "bunker", uma clausura onde a luz do sol não entra.
Pela extensa escadaria mal iluminada, avistada da porta principal do prédio, algumas pessoas transitavam de cima para baixo, ignorando o interfone acionado pela reportagem da Folha.
A vizinhança dali preferiu o silêncio. As pessoas viram a operação do Ministério do Trabalho, mas poucos quiseram comentar.
Alguns se mostraram contrários à presença de bolivianos no bairro, o que evidencia existir um clima pouco amistoso no bairro paulistano do Bom Retiro.
A chegada de coreanos e de bolivianos transformou a região em um polo da indústria da confecção com baixo custo de produção. Mais gente, mais dinheiro.
Francisco Ceará, dono de pequena oficina, reclama do preço dos aluguéis.
"Alugava essa casa aqui por R$ 600. Agora, pago R$ 1.500", afirma.
Sobre os bolivianos, Ceará não tem preconceito e sabe bem o que os distingue: "Trabalham quietos, feito condenados", diz.
Agnaldo Brito Folha de S. Paulo. 18.08.2011. Disponível em: www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/me1808201121.htm
Escravos da moda
A boliviana Idalena Furtado vive há cinco anos no Brasil e, como tantos outros imigrantes sulamericanos, veio trabalhar numa confecção de roupas no bairro paulistano do Bom Retiro.
Seu relato, publicado nesta Folha, descreve condições análogas às de uma situação de trabalho escravo. Trabalhava 15 horas por dia. Comia sobre a máquina de costura e dormia em um cômodo, "todo mundo amontoado".
Aliciados em seus países de origem, bolivianos, peruanos e paraguaios se juntam a trabalhadores brasileiros para viver em oficinas clandestinas, sem direito a férias e a um dia de descanso semanal, enredados numa espiral de dívidas e degradação. O ambiente de clausura em que trabalham não poderia oferecer maior contraste com o das lojas de grife para as quais fornecem seus produtos.
Vistorias do Ministério do Trabalho responsabilizaram marcas como Billabong, Brooksfield, Cobra d'Água, Ecko, Gregory, Tyrol e Zara por compactuar com o abuso. Nas oficinas que confeccionam roupas para suas lojas, verificou-se um regime de hiperexploração do trabalho: funcionários das empresas clandestinas tinham, por exemplo, de pedir autorização para deixar o local onde costuravam e viviam.
Relatos das condições nas chamadas "sweatshops" (oficinas-suadouro), em especial nos países em desenvolvimento, renderam publicidade negativa a marcas de artigos esportivos, brinquedos e roupas que, para uma sociedade ofuscada pelo brilho do consumo, parecem ainda assim associadas a prazer, desejo e sedução.
O consumidor raras vezes tem acesso à realidade que pode ocultar-se sob a aparência reluzente. A inclinação para o "consumo consciente" - trate-se de móveis de madeira certificada, empresas com responsabilidade social ou selos atestando compromisso contra o trabalho infantil - é algo relativamente recente no Brasil.
Depende, para fortalecer-se, do empuxo de fiscalização do Estado, que revela o avesso de algumas grifes. Ciente de fatos assim, o consumidor também se torna responsável, como pagante, pela degradação de seres humanos.
Folha de S. Paulo, 20.08.2011. Disponível em: www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2008201102.htm
No texto 2, o uso dos parênteses em “Relatos das condições nas chamadas 'sweatshops' (oficinassuadouro)” tem a finalidade de
Questão 6 7592925
UNEB 1° Dia 2022/2SOBRE A SENSAÇÃO DE ESTAR SENDO OBSERVADO
Carlos Orsi - 10 de março de 2014
Você nota quando é observado por alguém fora do seu campo de visão? Pesquisas sugerem que até 94% das pessoas já tiveram uma experiência do tipo – sentir-se espionado pelas costas e, ao virar-se, constatar que realmente tem alguém de olho. O primeiro estudo formal sobre esse “sexto sentido” foi publicado em 1898 na revista Science. O autor, um psicólogo americano, concluiu que o efeito não passava de uma mistura de ilusão e coincidência – por exemplo, a pessoa sente-se apreensiva por um motivo qualquer e começa a se mexer, chamando a atenção de quem está atrás, até que, quando se vira, alguém está mesmo olhando para ela.
Desde então, vários estudos foram realizados. Em alguns casos, o pesquisador se sentava atrás da “cobaia” em locais públicos olhando fixamente para sua nuca por vários minutos, e depois perguntava se ela havia sentido algo estranho. Em outros, um voluntário era monitorado por uma câmera enquanto o pesquisador passava parte do tempo concentrado na imagem gerada. Com um sensor no voluntário, investigava-se se os períodos de maior estresse coincidiam com os em que a atenção do pesquisador estava na imagem.
Depois de 116 anos de estudos, a questão continua aberta. Em geral, quando o experimento é conduzido por um pesquisador que acredita em paranormalidade, o resultado dá positivo; quando ele é cético, dá negativo. Várias causas foram sugeridas para esse paradoxo, indo do “efeito gaveta” (pesquisadores que só divulgam resultados que confirmam suas crenças prévias) à possibilidade de céticos emitirem “más vibrações”.
Na prática, o melhor é não contar com esse “superpoder”. No ano passado, quando guardas de Araraquara (SP) começaram a usar as câmeras de vigilância das ruas para dar zoom no decote de algumas pedestres, um escândalo na cidade, nenhum sexto sentido entrou em ação para avisá-las.
Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/blogs/olharcetico/noticia/2014/03/sobre-sensacao-de-estar-sendoobservado.html. Acesso em: 17 jun. 2022.
Sobre a pontuação empregada no texto, assinale a alternativa correta.
Questão 4 7266605
PUC-PR Verão Medicina 2021Leia o texto a seguir sobre o grafiteiro inglês Banksy.
A cara de Banksy
O inglês Steve Lazaridis trabalhou 11 anos com Banksy, o grafiteiro mais genial – e misterioso – do mundo. Ele comprava as tintas, ajudava a distrair a polícia e tirava fotos documentando todas as peripécias do artista: que, neste livro, aparece fotografado pela primeira vez. As imagens não revelam a identidade de Banksy (ele sempre aparece com o rosto coberto por uma tarja), mas mostram algo tão intrigante quanto: sua intimidade.
SUPER, fev/2020, p. 17.
Assinale a alternativa que analisa adequadamente o emprego de elementos de pontuação do texto.