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Acesse GrátisQuestões de Português - Gramática
Questão 1 102843
UnB 1° Dia 2015
[1] Os contemporâneos de Leonardo da Vinci encaravamno
como um ser estranho e misterioso. Príncipes e chefes
militares queriam usar esse surpreendente mago como
[4] engenheiro militar na construção de fortificações e canais,
novas armas e dispositivos bélicos. É provável que o próprio
Leonardo não alimentasse a ambição de ser considerado um
[7] cientista. A exploração da natureza era para ele, em primeiro
lugar e acima de tudo, um meio de adquirir conhecimentos
sobre o mundo visível — conhecimentos de que necessitaria
[10] para a sua arte.
E. H. Gombrich. A história da arte. Rio de Janeiro: LTC, 2011, p. 294 (com adaptações).
Tendo como referências iniciais a imagem e o texto apresentados acima, julgue o item.
Mantendo-se a correção gramatical e a clareza do texto, o travessão (L.9) poderia ser substituído por vírgula, e o trecho por ele isolado ser reescrito da seguinte forma: dos quais necessitaria na produção de suas obras de arte.
Questão 7 155961
UFT 2015De 1987 para cá, o êxodo rural praticamente acabou, uma vez que as cidades não mais oferecem uma melhor qualidade de vida. Dessa forma, o que está em curso no Brasil hoje é um "êxodo urbano", também identificado pelas pesquisas, com o homem das cidades fugindo em direção ao meio rural para escapulir à poluição, à violência e ao estresse dos grandes conglomerados urbanos. Em São Paulo, por exemplo, o fato é facilmente constatável: são os "neo-rurais", pessoas da cidade em busca de melhor qualidade de vida nas zonas rurais. Aliados à mecanização do trabalho agrícola, esses dois movimentos populacionais conduzem ao crescimento das ocupações não-agrícolas no meio rural sem que, todavia, haja uma política de formação de mão-de-obra nas regiões atingidas. São novos modelos ocupacionais - caseiro, jardineiro, trabalho doméstico e serviços - que surgem para atender ao movimento de êxodo urbano.
Disponível em: <http://www.diariopopular.com.br/08_12_02/artigo.html>. Acesso em: 03 fev. 2015 (texto adaptado).
Sobre os aspectos gramaticais e seus respectivos contextos, analise as afirmativas.
I. “Uma vez que” pode ser substituído por “visto que” sem prejuízo ao entendimento da oração;
II. A expressão “todavia” pode ser substituída por “contudo” sem prejuízo ao entendimento da oração.
III. Há a utilização dos sinais (—) entre orações. Com isso, a intenção do autor é destacar palavras pouco usuais na língua portuguesa; os sinais podem ser trocados por aspas simples.
IV. A expressão “por exemplo” aparece entre vírgulas, pois se refere a uma explicação.
Marque a alternativa CORRETA.
Questão 19 80302
UNESP 2014/2Tablets nas escolas
Ou seja, não é suficiente entregar equipamentos tecnológicos cada vez mais modernos sem uma perspectiva de formação de qualidade e significativa, e sem avaliar os programas anteriores. O risco é de cometer os mesmos equívocos e não potencializar as boas práticas, pois muda a tecnologia, mas as práticas continuam quase as mesmas.
Com isso, podemos nos perguntar pelos desafios da didática diante da cultura digital: o tablet na sala de aula modifica a prática dos professores e o cotidiano escolar? Em que medida ele modifica as condições de aprendizagem dos estudantes? Evidentemente isso pode se desdobrar em inúmeras outras questões sobre a convergência de tecnologias e linguagens, sobre o acesso às redes na sala de aula e sobre a necessidade de mediações na perspectiva dos novos letramentos e alfabetismos nas múltiplas linguagens.
Outra questão que é preciso pensar diz respeito aos conteúdos digitais. Os conteúdos que estão sendo produzidos para os tablets realmente oferecem a potencialidade do meio e sua arquitetura multimídia ou apenas estão servindo como leitores de textos com os mesmos conteúdos dos livros didáticos? Quem está produzindo tais conteúdos digitais? De que forma são escolhidos e compartilhados?
Ou seja, pensar na potencialidade que o tablet oferece na escola — acessar e produzir imagens, vídeos, textos na diversidade de formas e conteúdos digitais — implica em repensar a didática e as possibilidades de experiências e práticas educativas, midiáticas e culturais na escola ao lado de questões econômicas e sociais mais amplas. E isso necessariamente envolve a reflexão crítica sobre os saberes e fazeres que estamos produzindo e compartilhando na cultura digital.
(Tablets nas escolas. www.gazetadopovo.com.br. Adaptado.)
No último parágrafo, os travessões
Questão 28 95161
UnB 1° Dia 2013/1Conto de escola
A escola era na Rua do Costa, um sobradinho de grade de pau. O ano era de 1840. Naquele dia ― uma segunda-feira, do mês de maio ―, deixei-me estar alguns instantes na Rua da Princesa a ver onde iria brincar a manhã. Hesitava entre o morro de S. Diogo e o Campo de Sant’Ana, que não era então esse parque atual, construção de gentleman, mas um espaço rústico, mais ou menos infinito, alastrado de lavadeiras, capim e burros soltos. Morro ou campo? Tal era o problema. De repente disse comigo que o melhor era a escola. E guiei para a escola.
[...]
Raimundo recuou a mão dele e deu à boca um gesto amarelo, que queria sorrir. Em seguida, propôs-me um negócio, uma troca de serviços; ele me daria a moeda, eu lhe explicaria um ponto da lição de sintaxe. Não conseguira reter nada do livro, e estava com medo do pai. E concluía a proposta esfregando a pratinha nos joelhos...
Tive uma sensação esquisita. Não é que eu possuísse da virtude uma ideia antes própria de homem; não é também que não fosse fácil empregar uma ou outra mentira de criança. Sabíamos ambos enganar ao mestre. A novidade estava nos termos da proposta, na troca de lição e dinheiro, compra franca, positiva, toma lá, dá cá; tal foi a causa da sensação. Fiquei a olhar para ele, à toa, sem poder dizer nada.
Machado de Assis. Conto de escola. Internet:<www.dominiopublico.org>.
Tendo como referência o fragmento acima, da obra Conto de escola, de Machado de Assis, julgue o item.
No 3.º período do texto, para apresentar detalhe relativo ao tempo da narrativa, Machado de Assis utiliza estrutura sintática de aposto explicativo, que corresponde ao trecho entre travessões.
Questão 3 157456
CESGRANRIO 2012Texto I
A superação da dor
Novas informações sobre os mecanismos que nos levam a sentir dor ajudam na criação de alternativas capazes de dar alívio aos pacientes
Um dos instrumentos mais importantes de
defesa do organismo. Assim pode ser resumida a
dor. Se quebrarmos o braço, sentimos dor, e assim
sabemos que não devemos usá-lo para não piorar a
fratura. Se encostarmos em uma superfície quente, a
variação de temperatura nos faz tirar a mão, evitando
que o calor destrua a derme. Se há infecção em
algum órgão, cólicas intensas avisam que algo errado
acontece. Sem a dor, seria impossível manter a
integridade de nosso corpo. Em alguns casos, porém,
esse orquestrado sistema de defesa sai do eixo. Em
vez de proteger, vira uma ameaça. Por mecanismos
complexos, a dor, que deveria ser apenas um
alerta, torna-se perene, constante. Transforma-se
na chamada dor crônica – aquela que persiste por
mais de três meses ou por um período superior ao
calculado para a recuperação do paciente. Além
de desafiador, o problema tem grande extensão.
A Organização Mundial da Saúde calcula que, no
mundo, a cada cinco pessoas, uma sofra com a dor
permanente.
A urgência em dar alívio a essa população
tem feito com que, no mundo todo, cientistas se
entreguem à busca de uma melhor compreensão dos
mecanismos que levam às sensações dolorosas e de
novas formas de intervir nesse processo quando ele
se torna prejudicial. Se por um lado ainda há muito o
que ser descoberto, por outro, os avanços da ciência
já são capazes de garantir a uma boa parcela desses
pacientes a possibilidade de uma vida sem dor.
Pode parecer paradoxal, mas algumas das
respostas têm sido dadas a partir de pesquisas com
pessoas que simplesmente não sentem dor. Trabalho
desse gênero está sendo realizado no Centro de
Dor do Hospital das Clínicas de São Paulo (HC-SP).
Entre os indivíduos estudados estão os irmãos
Marisa Helena, 24 anos, e Reinaldo Martins, 30 anos.
Os dois moram em Angatuba (SP). Suas histórias
evidenciam a importância da dor para garantir uma
vida segura. Mãe de duas meninas, Marisa precisou
ser acordada durante seu segundo parto: o bebê
já estava nascendo, e ela permanecia dormindo.
Reinaldo teve de amputar a perna após uma grave
inflamação no joelho. Ele não sentiu os tecidos
infeccionarem. Até coisas banais, como comer,
oferecem risco. Eles não percebem, por exemplo,
quando põem um alimento muito quente na boca e
só sabem que morderam a língua quando sai sangue.
Sem o aviso da dor, os tecidos do corpo de Marisa
e Reinaldo estão constantemente ameaçados.
É preciso uma rotina de cuidados redobrados que
inclui uma inspeção diária em busca de possíveis
lesões. Quando a ameaça não está visível, o problema
fica mais sério. No último mês, Marisa foi ao hospital
após sentir febre por dias seguidos. Nada lhe doía.
Os exames, porém, revelaram uma infecção urinária
e um cálculo biliar. “Eu queria sentir dor, mesmo que
fosse um pouquinho”, diz a agricultora.
COSTA, Rachel. A superação da dor. Revista Isto é, São Paulo, n. 2173, 06 jul. 2011, p.76-77.
“Transforma-se na chamada dor crônica – aquela que persiste por mais de três meses ou por um período superior ao calculado para a recuperação do paciente.” (L. 14-17)
O emprego do travessão, na passagem transcrita acima, justifica-se por anteceder uma
Questão 7 311773
UFVJM 2012/1— Lá no caixão...
— Sim, paizinho.
— ... não deixe essa aí me beijar.
Fonte: FREIRE, Marcelino (Org.). Os cem menores contos brasileiros do século. Cotia, SP: Ateliê, 2004, p.20.
ASSINALE a alternativa que apresenta corretamente a função dos travessões e das reticências nesse texto.