Questões de Português - Gramática - Sintaxe - Verbo de Ligação
21 Questões
Questão 21 102863
UnB 1° Dia 2015Poema I
Dois e dois são quatro
[1] Como dois e dois são quatro
Sei que a vida vale a pena
Embora o pão seja caro
[4] E a liberdade, pequena
Como teus olhos são claros
E a tua pele, morena
[7] Como é azul o oceano
E a lagoa, serena
Como um tempo de alegria
[10] Por trás do terror me acena
E a noite carrega o dia
No seu colo de açucena
[13] — sei que dois e dois são quatro
sei que a vida vale a pena
mesmo que o pão seja caro
[16] e a liberdade, pequena.
Ferreira Gullar. Toda poesia. Rio de Janeiro: José Olympio, 2000.
Poema II
Neologismo
[1] Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
Que traduzem a ternura mais funda
[4] E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.
Intransitivo:
[7] Teadoro, Teodora
Manuel Bandeira. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994.
Considerando os aspectos estruturais e os sentidos produzidos nos poemas acima, julgue o item que se segue.
Nos versos 4, 6 e 8 do poema I, o emprego da vírgula sinaliza a elipse do verbo de ligação.
Questão 8 6732105
UECE 1ª Fase 2022/1TEXTO
A cobertura de gelo da Terra está encolhendo
[135] A camada de gelo que cobre a Terra
diminuiu, em média, 87 mil quilômetros
quadrados (km2) por ano, de 1979 a 2016,
possivelmente em decorrência das mudanças
climáticas. A redução anual foi equivalente à
[140] da área do lago Superior, na fronteira entre o
Canadá e os Estados Unidos. A estimativa
resulta de análises da equipe do físico e
geógrafo Xiaoqing Peng, da Universidade de
Lanzhou, na China. O encolhimento ocorreu
[145] principalmente no Hemisfério Norte. A
cobertura de gelo na região registrou uma
perda anual média de 102 mil km2
. Essa
diminuição foi ligeiramente compensada pelo
aumento de 14 mil km2 por ano na camada
[150] de gelo do Hemisfério Sul no mesmo período
(Earth’s Future, 16 de maio). Essa expansão
se deu principalmente no gelo marinho no
mar de Ross, ao redor da Antártica, devido a
alterações no padrão de vento e correntes
[155] oceânicas. A cobertura de gelo da Terra é
importante porque reflete a luz do Sol,
ajudando a resfriar o planeta.
REVISTA PESQUISA FAPESP - AGOSTO DE 2021 | ANO 22, N. 306. Captado de https://revistapesquisa.fapesp.br/acobertura-de-gelo-da-terra-esta-encolhendo. Acesso em 16 de agosto de 2021. (Texto adaptado.)
Atente para a relação dos termos em destaque, nos trechos a seguir, com a classificação apresentada:
I. “A camada de gelo que cobre a Terra diminuiu, em média, 87 mil quilômetros quadrados (km2) por ano de 1979 a 2016” (linhas 135-137) — VERBO TRANSITIVO INDIRETO
II. “A estimativa resulta de análises da equipe do físico e geógrafo Xiaoqing Peng” (linhas 141-143) — VERBO INTRANSITIVO
III. “Essa diminuição foi ligeiramente compensada pelo aumento de 14 mil km2 por ano na camada de gelo do Hemisfério Sul no mesmo período” (linhas 147-150) — VERBO DE LIGAÇÃO
IV. “A cobertura de gelo da Terra é importante porque reflete a luz do Sol” (linhas 155-156) — VERBO DE LIGAÇÃO
Está correto o que consta nos itens
Questão 6 5470145
UFMS PASSE - 2ª Etapa 2019-2021Leia o poema a seguir.
Simultaneidade
- Eu amo o mundo! Eu detesto o mundo!
Eu creio em Deus! Deus é um absurdo!
Eu vou me matar! Eu quero viver!
- Você é louco?
- Não, sou poeta.
QUINTANA, Mário. A corda invisível. São Paulo: Globo, 1998.
Verbo de ligação é aquele que age como elemento de ligação entre sujeito e seu atributo. No poema lido, aparecem alguns verbos de ligação.
Assinale a alternativa que apresenta dois deles.
Questão 8 608891
UFT Tarde 2019/1Leia o texto a seguir e responda a QUESTÃO.
Opinião não é argumento
Aqui está uma história que pode ser verdadeira no contexto atual do Brasil. Um jovem professor de Filosofia, instruindo seus alunos à Filosofia da Religião, introduz, à maneira que a Filosofia opera há séculos, argumentos favoráveis e contrários à existência de Deus. Um dos alunos se queixa, para o diretor e também nas onipresentes redes sociais, de que suas crenças religiosas estão sendo atacadas. “Eu tenho direito às minhas crenças”. O diretor concorda com o aluno e força o professor a desistir de ensinar Filosofia da Religião.
Mas o que é exatamente um “direito às minhas crenças”? [...] O direito à crença, nesse caso, poderia ser visto como o “direito evidencial”. Alguém tem um direito evidencial à sua crença se estiver disposto a fornecer evidências apropriadas em apoio a ela. Mas o que o estudante e o diretor estão reivindicando e promovendo não parece ser esse direito, pois isso implicaria precisamente a necessidade de pôr as evidencias à prova.
Parece que o estudante está reivindicando outra coisa, um certo “direito moral” à sua crença, como avaliado pelo filósofo americano Joel Feinberg, que trabalhou temas da Ética, Teoria da Ação e Filosofia Política. O estudante está afirmando que tem o direito moral de acreditar no que quiser, mesmo em crenças falsas.
Muitas pessoas acham que, se têm um direito moral a uma crença, todo mundo tem o dever de não as privar dessa crença, o que envolve não criticá-la, não mostrar que é ilógica ou que lhe falta apoio evidencial. O problema é que essa é uma maneira cada vez mais comum de pensar sobre o direito de acreditar. E as grandes perdedoras são a liberdade de expressão e a democracia.
[...] A defesa de uma crença está restrita ao uso de métodos que pertence ao espaço das razões – argumentação e persuasão, em vez de força. Você tem o direito de avançar sua crença na arena pública usando os mesmos métodos de que seus oponentes dispõem para dissuadi-lo.
O pior acontece quando crenças se materializam em opinião, e são usadas como substitutas de argumentos, quando o “Eu tenho direito às minhas crenças” se transforma em “Eu tenho direito à minha opinião”. Crenças e opiniões não são argumentos. Mais precisamente, crenças diferem de opinião, que diferem de fatos, que diferem de argumentos. Um fato é algo que pode ser comprovado verdadeiro. Por exemplo, é um fato que Júpiter é o maior planeta do sistema solar tanto em diâmetro quanto em massa. Esse fato pode ser provado pela observação ou pela consulta a uma fonte fidedigna.
Uma crença é uma ideia ou convicção que alguém aceita como verdade, como “passar debaixo de uma escada dá azar”. Isso certamente não pode ser provado (ou pelo menos nunca foi). Mas a pessoa ainda pode manter sua crença, como vimos, se não pelo “direito evidencial”, apelando para o “direito moral”. Ou ainda, pelo mesmo “direito moral”, deixar de acreditar no que ela própria pensa ser evidência, como no caso do famoso dito (atribuído a Sancho Pança): “Não creio em bruxas, ainda que existam”. [...]
Fonte: CARNIELLI, Walter. Página Aberta. In: Revista Veja. Edição 2578, ano 51, nº 16. São Paulo: Editora Abril, 2018, p. 64 (fragmento adaptado).
Em relação aos verbos de ligação, analise as afirmativas.
I. Em: “Crenças e opiniões não são argumentos”, o verbo destacado sugere, predominantemente, um aspecto de aparência de estado.
II. Em: “Jupiter é o maior planeta do sistema solar”, o verbo destacado sugere, predominantemente, um estado permanente.
III. Em: “Crenças é uma ideia ou convicção que alguém aceita como verdade [...]”, o verbo destacado sugere, predominantemente, um aspecto permanente.
Assinale a alternativa CORRETA.
Questão 4 7354376
Fepese Administração de Redes 2018Infolatria tecnofágica: a era do smartphone
A cibercultura e as realidades virtuais estão transformando radicalmente a nossa experiência psicossocial coletiva: a forma como vivemos, nos comportamos, nos sentimos, nos compreendemos e a própria realidade ao nosso redor.
Toda essa cultura cibernético-informacional é, de fato, incrivelmente cômoda, útil, funcional, sedutora, mas, ainda assim, afirmamos que mais informação circulando nas redes e mídias não significa de modo algum mais conhecimento assimilado, educação, cidadania; e que muito menos a tecnologia, por si, seja sinal seguro de mais esclarecimento, humanidade, erudição e desenvolvimento cultural. O que vale dizer que mais disponibilidade – de dados, conteúdos, twitters, posts, zaps e congêneres – não determina, por si só, qualquer tipo de evolução cognitiva e intelectual.
Outro mito muito propalado aos quatro ventos é o de que a tecnologia seria essencial e necessariamente benéfica às coletividades humanas. O que é – diga-se – uma balela. Pois nós – que pesquisamos a referida matéria há quase uma década – chegamos à dura conclusão de que as tecnologias sempre acabam servindo primeiro aos poderes hegemônicos já dominantes e, tardiamente, à sociedade de uma maneira mais ampla. Sim, pois os investidores que apostam nesses projetos só o fazem com vistas – é óbvio – ao retorno financeiro que eles possam proporcionar, e não num altruísmo improvável que não tem lugar no mundo materialista e venal que aí está. Mesmo porque vivemos numa realidade mercantilista, cuja lógica comercial rege grande parte das relações sociais humanas e assim molda a realidade factual, consuma o presente e vai plasmando também o próprio futuro.
Ipso facto, podemos afirmar que a cibercultura e o ciberespaço seguem as mesmas leis, operam no mesmo meio societal, sob o mesmo regime econômico, e, por isso mesmo, estão sujeitos às mesmas dinâmicas. E essa fixação – que hoje se observa em relação, por exemplo, aos smartphones, seu culto e massiva
utilização – reflete exatamente essa exploração das massas por meio das tecnologias e da própria cultura que se cria em torno delas. Em pouquíssimas palavras, a pessoa paga uma verdadeira fortuna para comprar o aparelho, e ainda adquire um custo fixo considerável para o fornecimento de um serviço – frise-se – que é executado, em sua maioria, por máquinas e sequências algorítmicas. Sim, pois mais uma linha telefônica conectada à rede de qualquer operadora significa, na prática, apenas um comando de computador.
QUARESMA, Alexandre.
<http://sociologiacienciaevida.com.br/infolatria-tecnofagicaera-do-smartphone/> Acesso em 27/março/2018. [Adaptado]
Assinale a alternativa correta, com base no texto.
Questão 72 6538016
FAMECA 2018Leia o trecho do conto “O fígado indiscreto”, de Monteiro Lobato, para responder a questão.
Que há um Deus para o namoro e outro para os bêbados está provado. Sem eles, como explicar tanto passo falso sem tombo, tanto tombo sem nariz partido, tanta beijoca lambiscada a medo sem maiores consequências afora uns sobressaltos desagradáveis, quando passos inoportunos põem termo a duos de sofá em sala momentaneamente deserta?
a duos de sofá em sala momentaneamente deserta? Acontece, todavia, que esses deuses, ao jeito dos de Homero, também cochilam: e o borracho parte o nariz de encontro ao lampião, ou a futura sogra lá apanha Romeu e Julieta em flagrante contato de mucosas petrificando-os com o clássico: “Que pouca-vergonha!…”.
Outras vezes acontece aos protegidos decaírem da graça divina.
Foi o que sucedeu a Inácio, o calouro, e isso lhe estragou o casamento com a Sinharinha Lemos, boa menina a quem cinquenta contos de dote faziam ótima.
Inácio era o rei dos acanhados. Pelas coisas mínimas avermelhava, saía fora de si e permanecia largo tempo idiotizado.
O progresso do seu namoro foi, como era natural, menos obra sua que da menina, e da família de ambos, tacitamente concertadas numa conspiração contra o celibato do futuro bacharel. Uma das manobras constou do convite que ele recebeu para jantar nos Lemos, em certo dia de aniversário familiar comemorado a peru.
(Cidades mortas, 2007. Adaptado.)
“Inácio era o rei dos acanhados. Pelas coisas mínimas avermelhava, saía fora de si e permanecia largo tempo idiotizado.” (5º parágrafo)
No contexto em que está inserido, o termo em destaque é um verbo
Pastas
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