Questões de Português - Gramática - Sintaxe - Orações Reduzidas
54 Questões
Questão 52 11747874
APMBB 2012Leia o texto para responder à questão.
Tenho em grande conta a eficácia das medidas legislativas, administrativas e policiais que diretamente e indiretamente tendem a civilizar a sociedade. Estas reflexões tendem unicamente a mostrar que a ação da polícia é sempre eficaz para a moralização dos costumes.
Até agora ela não se tinha voltado para os cinemas.
Não posso auxiliar a nossa polícia legal, porquanto desde muito que não vou a cinematógrafos, mas todas essas fitas americanas são brutas histórias de raptos, com salteadores. Apesar disso tudo, é na assistência delas que nasce muito amor condenado. O cadastro policial registra isso com muita fidelidade e frequência. “Foi”, diz uma raptada, “no Cinema X que conheci F. Ele me acompanhou, até.”
O amor, ao que parece, é como o mundo, nasce das trevas; e o cinema não funciona à luz do sol, nem à da eletricidade, nem à da lua que, no velho romantismo das falecidas Elviras, Grazielas e outras, lhe era tão favorável.
(Lima Barreto, “Amor, cinema e telefone”. Crônicas. Cia. das Letras)
Em relação à ação da polícia, a expressão que indica finalidade é
Questão 19 103205
UnB 1° Dia 2011/1[1] O que torna a tortura atraente é o fato de ela
funcionar. O preso não quer falar, apanha e fala. É sobre essa
simples constatação que se edifica a complexa justificativa
[4] da tortura pela funcionalidade. O que há de terrível nela é a
sua verdade. O que há de perverso nessa verdade é o sistema
lógico que nela se apoia valendo-se da compreensão, em um
[7] juízo aparentemente neutro, do conflito entre dois mundos:
o do torturador e o de sua vítima.
O poder absoluto que o torturador tem de infligir
[10] sofrimento à sua vítima transforma-se em elemento de
controle sobre o seu corpo. No meio da selva amazônica,
espancando um caboclo analfabeto que pedia ajuda divina
[13] para sustar os padecimentos, um torturador resumiria sua
onipotência embutida: “Que Deus que nada, porque Deus
aqui é nós mesmo”. A mente insubmissa torna-se vítima de
[16] sua carcaça, que é, a um só tempo, repasto do sofrimento e
presa do inimigo. A dor destrói o mundo do torturado, ao
mesmo tempo que lhe mostra outro, o do torturador, no qual
[19] não há sofrimento, mas o poder de criá-lo. Quando a vítima
se submete, conclui-se um processo em que a confissão é um
aspecto irrelevante. O preso, na sala de suplícios, troca seu
[22] mundo pelo do torturador.
Elio Gaspari. A ditadura escancarada. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p. 37-41 (com adaptações).
A partir dessas informações, julgue o item.
No período “O preso não quer falar, apanha e fala” (l.2), não está estabelecida relação de causa e efeito no nível sintático, mas se depreende tal relação no nível semântico, na ordenação temporal das orações.
Questão 6 44762
UFRN 2° Dia 2010Prólogo
No princípio era o pântano,com valas de agrião e rãs coaxantes. Hoje é o parque do
Anhangabaú, todo ele relvado, com ruas de asfalto, [...] a Eva de ]recheret, a estátua de um
adolescente nu que corre - e mais coisas. Autos voam pela via central, e cruzam-se
pedestres em todas as direções. Lindo parque, civilizadíssimo.
[5] Atravessando-o certa tarde, vi formar-se ali um bolo de gente, rumo ao qual vinha vindo
um polícia apressado.
Fagocitose, pensei. A rua é artéria; os passantes, o sangue. O desordeiro, o bêbado, o
gatuno são os micróbios maléficos, perturbadores do ritmo circulatório. O soldado da polícia
é o glóbulo branco - o fagócito de Metchennikoff. Está de ordinário parado no seu posto,
[10] circunvagando olhares atentos. Mal se congestiona o tráfego pela ação anti-social do
desordeiro, o fagócito move-se, caminha, corre, cai a fundo sobre o mau elemento e arrasta-
o para o xadrez.
Foi assim naquele dia.
[...]
[15] Alguém perturba a paz do jardim, e em redor desse rebelde logo se juntou um grupo
de glóbulos vermelhos, vulgo passantes. E lá se vinha fagócito fardado restabelecer a
harmonia universal.
LOBATO, Monteiro. O físico (Conto de Natal). In:_____. Negrinho. São Paulo: Globo, 2008. p. 63-64
Corresponde a uma forma desenvolvida da oração reduzida “Atravessando-o certa tarde [...]” (linha 5):
Questão 4 9513054
ESPM 2023/1Apesar de o juro real estar perto de 6% (nível considerado restritivo), a capacidade ociosa da economia tem ficado cada vez menor, e alguns modelos apontam que a economia já opera acima da sua capacidade produtiva. Com as medidas de núcleo da inflação – aquelas que buscam captar a tendência dos preços desconsiderando efeitos de choques temporários – em 10% nos últimos 12 meses (o mesmo valor dos últimos 3 meses anualizados), é difícil argumentar que a inflação esteja sofrendo algum efeito de uma demanda mais fraca.
(Solange Srour, Folha de S.Paulo, 07/09/2022)
No tocante à pontuação do texto acima, só não está correto afirmar que:
Questão 24 9433852
EEAR 2º Etapa 2023Leia o poema.
“Se eu me for
vou de bagagem
sem ter mala
e compromisso.
Vou de anjo,
sem ter asa,
vou morando,
sem ter casa.
Vou medir
o infinito.” (Sylvia Orthof)
As orações reduzidas em destaque classificam-se em adverbiais
Questão 1 8852133
EBMSP Medicina 2023/1Maria Quitéria de Jesus nasceu em 1792, na freguesia de São José de Itapororocas, onde, atualmente, se encontra a cidade de Feira de Santana / BA. Em 1822, decidida a lutar pela Independência, usando o uniforme emprestado pelo cunhado e com seus cabelos cortados, apresentou-se como homem ao Exército, uma vez que somente homens faziam parte dessa força armada local. Contou, portanto, com a ajuda de sua irmã, Tereza Maria, e de seu cunhado, José Cordeiro de Medeiros. A jovem juntou-se às tropas que lutavam contra os portugueses em 1822. Ela ficou conhecida como soldado Medeiros, o nome do cunhado.
Semanas depois, o Exército revelou sua identidade. No entanto o major Silva e Castro não permitiu que ela saísse das tropas, já que era importante para a luta contra os portugueses por sua facilidade com o manejo de armas e sua disciplina em batalha. Como soldado Medeiros, Quitéria juntou-se ao batalhão “Voluntários do Príncipe Dom Pedro”. Passou a adotar, então, seu nome verdadeiro e trocou o uniforme masculino por saias e adereços.
Sua coragem chamou a atenção de outras mulheres, as quais passaram a juntar-se às tropas e formaram um grupo comandado por Quitéria, participando de vários combates com o batalhão: a defesa da Ilha da Maré, da Barra do Paraguaçu, de Itapuã e da Pituba. Em julho de 1823, com a vitória sobre as tropas portuguesas, foi promovida a cadete e Dom Pedro I deu a ela o título de “Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro”. É considerada a heroína da Independência.
MULHERES PROTAGONISTAS da História do Brasil. Disponível em: https://nova-escola-producao.com. Acesso em: out. 2022. Adaptado.
Para relatar a bravura da baiana Maria Quitéria em prol da Independência do Brasil, o narrador valeu-se de alguns recursos linguísticos, sobre os quais a única afirmativa correta é a que se faz na alternativa
Pastas
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