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Acesse GrátisQuestões de Português - Gramática
Questão 37 1735895
EN 2° Dia 2019TEXTO
Leia o texto abaixo e responda a questão.
Não, os livros não vão acabar
Não sei se é a próxima chegada da Amazon ao Brasil ou a profecia maia do fim do mundo, mas o fato é que nunca vi tanta gente preocupada com o fim do livro. São estudantes que me escrevem motivados por pesquisas escolares, organizadores de eventos literários que me pedem palestras, leitores que manifestam sua apreensão. Em alguns casos, percebo uma espécie perversa de prazer apocalíptico, mas logo desaponto quem quer ver o mar pegando fogo para comer camarão cozido: é que absolutamente não acredito que o livro vai acabar.
Tenho escrito reiteradas vezes sobre o assunto; estou, aliás, numa posição bastante confortável para fazê- lo. Gosto igualmente de livros e de tecnologia, e seria a primeira a abraçar meus dois amores reunidos num só objeto; mas embora o Kindle e os vários pads tenham o seu valor como readers, os livros em papel não estão tão próximos da extinção quanto, digamos, o tigre de Sumatra.
Para começo de conversa, é preciso lembrar que o negócio das editoras não é vender papel, mas sim vender histórias. O papel é apenas o suporte para os seus produtos. Aos poucos, em alguns casos, ele tende a ser mesmo substituído pelos tablets. Não dou vida longa aos livros de referência em papel. Estes funcionam melhor, e podem ser mais facilmente atualizados, em forma eletrônica. O caso clássico é o da Enciclopédia Britannica, cujos editores anunciaram, no começo do ano, que a edição corrente, de 2010, seria a última impressa, marcando o fim de 244 anos de uma bela - e volumosa - história em papel. .
Embora quase todos os conjuntos de folhas impressas reunidos entre duas capas recebam o mesmo nome de livro, nem todos exercem a mesma função. Há livros e livros. Um manual técnico é um animal completamente diferente de um romance; um livro escolar não guarda nenhuma semelhança com um livro de arte; uma antologia poética e um guia de viagem são produtos que só têm em comum o fato de serem vendidos no mesmo lugar.
Há livros que só funcionam em papel. É o caso dos livros que os povos angloparlantes denominam coffee table books, “livros de mesinha de centro” - aqueles livrões bonitos, em formato grande, cheios de ilustrações e muito incômodos de ler no colo, impossíveis de levar para a cama. Estes são objetos que se destacam pelo tamanho, pela qualidade de impressão, pela vista que fazem. Quem quer ver um livro desses num tablet? Quem quer presentear um desses em e-formato?
Há também os grandes clássicos, os romances que todos amamos e queremos ter ao alcance da mão. Esses são aqueles livros que, em geral, lemos pela primeira vez em formato de bolso, mas aos quais nos apegamos tanto que, não raro, acabamos comprando uma segunda edição, mais bonita, para nos fazer companhia pelo resto da vida.
Isso explica as lindas edições que a Zahar, por exemplo, tem feito de obras que já encantaram várias gerações, como “Peter Pan”, “Os três mosqueteiros" ou “Vinte mil léguas submarinas”: livros lindos de se ver e de se pegar, cujo esmero físico complementa a edição caprichada. Ganhar de presente um livro desses é uma alegria que não se tem com um vale para uma compra eletrônica. Fica a dica, aliás, já que o Natal vem aí.
Há prazeres e sensações que só tem com o papel. Gosto de perceber o tamanho de um livro à primeira vista. Um tablet pode me informar quantas páginas um volume tem, mas essa informação é abstrata. Saber que um livro tem 500 páginas ou ver que um livro tem 500 páginas são coisas diferentes. Gosto também de folhear um livro e de fazer uma espécie de leitura em diagonal antes de me decidir pela compra. Isso é impossível de fazer com ebooks.
Sem falar, é claro, do cheiro inigualável dos livros em papel.
RÓNAI, Cora. Jornal O Globo, Economia, 12.11.2012
Assinale a opção que, de acordo com a regência e a norma-padrão, a troca da palavra sublinhada pela que está entre parênteses NÃO altera a relação de sentido entre os termos.
Questão 7 6108190
UEA - Geral 2018Leia o texto de Jorge Coli para responder à questão.
Dizer o que seja a arte é coisa difícil. Um sem-número de tratados de estética debruçou-se sobre o problema, procurando situá-lo, procurando definir o conceito. Mas, se buscamos uma resposta clara e definitiva, decepcionamo-nos: elas são divergentes, contraditórias, além de frequentemente se pretenderem exclusivas, propondo-se como solução única. Desse ponto de vista, a empresa é desencorajadora.
Entretanto, se pedirmos a qualquer pessoa que possua um mínimo contato com a cultura para nos citar alguns exemplos de obras de arte ou de artistas, ficaremos certamente satisfeitos. Todos sabemos que a Mona Lisa, que a Nona Sinfonia de Beethoven, que a Divina Comédia, que Guernica de Picasso ou o Davi de Michelangelo são, indiscutivelmente, obras de arte. Assim, mesmo sem possuirmos uma definição clara e lógica do conceito, somos capazes de identificar algumas produções da cultura em que vivemos como “arte”.
É possível dizer, então, que arte são certas manifestações da atividade humana diante das quais nosso sentimento é admirativo, isto é: nossa cultura possui uma noção que denomina solidamente algumas de suas atividades e as privilegia. Portanto, podemos ficar tranquilos: se não conseguimos saber o que a arte é, pelo menos sabemos quais coisas correspondem a essa ideia e como devemos nos comportar diante delas.
(O que é arte, 2010. Adaptado.)
Assinale a alternativa que expressa, com correção gramatical, a ideia central do texto.
Questão 3 6312226
UNIFIMES 2017Leia a tira.
Em conformidade com a norma-padrão e o sentido geral da tira, o balão do primeiro quadrinho é corretamente preenchido com:
Questão 8 156774
UNIFAE 2017Há uma apatia geral, as coisas não andam, todo mundo está esperando não se sabe o quê para decidir o rumo a tomar. Quem sabe ver nota em certas pessoas uma preocupação em apagar pistas, como se de uma hora para outra muita gente tivesse se regenerado e resolvido começar vida nova. Isso é bom, nunca é tarde para o pecador se arrepender; mas também pode ser esperteza, precaução para não ser lembrado quando a bomba estourar.
Por enquanto vou vivendo com uns atrasados que ainda estou recebendo dos Armazéns Proibidos. Fico sentado aqui a manhã inteira e não vejo ninguém passar, nem as crianças que costumavam vir brincar no buraco que nos obrigaram a abrir aí em frente.
Mas a natureza, essa não para. O vento está aí sacudindo as folhas, levantando poeira, trazendo cheiros exóticos que antigamente nesta época do ano deixavam as pessoas alvoroçadas, prontas a disparar como cavalos fogosos. Hoje parece que ninguém sente esses cheiros; se sente, não reage como antes.
Os passarinhos é que estão aproveitando ao máximo a temporada. Desde que amanhece começa o estardalhaço deles, nunca vi tantos reunidos num lugar só, parece que os pássaros do mundo inteiro combinaram congresso aqui. Se eles escolheram este lugar, é porque isto aqui vai ficar bom; eles sabem.
(José J. Veiga. Os pecados da tribo, 2005.)
O período “Hoje parece que ninguém sente esses cheiros; se sente, não reage como antes.” (3o parágrafo) está corretamente reescrito, de acordo com a norma-padrão e o sentido do texto, em:
Questão 59 1205164
FGV-SP Economia - Tarde 2013Não dúvidas os idosos, com sua força geradora da riqueza nacional, serão fundamentais para que o Brasil se iguale aos patamares de renda das nações desenvolvidas.
Hoje, eles respondem por quase 20% do poder de compra do País. duas décadas, esse percentual era de 5%.
(IstoÉ, 03.10.2012. Adaptado)
As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com:
Questão 7 6954948
ACAFE 2022Texto
Uso de bactérias em tratamento de câncer tem bons resultados em novo estudo
Que tal se pudéssemos revolucionar o tratamento do câncer com uma solução barata e eficaz? Um estudo realizado na Universidade Nacional da Austrália indica que estamos mais perto desta solução do que pensávamos — e com algo que já havia sido pensado há mais de cem anos, mas nunca colocado em prática. O novo tratamento consiste na injeção de bactérias mortas em células tumorais. O corpo, então, elimina as células atingidas pelas bactérias, levando junto com elas o tumor.
Testes do tratamento já foram realizados tanto em ratos, cães e cavalos, quanto em humanos. Em todos os casos, os resultados foram positivos — e em alguns deles os tumores regrediram completamente: 3% dos mastocitomas em ratos; 21% dos mastocitomas em cães e 18% dos melanomas em cavalos. Evidências de respostas imunes sistêmicas – regressão de metástases não injetadas com o tratamento – também foram observadas.
Entre os 12 pacientes humanos que participaram do estudo, o tratamento foi bem tolerado. Entre os resultados mais animadores, um paciente com câncer renal em estágio avançado obteve regressão do tumor, aumentando a qualidade de vida. O estudo mostrou que a injeção intratumoral induz respostas anticâncer em uma proporção significativa.
Os cientistas do estudo utilizaram as "toxinas de Coley", que remontam a uma longa história: o médico e pesquisador americano do câncer William Coley (1862-1936) injetou repetidamente (a cada 2 a 3 dias por vários meses) preparações de bactérias mortas em centenas de pacientes com cânceres inoperáveis. Inicialmente ele injetava a preparação dentro e ao redor dos tumores. Mais tarde, passou a aplicar injeções intravenosas.
Ambas as abordagens de Coley tiveram como resultado remissões duráveis do câncer em muitos pacientes, incluindo 312 casos de sarcomas inoperáveis e 190 regressões tumorais completas. Ao final de seu estudo, o pesquisador considerou as injeções intratumorais como as mais eficazes.
O novo estudo australiano partiu do princípio de Coley, utilizando uma nova forma de imunoterapia intratumoral, a injeção de adjuvante de Freund completo emulsificado (CFA). O CFA é um estimulante imunológico extremamente potente, desenvolvido na década de 1950, que possui três componentes: óleo mineral e surfactante (que formam o adjuvante incompleto de Freund (IFA) – o mesmo utilizado em vacinas –, ou Montanide ISA-51, licenciados para uso humano), e micobactérias mortas pelo calor.
Emulsionado corretamente, o CFA forma um depósito de liberação lenta no local da injeção. A aplicação do composto fornece estimulação imunológica contínua durante semanas, o que torna o CFA uma opção simples e barata de imunoterapia contra o câncer.
Semanas ou meses após o novo tratamento, os pacientes apresentaram aumento de células B e T – do sistema imunológico – nos tecidos infiltrados. Segundo o estudo, a ativação do sistema imunológico inato por si só pode ser suficiente para a regressão de alguns tumores. O que acontece em seguida ao tratamento é a ativação do sistema imunológico adquirido, que passa a mediar a regressão de metástases não injetadas.
O tratamento é barato: "É um custo extremamente baixo. Estimamos em torno de US$ 20 dólares a dose, enquanto o custo de outras imunoterapias pode chegar a US$ 40.000 dólares. Isso torna o tratamento acessível para pacientes em países em desenvolvimento", afirmou, em um comunicado à imprensa, o professor Aude Fahrer, que liderou o estudo. Segundo Fahrer, o melhor do tratamento é que ele requer poucas dosagens, tem administração simples e poucos efeitos colaterais.
Atualmente vemos uma multiplicação de tratamentos do câncer, de imunoterapia a nanopartículas. O Congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco) de 2020, maior congresso do mundo sobre o tema, apontou para a individualização do tratamento e uso de novos medicamentos.
Disponível em: https://www.tecmundo.com.br/ciencia/226085-uso-bacterias-tratamento-cancer-apresenta-bons-resultados.htm. Acesso em 05 out. 2021. [Adaptado].
Assinale a frase que está escrita em conformidade com as normas da língua portuguesa padrão.