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Acesse GrátisQuestões de Português - Gramática
Questão 15 7523663
UFMS PASSE - 1ª Etapa 2021-2023Leia o conto de Marina Colasanti.
“Atrás do espesso véu”
“Disse adeus aos pais e, montada no camelo, partiu com a longa caravana na qual seguiam seus bens e as grandes arcas do dote. Atravessaram deserto, atravessaram montanhas. Chegando afinal à terra do futuro esposo, eis que ele saiu de casa e veio andando ao seu encontro (1). “Este é aquele com quem viverás para sempre”, disse o chefe da caravana à mulher. Então ela pegou a ponta do espesso véu que trazia enrolado na cabeça, e com ele cobriu o rosto, sem que nem se visse os olhos. Assim permaneceria dali em diante. Para que jamais, soubesse o que havia escolhido (2), aquele que a escolhera sem conhecê-la (3).”
(COLASANTI, Marina. Contos de amor rasgados Rio de Janeiro: Rocco, 1986. p. 47)
Como são classificadas as formas verbais em destaque no texto, respectivamente?
Questão 6 7920254
IMEPAC Araguari 2020No Brasil, a última grande reforma da grafia da língua portuguesa foi realizada em 1971, quando foi abolido o acento diferencial em alguns vocábulos, bem como o acento grave ou circunflexo em palavras derivadas de outras acentuadas.
Com a entrada em vigor do Novo Acordo Ortográfico, o acento diferencial continua a ser empregado em
Questão 7 6108190
UEA - Geral 2018Leia o texto de Jorge Coli para responder à questão.
Dizer o que seja a arte é coisa difícil. Um sem-número de tratados de estética debruçou-se sobre o problema, procurando situá-lo, procurando definir o conceito. Mas, se buscamos uma resposta clara e definitiva, decepcionamo-nos: elas são divergentes, contraditórias, além de frequentemente se pretenderem exclusivas, propondo-se como solução única. Desse ponto de vista, a empresa é desencorajadora.
Entretanto, se pedirmos a qualquer pessoa que possua um mínimo contato com a cultura para nos citar alguns exemplos de obras de arte ou de artistas, ficaremos certamente satisfeitos. Todos sabemos que a Mona Lisa, que a Nona Sinfonia de Beethoven, que a Divina Comédia, que Guernica de Picasso ou o Davi de Michelangelo são, indiscutivelmente, obras de arte. Assim, mesmo sem possuirmos uma definição clara e lógica do conceito, somos capazes de identificar algumas produções da cultura em que vivemos como “arte”.
É possível dizer, então, que arte são certas manifestações da atividade humana diante das quais nosso sentimento é admirativo, isto é: nossa cultura possui uma noção que denomina solidamente algumas de suas atividades e as privilegia. Portanto, podemos ficar tranquilos: se não conseguimos saber o que a arte é, pelo menos sabemos quais coisas correspondem a essa ideia e como devemos nos comportar diante delas.
(O que é arte, 2010. Adaptado.)
Assinale a alternativa que expressa, com correção gramatical, a ideia central do texto.
Questão 18 396647
EEAR 2018/2Assinale a alternativa que traz a correta sequência dos termos que preenchem as lacunas do poema abaixo, observando a regência dos verbos que os exigem.
Hão de chorar ____ ela os cinamomos;
Murchando as flores ao tombar do dia.
Dos laranjais hão de cair os pomos,
Lembrando-se ________ que ____ colhia.
[...]
Hão de chorar a irmã que ____ sorria.
[...]
A lua que lhe foi mãe carinhosa,
Que a viu nascer e amar, há de envolvê(ver) ____
Entre lírios e pétalas de rosa.
(Alphonsus de Guimaraens)
Questão 7 5746659
UNIEVA Medicina 2017/2Leia o texto a seguir para responder a questão.
À conquista da opinião pública
A questão do político — ou da política — é, ao mesmo tempo, simples e complexa. Simples, se for abordada pelo viés da opinião: trata-se de ser a favor ou contra um projeto de sociedade, a favor ou contra tal partido, a favor ou contra um determinado político (homem ou mulher). Se essa opinião for expressa num voto, na participação em uma manifestação, numa ação militante ou simplesmente durante uma discussão, a questão política se reduz à de uma tomada de posição mais ou menos argumentada.
Mas se a questão for abordada por meio da observação do que é o exercício do poder político, então ela se apresenta de maneira infinitamente mais complexa. Isso porque o fenômeno político resulta de um conjunto de fatos de diferentes categorias que se entrecruzam permanentemente: fatos políticos como atos e decisões, ligados à questão da autoridade e da legitimidade de seus atores; fatos sociais como organização das relações sociais, ligados à questão do lugar e da relação que se instaura entre as elites e o povo; fatos jurídicos que funcionam como enquadre que rege as condutas, o que coloca a questão da ação legislativa; enfim, fatos morais como lugar de pensar os sistemas de valores, que estão ligados à questão da idealidade dos regimes de governança para o bem dos povos.
Esses fatos complexos nos obrigam a considerar uma série de indagações: como o indivíduo, convocado a se pronunciar politicamente por um voto, pode cumprir sua função de cidadão? Em nome de que ele o faz? Que consciência ele tem de sua identidade cidadã? Que conhecimento ele tem do funcionamento do poder? Enfim, o que ele compreende dos discursos que circulam no espaço público, e em que medida se sente manipulado ou enganado?
Essas indagações estão no cerne da participação cidadã da qual ninguém pode escapar, mesmo quando pretende ser apolítico. E é talvez, ao aprofundar essas questões, ao se interrogar, por um lado, sobre o que define um cidadão e, por outro, sobre quais são os modos de funcionamento do poder, que se descobrirá o que está verdadeiramente em jogo na vida política. Tudo acontece, pois, na relação que se constrói entre os políticos e a opinião dos cidadãos por meio do discurso, visto que é pela palavra que se persuade, que se seduz e que, no fim das contas, se regula a vida política. Num regime democrático, a vida política reside numa conquista da opinião pública.
CHARAUDEAU, Patrick. A conquista da opinião pública: como o discurso manipula as escolhas políticas. São Paulo: Contexto, 2016. p. 9-10.
No enunciado “Isso porque o fenômeno político resulta de um conjunto de fatos de diferentes categorias que se entrecruzam permanentemente”, o verbo “entrecruzam” pode ser substituído, sem prejuízo semântico e coesivo, por
Questão 33 6197231
UEA-Específico Humanas 2017Leia o trecho de Quincas Borba, de Machado de Assis, para responder à questão.
Maria Benedita consentiu finalmente em aprender francês e piano. Durante quatro dias a prima teimou com ela, a todas as horas, de tal arte e maneira, que a mãe da moça resolveu apressar a volta à fazenda, para evitar que ela acabasse aceitando. A filha resistiu muito; respondia que eram cousas1 supérfluas, que moça de roça não precisa de prendas da cidade. Uma noite, porém, estando ali Carlos Maria, pediu-lhe este que tocasse alguma cousa; Maria Benedita fez-se vermelha. Sofia acudiu com uma mentira:
— Não lhe peça isso; ainda não tocou depois que veio. Diz que agora só toca para os roceiros.
— Pois faça de conta que somos roceiros, insistiu o moço.
Mas passou logo a outra cousa, ao baile da baronesa do Piauí […], um baile esplêndido, oh! esplêndido! A baronesa prezava-o muito, disse ele. No dia seguinte, Maria Benedita declarou à prima que estava pronta a aprender piano e francês, rabeca2 e até russo, se quisesse. A dificuldade era vencer a mãe. Esta, quando soube da resolução da filha, pôs as mãos na cabeça. Que francês? que piano? Bradou que não, ou então que deixasse de ser sua filha; podia ficar, tocar, cantar, falar cabinda3 ou a língua do diabo que os levasse a todos. Palha é que a persuadiu finalmente; disse-lhe que, por mais supérfluas que lhe parecessem aquelas prendas4, eram o mínimo dos adornos de uma educação de sala.
(Quincas Borba, 1992.)
1 cousa: coisa.
2 rabeca: instrumento de corda semelhante a um violino.
3 cabinda: língua falada por um povo africano.
4 prenda: habilidade.
Palha é que a persuadiu permitir os estudos da filha.
Considerando a regência padrão do verbo persuadir, assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna da frase.