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Acesse GrátisQuestões de Português - Gramática
Questão 7 3639063
ACAFE Medicina Verão 2021Assinale a alternativa cujo texto está de acordo com as normas da língua escrita padrão.
Questão 7 1524493
ACAFE Medicina 2020/1Transforme as locuções adjetivas destacadas em adjetivos, optando por uma das sugestões entre parênteses.
I Não se impressione, são apenas chuvas de verão. (verânicas, estivais, pluviais)
II Faça a catalogação dos livros por faixa de idade, pois isso facilita a consulta. (etária, vital, hereditária)
III Desculpe, mas seu comportamento foi de criança. (senil, pueril, inadequado)
IV Diferentemente de ontem, as águas do rio estão turvas. (hidroviais, rivais, fluviais)
V Foram lindos encontros de irmãos motivados pela mesma fé. (irmanados, fraternos, magistrais)
A resposta correta, de cima para baixo, é:
Questão 4 2460565
UPE 3° Fase 1° Dia SSA 2020O Texto serve de base para a questão.
Texto
Com você ando melhor
Semana passada, escutamos consternadas o relato de uma pessoa querida. A gente vai chamá-la de Sônia. Militante de esquerda, ela foi presa nos anos 1970. Foi torturada. Esteve nos porões do Dops, nas mãos da Oban e ficou encarcerada no infame Presídio Tiradentes. Passou um bom tempo na ala feminina do presídio. Seu marido foi também preso, também torturado e também confinado. Residiu na ala masculina do mesmo Tiradentes.
Na cadeia, Sônia conheceu uma menina. Uma companheira cativa. Chamaremos de Raquel. Assustadas, machucadas e habitando um ambiente absurdamente hostil, as duas não sabiam quando sairiam daquele lugar. Nem sequer se um dia voltariam para casa. Submersas nessa insegurança, se aproximaram. Viraram amigas.
Uns meses depois da chegada de Raquel ao Tiradentes, Sônia percebeu que a menina estava agoniada. Bem jovem, Raquel tinha um namoradinho. E tinha quase certeza de que estava grávida do moço. Um menino igualmente jovem. Sônia frisou: muito agoniada.
Fizemos mil suposições. Imaginamos que a agonia de Raquel vinha do medo de dar à luz no cárcere. De o namoradinho não esperar por ela. Dele também estar preso, sofrendo o que ela estava sofrendo. Quem sabe, até pior. Como será experimentar tamanha vulnerabilidade e incerteza?
Sônia seguiu contando. Disse que, num determinado momento, ela e Raquel entenderam que era imprescindível fazer um exame para confirmar a gravidez. Sônia foi então à administração do presídio e requisitou um exame de urina. Para ela. Levou o material para a sua cela. Lá, Raquel esperava ansiosa. Coletou o material necessário. Sônia voltou à administração do Tiradentes e o submeteu em seu nome.
Estranhamos. Por que o exame com os nomes trocados? Por que não testar o material de Raquel, de fato receosa e precisando saber do resultado?
Sônia explicou comovida: Raquel era formalmente solteira. Era o que constava na ficha dela. Estado civil: solteira. Quando mulheres com esse status exibiam comportamento interpretado pelas autoridades como promíscuo, voltavam às salas de tortura (ou para onde fosse confortável para seus algozes aproveitarem melhor suas vítimas).
O desfecho dessa história não é importante. O fato de as duas mulheres serem militantes de esquerda presas e cruelmente torturadas em razão de sua militância também não é determinante para o que nos interessa dizer. Hoje queremos falar de sororidade, essa palavra que designa o vínculo entre mulheres. Um vínculo recheado de empatia, companheirismo, cumplicidade, afeto. O vínculo que nos faz resistentes, resilientes. O combustível das redes de apoio e acolhimento que as mulheres constroem sempre, em todo canto e a todo tempo.
Toda mulher é sempre muitas mulheres. Tem sempre muitas outras com ela. Por ela. E tem mais. Os homens no poder insistem em diminuir nossa luta por direitos e dizer que nossa aptidão para a construção de redes é um dado da natureza. Seríamos naturalmente mais gregárias. Mentira. Fomos obrigadas a desenvolver estratégias de sobrevivência rizomáticas que não nos deixassem à mercê de um Estado que não nos ampara adequadamente.
Não é à toa que as feministas, quando marcham, sempre cantam: "companheira me ajuda/ que não posso andar só/ eu sozinha ando bem/ mas com você ando melhor."
Ontem, Dia das Mães, esperamos que vocês tenham celebrado suas mães. Mas torcemos para que tenham reconhecido e festejado igualmente todas as muitas outras mulheres em torno delas. A rede que fez e faz a maternidade e a maternagem delas possíveis.
Antonia Pellegrino e Manoela Miklos. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonia-pellegrino-e-manoelamiklos/2019/05/com-voce-ando-melhor.shtml. Acesso em: 15/mai., 2019.
Assinale a alternativa na qual o trecho destacado cumpre a função de localizar temporalmente o que é dito em seguida.
Questão 22 3636175
EEAR 2020/2Assinale a alternativa em que o advérbio ou a locução adverbial indica a subjetividade de quem analisa um evento.
Questão 4 1349738
FMP 2019Texto
Cultura e cidadania
A construção das identidades culturais já foi tra
tada como uma questão institucional, depois passou
a sofrer influências das mídias, dos mercados, das
imagens publicitárias. Hoje, são identidades em trân-
[5] sito, interconectadas às redes sociais.
Foi a partir da Constituição de 1988 que, no Bra-
sil, se passou a falar em “direitos culturais”. Antes não
havia referência a essa expressão. Hoje a cidadania
cultural é um direito consagrado, embora, na prática,
[10] o seja com muitos percalços.
Os conceitos de cultura e cidadania, entre nós,
devem expressar as múltiplas formas de produzir cul-
tura e exercer a cidadania.
A cultura possui aspectos materiais — como os
[15] objetos ou símbolos — e imateriais, como as ideias,
as expressões artísticas, a religiosidade. As culturas
têm valores que geram certos tipos de comportamen-
tos, já a convivência social tem normas que envolvem
direitos e deveres. A cultura oferta a liberdade, a cida-
[20] dania pede organização.
Quando a dura realidade bate à porta, o que
salva o brasileiro da catástrofe é o que há de sim-
bólico, o que compõe o sentido lúdico da vida. Dizer
que o Brasil é o país do carnaval e do futebol é um
[25] lugar-comum, mas faz todo o sentido.
A cultura alimenta a sua alma, dá forma à sua
identidade. Hoje muito mais uma identidade em mo-
vimento do que, como já se pensou, uma identidade
imutável. São as múltiplas formas de ser que se orga-
[30] nizam, como condição de sobrevivência, em um mun-
do globalizado. Devemos estar atentos às nossas
manifestações culturais. Elas não apenas traduzem
o que somos, antes produzem a nossa identidade.
SALGADO, M. Jornal do Brasil. Caderno B. 10 jun. 2018. Adaptado.
No Texto, em “Foi a partir da Constituição de 1988 que, no Brasil, se passou a falar em ‘direitos culturais’” (ℓ. 6-7), as vírgulas foram utilizadas para destacar um adjunto adverbial deslocado de posição na frase.
Isso ocorre também no trecho
Questão 2 1405861
UEMA 2019O trecho a seguir é parte do artigo”Três tempos de uma mesma história”, publicado na Revista Cult, que apresenta dados de épocas diferentes, revelando a situação social contrária a negros e a pobres. Leia-o para responder à questão.
[...]
Como se sabe, muitas das tropas brasileiras foram compostas de escravos, que se alistavam, não só com a promessa de alforria, mas também pelo compromisso do imperador Pedro Il em abolir a escravidão. Ao final da Guerra, em vez de libertação, em 1871, foi promulgada a Lei do Ventre Livre que, no papel, considerava em liberdade todos os filhos de mulheres escravas nascidos a partir daquela data. Na prática, crianças negras nascidas livres continuaram trabalhando nas mesmas condições das que nasceram escravizadas.
Tantos dados, de diferentes tempos, no mesmo território, nos informam como o estado brasileiro está a serviço do capital financeiro. E nós? Assistimos a tudo isso? Evoco a pergunta - provocação de um militante do movimento negro durante um seminário que aconteceu na 32. Edição da Feira Nacional da Reforma Agrária, em São Paulo: “Para o meu bisavô, disseram que ele deveria ser um bom escravo, que a abolição logo viria. Para o meu avó, prometeram que se ele trabalhasse bastante, teria condições de vida. Para o meu pai, disseram que depois do ginásio, viria a CLT. Para mim, foi o ensino superior. Mas mesmo graduado, sou parado pela polícia e não tenho emprego. Até quando vamos acreditar nas promessas?
Fonte: CULT - Revista Brasileira de Cultura. Nº. 235. São Paulo Ano 21, junho 2018. Adaptado.
No trecho: “Para o meu bisavô, disseram que ele deveria ser um bom escravo, que a abolição logo viria.”, o efeito semântico do adjetivo em “bom escravo”, considerando o contexto, ressalta a ideia de