
Faça seu login
Acesse GrátisQuestões de Português - Gramática
Questão 35 7843832
UNITINS Demais Cursos 2022Leia o texto a seguir para responder a questão.
Nobel da Paz premia jornalistas por trabalho pela liberdade de expressão
A honraria foi concedida à filipina Maria Ressa e ao russo Dmitry Muratov
O Prêmio Nobel da Paz de 2021 foi concedido nesta sexta- -feira, 8, aos jornalistas Maria Ressa e Dmitry Muratov. Segundo o comitê responsável, a dupla ganhou a honraria “por sua corajosa luta pela liberdade de expressão nas Filipinas e na Rússia”.
Maria Ressa, de 58 anos, é filipina e diretora executiva do Rappler, um veículo crítico ao presidente Rodrigo Duterte. Já o russo Dmitry Muratov, de 59 anos, lidera o jornal independente Novaya Gazeta. Os dois vão dividir o prêmio de 10 milhões de coroas suecas (cerca de 6,3 milhões de reais).
“O jornalismo livre, independente e baseado em fatos atua na proteção contra abuso de poder, mentiras e propaganda de guerra”, disse Berit Reiss-Andersen, presidente do Comitê Norueguês do Nobel, ao anunciar o prêmio em Oslo. “Sem liberdade de expressão e de imprensa será difícil promover com sucesso a fraternidade entre as nações, o desarmamento e uma ordem mundial melhor”.
Ressa é a primeira filipina a receber um Nobel individualmente. Em 2021, ela também recebeu o Prêmio Mundial de Liberdade de Expressão da Unesco.
O Comitê afirmou que a Novaya Gazeta é “o jornal mais independente da Rússia, hoje, com uma atitude fundamentalmente crítica em relação ao poder”. Desde sua criação, em 1993, o meio de comunicação publicou artigos críticos sobre temas como corrupção, violência policial, prisões ilegais e fraudes eleitorais. Pelo seu trabalho, seis repórteres do jornal foram mortos, mas apesar dos assassinatos e ameaças, o editor- -chefe Muratov recusou-se a abandonar sua política independente.
“O jornalismo baseado em fatos e a integridade profissional do jornal o tornaram uma importante fonte de informação sobre aspectos censuráveis da sociedade russa raramente mencionados por outros meios de comunicação”, disse o prêmio sobre o veículo comandado por Muratov.
O governo do russo Vladimir Putin se pronunciou após o anúncio do prêmio, mas preferiu ignorar as críticas às suas práticas. O porta-voz de Moscou, Dmitri Peskov, afirmou que Muratov trabalha consistentemente de acordo com seus próprios ideais e que o jornalista é “corajoso e talentoso”.
https://veja.abril.com.br/mundo,11/10/ 2021.
Analise os trechos: “Rappler, um veículo crítico ao presidente Rodrigo Duterte” e “Berit Reiss-Andersen, presidente do Comitê Norueguês do Nobel”.
O aposto exerce diferentes funções em relação a um substantivo, pronome ou oração.
Os termos destacados exercem a função de:
Questão 64 3646299
FUVEST 2021TEXTO PARA A QUESTÃO
Uma última gargalhada estrondosa. E depois, o silêncio. O palhaço
jazia imóvel no chão. Mas seu rosto continua sorrindo, para
sempre. Porque a carreira original do Coringa era para durar
apenas 30 páginas. O tempo de envenenar Gotham, sequestrar
[05] Robin, enfiar um par de sopapos no Homem-Morcego e disparar
o primeiro “vou te matar” da sua relação. Na briga final do
Batman nº 1, o “horripilante bufão” sofria um final digno de sua
desumana ironia: ao tropeçar, cravava sua própria adaga no
peito. Assim decidiram e desenharam seus pais, os artistas Bill
[10] Finger, Bob Kane e Jerry Robinson. Entretanto, o criminoso
mostrou, já em sua primeira aventura, um enorme talento para
se rebelar contra a ordem estabelecida. Seu carisma seduziu a
editora DC Comics, que impôs o acréscimo de um quadrinho. Já
dentro da ambulância, vinha à tona “um dado desconcertante”.
[15] E então um médico sentenciava: “Continua vivo. E vai
sobreviver!”.
Tommaso Koch. “O Coringa completa 80 anos e na Espanha ganha duas HQs, que inspiram debates filosóficos sobre a liberdade”. El País. Junho/2020.
As vírgulas em “E depois, o silêncio.” (L. 1) e em “Mas seu rosto continua sorrindo, para sempre.” (L.2-3) são usadas, respectivamente, com a mesma finalidade que as vírgulas em
Questão 11 5607130
UEMS 2021Leia o texto a seguir e responda à questão.
O mundo
Um homem da aldeia de Neguá, no litoral da Colômbia, conseguiu subir ao céu. Quando voltou, contou. Disse que tinha contemplado, lá de cima, a vida humana. E disse que somos um mar de fogueirinhas.
- O mundo é isso – revelou. – Um montão de gente, um mar de fogueirinhas.
Cada pessoa brilha com luz própria entre todas as outras. Não existem duas fogueiras iguais. Existem fogueiras grandes e fogueiras pequenas e fogueiras de todas as cores. Existe gente de fogo sereno, que nem percebe o vento, e gente de fogo louco, que enche o ar de chispas. Alguns fogos, fogos bobos, não alumiam nem queimam; mas outros incendeiam a vida com tamanha vontade que é impossível olhar para eles sem pestanejar, e quem chega perto pega fogo.
GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. Porto Alegre: L&PM, 2019, p. 10.
A sintaxe é a parte da gramática que estuda a função que as palavras desempenham dentro da oração.
Com base em seus conhecimentos em sintaxe, classifique corretamente o trecho “no litoral da Colômbia”, presente entre vírgulas no primeiro parágrafo.
Questão 2 6717102
USS 2021/2RAIVA HUMANA É PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA NO MUNDO
A raiva é um problema antigo na história da humanidade, os primeiros registros de sua existência datam
de 4.000 anos atrás. Trata-se de uma zoonose, doença transmitida por animais, e afeta os mamíferos que
possuem células aptas para replicar o vírus. Depois que os sintomas se manifestam e o sistema nervoso é
atingido, a mortalidade beira 100% dos casos, tanto em humanos quanto em outros animais.
[05] O grande avanço no combate à raiva humana ocorreu em 1880, quando o cientista francês Louis Pasteur
iniciou os seus estudos sobre a doença e descobriu a vacina antirrábica, aplicada pela primeira vez em um
ser humano em 1885. Foi a consagração definitiva do trabalho dele e, em 1888, foi criado o instituto que leva
seu nome, em Paris.
“A raiva transmitida por cão é um grande problema de saúde. Ela está presente em países menos
[10] desenvolvidos e persiste em alguns lugares no nosso continente. Em comparação com outras regiões do
mundo, as Américas estão bem avançadas. Cerca de 60 mil pessoas morrem ao ano, boa parte na Ásia e na
África”, explica o veterinário Marco Antonio Natal Vigitlato, da Organização Pan-Americana de Saúde.
Em 2020, por outro lado, apenas oito casos de raiva humana foram registrados pela organização no
continente americano. A baixa incidência é explicada pelos esforços em combater o vírus. “A alta letalidade
[15] é um critério para definir prioridade no controle da raiva no Brasil e em diversos países”, explica o médico
José Geraldo Leite, professor emérito da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.
“O fato de não vermos tantos casos hoje no país é porque, há mais de 30 anos, fazemos anualmente a
vacinação de cães e gatos, e eles eram os principais transmissores para o homem. Por isso, hoje, os casos se
tornaram mais raros”, completa Leite.
[20] Depois de sofrer ataque de qualquer animal, é fundamental procurar um serviço de saúde imediatamente
para avaliação do caso. Em geral, são aplicadas quatro doses da vacina antirrábica, com intervalos de alguns
dias entre elas. Nos casos graves, também se utiliza soro ou imunoglobulinas para retardar a ação do vírus
no corpo humano e dar mais tempo para o imuno gerar a proteção necessária.
A vacina antirrábica também pode ser aplicada preventivamente. Seu uso é indicado para indivíduos em
[25] risco frequente de exposição ao vírus da raiva como médicos veterinários, profissionais que lidam com
animais, ou pessoas que vivem ou que trabalhem em áreas de risco.
Folha de S. Paulo, 16 de maio de 2021.
“Trata-se de uma zoonose, doença transmitida por animais, e afeta os mamíferos que possuem células aptas para replicar o vírus” (l. 02-03)
Na frase, o emprego das vírgulas destaca expressão com a função de:
Questão 25 1373247
MULTIVIX 2020Leia o texto a seguir para responder à questão.
YOUTUBE, O PARAÍSO DA PUBLICIDADE INFANTIL
CANAIS QUE SÓ FALTAM VENDER BRINQUEDOS ATRAEM MULTIDÕES DE CRIANÇAS NA PLATAFORMA DE VÍDEOS
Por Daniel Salgado (Adaptado)
(1) Que o YouTube é uma plataforma digital gigantesca, todo mundo sabe. E também que já existem
muitas pessoas que tiram seu provento do dinheiro gerado pelas visualizações e propagandas em seus
canais na rede. Ainda assim, não pude negar minha surpresa ao descobrir que o maior faturamento
entre os youtubers ficou com um garoto de 7 anos de idade, o americano Ryan.
(5) Dono do canal ‘RyanToysReviews’, ele e seus pais embolsaram US$ 22 milhões ao longo do último
ano. O valor, que é exorbitante em qualquer contexto, vem de seus incontáveis vídeos, nos quais o
garoto e seus progenitores aparecem brincando com diversos brinquedos recém-lançados e
comentando suas qualidades e defeitos. Seu canal, que desde 2015 acumula 17 milhões de inscritos
e 26 bilhões (!) de visualizações, posta vídeos quase diariamente. Só na última semana foram sete.
(10) Ignorando fatores como o tempo gasto pelo pequeno para gravar esses vídeos num ritmo de
conteúdo diário, é surpreendente pensar que ele arregimentou a quantia milionária ao, basicamente,
fazer propagandas para que crianças queiram comprar os mais variados brinquedos. E uma rápida
pesquisa no YouTube mostra que seus pais não são os únicos a investir nesse filão.
(14) Não acredita? É só procurar por um termo como “toys” (brinquedos, em inglês) e ver que existem
canais como ‘ToyPudding TV (12 bilhões de visualizações); ‘Super Kids Toys’ (291 milhões); ‘Kids
Diana Show’ (4 bilhões) e ‘CKN Toys’ (8 bilhões).
(17) Os formatos são dos mais variados: alguns utilizam crianças para brincar com os produtos
enviados — às vezes com vídeos patrocinados —, outros apenas mostram os brinquedos para adultos.
Há até a categoria de “unboxing”, dedicada apenas a mostrar a abertura da caixa do brinquedo.
(20) Em comum a todos está a fetichização de uma mercadoria para uma parcela da população
altamente suscetível à publicidade. Ainda que o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec)
seja contrário a propaganda infantil, e haja uma legislação que coíba a prática no Brasil, o grande truque
desses canais é que eles fogem à classificação tradicional de publicidade para crianças.
(24) Não são comerciais pagos pelas empresas de brinquedos nem têm mensagens explícitas
convocando a compra do objeto x ou y. De certa maneira, funcionam quase como os desenhos
animados dos anos 90 que buscavam vender video-games, jogos de cartas e outros tantos produtos.
Que jovem daquela época não assistiu a Pokemon, Digimon ou algum programa similar?
(28) O precedente histórico não muda o fato de que esses canais glorificam e promovem
insistentemente brinquedos para as crianças na plataforma. E isso sem qualquer verniz artístico ou de
entretenimento animado como os cartuns ou gibis.
(31) As crianças, que ficam hipnotizadas pelos vídeos — quem já viu uma assistindo a esses canais
sabe do que estou falando —, saem quase sempre interessadas ou clamando pelos brinquedos
apresentados. O panorama não deve mudar: a legislação de regulação infantil varia muito de país para
país, e o YouTube, com seu alcance global, passa ao largo de controle nesse quesito, ao contrário de
canais de televisão ou revistas.
(36) É de se imaginar que, no ano que vem, os pais de Ryan e de alguns outros astros mirins da rede
tenham ainda mais ganhos para seu pé-de-meia generoso. Não faltará dinheiro para seus brinquedos.
Cabe saber se teremos nós os meios necessários para presentear nossas crianças.
Disponível em: https://epoca.globo.com/youtube-paraiso-da-publicidade-infantil-23289383. Acesso em 25 ago. 2019.
A oração em destaque “o valor, que é exorbitante em qualquer contexto, vem de seus incontáveis vídeos, nos quais o garoto e seus progenitores aparecem brincando com diversos brinquedos recém-lançados e comentando suas qualidades e defeitos.” (l. 6-8), tem a mesma classificação sintática da contida no item.
Questão 12 1204717
EPCAR 2019TEXTO
A Marselhesa do subúrbio
Sérgio Martins
Tchudum, tchá, tchá, tchá, tchá, tchudum, tchá,
tchá, tchá, tchá, tchudum... São 2 horas da manhã
numa casa noturna de São Paulo e os frequentadores
estão dançando uma batida eletrônica repetitiva. Dali a
[5] uma hora e meia, MC Guimê, o principal nome do funk
ostentação, fará seu show, acompanhado de um DJ e
de duas dançarinas, e com a participação especial do
rapper Emicida. /.../ Encontram-se ali jovens de bairros
suburbanos – os meninos com correntes douradas, as
[10] meninas com saia bem curtinha, e todos com roupas de
grife – e também os chamados “playboys”. Quando
Guimê finalmente sobe ao palco, a temperatura da casa
parece subir. Por quarenta minutos, ele intercala
canções de seu repertório com sucessos de outros
[15] funkeiros, canta o rap do quarteto Racionais MC’s e cita
o Salmo 23 (“O senhor é meu pastor / Nada me faltará”).
Nada falta mesmo: suas letras carregam uma tal
profusão de marcas – carros, roupas, perfumes, bebidas
– que até se poderia suspeitar de vultosos contratos de
[20] merchandising. Não é o caso. Para Guimê, natural da
periferia de Osasco, cidade da Grande São Paulo, falar
desses objetos de consumo – e, acima de tudo, adquirilos
– é uma aspiração realizada, uma senha para a
entrada na sociedade. O público não só entende como
[25] compartilha o sonho de Guimê: muitos fãs, no meio da
dança, erguem garrafas de uísque escocês como se
fossem troféus. Festas e shows assim se repetem por
outras cidades e clubes. Como tantos gêneros musicais
que vieram das áreas urbanas mais pobres, o funk já
[30] conquistou parte da classe média. Mas é sobretudo
entre a garotada da periferia que ele tem a ressonância
de uma Marselhesa: um hino de cidadania e identidade
para os jovens das classes C, D e E. /.../
(Revista Veja, 29 de janeiro de 2014, p. 73 e 74)
Observe os termos sublinhados em cada alternativa e assinale aquela cuja análise, entre parênteses, está adequada.