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Acesse GrátisQuestões de Português - Gramática
Questão 7 1446775
ESA 2016Destaque a alternativa em que o termo sublinhado seja um objeto indireto:
Questão 13 104505
UnB 1° Dia 2009/1[1] Nenhuma cousa se pode prometer à natureza
humana mais conforme a seu maior apetite nem mais
superior a toda a sua capacidade que a notícia dos tempos e
[4] sucessos futuros; e isto é o que oferece a Portugal, à Europa
e ao Mundo esta nova e nunca ouvida História.
As outras histórias contam as cousas passadas, esta
[7] promete dizer as que estão por vir; as outras trazem à
memória aqueles sucessos públicos que viu o Mundo, esta
intenta manifestar ao Mundo aqueles segredos ocultos e
[10] escuríssimos que não chegam a penetrar o entendimento.
Antonio Vieira. História do futuro. José Carlos BrandiAleixo (org.). Brasília: UnB, 2005, p. 121.
A partir da leitura do fragmento de texto acima, de Antonio Vieira, julgue o seguinte item.
Os núcleos do complemento verbal composto da forma verbal “oferece” (l.4) estão hierarquicamente dispostos, o que, associado a outros sentidos expressos no texto, evidencia exaltação da abrangência da “nova e nunca ouvida história” (l.5).
Questão 17 6307831
EEAR 2022Relacione as colunas e, em seguida, assinale a alternativa com a sequência correta.
1 – objeto direto
2 – objeto indireto
3 – complemento nominal
( ) Estava confiante na vitória
( ) Há grandes festejos naquele bairro.
( ) Cedeu aos caprichos infantis.
( ) Não me convidou para o lanche.
( ) Peço-lhe paciência com os jovens.
Questão 6 4448498
Unichristus 2021Texto para a questão.
O ENIGMA DE WUHAN
OMS desfaz crenças ao não encontrar sinal de que mercado chinês disseminou Covid
A mais luminosa perspectiva de emancipação aberta pela ciência está no confronto das hipóteses contra os fatos. Por meio desse teste, desfazem1-se lendas alimentadas por desavisados, como as relativas à origem chinesa da Covid-19.
A verdade é que se detectou o foco original da pandemia na região de Wuhan, província de Hubei. Na segunda quinzena de novembro de 2019, surgiram2 os primeiros casos de uma pneumonia atípica grave na cidade, e as suspeitas recaíram sobre um mercado atacadista de frutos do mar frequentado por dezenas de doentes.
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/opiniao. Acesso em: 8 fev. 2021.
Sobre os verbos destacados nesse texto, pode-se constatar que
Questão 9 3875740
UFRGS 2° Dia 2020Instrução: A questão está relacionada ao texto abaixo.
As primeiras lições que recebi de
aeronáutica foram-me dadas por um grande
visionário: Júlio Verne. De 1888, mais ou
menos, a 1891, quando parti pela primeira vez
[05] para a Europa, li, com grande interesse, todos
os livros desse grande vidente da locomoção
aérea e submarina.
Estava eu em Paris quando, na véspera de
partir para o Brasil, fui, com meu pai, visitar
[10] uma exposição de máquinas no desaparecido
Palácio da Indústria. Qual não foi o meu
espanto quando vi, pela primeira vez, um
motor a petróleo, da força de um cavalo, muito
compacto, e leve, em comparação aos que eu
[15] conhecia, e... funcionando! Parei diante dele
como que pregado pelo destino. Estava
completamente fascinado. Meu pai, distraído,
continuou a andar até que, depois de alguns
passos, dando pela minha falta, voltou,
[20] perguntando-me o que havia. Contei-lhe a
minha admiração de ver funcionar aquele
motor, e ele me respondeu: “Por hoje basta”.
Aproveitando-me dessas palavras, pedi-lhe
licença para fazer meus estudos em Paris.
[25] Continuamos o passeio, e meu pai, como
distraído, não me respondeu. Nessa mesma
noite, no jantar de despedida, reunida a
família, meu pai anunciou que pretendia fazer-
me voltar a Paris para acabar meus estudos.
[30] Nessa mesma noite corri vários livreiros;
comprei todos os livros que encontrei sobre
balões e viagens aéreas.
Diante do motor a petróleo, tinha sentido a
possibilidade de tornar reais as fantasias de
[35] Júlio Verne. Ao motor a petróleo devi, mais
tarde, todo o meu êxito. Tive a felicidade de
ser o primeiro a empregá-lo nos ares.
Uma manhã, em São Paulo, com grande
surpresa minha, convidou-me meu pai a ir à
[40] cidade e, dirigindo-se a um cartório de
tabelião, mandou lavrar escritura de minha
emancipação. Tinha eu dezoito anos. De volta
à casa, chamou-me ao escritório e disse-me:
“Já lhe dei hoje a liberdade; aqui está mais este
[45] capital”, e entregou-me títulos no valor de
muitas centenas de contos. “Tenho ainda
alguns anos de vida; quero ver como você se
conduz; vai para Paris, o lugar mais perigoso
para um rapaz. Vamos ver se você se faz um
[50] adulto; prefiro que não se faça doutor; em
Paris, você procurará um especialista em física,
química, mecânica, eletricidade, etc., estude
essas matérias e não esqueça que o futuro do
mundo está na mecânica”.
Adaptado de DUMONT, Santos. O que eu vi, o que nós veremos . Rio de Janeiro: Hedra, 2016. Organização de Marcos Villares.
Assinale a alternativa que realiza adequadamente a transposição do trecho a seguir para o discurso indireto.
Tenho ainda alguns anos de vida; quero ver como você se conduz; vai para Paris, o lugar mais perigoso para um rapaz (l. 46-49).
Questão 32 1366109
EFOMM 1° Dia 2019Como Dizia Meu Pai
Já se tomou hábito meu, em meio a uma conversa, preceder algum comentário por uma introdução:
— Como dizia meu pai...
Nem sempre me reporto a algo que ele realmente dizia, sendo apenas uma maneira coloquial de dar ênfase a alguma opinião.
De uns tempos para cá, porém, comecei a perceber que a opinião, sem ser de caso pensado, parece de fato corresponder a alguma coisa que Seu Domingos costumava dizer. Isso significará talvez — Deus queira — que insensivelmente vou me tomando com o correr dos anos cada vez mais parecido com ele. Ou, pelo menos, me identificando com a herança espiritual que dele recebi.
Não raro me surpreendo, antes de agir, tentando descobrir como ele agiria em semelhantes circunstâncias, repetindo uma atitude sua, até mesmo esboçando um gesto seu. Ao formular uma ideia, percebo que estou concebendo, para nortear meu pensamento, um princípio que, se não foi enunciado por ele, só pode ter sido inspirado por sua presença dentro de mim.
— No fim tudo dá certo...
Ainda ontem eu tranquilizava um de meus filhos com esta frase, sem reparar que repetia literalmente o que ele costumava dizer, sempre concluindo com olhar travesso:
— Se não deu certo, é porque ainda não chegou no fim.
Gosto de evocar a figura mansa de Seu Domingos, a quem chamávamos paizinho, a subir pausadamente a escada da varanda de nossa casa, todos os dias, ao cair da tarde, egresso do escritório situado no porão. Ou depois do jantar, sentado com minha mãe no sofá de palhinha da varanda, como namorados, trocando notícias do dia. Os filhos guardavam zelosa distância, até que ela ia aos seus afazeres e ele se punha à disposição de cada um, para ouvir nossos problemas e ajudar a resolvê-los. Finda a última audiência, passava a mão no chapéu e na bengala e saía para uma volta, um encontro eventual com algum amigo. Regressava religiosamente uma hora depois, e tendo descido a pé até o centro, subia sempre de bonde. Se acaso ainda estávamos acordados, podíamos contar com o saquinho de balas que o paizinho nunca deixava de trazer.
Costumava se distrair realizando pequenos consertos domésticos: uma boia de descarga, a bucha de uma torneira, um fusível queimado. Dispunha para isso da necessária habilidade e de uma preciosa caixa de ferramentas em que ninguém mais podia tocar. Aprendi com ele como é indispensável, para a boa ordem da casa, ter à mão pelo menos um alicate e uma chave de fenda. Durante algum tempo andou às voltas com o velho relógio de parede que fora de seu pai, hoje me pertence e amanhã será de meu filho: estava atrasando. Depois de remexer durante vários dias em suas entranhas, deu por findo o trabalho, embora ao remontá-lo houvessem sobrado umas pecinhas, que alegou não fazerem falta. O relógio passou a funcionar sem atrasos, e as batidas a soar em horas desencontradas. Como, aliás, acontece até hoje.
Tinha por hábito emitir um pequeno sopro de assovio, que tanto podia ser indício de paz de espírito como do esforço para controlar a perturbação diante de algum aborrecimento.
— As coisas são como são e não como deviam ser. Ou como gostaríamos que fossem.
Este pronunciamento se fazia ouvir em geral quando diante de uma fatalidade a que não se poderia fugir. Queria dizer que devemos nos conformar com o fato de nossa vontade não poder prevalecer sobre a vontade de Deus - embora jamais fosse assim eloquente em suas conclusões. Estas quase sempre eram, mesmo, eivadas de certo ceticismo preventivo ante as esperanças vãs:
— O que não tem solução, solucionado está.
E tudo que acontece é bom — talvez não chegasse ao cúmulo do otimismo de afirmar isso, como seu filho Gerson, mas não vacilava em sustentar que toda mudança é para melhor: se mudou, é porque não estava dando certo. E se quiser que mude, não podendo fazer nada para isso, espere, que mudará por si.
[...]
Tudo isso que de uns tempos para cá me vem ocorrendo, às vezes inconscientemente, como legado de meu pai, teve seu coroamento há poucos dias, quando eu ia caminhando distraído pela praia. Revirava na cabeça, não sei a que propósito, uma frase ouvida desde a infância e que fazia parte de sua filosofia: não se deve aumentar a aflição dos aflitos. Esta máxima me conduziu a outra, enunciada por Carlos Drummond de Andrade no filme que fiz sobre ele, a qual certamente Seu Domingos perfilharia: não devemos exigir das pessoas mais do que elas podem dar. De repente fui fulminado por uma verdade tão absoluta que tive de parar, completamente zonzo, fechando os olhos para entender melhor. No entanto era uma verdade evangélica, de clareza cintilante como um raio de sol, cheguei a fazer uma vênia de gratidão a Seu Domingos por me havê-la enviado:
— Só há um meio de resolver qualquer problema nosso: é resolver primeiro o do outro.
Com o tempo, a cidade foi tomando conhecimento do seu bom senso, da experiência adquirida ao longo de uma vida sem maiores ambições: Seu Domingos, além de representante de umas firmas inglesas, era procurador de partes — solene designação para uma atividade que hoje talvez fosse referida como a de um despachante. A princípio os amigos, conhecidos, e depois até desconhecidos passaram a procurá-lo para ouvir um conselho ou receber dele uma orientação. Era de se ver a romaria no seu escritório todas as manhãs: um funcionário que dera desfalque, uma mulher abandonada pelo marido, um pai agoniado com problemas do filho — era gente assim que vinha buscar com ele alívio para a sua dúvida, o seu medo, a sua aflição. O próprio Governador, que não o conhecia pessoalmente, certa vez o consultou através de um secretário, sobre questão administrativa que o atormentava. Não se falando nos filhos: mesmo depois de ter saído de casa, mais de uma vez tomei trem ou avião e fui colher uma palavra sua que hoje tanta falta me faz.
Resta apenas evocá-la, como faço agora, para me servir de consolo nas horas más. No momento, ele próprio está aqui a meu lado, com o seu sorriso bom.
SABINO, Fernando. A volta por cima. In: Obra Reunida v. III. Rio de Janeiro: Ed. Nova Aguilar, 1996. (Texto adaptado)
Com base no texto, responda à questão que se segue.
Assinale a opção em que se cometeu erro na análise da função sintática concernente às orações destacadas.