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Acesse GrátisQuestões de Português - Gramática
Questão 8 646442
FAMP 2018/2Aponte a alternativa em que o predicado da oração seja nominal.
Questão 9 9472905
EEAR 1º Etapa 2023Assinale a alternativa que não contém predicado verbo-nominal.
Questão 35 6785932
UNITINS Medicina 2022A tirinha de Quino é composta por quatro sequências. A partir desse texto sobre Mafalda e de conhecimentos pessoais prévios, avalie as afirmações a seguir.
I. Mafalda revela sensibilidade e incômodo ao ver moradores de rua que não têm acesso a direitos básicos garantidos na Constituição Federal. Entretanto, ao usar o sujeito indeterminado (terceira sequência), a menina protege os omissos que não defendem/garantem os direitos das pessoas que vivem na pobreza, ao não revelar o nome nem cargo e/ou função dos possíveis responsáveis.
II. Susanita, interlocutora de Mafalda, se contradiz, porque na primeira fala (segunda sequência), ao usar um elemento coesivo de adição, ela concorda com Mafalda sobre o sentimento de compaixão em relação aos pobres. Entretanto, na segunda fala (quarta sequência), ao afirmar que deveria esconder os pobres, ela sugere a prática do higienismo social urbano.
III. No período “deviam dar casa, trabalho, proteção e bem- -estar aos pobres”, o predicado é verbo-nominal.
Está correto o que se afirma em:
Questão 5 8870759
Unit-AL Medicina - 1º dia 2022Do ponto de vista sintático, é correto afirmar:
Questão 32 5295107
EFOMM 1° Dia 2020Um caso de burro
Machado de Ássis
Quinta-feira à tarde, pouco mais de três horas, vi uma coisa tão interessante, que determinei logo de começar por ela esta crônica. Agora, porém, no
momento de pegar na pena, receio achar no leitor menor gosto que eu para um espetáculo, que lhe parecerá vulgar, e porventura torpe. Releve a importância; os gostos não são iguais.
Entre a grade do jardim da Praça Quinze de Novembro e o lugar onde era o antigo passadiço, ao pé dos trilhos de bondes, estava um burro deitado. O lugar não era próprio para remanso de burros, donde concluí que não estaria deitado, mas caído. Instantes depois, vimos (eu ia com um amigo), vimos o burro levantar a cabeça e meio corpo. Os ossos furavam-lhe a pele, os olhos meio mortos fechavam-se de quando em quando. O infeliz cabeceava, mais tão frouxamente, que parecia estar próximo do fim.
Diante do animal havia algum capimespalhado e uma lata com água. Logo, não foi abandonado inteiramente; alguma piedade houve no dono ou quem quer que seja que o deixou na praça, com essa última refeição à vista. Não foi pequena ação. Se o autor dela é homem que leia crônicas, e acaso ler esta, receba daqui um aperto de mão. O burro não comeu do capim, nem bebeu da água; estava já para outros capins e outras águas, em campos mais jargos e eternos. Meia dúzia de curiosos tinha parado ao pé do animal, Um deles, menino de dez anos, empunhava uma vara, e se não sentia o desejo de dar com ela na anca do burro para espertá-lo, então eu não sei conhecer meninos, porque ele não estava do lado do pescoço, mas justamente do lado da anca, Diga- se a verdade; não o fez — ao menos enquanto ali estive, que foram poucos minutos. Esses poucos minutos, porém, valeram por uma hora ou duas. Se há justiça na Terra valerão por um século, tal foi a descoberta que me pareceu fazer, e aqui deixo recomendada aos estudiosos.
O que me pareceu, é que o burro fazia exame de consciência. Indiferente aos curiosos, como ao capim e à água, tinha no olhar a expressão dos meditativos. Era um trabalho interior e profundo. Este remoque popular: por pensar morreu um burro mostra que o fenômeno foi mal entendido dos que a princípio o viram; o pensamento não é a causa da morte, a morte é que o torna necessário. Quanto à matéria do pensamento, não há dúvidas que é O exame da consciência. Agora, qual foi o exame da consciência daquele burro, é o que presumo ter lido no escasso tempo que ali gastei, Sou outro Champollion, porventura maior, não decifrei palavras escritas, mas ideias íntimas de criatura que não podia exprimi-las verbalmente.
E diria o burro consigo:
“Por mais que vasculhe a consciência, não acho pecado que mereça remorso. Não furtei, não menti, não matei, não caluniei, não ofendi nenhuma pessoa. Em toda a minha vida, se dei três coices, foi o mais, isso mesmo antes haver aprendido maneiras de cidade e de saber o destino do verdadeiro burro, que é apanhar e calar. Quando ao zurro, usei dele como linguagem. Ultimamente é que percebi que me não entendiam, e continuei a gurrar por ser costume velho, não com ideia de agravar ninguém. Nunca dei com homem no chão. Quando passei do tílburi ao bonde, houve algumas vezes homem morto ou pisado na rua, mas a prova de que a culpa não era minha, é que nunca segui O cocheiro na fuga; deixava-me estar aguardando autoridade.”
“Passando à ordem mais elevada de ações, não acho em mim a menor lembrança de haver pensado sequer na perturbação da paz pública. Além de ser a minha índole contrária a arruaças, a própria reflexão me diz que, não havendo nenhuma revolução declarado os direitos do burro, tais direitos não existem. Nenhum golpe de estado foi dado em favor dele; nenhuma coroa os obrigou. Monarquia, democracia, oligarquia, nenhuma forma de governo, teve em conta os interesses da minha espécie. Qualquer que seja o regime, ronca O pau. O pau é a minha instituição um pouco temperada pela teima que é, em resumo, o meu único defeito. Quando não teimava, mordia o freio dando assim um bonito exemplo de submissão e conformidade. Nunca perguntei por sóis nem chuvas; bastava sentir o freguês no tílburi ou o apito do bonde, para sair logo. Até aqui os males que não fiz; vejamos os bens que pratiquei.”
“A mais de uma aventura amorosa terel servido, levando depressa o tílburi e o namorado à casa da namorada — ou simplesmente empacando em lugar onde o moço que ia ao bonde podia mirar a moça que estava na janela. Não poucos devedores terei conduzido para longe de um credor importuno. Ensinei filosofia a muita gente, esta filosofia que consiste na gravidade do porte e na quietação dos sentidos. Quando algum homem, desses que chamam patuscos, queria fazer nr os amigos, fui sempre em auxílio deles, deixando que me dessem tapas e punhadas na cara. Em fim...”
Não percebi o resto, e fui andando, não menos alvoroçado que pesaroso. Contente da descoberta, não podia furtar-me à tristeza de ver que um burro tão bom pensador ia morrer. À consideração, porém, de que todos os burros devem ter os mesmos dotes principais, fez-me ver que os que ficavam não seriam menos exemplares do que esse. Por que se não investigará mais profundamente o moral do burro? Da abelha já se escreveu que é superior ao homem, e da formiga também, coletivamente falando, isto é, que as suas instituições políticas são superiores às nossas, mais racionais. Por que não sucederá o mesmo ao burro, que é maior?
Sexta-feira, passando pela Praça Quinze de Novembro, achei o animal já morto.
Dois meninos, parados, contemplavam o cadáver, espetáculo repugnante, mas à infância, como a ciência, é curiosa sem asco. De tarde já não havia cadáver nem nada. Assim passam Os trabalhos deste mundo. Sem exagerar o mérito do finado, força é dizer que, se ele não inventou a pólvora, também não inventou a dinamite. Já é alguma coisa neste final de século. Requiescai in pace.
Assinale a opção em que se encontra um predicado verbo-nominal.
Questão 31 6307349
UNITINS 2020Texto para responder a questão.
Impunidade: Incêndio no Museu Nacional, Rio de Janeiro
Autora: Letícia Mori, da BBC News Brasil, publicado em 18 fevereiro de 2019.
Três meses após completar 200 anos, o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, foi consumido por um incêndio devastador que danificou seu acervo de 20 milhões de itens. O museu tinha o maior acervo de antropologia e história natural do Brasil e um dos maiores da América Latina, e ainda não existe número oficial de quantas peças foram destruídas.
Em fevereiro de 2019, o museu abriu as portas para que fotógrafos registrassem o que sobrou da estrutura. Cheio de escombros, marcas de fogo, barras de ferro retorcidas e paredes desmoronadas, o museu se tornou um campo de “garimpo”. Equipes técnicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que administra a instituição, trabalham em contêineres instalados próximos ao museu a fim de recuperar peças, catalogá-las e levá-las para uma área de armazenamento da UFRJ. Até agora, cerca de 2 mil itens foram recuperados, entre eles os fragmentos do crânio de Luzia, o fóssil humano mais antigo já encontrado no Brasil, com 11,3 mil anos. Alertas sobre risco de fogo e outros problemas estruturais começaram há mais de uma década.
Desde o ano passado, a Polícia Federal investiga as causas do incêndio – a instituição diz que aguarda a liberação do laudo técnico da perícia. [...] Alertas sobre risco de fogo e outros problemas estruturais começaram há mais de uma década. Como as investigações ainda estão em andamento, ninguém foi responsabilizado pelo episódio, e o caso deve demorar para chegar à Justiça. Após o incêndio, a UFRJ divulgou uma nota dizendo que “há décadas, as universidades federais do país vêm denunciando o tratamento conferido ao patrimônio das instituições universitárias brasileiras e a falta de financiamento adequado”. “Urge, por parte do Governo Federal, uma mudança no sistema de financiamento das universidades federais do país”, disse a nota. [...].
Com a repercussão da tragédia, o museu conseguiu um investimento de R$ 85 milhões de diferentes fontes para recuperar o prédio e o acervo, mas a maior parte do dinheiro ainda não está disponível – deve ser repassado ao longo deste ano, segundo o Alexander Kellner, diretor da instituição.
Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-47206026. Acesso em: 03 out. de 2019 (adaptado).
Sobre estrutura sintática e formas nominais de verbos, a partir do texto de Letícia Mori, assinale a alternativa correta.