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Acesse GrátisQuestões de Português - Gramática
Questão 12 7345563
UPE 1º Fase 1º Dia SSA 2022Texto
O barroco é estilo ou será a alma do Brasil?
O chamado Século de Ouro, que vai de fins do século XVI a fins do seguinte, é um dos momentos dourados e mais radiantes do Barroco, um estilo artístico que é também uma expressão de vida, uma visão de mundo, uma maneira de sentir, de ver, de se vestir e até de ser. Por isso, volta e meia a gente recorre a esse movimento procurando decifrar o país: será o Brasil um país barroco e, portanto, meio difícil de entender?
Parece que sim. O Brasil não só nasceu culturalmente barroco, como o barroco é “a alma do Brasil”, para citar o livro de Affonso Romano de Sant‟Anna sobre o tema. Graças ao estilo, o país foi capaz de criar esplendores como Ouro Preto, erguer obras-primas como algumas igrejas de Minas, Salvador, Recife e Olinda, e dar ao mundo um gênio como Aleijadinho. É por causa do barroco que o visitante sente aquela vertigem, um quase delírio, uma febre do ouro ao entrar na Igreja de São Francisco, em Salvador, e olhar para as paredes.
O barroco não foi. Ele ainda é, continua presente em quase todas as manifestações da cultura brasileira, da arquitetura à pintura, da comida à moda, passando pelo futebol e pelo corpo feminino. [...] Barroca é a técnica de composição que Villa-Lobos usou para criar suas nove “Bachianas”. Barroco é o cinema de Glauber Rocha, é nossa exuberante natureza, é o futebol de Pelé e de todos os que, driblando a racionalidade burra dos técnicos, preferem a curva misteriosa de um chute ou o esplendor de uma finta. Afinal, o barroco é o estilo em que, ao contrário do renascentista, as regras e a premeditação importam menos que a improvisação. Quer coisa mais barroca que o Guga?
Há ainda certa resistência em aceitar o barroco como expressão de nossa alma. [...] Às vezes se toma depreciativamente o estilo por seus excessos – confusão, ênfase e paradoxos. Mas isso é barroquismo, não é barroco. A evolução etimológica ajuda a entender. Barroco, na origem, designa uma pérola grande e com defeito – assim como um país que a gente conhece.
Zuenir Ventura. Disponível em: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI156437-15518,00.html. Acesso em: 16 ago. 2021. Adaptado.
Considerando que o Texto exemplifica um texto escrito na “expressão culta” do português, na qual os aspectos formais geralmente atendem às normas estabelecidas, assinale a alternativa CORRETA.
Questão 36 7843850
UNITINS Demais Cursos 2022Leia o texto a seguir para responder a questão.
Nobel da Paz premia jornalistas por trabalho pela liberdade de expressão
A honraria foi concedida à filipina Maria Ressa e ao russo Dmitry Muratov
O Prêmio Nobel da Paz de 2021 foi concedido nesta sexta- -feira, 8, aos jornalistas Maria Ressa e Dmitry Muratov. Segundo o comitê responsável, a dupla ganhou a honraria “por sua corajosa luta pela liberdade de expressão nas Filipinas e na Rússia”.
Maria Ressa, de 58 anos, é filipina e diretora executiva do Rappler, um veículo crítico ao presidente Rodrigo Duterte. Já o russo Dmitry Muratov, de 59 anos, lidera o jornal independente Novaya Gazeta. Os dois vão dividir o prêmio de 10 milhões de coroas suecas (cerca de 6,3 milhões de reais).
“O jornalismo livre, independente e baseado em fatos atua na proteção contra abuso de poder, mentiras e propaganda de guerra”, disse Berit Reiss-Andersen, presidente do Comitê Norueguês do Nobel, ao anunciar o prêmio em Oslo. “Sem liberdade de expressão e de imprensa será difícil promover com sucesso a fraternidade entre as nações, o desarmamento e uma ordem mundial melhor”.
Ressa é a primeira filipina a receber um Nobel individualmente. Em 2021, ela também recebeu o Prêmio Mundial de Liberdade de Expressão da Unesco.
O Comitê afirmou que a Novaya Gazeta é “o jornal mais independente da Rússia, hoje, com uma atitude fundamentalmente crítica em relação ao poder”. Desde sua criação, em 1993, o meio de comunicação publicou artigos críticos sobre temas como corrupção, violência policial, prisões ilegais e fraudes eleitorais. Pelo seu trabalho, seis repórteres do jornal foram mortos, mas apesar dos assassinatos e ameaças, o editor- -chefe Muratov recusou-se a abandonar sua política independente.
“O jornalismo baseado em fatos e a integridade profissional do jornal o tornaram uma importante fonte de informação sobre aspectos censuráveis da sociedade russa raramente mencionados por outros meios de comunicação”, disse o prêmio sobre o veículo comandado por Muratov.
O governo do russo Vladimir Putin se pronunciou após o anúncio do prêmio, mas preferiu ignorar as críticas às suas práticas. O porta-voz de Moscou, Dmitri Peskov, afirmou que Muratov trabalha consistentemente de acordo com seus próprios ideais e que o jornalista é “corajoso e talentoso”.
https://veja.abril.com.br/mundo,11/10/ 2021.
Analise os trechos a seguir, verificando os tipos de sujeitos presentes.
I. O governo do russo Vladimir Putin se pronunciou após o anúncio do prêmio.
II. O jornalismo livre, independente e baseado em fatos atua na proteção contra abuso de poder, mentiras e propaganda de guerra.
III. Ressa e Rappler também documentaram como as redes sociais estão sendo usadas para espalhar notícias falsas, assediar adversários e manipular o discurso público.
IV. O meio de comunicação publicou artigos críticos sobre temas como corrupção, violência policial, prisões ilegais e fraudes eleitorais.
Assinale a alternativa que possui a classificação correta dos sujeitos, de cima para baixo.
Questão 6 3203773
EsPCEx 1° Dia 2020Após a leitura atenta do texto apresentado a seguir, responda à questão proposta.
Sobre a importância da ciência
Parece paradoxal que, no início deste milênio, durante o que chamamos com orgulho de “era da ciência”, tantos ainda acreditem em profecias de fim de mundo. Quem não se lembra do bug do milênio ou da enxurrada de absurdos ditos todos os dias sobre a previsão maia de fim de mundo no ano 2012?
Existe um cinismo cada vez maior com relação à ciência, um senso de que fomos traídos, de que promessas não foram cumpridas. Afinal, lutamos para curar doenças apenas para descobrir outras novas. Criamos tecnologias que pretendem simplificar nossas vidas, mas passamos cada vez mais tempo no trabalho. Pior ainda: tem sempre tanta coisa nova e tentadora no mercado que fica impossível acompanhar o passo da tecnologia.
Os mais jovens se comunicam de modo quase que incompreensível aos mais velhos, com Facebook, Twitter e textos em celulares. Podemos ir à Lua, mas a maior parte da população continua mal nutrida.
Consumimos o planeta com um apetite insaciável, criando uma devastação ecológica sem precedentes. Isso tudo graças à ciência? Ao menos, é assim que pensam os descontentes, mas não é nada disso.
Primeiro, a ciência não promete a redenção humana. Ela simplesmente se ocupa de compreender como funciona a natureza, ela é um corpo de conhecimento sobre o Universo e seus habitantes, vivos ou não, acumulado através de um processo constante de refinamento e testes conhecido como método científico.
A prática da ciência provê um modo de interagir com o mundo, expondo a essência criativa da natureza. Disso, aprendemos que a natureza é transformação, que a vida e a morte são parte de uma cadeia de criação e destruição perpetuada por todo o cosmo, dos átomos às estrelas e à vida. Nossa existência é parte desta transformação constante da matéria, onde todo elo é igualmente importante, do que é criado ao que é destruído.
A ciência pode não oferecer a salvação eterna, mas oferece a possibilidade de vivermos livres do medo irracional do desconhecido. Ao dar ao indivíduo a autonomia de pensar por si mesmo, ela oferece a liberdade da escolha informada. Ao transformar mistério em desafio, a ciência adiciona uma nova dimensão à vida, abrindo a porta para um novo tipo de espiritualidade, livre do dogmatismo das religiões organizadas.
A ciência não diz o que devemos fazer com o conhecimento que acumulamos. Essa decisão é nossa, em geral tomada pelos políticos que elegemos, ao menos numa sociedade democrática. A culpa dos usos mais nefastos da ciência deve ser dividida por toda a sociedade. Inclusive, mas não exclusivamente, pelos cientistas. Afinal, devemos culpar o inventor da pólvora pelas mortes por tiros e explosivos ao longo da história? Ou o inventor do microscópio pelas armas biológicas?
A ciência não contrariou nossas expectativas. Imagine um mundo sem antibióticos, TVs, aviões, carros. As pessoas vivendo no mato, sem os confortos tecnológicos modernos, caçando para comer. Quantos optariam por isso?
A culpa do que fazemos com o planeta é nossa, não da ciência. Apenas uma sociedade versada na ciência pode escolher o seu destino responsavelmente. Nosso futuro depende disso.
Marcelo Gleiser é professor de física teórica no Dartmouth College (EUA).
Fonte: www.ufrgs.br /blogdabc/sobre-importancia-da-ciencia/ (postado em 18/10/2010). Acesso em 5 de abril de 2020.
Assinale a alternativa que apresenta o núcleo do sujeito do seguinte período: “Apenas uma sociedade versada na ciência pode escolher o seu destino responsavelmente”.
Questão 24 3636179
EEAR 2020/2Leia e responda.
1 – Com a eloquência de sua oratória, fez o nobre deputado defesa da Reforma da Previdência.
2 – Não se dorme bem com o calor insuportável em uma grande metrópole durante o verão tropical brasileiro.
3 – Tempestade forte, transbordamento de rios e deslizamento de encostas castigaram a cidade do Rio de Janeiro em 2019.
Tem-se, respectivamente,
Questão 72 9505859
UnB - PAS 2020/1A peste bubônica era transmitida essencialmente pelos parasitas, principalmente as pulgas dos ratos. Era uma doença contra a qual os organismos europeus não tinham defesas. Veio da Ásia pela rota da seda. Foi da Crimeia, onde entrepostos genoveses estavam instalados, que um ou mais navios trouxeram o germe da peste para o Mediterrâneo, e o sul da Itália foi atingido no início de 1347. A seguir, a doença introduziu-se em Avignon, por Marselha. Ora, Avignon, em 1348, era a nova Roma. De Avignon, a doença espalhou-se, de uma maneira fulminante, por quase toda parte. Temos a impressão de que, durante o verão de 1348, entre os meses de junho e setembro, um terço da população europeia sucumbiu. Imagine, atualmente, a região parisiense: doze milhões de habitantes; um terço, ou seja, quatro milhões de mortos em três meses! Não se sabia mais onde colocá-los. Um dos problemas era enterrá-los. Não havia mais madeira para fazer caixões.
Georges Duby. Ano 1000, ano 2000. São Paulo: Editora da Unesp, 1998, p. 81-88 (com adaptações).
Considerando o texto e a imagem apresentados e os múltiplos aspectos que eles suscitam, julgue o item que se segue.
No texto, o sujeito elíptico das formas verbais “Era” (segundo período) e “Veio” (terceiro período) e o emprego da palavra “doença”, em “a doença introduziu-se em Avignon” (quarto período), constituem mecanismos de coesão textual que remetem à “peste bubônica” (primeiro período).
Questão 14 390491
EEAR 2019/1Marque a alternativa que apresenta classificação correta em relação ao tipo de sujeito.