Questões de Português - Gramática - Fonética - Tonicidade
14 Questões
Questão 4 14484861
UFT Manhã 2024/2Leia o texto a seguir para responder a questão.
O que é o trabalho?
O trabalho, de forma bastante abrangente, pode ser definido como a ação humana que transforma a realidade em que estamos inseridos. É uma atividade que acompanha as pessoas desde os primórdios da civilização, quando inventaram ferramentas com pedras lascadas.
Também podemos dizer que o trabalho é qualquer atividade física, criativa e intelectual que realizamos com a intenção de criar, alterar ou alcançar as necessidades básicas, como moradia e alimentação, ou emocionais e psicológicas, como educação e momentos de lazer.
O trabalho pode ser observado desde a Pré-História, quando nossos ancestrais desenvolveram ferramentas com pedras para caçar e coletar alimentos, modificando o ambiente ao redor para sobreviverem.
Os membros de cada comunidade, então, começaram a se dividir em tarefas de maneira relativamente simples: alguns coletavam alimentos, outros preparavam ferramentas ou defendiam o grupo contra predadores e demais ameaças.
Com o aparecimento da agricultura, por volta de 10 mil anos atrás, o trabalho passou a ser mais organizado e diversificado. As pessoas se estabeleceram em aldeias e cidades, cultivando a terra e criando animais para obter alimentos e matérias-primas, e o trabalho foi se tornando mais especializado.
Fonte: In: Sentidos do trabalho: uma história em transform(ação). 25 maio 2022. Disponível em: . Acesso em: 11 mar. 2024. [Adaptado]
Sobre os aspectos gramaticais e seus respectivos contextos, referentes ao Texto, analise as afirmativas.
I. Em: “Também podemos dizer que o trabalho é qualquer atividade física, criativa e intelectual que realizamos com a intenção de criar, alterar ou alcançar as necessidades básicas [...]” (2° parágrafo), as palavras em destaque são, respectivamente, classificadas quanto à tonicidade: oxítona, proparoxítona e proparoxítona.
II. Em: “Os membros de cada comunidade, então, começaram a se dividir em tarefas de maneira relativamente simples” (4° parágrafo), o verbo em destaque, quanto sua transitividade, é classificado como intransitivo.
III. Em: “O trabalho pode ser observado desde a Pré-História, quando nossos ancestrais desenvolveram ferramentas com pedras para caçar e coletar alimentos” (3° parágrafo), as palavras em destaque podem ser classificadas, respectivamente, como: pronome possessivo, substantivo e preposição.
Assinale a alternativa CORRETA.
Questão 18 10116906
IME 2º Fase 2021/2022Texto
Lima Barreto (1881-1922) víveu em um período de intensas transformações sociais no País, marcado pela abolição da escravatura (1888), advento da ordem republicana (1889) e urbanização crescente. Filho de país negros (o pai era tipógrafo e a mãe, professora), Lima Barreto abordou principalmente os temas e os personagens típicos dos subúrbios cariocas, cruzando os limites da realidade e da ficção. Nessa perspectiva, o conto A nova Califórnia, publicado em 1916, faz uma alusão à Corrida do ouro, nos Estados Unidos, da primeira metade do século XIX, para condenar ironicamente a ganância e a busca do enriquecimento fácil.
Sinopse do conto
Raimundo Flamel, um químico, chega à pequena cidade de Tubiacanga, no Rio de Janeiro. Anos depois, ele encontra uma fórmula secreta capaz de transformar ossos humanos em ouro, o que transformaria profundamente a cidade, até então, ordeira e tranquila. Depois de revelar a sua descoberta, Flamel some misteriosamente. A partir daí, o cemitério é profanado, ocorrendo vários roubos de cadáveres.
A NOVA CALIFÓRNIA
Ninguém sabia donde viera aquele homem. O agente do Correio pudera apenas informar que acudia ao
nome de Raimundo Flamel, pois assim era subscrita a correspondência que recebia. E era grande. Quase
diariamente, o carteiro lá ia a um dos extremos da cidade, onde morava o desconhecido, sopesando um maço
alentado de cartas vindas do mundo inteiro, grossas revistas em línguas arrevesadas, livros, pacotes.
[5] Quando Fabrício, o pedreiro, voltou de um serviço em casa do novo habitante, todos na venda perguntaram-
lhe que trabalho lhe tinha sido determinado.
— Vou fazer um forno, disse o preto, na sala de jantar.
Imaginem o espanto da pequena cidade de Tubiacanga, ao saber de tão extravagante construção: um forno
na sala de jantar! E, pelos dias seguintes, Fabrício pôde contar que vira balões de vidros, facas sem corte, copos
[10] como os da farmácia - um rol de coisas esquisitas a se mostrarem pelas mesas e prateleiras como utensílios
de uma bateria de cozinha em que o próprio diabo cozinhasse. O alarme se fez na vila. Para uns, os mais
adiantados, era um fabricante de moeda falsa; para outros, os crentes e simples, um tipo que tinha parte com o
tinhoso.
Chico da Tirana, o carreiro, quando passava em frente da casa do homem misterioso, ao lado do carro a
[15] chiar, e olhava a chaminé da sala de jantar a fumegar, não deixava de persignar-se e rezar um “credo” em voz
baixa; e, não fora a intervenção do farmacêutico, o subdelegado teria ido dar um cerco à casa daquele indivíduo
suspeito, que inquietava a imaginação de toda uma população.
Tomando em consideração as informações de Fabrício, o boticário Bastos concluíra que o desconhecido
devia ser um sábio, um grande químico, refugiado ali para mais sossegadamente levar avante os seus trabalhos
[20] científicos.
Homem formado e respeitado na cidade, vereador, médico também, porque o doutor Jerônimo não gostava
de receitar e se fizera sócio da farmácia para mais em paz viver, a opinião de Bastos levou tranquilidade a todas
as consciências e fez com que a população cercasse de uma silenciosa admiração a pessoa do grande químico,
que viera habitar a cidade.
[25] De tarde, se o viam a passear pela margem do Tubiacanga, sentando-se aqui e ali, olhando perdidamente
as águas claras do riacho, cismando diante da penetrante melancolia do crepúsculo, todos se descobriam e não
era raro que às “boas noites” acrescentassem “doutor”. E tocava muito o coração daquela gente a profunda
simpatia com que ele tratava as crianças, a maneira pela qual as contemplava, parecendo apiedar-se de que
elas tivessem nascido para sofrer e morrer.
[30] Na verdade, era de ver-se, sob a doçura suave da tarde, a bondade de Messias com que ele afagava
aquelas crianças pretas, tão lisas de pele e tão tristes de modos, mergulhadas no seu cativeiro moral, e também
as brancas, de pele baça, gretada e áspera, vivendo amparadas na necessária caquexia dos trópicos.
Por vezes, vinha-lhe vontade de pensar qual a razão de ter Bernardin de Saint-Pierre gasto toda a sua
ternura com Paulo e Virgínia e esquecer-se dos escravos que os cercavam...
[35] Em poucos dias a admiração pelo sábio era quase geral, e não o era unicamente porque havia alguém que
não tinha em grande conta os méritos do novo habitante. Capitão Pelino, mestre-escola e redator da Gazeta de
Tubiacanga, órgão local e filiado ao partido situacionista, embirrava com o sábio. “Vocês hão de ver, dizia ele,
quem é esse tipo... Um caloteiro, um aventureiro ou talvez um ladrão fugido do Rio”
A sua opinião em nada se baseava, ou antes, baseava-se no seu oculto despeito vendo na terra um rival
[40] para a fama de sábio de que gozava. Não que Pelino fosse químico, longe disso; mas era sábio, era gramático.
Ninguém escrevia em Tubiacanga que não levasse bordoada do capitão Pelino, e mesmo quando se falava em
algum homem notável lá no Rio, ele não deixava de dizer: “Não há dúvida! O homem tem talento, mas escreve:
“um outro”, 'de resto'...”. E contraía os lábios como se tivesse engolido alguma coisa amarga.
Toda a vila de Tubiacanga acostumou-se a respeitar o solene Pelino, que corrigia e emendava as maiores
[45] glórias nacionais. Um sábio...
Ao entardecer, depois de ler um pouco o Sotero, o Cândido de Figueiredo ou o Castro Lopes, e de ter
passado mais uma vez a tintura nos cabelos, o velho mestre-escola saía vagarosamente de casa, muito abotoado
no seu paletó de brim mineiro, e encaminhava-se para a botica do Bastos a dar dois dedos de prosa. Conversar
é um modo de dizer, porque era Pelino avaro de palavras, limitando-se tão somente a ouvir. Quando, porém,
[50] doslábios de alguém escapava a menor incorreção de linguagem, intervinha e emendava. “Eu asseguro, dizia o
agente do Correio, que...” Por aí, o mestre-escola intervinha com mansuetude evangélica: “Não diga 'asseguro',
senhor Bernardes; em português é garanto”.
E a conversa continuava depois da emenda, para ser de novo interrompida por uma outra. Por essas e outras,
houve muitos palestradores que se afastaram, mas Pelino, indiferente, seguro dos seus deveres, continuava o
[55] seu apostolado de vernaculismo. A chegada do sábio veio distraí-lo um pouco da sua missão. Todo o seu esforço
voltava-se agora para combater aquele rival, que surgia tão inopinadamente.
Foram vs as suas palavras e a sua eloquência: não só Raimundo Flamel pagava em dia as suas contas,
como era generoso — pai da pobreza - e o farmacêutico vira numa revista de específicos seu nome citado como
químico de valor.
BARRETO, Lima. A nova Califórnia e outros contos. São Paulo: Unesp, 2012, p. 11-23 (texto adaptado).
“Conversar é um modo de dizer, porque era Pelino avaro de palavras, limitando-se tão somente a ouvir” (linhas 48 e 49)
Segundo os preceitos da gramática normativa, a única alternativa, dentre as citadas abaixo, em que todos os vocábulos possuem o acento prosódico diferente do encontrado na palavra em destaque “avaro” é:
Questão 9 2654037
UNIMONTES 2° Etapa 2018INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir e responda à questão, que a ele se referem ou que o tomam como ponto de partida.
Sem os jovens, futuro da política é sombrio
(Marcos da Costa, O Estadão)
A juventude brasileira está inconformada com o país em que vive. Afastada dos partidos e da
política, pouco quer saber dos fundamentos da economia e do desenvolvimento, de modo geral, bem como
não lhe interessa comparar o passado com o presente, pois seu olho se dirige ao futuro. Já fez protestos em
2013, participando de passeatas contra o aumento das passagens de ônibus e a falta de serviços públicos de
[5] qualidade. Foram as maiores manifestações públicas da história do Brasil desde a campanha das Diretas Já e
dos caras pintadas que levaram à renúncia do presidente Fernando Collor.
Um terço do eleitorado brasileiro é formado por jovens entre 16 e 33 anos, ou seja, são mais de 45
milhões de pessoas em um universo de 144 milhões aptas a votar em outubro. Portanto, esses jovens têm o
poder de decidir as eleições deste ano, enquanto os políticos precisam descer do pedestal e propor um
[10] diálogo franco e honesto se pretendem atrair o seu voto. Este é o problema: estabelecer um diálogo com
quem está desiludido com a corrupção e com os velhos e pérfidos costumes políticos.
Uma pesquisa do Instituto Data Popular mostra bem o perfil do jovem brasileiro e seu interesse pela
política. O levantamento traz recados importantes à classe política, pois os jovens, a par da crença (92%) na
própria capacidade de mudar o mundo, botam fé (70%) no voto como instrumento de transformação da
[15] nação e ainda reconhecem (80%) o papel determinante da política no cotidiano brasileiro. Porém, fatia
expressiva dos jovens do Brasil (quase 60%) acredita que o país estaria melhor se não houvesse partido
político.
Um petardo na democracia. Para eles, as agremiações partidárias e os governantes não falam sua
linguagem. Interessante a observação do estudo: os políticos são analógicos, mas a juventude é digital. Mais
[20] de 50% se encontram entre os eleitores indecisos ou que pretendem anular o voto no pleito deste ano. E o
discurso carrega um viés oposicionista. Como a maioria da população brasileira, o desejo de mudança se faz
presente em 63% deles, que acreditam que o Brasil está no rumo errado. Apesar disso, 72% consideram ter
melhorado de vida. Querem mais: serviços públicos de qualidade, maior conectividade, acessos livres à
banda larga e à tecnologia de ponta, não abrindo mão da manutenção do poder de compra, nas palavras do
[25] autor do estudo, Renato Meirelles, do Instituto de Pesquisa Locomotiva.
Entre os pesquisados não estão, obviamente, jovens hoje ocupando vaga nas casas congressuais e
que, em sua maioria, são filhos e netos da oligarquia que sempre comandou a política brasileira, carregando
desde o berço a marca de vícios como caciquismo, patrimonialismo, mandonismo, familismo, grupismo,
fisiologismo, corporativismo. O país patina na continuidade da velha política, não registrando renovação de
[30] costumes políticos; ao contrário, trilhando os caminhos da perpetuação.
O fato é que a juventude deseja um Estado forte, com eficiência no setor privado e serviços públicos
gratuitos e de qualidade. Trata-se de uma geração que se vale de métodos mais críticos para medir a
qualidade do serviço público.
A Seção São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil lamenta a existência de um oceano de
[35] distância entre a classe política e os jovens, desiludidos como a maioria da população. Encastelados em
Brasília, os políticos pouco respiram o clima do tempo, as necessidades das ruas, o cotidiano das pessoas, o
jeito de pensar da nova geração.
É nosso papel, enquanto na vanguarda social, trabalhar para inserir os jovens no espectro da política,
de modo a que se transformem em protagonistas da contemporaneidade. Sem sua participação, o Brasil não
[40] pegará o bonde da história. [...]
Disponível em: https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/sem-os-jovens-futuro-da-politica-e-sombrio/ . Publicado em: 6 jun. 2018. Acesso em: 26 jun. 2018.
Esse texto, pelo gênero textual, sua intencionalidade e seu público-alvo, apresenta uma linguagem predominantemente padrão ou culta.
Entretanto, ao ler, nesse texto, palavras como “gratuitos” (linha 32), sabemos que, muitas vezes, soma-se à escrita uma dúvida sobre a pronúncia de palavras como essa. Somos conhecedores de que a palavra gratuito assume, em muitas situações de uso dos falantes, uma pronúncia considerada inadequada, e sofrem preconceito linguístico aqueles que a pronunciam como um hiato, em muitos meios sociais.
De acordo com a norma que é vigente hoje, vejamos:
Pronúncia da palavra gratuito
A palavra gratuito é uma palavra trissilábica, formada pelo ditongo -ui na segunda sílaba: gra-tui-to. Esse ditongo é por vezes erradamente pronunciado separado, como um hiato. Contudo, sendo um ditongo, permanece unido na mesma sílaba, sendo a vogal -u a vogal tônica.
Gratuito é também uma palavra paroxítona. Segundo as regras de acentuação da língua portuguesa, não deverá ser acentuada graficamente e deverá ser pronunciada corretamente com a tonicidade na sílaba tui: gra-TUI-to.
Assim, a palavra “gratuito” deverá ser pronunciada como as palavras:
• circuito;
• fortuito;
• intuito.
Disponível em: https://duvidas.dicio.com.br/gratuito-ou-gratuito/. Acesso em: 20 ago. 2018.
Pensando sobre os aspectos mencionados, assinale a alternativa CORRETA no que concerne à palavra “gratuito”.
Questão 9 373031
UFAM PSC 2018/1Assinale a alternativa na qual a palavra em destaque apresenta vogal tônica fechada:
Questão 22 298067
UFRGS Língua Portuguesa 2018........ me perguntam: quantas palavras
uma pessoa sabe? Essa é uma pergunta
importante, principalmente para quem ensina
línguas estrangeiras. Seria muito útil para
[5] quem planeja um curso de francês ou japonês
ter uma estimativa de quantas palavras um
nativo conhece; e quantas os alunos precisam
aprender para usar a língua com certa
facilidade. Essas informações seriam preciosas
[10] para quem está preparando um manual que
inclua, entre outras coisas, um planejamento
cuidadoso da introdução gradual de vocabulário.
À parte isso, a pergunta tem seu
interesse próprio. Uma língua não é apenas
[15] composta de palavras: ela inclui também regras
gramaticais e um mundo de outros elementos
que também precisam ser dominados. Mas as
palavras são particularmente numerosas, e é
notável como qualquer pessoa, instruída ou
[20] não, ........ acesso a esse acervo imenso de
informação com facilidade e rapidez. Assim,
perguntar quantas palavras uma pessoa sabe
é parte do problema geral de o que é que
uma pessoa tem em sua mente e que ........
[25] permite usar a língua, falando e entendendo.
Antes de mais nada, porém, o que é uma
palavra? Ora, alguém vai dizer, “todo mundo
sabe o que é uma palavra”. Mas não é bem
assim. Considere a palavra olho. É muito claro
[30] que isso aí é uma palavra – mas será que
olhos é a mesma palavra (só que no plural)?
Ou será outra palavra?
Bom, há razões para responder das duas
maneiras: é a mesma palavra, porque significa a
[35] mesma coisa (mas com a ideia de plural); e é
outra palavra, porque se pronuncia diferentemente
(olhos tem um “s” final que olho não tem, além
da diferença de timbre das vogais tônicas).
Entretanto, a razão principal por que julgamos
[40] que olho e olhos sejam a mesma palavra é
que a relação entre elas é extremamente
regular; ou seja, vale não apenas para esse
par, mas para milhares de outros pares de
elementos da língua: olho/olhos, orelha/orelhas,
[45] gato/gatos, etc. E, semanticamente, a relação
é a mesma em todos os pares: a forma sem
“s” denota um objeto só, a forma com “s”
denota mais de um objeto. Daí se tira uma
consequência importante: não é preciso aprender
[50] e guardar permanentemente na memória
cada caso individual; aprendemos uma regra
geral (“faz-se o plural acrescentando um “s” ao
singular”), e estamos prontos.
Adaptado de: PERINI, Mário A. Semântica lexical. ReVEL, v. 11, n. 20, 2013.
O autor fala da diferença de timbre das vogais tônicas (l. 38) entre olho (em sua forma singular) e olhos (em sua forma plural). Assinale a alternativa que apresenta uma palavra cuja flexão de número acarrete essa mesma diferença de timbre vocálico mencionado pelo autor.
Questão 9 1453483
ESA 2014Assinale a opção em que todas as palavras têm, em sua sílaba tônica, uma vogal nasal:
Pastas
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