Questões de Português - Gramática - Fonética - Tonicidade
12 Questões
Questão 9 2654037
UNIMONTES 2° Etapa 2018INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir e responda à questão, que a ele se referem ou que o tomam como ponto de partida.
Sem os jovens, futuro da política é sombrio
(Marcos da Costa, O Estadão)
A juventude brasileira está inconformada com o país em que vive. Afastada dos partidos e da
política, pouco quer saber dos fundamentos da economia e do desenvolvimento, de modo geral, bem como
não lhe interessa comparar o passado com o presente, pois seu olho se dirige ao futuro. Já fez protestos em
2013, participando de passeatas contra o aumento das passagens de ônibus e a falta de serviços públicos de
[5] qualidade. Foram as maiores manifestações públicas da história do Brasil desde a campanha das Diretas Já e
dos caras pintadas que levaram à renúncia do presidente Fernando Collor.
Um terço do eleitorado brasileiro é formado por jovens entre 16 e 33 anos, ou seja, são mais de 45
milhões de pessoas em um universo de 144 milhões aptas a votar em outubro. Portanto, esses jovens têm o
poder de decidir as eleições deste ano, enquanto os políticos precisam descer do pedestal e propor um
[10] diálogo franco e honesto se pretendem atrair o seu voto. Este é o problema: estabelecer um diálogo com
quem está desiludido com a corrupção e com os velhos e pérfidos costumes políticos.
Uma pesquisa do Instituto Data Popular mostra bem o perfil do jovem brasileiro e seu interesse pela
política. O levantamento traz recados importantes à classe política, pois os jovens, a par da crença (92%) na
própria capacidade de mudar o mundo, botam fé (70%) no voto como instrumento de transformação da
[15] nação e ainda reconhecem (80%) o papel determinante da política no cotidiano brasileiro. Porém, fatia
expressiva dos jovens do Brasil (quase 60%) acredita que o país estaria melhor se não houvesse partido
político.
Um petardo na democracia. Para eles, as agremiações partidárias e os governantes não falam sua
linguagem. Interessante a observação do estudo: os políticos são analógicos, mas a juventude é digital. Mais
[20] de 50% se encontram entre os eleitores indecisos ou que pretendem anular o voto no pleito deste ano. E o
discurso carrega um viés oposicionista. Como a maioria da população brasileira, o desejo de mudança se faz
presente em 63% deles, que acreditam que o Brasil está no rumo errado. Apesar disso, 72% consideram ter
melhorado de vida. Querem mais: serviços públicos de qualidade, maior conectividade, acessos livres à
banda larga e à tecnologia de ponta, não abrindo mão da manutenção do poder de compra, nas palavras do
[25] autor do estudo, Renato Meirelles, do Instituto de Pesquisa Locomotiva.
Entre os pesquisados não estão, obviamente, jovens hoje ocupando vaga nas casas congressuais e
que, em sua maioria, são filhos e netos da oligarquia que sempre comandou a política brasileira, carregando
desde o berço a marca de vícios como caciquismo, patrimonialismo, mandonismo, familismo, grupismo,
fisiologismo, corporativismo. O país patina na continuidade da velha política, não registrando renovação de
[30] costumes políticos; ao contrário, trilhando os caminhos da perpetuação.
O fato é que a juventude deseja um Estado forte, com eficiência no setor privado e serviços públicos
gratuitos e de qualidade. Trata-se de uma geração que se vale de métodos mais críticos para medir a
qualidade do serviço público.
A Seção São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil lamenta a existência de um oceano de
[35] distância entre a classe política e os jovens, desiludidos como a maioria da população. Encastelados em
Brasília, os políticos pouco respiram o clima do tempo, as necessidades das ruas, o cotidiano das pessoas, o
jeito de pensar da nova geração.
É nosso papel, enquanto na vanguarda social, trabalhar para inserir os jovens no espectro da política,
de modo a que se transformem em protagonistas da contemporaneidade. Sem sua participação, o Brasil não
[40] pegará o bonde da história. [...]
Disponível em: https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/sem-os-jovens-futuro-da-politica-e-sombrio/ . Publicado em: 6 jun. 2018. Acesso em: 26 jun. 2018.
Esse texto, pelo gênero textual, sua intencionalidade e seu público-alvo, apresenta uma linguagem predominantemente padrão ou culta.
Entretanto, ao ler, nesse texto, palavras como “gratuitos” (linha 32), sabemos que, muitas vezes, soma-se à escrita uma dúvida sobre a pronúncia de palavras como essa. Somos conhecedores de que a palavra gratuito assume, em muitas situações de uso dos falantes, uma pronúncia considerada inadequada, e sofrem preconceito linguístico aqueles que a pronunciam como um hiato, em muitos meios sociais.
De acordo com a norma que é vigente hoje, vejamos:
Pronúncia da palavra gratuito
A palavra gratuito é uma palavra trissilábica, formada pelo ditongo -ui na segunda sílaba: gra-tui-to. Esse ditongo é por vezes erradamente pronunciado separado, como um hiato. Contudo, sendo um ditongo, permanece unido na mesma sílaba, sendo a vogal -u a vogal tônica.
Gratuito é também uma palavra paroxítona. Segundo as regras de acentuação da língua portuguesa, não deverá ser acentuada graficamente e deverá ser pronunciada corretamente com a tonicidade na sílaba tui: gra-TUI-to.
Assim, a palavra “gratuito” deverá ser pronunciada como as palavras:
• circuito;
• fortuito;
• intuito.
Disponível em: https://duvidas.dicio.com.br/gratuito-ou-gratuito/. Acesso em: 20 ago. 2018.
Pensando sobre os aspectos mencionados, assinale a alternativa CORRETA no que concerne à palavra “gratuito”.
Questão 9 373031
UFAM PSC 2018/1Assinale a alternativa na qual a palavra em destaque apresenta vogal tônica fechada:
Questão 22 298067
UFRGS Língua Portuguesa 2018........ me perguntam: quantas palavras
uma pessoa sabe? Essa é uma pergunta
importante, principalmente para quem ensina
línguas estrangeiras. Seria muito útil para
[5] quem planeja um curso de francês ou japonês
ter uma estimativa de quantas palavras um
nativo conhece; e quantas os alunos precisam
aprender para usar a língua com certa
facilidade. Essas informações seriam preciosas
[10] para quem está preparando um manual que
inclua, entre outras coisas, um planejamento
cuidadoso da introdução gradual de vocabulário.
À parte isso, a pergunta tem seu
interesse próprio. Uma língua não é apenas
[15] composta de palavras: ela inclui também regras
gramaticais e um mundo de outros elementos
que também precisam ser dominados. Mas as
palavras são particularmente numerosas, e é
notável como qualquer pessoa, instruída ou
[20] não, ........ acesso a esse acervo imenso de
informação com facilidade e rapidez. Assim,
perguntar quantas palavras uma pessoa sabe
é parte do problema geral de o que é que
uma pessoa tem em sua mente e que ........
[25] permite usar a língua, falando e entendendo.
Antes de mais nada, porém, o que é uma
palavra? Ora, alguém vai dizer, “todo mundo
sabe o que é uma palavra”. Mas não é bem
assim. Considere a palavra olho. É muito claro
[30] que isso aí é uma palavra – mas será que
olhos é a mesma palavra (só que no plural)?
Ou será outra palavra?
Bom, há razões para responder das duas
maneiras: é a mesma palavra, porque significa a
[35] mesma coisa (mas com a ideia de plural); e é
outra palavra, porque se pronuncia diferentemente
(olhos tem um “s” final que olho não tem, além
da diferença de timbre das vogais tônicas).
Entretanto, a razão principal por que julgamos
[40] que olho e olhos sejam a mesma palavra é
que a relação entre elas é extremamente
regular; ou seja, vale não apenas para esse
par, mas para milhares de outros pares de
elementos da língua: olho/olhos, orelha/orelhas,
[45] gato/gatos, etc. E, semanticamente, a relação
é a mesma em todos os pares: a forma sem
“s” denota um objeto só, a forma com “s”
denota mais de um objeto. Daí se tira uma
consequência importante: não é preciso aprender
[50] e guardar permanentemente na memória
cada caso individual; aprendemos uma regra
geral (“faz-se o plural acrescentando um “s” ao
singular”), e estamos prontos.
Adaptado de: PERINI, Mário A. Semântica lexical. ReVEL, v. 11, n. 20, 2013.
O autor fala da diferença de timbre das vogais tônicas (l. 38) entre olho (em sua forma singular) e olhos (em sua forma plural). Assinale a alternativa que apresenta uma palavra cuja flexão de número acarrete essa mesma diferença de timbre vocálico mencionado pelo autor.
Questão 9 1453483
ESA 2014Assinale a opção em que todas as palavras têm, em sua sílaba tônica, uma vogal nasal:
Questão 5 794043
UFN Inverno 2014Um hábito cultural brasileiro e suas consequências
O tráfico de animais no Brasil: até onde um hábito nocivo deve ser preservado como patrimônio cultural? (Texto adaptado)
[1] Uma cena comum no Brasil todo, e considerada
até bonita por muitos, é a da casinha com gaiolas
de passarinhos penduradas para fora. Para muitos,
essa cena mostra o amor do dono da casa pela na-
[5] tureza e pelos animais. E, na maioria das vezes, o
amor é real e a pessoa nem imagina as conse-
quências que estão por trás do simples fato de
comprar um passarinho em uma feira-livre. No en-
tanto, devido ao imenso volume do comércio ilegal
[10] de animais silvestres brasileiros, esse hábito apa-
rentemente inocente acaba sendo responsável por
sustentar uma das maiores ameaças à biodiversi-
dade brasileira.
Atualmente, a demanda por animais silvestres
[15] vivos para suprir o mercado de animais de estima-
ção é a modalidade de comércio ilegal que mais in-
centiva o tráfico de animais silvestres no Brasil. Va-
le lembrar que espécies da fauna silvestre são dife-
rentes das espécies domesticadas pelo homem há
[20] milhares de anos. Para que uma espécie passe a
ser considerada doméstica (e não amansada ou
domada) é necessário que ocorra seleção de cer-
tas características, com diferenciação genética e
fenotípica, a ponto de se tornar uma espécie distin-
[25] ta da parental, como ocorreu com gatos, cachorros,
bois, porcos, etc..
Como mencionado, a retirada de muitos animais
silvestres de forma regular da natureza não ape-
nas gera sofrimento animal, mas pode ter conse-
[30] quências ambientais bastante graves, com ameaça
de extinções locais ou extinção da espécie como
um todo, até desequilíbrios ecológicos com conse-
quências econômicas.
Os animais mais procurados pelo comércio ile-
[35] gal para animais de estimação no Brasil são as
aves canoras, papagaios, araras, répteis como
iguanas e cobras, e pequenos mamíferos, como
saguis e macacos-prego. No entanto, as aves são
de longe os maiores alvos do comércio ilegal não
[40] só pela enorme demanda – é um traço cultural do
brasileiro querer possuir aves de gaiola em casa –
mas também por sua riqueza e relativa facilidade
de captura.
Apesar de ser uma atividade tão relevante, es-
[45] timativas confiáveis acerca do volume do tráfico de
animais no Brasil ainda são escassas. A principal e
mais citada fonte de informação publicada ainda é
o 1º Relatório Nacional sobre o Tráfico de Animais
Silvestres, lançado em 2002, pela Rede de Comba-
[50] te ao Tráfico de Animais Silvestres – RENCTAS.
Neste relatório, os autores estimaram que todos os
tipos de exploração ilegal de animais silvestres se-
riam responsáveis pela retirada de 38 milhões de
animais da natureza brasileira, número que não in-
[55] clui peixes ou insetos.
Os principais defensores da manutenção de a-
nimais silvestres como animais de estimação ale-
gam que este é um traço cultural do brasileiro e,
como tanto, deveria ser preservado. Contudo, a
[60] meu ver, culturas são dinâmicas e devem evoluir.
Obviamente patrimônio cultural valioso como músi-
ca, dança, histórias, tradições, receitas, entre ou-
tros devem ser mantidos. No entanto, costumes
claramente nocivos podem e precisam evoluir. Ou
[65] alguém argumenta que (guardadas as devidas pro-
porções) escravidão, mulheres que não trabalha-
vam e não tinham direito a voto, ausência de con-
trole de natalidade, palmadas em crianças, racismo
e homofobia deveriam ser mantidos como patrimô-
[70] nio cultural porque um dia fizeram parte dos cos-
tumes aceitos em nossa sociedade?
Há uma corrente que propõe que animais sil-
vestres sejam reproduzidos em cativeiro com fins
comerciais, o que, de acordo com os defensores
[75] desta ideia, não apenas supriria a demanda por a-
nimais silvestres de estimação, como criaria uma
indústria poderosa que, entre outros benefícios,
criaria empregos, geraria impostos e movimentaria
indústrias relacionadas. Por agora é importante
[80] ressaltar que, enquanto discutimos o assunto cal-
mamente, milhares de animais sofrem maus-travos
e nossa biodiversidade está sendo erodida seve-
ramente e sem retorno.
* A autora do texto é bióloga, mestre e doutora em Genética, Diretora Executiva da Freeland Brasil e colaboradora da SOS Fauna.
Quanto à tonicidade, a palavra papagaios (ℓ. 36) poderá se agrupar a
Questão 10 387599
UFAM PSC 2014/1Considerando que a prosódia trata da pronúncia das palavras quanto à posição da sílaba tônica, enquanto a ortoepia trata da emissão de vogais e da articulação das consoantes, assinale a frase em que ambas as palavras em destaque estão corretamente escritas:
Pastas
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