Questões de Português - Gramática - Fonética - Fonema e letra
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Questão 8 6824329
UFRGS 1° Dia 2022Instrução: A questão referem-se ao texto abaixo
Esse delírio que por aí vai pelo futebol ........ seus
fundamentos na própria natureza humana. O
espetáculo da luta sempre foi o maior encanto do
homem; e o prazer da vitória, pessoal ou do partido,
[5] foi, é e será a ambrosia dos deuses manipulada na
Terra. Admiramos hoje os grandes filósofos gregos,
Platão, Sócrates, Aristóteles; seus coevos, porém,
admiravam muito mais os atletas que venciam no
estádio. Milon de Crotona, campeão na arte de
[10] torcer pescoços de touros, só para nós tem menos
importância que seu mestre Pitágoras. Para os
gregos, para a massa popular grega, seria
inconcebível a ideia de que o filósofo pudesse no
futuro ofuscar a glória do lutador.
[15] Na França, o homem hoje mais popular é George
Carpentier, mestre em socos de primeira classe; e,
se derem nas massas um balanço sincero, verão
que ele sobrepuja em prestígio aos próprios chefes
supremos vencedores da guerra.
[20] Nos Estados Unidos, há sempre um campeão de
boxe tão entranhado na idolatria do povo que está
em suas mãos subverter o regime político.
E os delírios coletivos provocados pelo combate
de dois campeões em campo? Impossível assistir-se
[25] a espetáculo mais revelador da alma humana que
os jogos de futebol.
Não é mais esporte, é guerra. Não se batem
duas equipes, mas dois povos, duas nações.
Durante o tempo da luta, de quarenta a cinquenta
[30] mil pessoas deliram em transe, estáticas, na ponta
dos pés, coração aos pulos e nervos tensos como
cordas de viola. Conforme corre o jogo, ........
pausas de silêncio absoluto na multidão suspensa,
ou deflagrações violentíssimas de entusiasmo, que
[35] só a palavra delírio classifica. E gente pacífica,
bondosa, incapaz de sentimentos exaltados, sai fora
de si, torna-se capaz de cometer os mais horrorosos
desatinos.
A luta de vinte e duas feras no campo transforma
[40] em feras os cinquenta mil espectadores,
possibilitando um enfraquecimento mútuo, num
conflito horrendo, caso um incidente qualquer funda
em corisco, ....... eletricidades psíquicas
acumuladas em cada indivíduo.
[45] O jogo de futebol teve a honra de despertar o
nosso povo do marasmo de nervos em que vivia.
Adaptado de LOBATO, Monteiro. A onda verde. São Paulo: Globo, 2008. p. 119-120.
Sobre a relação entre letras e fonemas, associe corretamente o bloco inferior ao superior.
1. Palavras que têm mais fonemas do que letras.
2. Palavras que têm mais letras do que fonemas.
3. Palavras que têm o mesmo número de letras e fonemas.
( ) glória (l. 14).
( ) boxe (l. 21).
( ) regime (l. 22).
( ) Impossível (l. 24).
( ) exaltados (l. 36).
( ) horrorosos (l. 37).
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
Questão 13 3358972
UFMS PASSE - 1ª Etapa 2018-2020Leia o texto a seguir e responda à questão.
“Tenho um dragão que mora comigo. Não, isso não é verdade. Não tenho nenhum dragão. E, ainda que tivesse, ele não moraria comigo nem com ninguém. Para os dragões, nada mais inconcebível que dividir seu espaço – seja com outro dragão, seja com uma pessoa banal feito eu. [...] outro dia, numa dessas manhãs áridas da ausência dele, felizmente cada vez menos frequentes (a aridez, não a ausência), pensei assim: os homens precisam da ilusão do amor da mesma forma como precisam da ilusão de Deus. Da ilusão do amor para não afundarem no poço horrível da solidão absoluta; da ilusão de Deus, para não se perderem no caos da desordem sem nexo.
[...] Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim: que seja doce. Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo, repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante. Mas se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder. Tudo é tão vago como se fosse nada.
[...] Gosto de dizer tenho um dragão que mora comigo, embora não seja verdade. Como eu dizia, um dragão jamais pertence a nem mora com alguém. Seja uma pessoal banal igual a mim, seja unicórnio, salamandra, harpia, elfo, hamadríade, sereia ou ogro. Duvido que um dragão conviva melhor com esses seres mitológicos, mais semelhantes à natureza dele, do que com um ser humano. Não que sejam insociáveis. Pelo contrário, às vezes um dragão sabe ser gentil e submisso como uma gueixa. Apenas, eles não dividem seus hábitos.
Ninguém é capaz de compreender um dragão. Eles jamais revelam o que sentem. Quem poderia compreender, por exemplo, que logo ao despertar (e isso pode acontecer em qualquer horário, às três da tarde ou às onze da noite, já que o dia e a noite deles acontecem para dentro, mas é mais previsível entre sete e nove da manhã, pois essa é a hora dos dragões) sempre batem a cauda três vezes, como se estivessem furiosos, soltando fogo pelas ventas e carbonizando qualquer coisa próxima num raio de mais de cinco metros? Hoje, pondero: talvez seja essa a sua maneira desajeitada de dizer, como costumo dizer agora, ao despertar – que seja doce.”
(ABREU, Caio Fernando. O dragões não conhecem o paraíso. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010. p. 179-191).
Assinale a alternativa em que as informações apresentadas para a palavra em destaque estejam totalmente corretas.
Questão 10 3322380
IFMA Subsequente 2018A partir da afirmação que segue, marque a opção que corresponde ao referido conceito:
“São fonemas em cuja produção o ar não encontra obstáculos ao passar pela boca”
(PASCHOALIN; SPADOTO, 2014, p.383)
Questão 11 248267
UVA 2017/2Possui o mesmo número de letras e fonemas, a palavra:
Questão 11 248070
UVA 2017/1Possui o mesmo número de letras e fonemas, a palavra:
Questão 11 247975
UVA 2016/2TEXTO
[01] Dançava-se a quatragem no mutirão da tia Umbelina.
[02] Margarida estava sentada junto de Eugênio, de cujo lado não se arredara desde que este havia chegado.
[03] Ia-se formar nova roda de dançadores; Luciano, que tinha a viola em punho, dirigiu-se a Margarida, e
[04] convidou-a para a dança. Ela recusou-se protestando já ter dançado muito e achar-se fatigada.
[05] – Então venha esse mocinho, que aí está com a senhora — disse Luciano.
[06] Com este convite o rapaz procurava mesmo ocasião de travar-se de razões com o estudante, a fim de
[07] desabafar o ciúme e o despeito que por dentro o corroíam.
[08] – Eu não sei dançar — respondeu Eugênio com timidez.
[09] – Deveras!... não me diga isso, moço; isso é desculpa; falta-nos uma pessoa; venha... não se faça de
[10] rogado.
[11] – É deveras; não sei dançar, nunca dancei em dias de minha vida.
[12] – Então para que vem a estas funções?...
[13] – Ora essa é boa!... para ver...
[14] – Como quem vem aqui ver... mas ah! já o estou conhecendo; o senhor não é aquele coroinha, que
[15] ultimamente tem ajudado à missa ao vigário lá na vila?
[16] – É ele mesmo — acudiu Margarida, que já se impacientava com as grosserias —, é o filho do Sr. capitão
[17] Antunes.
[18] – Do capitão Antunes?... ah!... e o que vem ele aqui fazer?... decerto aqui veio fugido de casa, e há de ser
[19] benfeito que o pai lhe passe uma dúzia de bolos, quando souber que já anda metido em súcias...
(GUIMARÃES, Bernardo. O seminarista. São Paulo: Martin Claret, 2013. p. 70-1).
Possui o mesmo número de letras e fonemas, a palavra:
Pastas
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