
Faça seu login
Acesse GrátisQuestões de Português - Gramática
Questão 38 1371546
EMESCAM 2010/2Assinale a opção em que todas as palavras se apresentam graficamente corretas.
Questão 62 1361029
AFA 2011Texto
Os ideais da nossa Geração Y
Uma pesquisa inédita mostra como pensam os jovens que estão entrando no mercado de trabalho. Eles são bem menos idealistas que os americanos.
Daniella Cornachione
Quando o jornalista Otto Lara Resende, diante das
câmeras de TV, pediu ao dramaturgo Nelson Rodrigues
que desse um conselho aos jovens telespectadores, a
resposta foi contundente: “Envelheçam!”. A
[5] recomendação foi dada no programa de entrevistas
Painel, exibido pela Rede Globo em 1977. Pelo menos
no quesito trabalho, os brasileiros perto dos 20 anos de
idade parecem dispensar o conselho. Apesar de
começarem a procurar emprego num momento de
[10] otimismo econômico, quase eufórico, os jovens
brasileiros têm expectativas de carreira bem menos
idealistas que os americanos e europeus — e olha que
por lá eles estão enfrentando uma crise brava. É o que
revela uma pesquisa da consultoria americana
[15] Universum, feita em 25 países. (...). No estudo,
chamado Empregador ideal, universitários expressam
seus desejos em relação às empresas, em diversos
quesitos. O Brasil é o primeiro país sul-americano a
participar -- foram entrevistados mais de 11 mil
[20] universitários no país de fevereiro a abril.
De acordo com o estudo, dois em cada três
universitários brasileiros acham que o empregador ideal
oferece, em primeiro lugar, treinamento e
desenvolvimento — quer dizer, a possibilidade de virar
[25] um profissional melhor. A mesma característica é
valorizada só por 38% dos americanos, que colocam no
topo das prioridades, neste momento, a estabilidade no
emprego. Os brasileiros apontaram como segundo
maior objetivo a possibilidade de empreender, criar ou
[30] inovar, numa disposição para o risco que parece estar
diminuindo nos Estados Unidos.
O paulista Guilherme Mosaner, analista de negócios
de 25 anos, representa bem as preocupações
brasileiras. “O trabalho precisa ser desafiador. Tenho de
[35] aprender algo todo dia.” Mosaner trabalha há um ano e
meio em uma empresa de administração de patrimônio,
mas acha improvável construir a carreira numa mesma
companhia, assim como metade dos estudantes
brasileiros entrevistados pela Universum. Entre as boas
[40] qualidades de um empregador, os universitários incluem
seu sucesso econômico e a valorização que ele confere
ao currículo. “A gente sabe que não vai ficar 40 anos em
um mesmo lugar, por isso já se prepara para coisas
novas”, diz Mosaner.
[45] Apesar de mais pragmáticos, os universitários
brasileiros, assim como os americanos e europeus,
consideram como objetivo máximo equilibrar trabalho e
vida pessoal. Quem pensa em americanos como
viciados em trabalho e em europeus como cultivadores
[50] dos prazeres da vida talvez precise reavaliar as crenças
diante da geração que está saindo da faculdade: o bom
balanço entre trabalho e vida pessoal é a meta número
um de 49% dos brasileiros, 52% dos europeus e... 65%
dos americanos.
(ÉPOCA, 21 de junho de 2010)
Assinale a alternativa em que configura INCORREÇÃO ortográfica.
Questão 17 1384842
CN 2° Dia 2016Texto para a questão.
O desaparecimento dos livros na vida cotidiana e a diminuição da leitura é preocupante quando sabemos que os livros são dispositivos fundamentais na formação subjetiva das pessoas. Nos perguntamos sobre o que os meios de comunicação fazem conosco: da televisão ao computador, dos brinquedos ao telefone celular, somos formados por objetos e aparelhos.
Se em nossa época a leitura diminui vertiginosamente, ao mesmo tempo, cresce o elogio da lgnorância, nossa velha conhecida. Há, nesse contexto, dois tipos de ignorância em relação às quais os livros são potentes ou impotentes. Uma é a ignorância filosófica, aquela que em Sócrates se expunha na ironia do "sei-que-nada-sei". Aquele que não sabe e quer saber pode procurar os livros, esses objetos que guardam tantas informações, tantos conteúdos, que podemos esperar deles muita coisa: perguntas e, até mesmo, respostas. A outra é a ignorância prepotente, à qual alguns filósofos deram o nome de "burrice". Pela burrice, essa forma cognitiva impotente e, contudo, muito prepotente, alguém transforma o não saber em suposto saber, a resposta pronta é transformada em verdade. Nesse caso, os livros são esquecidos. Eles são desnecessários como "meios para o saber". Cancelada a curiosidade, como sinal de um desejo de conhecimento, os livros tornam-se inúteis. Assim, a ignorância que nos permite saber se opõe à que nos deforma por estagnação. A primeira gosta dos livros, a segunda os detesta.
[...]
Para aprender a perguntar, precisamos aprender a ler. Não porque o pensamento dependa da gramática ou da língua formal, mas porque ler é um tipo de experiência que nos ensina a desenvolver raciocínios, nos ensina a entender, a ouvir e a falar para compreender. Nos ensina a interpretar. Nos ajuda, portanto, a elaborar questões, a fazer perguntas. Perguntas que nos ajudam a dialogar, ou seja, a entrar em contato com o outro. Nem que este outro seja, em um primeiro momento, apenas cada um de nós mesmos.
Pensar, esse ato que está faltando entre nós, começa aí, muitas vezes em silêncio, quando nos dedicamos a esse gesto simples e ao mesmo tempo complexo que é ler um livro. É lamentável que as pessoas sucumbam ao clima programado da cultura em que ler é proibido. Os meios tecnológicos de comunicação são insidiosos nesse momento, pois prometem uma completude que o ato de ler um livro nunca prometeu. É que o ato da leitura nunca nos engana. Por isso, também, muitos afastam-se dele. Muitos que foram educados para não pensar, passam a não gostar do que não conhecem. Mas há quem tenha descoberto esse prazer que é o prazer de pensar a partir da experiência da linguagem - compreensão e diálogo - que sempre está ofertada em um livro. Certamente para essas pessoas, o mundo todo - e ela mesma - é algo bem diferente.
(TIBURI, Márcia. Potência do pensamento: por uma filosofia política da leitura. Disponível em http://revistacult .uol.com.br —- 31 de jan. 2016 = com adaptações)
Assinale a opção na qual o vocábulo destacado foi corretamente empregado.