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Acesse GrátisQuestões de Português - Gramática
Questão 19 1384848
CN 2° Dia 2016Texto para a questão.
O desaparecimento dos livros na vida cotidiana e a diminuição da leitura é preocupante quando sabemos que os livros são dispositivos fundamentais na formação subjetiva das pessoas. Nos perguntamos sobre o que os meios de comunicação fazem conosco: da televisão ao computador, dos brinquedos ao telefone celular, somos formados por objetos e aparelhos.
Se em nossa época a leitura diminui vertiginosamente, ao mesmo tempo, cresce o elogio da lgnorância, nossa velha conhecida. Há, nesse contexto, dois tipos de ignorância em relação às quais os livros são potentes ou impotentes. Uma é a ignorância filosófica, aquela que em Sócrates se expunha na ironia do "sei-que-nada-sei". Aquele que não sabe e quer saber pode procurar os livros, esses objetos que guardam tantas informações, tantos conteúdos, que podemos esperar deles muita coisa: perguntas e, até mesmo, respostas. A outra é a ignorância prepotente, à qual alguns filósofos deram o nome de "burrice". Pela burrice, essa forma cognitiva impotente e, contudo, muito prepotente, alguém transforma o não saber em suposto saber, a resposta pronta é transformada em verdade. Nesse caso, os livros são esquecidos. Eles são desnecessários como "meios para o saber". Cancelada a curiosidade, como sinal de um desejo de conhecimento, os livros tornam-se inúteis. Assim, a ignorância que nos permite saber se opõe à que nos deforma por estagnação. A primeira gosta dos livros, a segunda os detesta.
[...]
Para aprender a perguntar, precisamos aprender a ler. Não porque o pensamento dependa da gramática ou da língua formal, mas porque ler é um tipo de experiência que nos ensina a desenvolver raciocínios, nos ensina a entender, a ouvir e a falar para compreender. Nos ensina a interpretar. Nos ajuda, portanto, a elaborar questões, a fazer perguntas. Perguntas que nos ajudam a dialogar, ou seja, a entrar em contato com o outro. Nem que este outro seja, em um primeiro momento, apenas cada um de nós mesmos.
Pensar, esse ato que está faltando entre nós, começa aí, muitas vezes em silêncio, quando nos dedicamos a esse gesto simples e ao mesmo tempo complexo que é ler um livro. É lamentável que as pessoas sucumbam ao clima programado da cultura em que ler é proibido. Os meios tecnológicos de comunicação são insidiosos nesse momento, pois prometem uma completude que o ato de ler um livro nunca prometeu. É que o ato da leitura nunca nos engana. Por isso, também, muitos afastam-se dele. Muitos que foram educados para não pensar, passam a não gostar do que não conhecem. Mas há quem tenha descoberto esse prazer que é o prazer de pensar a partir da experiência da linguagem - compreensão e diálogo - que sempre está ofertada em um livro. Certamente para essas pessoas, o mundo todo - e ela mesma - é algo bem diferente.
(TIBURI, Márcia. Potência do pensamento: por uma filosofia política da leitura. Disponível em http://revistacult .uol.com.br —- 31 de jan. 2016 = com adaptações)
Assinale a opção na qual a palavra em destaque está de acordo com a ortografia oficial.
Questão 4 412868
IFAL 2016/1O fragmento de texto, abaixo, apresenta palavras com problemas de grafia produzidas pelo autor. Leia-o e escolha a alternativa em que todas as palavras foram escritas incorretamente.
“Todas as peças, com eceção dos disjuntores, deverão seguir com a próxima remesa. O encarregado da espedição deverá discutir com a transportadora a concessão de desconto para outros envios de cargas, já que temos dezenas de pedidos de esportação.”
Marcus Maia, Processamento da Linguagem, Pelotas, EDUCAT, 2005
Questão 1 453856
IFSul 2015/1Morrer para viver?
[1] Mortalidade: a bênção e a maldição da humanidade. Por 1 sermos capazes de entender a
[2] passagem do tempo, de entender que um dia não estaremos mais aqui, e que os que amamos
[3] também não estarão, buscamos, desde os primórdios, alguma resposta para esse grande
[4] mistério. Por que morremos?
[5] O oposto da morte, a imortalidade, a possibilidade de vivermos para sempre, é também
[6] inaceitável para muitos. Se somos imortais, qual o sentido da existência? Tudo o que fazemos
[7] está tão vinculado à certeza da morte que perdê-la acarretaria uma profunda mudança da nossa
[8] psique.
[9] A imortalidade seria profundamente entediante, visto que a passagem do tempo deixaria
[10] de ter importância. Um ser imortal seria uma _______ ao que ocorre no mundo, imutável
[11] enquanto cercado de transformações, existindo fora do tempo ao contrário de todo o resto.
[12] Do ponto de vista científico, já estendemos nossas vidas. Na Idade Média, a expectativa de
[13] vida na Europa não passava dos 30. Mesmo no início do século 20, era de apenas 31 anos. Em
[14] 2010, a média global subiu para 67,2 anos e continua crescendo.
[15] Os números baixos até 100 anos atrás são expressão da alta taxa de mortalidade na
[16] infância. Quando o indivíduo passa dos 10 anos, sua expectativa de vida aumenta. Em 1730, na
[17] Inglaterra, 74% das crianças morriam antes dos cinco anos. Esse é um dos melhores argumentos
[18] em favor da ciência.
[19] Se pudéssemos estender a vida indefinidamente (salvo morte acidental), será que
[20] deveríamos fazê-lo? No livro "Morte e o Após Morte", o filósofo americano Samuel Scheffler diz
[21] que um ser imortal perderia a noção do trágico e do sublime e que, com isso, perderia o sentido
[22] da vida.
[23] Já Thomas Nagel, colega de Scheffler na Universidade de Nova York, discorda: "Por que
[24] não considerar que uma vida sem fim não seria uma busca sem fim, descobertas em ______,
[25] incluindo sucessos e fracassos? Humanos são altamente adaptáveis e desenvolveram muitas
[26] formas de se adaptar a mudanças materiais no decorrer da história. Não estou convencido de que
[27] o papel da mortalidade em definir nossas vidas implica que a imortalidade não seria algo
[28] aceitável".
[29] Será que a imortalidade é viável cientificamente? Não sabemos, embora hoje existam
[30] pesquisas sérias que veem o envelhecimento como uma doença que, em princípio, é tratável. Não
[31] falo da clonagem de humanos, assunto envolto em discussões éticas complexas, mas de como
[32] células envelhecem, doenças como o câncer aparecem, e como o processo pode ser impedido.
[33] Seria necessária uma interferência direta no genoma ou, numa abordagem menos radical, a
[34] clonagem de órgãos específicos a partir de células-tronco do próprio paciente. Também é possível
[35] que biocircuitos construídos com DNA e proteínas especiais possam ser injetados no paciente
[36] para reparar (ou matar) células com mutações capazes de causar o câncer ou o envelhecimento.
[37] Parece que esse será o caminho do futuro. Questões existenciais sobre o valor da
[38] imortalidade serão experimentadas e não apenas objetos de especulação. Uma raça de semi
[39] imortais teria motivação de sobra para preservar o planeta. Afinal, sem a Terra, os semi-imortais
[40] não teriam qualquer chance.
GLEISER, Marcelo. Folha de São Paulo, 17 ago. 2014 (Texto adaptado).
As palavras que preenchem corretamente as lacunas presentes nas linhas 10 e 24 são, respectivamente,
Questão 6 6635579
UFAM 1° Etapa 2021Leia o texto a seguir, tirado e adaptado do livro Amazônia: as vozes do rio, de Ana Pizarro (Editora da UFMG, 2012, p. 79):
O mito do Eldorado não é uma excessão cultural. Ele é um dos mais populares da América, atravessando os séculos até o dia de hoje, pois ainda há expedições de aventureiros que percorrem os espaços amazônicos em busca de Manoa, a capital desse reino fabuloso. É um mito que, bastante pesquizado, incrivelmente ainda se encontra no imaginário da população – um exemplo disso está no documentário “O Areal”, de 2003, filmado na aldeia de Itancoã, no Pará.
Esse mito, que contribue para um enfoque distorcido sobre nossa realidade, é a concretização do desejo de enriquecimento europeu na América. Ele teve sua origem neste continente e foi transmitido pelos indígenas aos trabalhadores do caucho e da seringa. A origem dessa obcessão dos soldados da conquista teria a ver, como sustento da fábula, com os imensos tesouros que, segundo era voz corrente, havia nas terras dos índios chibchas.
Assinale a alternativa que registra, dentre as palavras em negrito, aquela que está CORRETAMENTE escrita:
Questão 10 6635619
UFAM 1° Etapa 2021Poucos I assistiram à II de canto do III artista.
Assinale a alternativa que preenche CORRETAMENTE as lacunas:
Questão 1 298042
UFRGS Língua Portuguesa 2018Nada mais importante para chamar a
atenção sobre uma verdade do que exagerá-
la. Mas também, nada mais perigoso, ........
um dia vem a reação indispensável e a relega
[5] injustamente para a categoria do erro, até
que se efetue a operação difícil de chegar a
um ponto de vista objetivo, sem desfigurá-la
de um lado nem de outro. É o que tem
ocorrido com o estudo da relação entre a obra
[10] e o seu condicionamento social, que a certa
altura chegou a ser vista como chave para
compreendê-la, depois foi rebaixada como
falha de visão, — e talvez só agora comece a
ser proposta nos devidos termos.
[15] De fato, antes se procurava mostrar que
o valor e o significado de uma obra
dependiam de ela exprimir ou não certo
aspecto da realidade, e que este aspecto
constituía o que ela tinha de essencial.
[20] Depois, chegou-se à posição oposta,
procurando-se mostrar que a matéria de uma
obra é secundária, e que a sua importância
deriva das operações formais postas em jogo,
conferindo-lhe uma peculiaridade que a torna
[25] de fato independente de quaisquer
condicionamentos, sobretudo social,
considerado inoperante como elemento de
compreensão. Hoje sabemos que a
integridade da obra não permite adotar
[30] nenhuma dessas visões ........ ; e que só a
podemos entender fundindo texto e contexto
numa interpretação dialeticamente íntegra,
em que tanto o velho ponto de vista que
explicava pelos fatores externos, quanto o
[35] outro, norteado pela convicção de que a
estrutura é virtualmente independente, se
combinam como momentos necessários do
processo interpretativo. Sabemos, ainda, que
o externo (no caso, o social) importa, não
[40] como causa, nem como significado, mas como
elemento que desempenha certo papel na
constituição da estrutura, tornando-se,
portanto, interno.
Neste caso, saímos dos aspectos
[45] periféricos da sociologia, ou da história
sociologicamente orientada, para chegar a
uma interpretação estética que assimilou a
dimensão social como fator de arte. Quando
isto se dá, ocorre o paradoxo assinalado
[50] inicialmente: o externo se torna interno e a
crítica deixa de ser sociológica, para ser
apenas crítica. Segundo esta ordem de ideias, ]
o ângulo sociológico adquire uma validade
maior do que tinha. Em ........, não pode mais
[55] ser imposto como critério único, ou mesmo
preferencial, pois a importância de cada fator
depende do caso a ser analisado. Uma crítica
que se queira integral deve deixar de ser
unilateralmente sociológica, psicológica ou
[60] linguística, para utilizar livremente os
elementos capazes de conduzirem a uma
interpretação coerente.
Adaptado de: CANDIDO, Antônio. Literatura e sociedade. 9. ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas das linhas 03, 30 e 54, nessa ordem.