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Acesse GrátisQuestões de Português - Gramática
Questão 7 7112172
UNIMONTES 1° Etapa 2020Texto
O sentido da charge é construído a partir do uso de
Questão 6 1357727
UECE 1° Fase 2019/2TEXTO
Em Busca de Novas Armas Contra o Aedes Aegypt
O infectologista Rivaldo Venâncio da Cunha já
foi diagnosticado com dengue duas vezes.
[40] Nenhuma surpresa. O coordenador de
Vigilância em Saúde e Laboratórios de
Referência da Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz) e professor da Medicina da
Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
[45] vive no Brasil, país castigado pela doença nas
últimas três décadas e por outras também
transmitidas pelo Aedes aegypt. Essas
epidemias, explica o pesquisador nesta
entrevista, devem continuar décadas adiante:
[50] “Ainda utilizamos o modelo de controle do
mosquito que foi exitoso há 110 anos com
Oswaldo Cruz”. Nem as águas de março que
acabaram de fechar o verão são promessa de
uma trégua. “Temos observado que, em
[55] algumas localidades do Brasil, o padrão de
ocorrência da dengue tem se mantido estável
mesmo fora do verão. Isso aponta o óbvio: a
população e as autoridades sanitárias têm de
atuar durante todo o ano, e não somente no
[60] verão. Infelizmente, isso não ocorre em um
padrão homogêneo”, ensina Cunha, que
comemora, no entanto, abordagens
promissoras para o controle do mosquito e vê
uma melhora da vigilância nas últimas
[65] décadas.
Ciência Hoje: O Brasil sofreu
recentemente com grandes surtos de
dengue, zika e febre amarela. Devemos
esperar novos surtos em breve? O que
[70] dizem os dados epidemiológicos?
Rivaldo Venâncio da Cunha: As doenças
transmitidas pelo Aedes continuarão ocorrendo
nos próximos 20 ou 30 anos. Por que
continuarão ocorrendo? Porque utilizamos o
[75] modelo de controle do mosquito que foi
exitoso há 110 anos com Oswaldo Cruz e,
depois, com Clementino Fraga e outros. Se
não houver uma nova abordagem para
controle do vetor, continuaremos tendo
[80] epidemias, porque, infelizmente, as questões
estruturais da sociedade permanecem
praticamente inalteradas. Essa bárbara
segregação social que o Brasil tem,
esse apartheid social, que é fruto de séculos,
[85] criou condições para haver comunidades
extremamente vulneráveis, onde a coleta do
lixo, quando existe, é feita de forma
inadequada, e nas quais o fornecimento de
água é irregular. São lugares onde o Estado
[90] inexiste. Há comunidades em que policiais não
podem entrar a qualquer hora, imagine um
agente de controle de vetores. Essa
complexidade urbana não aparenta que será
modificada nos próximos anos.
CUNHA, Rivaldo Venâncio da. Em Busca de Novas Armas Contra o Aedes Aegypt. Ciência Hoje, São Paulo, n.353, abr. 2019. Entrevista concedida a Valquíria Daher. Disponível em: http://cienciahoje.org.br/artigo/em-busca-de-novasarmas-contra-o-aedes-aegypt/. Acessado em 27 de abril de 2019.
Um texto deve manter seus elementos ligados entre si como forma de assegurar sua coesão. Sendo assim, existem várias formas de manutenção da coesão textual.
Considerando esse aspecto, é correto afirmar, sobre a entrevista (texto), que
Questão 17 1593248
Unit-AL Medicina 1° Dia 2019/1Coriolano se enterneceu com a bondade do tio, e prometeu, pelo Cruzeiro Sagrado, que lhe faria a vontade! Aí mesmo, deu viva a Deus, e passou a se enfronhar com muito gosto nessa botica que ganhara de mão beijada, bem aparelhada com forno, cubas e medidinhas, destilador, balancinha e cadinho, retortas, ampolas e bastões, funis, almofariz e uma frascaria de todos os calibres, além de outros apetrechos destinados ao manejo das drogas dos preparados na manipulagem de toda a vencidade de medicamento com que viria abastecer a freguesia de Rio-das-Paridas, aviando as fórmulas dos facultativos, e fornecendo curativo quer a gente quer a bicho, sem olhar cara e atendendo a toda precisão.
(DANTAS, Francisco J. C. Os desvalidos. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2012. p. 17)
No texto, o autor utiliza dois termos — botica e facultativos –, cujos significados dentro do contexto em que se encontram, se referem, respectivamente, a
Questão 3 647862
FPS Demais Cursos 2018/2TEXTO
A saúde do brasileiro em alerta
O Ministério da Saúde divulgou, recentemente, a pesquisa do ano de 2010 realizada pela VIGITEL (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), que tem como objetivo monitorar a frequência e a proteção para doenças crônicas não transmissíveis na população brasileira e assim definir ações de promoção da saúde e de prevenção de doenças. O estudo é realizado anualmente, desde 2006, com indivíduos maiores de 18 anos, residentes em domicílios com telefone fixo nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. Em 2010, 54.339 pessoas foram ouvidas – cerca de duas mil para cada capital brasileira.
A pesquisa aponta que quase metade da população brasileira tem sobrepeso. O excesso de peso aumentou de 42,7% para 48,1%, e a obesidade subiu de 11,4% para 15% desde 2006. Quando avaliado separadamente por sexo, observou-se que mais da metade dos homens está acima do peso. Em 2006, a pesquisa apontava excesso de peso em 47,2% dos homens e em 38,5% das mulheres.
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, alertou para o alto risco a que os brasileiros estão expostos. "Se nós mantivermos o ritmo de crescimento [no índice de obesidade] que o Brasil vem tendo, em 13 anos nós vamos ter o mesmo índice de prevalência que os Estados Unidos têm atualmente".
Segundo outros estudos, o expressivo crescimento no número de pessoas com sobrepeso e obesidade, em um curto período, é uma tendência mundial. “O excesso de peso decorre do sedentarismo e de padrões alimentares inadequados. Essa é uma tendência mundial, e o Brasil não está isolado. Ela é um reflexo do baixo consumo de alimentos saudáveis como frutas, legumes e verduras e do uso em excesso de produtos industrializados com elevado teor de calorias, como gorduras e açúcares, além de baixos níveis de atividade física”.
Uma preocupação é o consumo de frutas e hortaliças que, segundo a recomendação da Organização Mundial da Saúde, deve ser de 400g/dia. Foi revelado que apenas 18,2% da população consomem a quantidade recomendada. Os dados mostram que 34,2% se alimentam de carnes vermelhas gordurosas ou de frango com pele; 28,1% consomem refrigerantes cinco vezes ou mais na semana; e 56,4% consomem leite integral. Destacando que, em ambos os alimentos, o consumo é maior entre os homens.
A VIGITEL 2010 revela também que 14,2% dos adultos no país são sedentários e, portanto, não praticam nenhum tipo de atividade física durante o tempo livre, durante o deslocamento para o trabalho ou durante atividades domésticas. Apenas 14,9% dos entrevistados declararam ser ativos em tempo livre. Os dados indicam ainda que 30,2% dos homens e 26,5% das mulheres assistem a programas de televisão por três ou mais horas ao dia.
Portanto, a pesquisa revela que ainda há muitas medidas de intervenção para serem feitas na saúde pública, a fim de melhorar hábitos que influenciam na saúde do brasileiro.
Adriana de Sousa Nagahashi. Disponível em: www.saude.br/index.php/articles/artigos/atividade-fisica/84-atividade fisica/358-a-saude-do-brasileiro-em-alerta. Acesso em 24/02/2018.
A necessária continuidade semântica que marca a coesão do texto foi estabelecida pelos seguintes recursos:
1) uso de palavras semanticamente afins, como ‘sobrepeso’, ‘obesidade’, ‘saúde’, ‘doenças’ etc.
2) reincidência ou repetição de palavras, como ‘saúde’, ‘alimento’, entre outras.
3) interpretação dependente de segmentos anteriores do texto, como em: “Essa é uma tendência mundial, e o Brasil não está isolado.”
4) escolha de palavras eruditas e próprias de um contexto formal, como em ‘intervenção’, ‘consumo’, ‘teor’ etc.
5) o uso de conjunções, (‘portanto’, ‘que’, ‘quando’, por exemplo) em franca conexão entre partes do texto.
Estão corretas:
Questão 12 127896
UPE 1° Dia 2015Em agosto de 2005, a Revista Língua fez uma entrevista com Millôr Fernandes, o escritor escolhido para ser o homenageado da FLIP 2014. Eis, aqui, alguns trechos dessa entrevista.
(1) Língua – Fazer humor é levar a sério as palavras ou brincar com elas?
Millôr – Humor, você tem ou não tem. Pode ser do tipo mais profundo, mais popular, mas tem de ter. Você vai fazendo e, sem querer, a coisa sai engraçada. Dá para perceber quando a construção é forçada. Tenho uma capacidade muito natural de perceber bobagem e destruir a coisa.
(2) Língua – Com que língua você mais gosta de trabalhar?
Millôr – Não aprendi línguas até hoje (risos). Gosto de trabalhar com o português, embora inglês seja a que eu mais leio. Nunca tive temor de nada. Deve-se julgar as obras pelo que elas têm de qualidade, não por serem de fulano ou beltrano. Shakespeare fez muita besteira, mas tem três ou quatro obras perfeitas, e Macbeth é uma delas.
(3) Língua – Na sua opinião, quais vantagens o português possui em comparação a outras línguas que você conhece?
Millôr – A principal vantagem é a de ser a minha língua. Ninguém fala duas línguas. Essa ideia de um espião que fala múltiplas línguas não passa de mentira. Vai lá no meio do jogo dizer “salamê minguê, um sorvete colorê...” ou “velho guerreiro”. Os modismos da língua, as coisas ocasionais, não são acessíveis a quem não é nativo. Toda pessoa tem habilidade só no seu idioma. Você pode aprender uma, dez, sei lá quantas expressões de outra língua, mas ainda existirão outras mil – como é que se vai fazer? A língua portuguesa tem suas particularidades. Como outras também. Aprendi desde cedo a ter o cuidado de não rimar ao escrever uma frase. Sobretudo em “-ão”.
(4) Língua – Quais as normas mais loucas ou mais despropositadas da língua portuguesa?
Millôr – Toda pesquisa de linguagem é perigosa porque tem o caráter de induzir o sentido. Não tenho nenhum carinho especial por gramáticos. Na minha vida inteira sempre fui violento [no ataque às regras do idioma], porque a língua é a falada, a outra é apenas uma forma de você registrar a fala. Se todo mundo erra na crase é a regra da crase que está errada, como aliás está. Se você vai a Portugal, pode até encontrar uma reverberação que indica a crase. Não aqui. Aqui, no Brasil, a crase não existe.
(5) Língua – Mas a fala brasileira é mutante e díspar, cada região tem sua peculiaridade. Como romper regras da língua sem cair no vale-tudo?
Millôr – Se não houver norma, não há como transgredir. A língua tem variantes, mas temos de ensinar a escrever o padrão. Quem transgride tem nome ou peito, que o faça e arque com as consequências. Mas insisto que a escrita é apenas o registro da língua falada. De Machado de Assis pra cá, tudo mudou. A língua alemã fez reforma ortográfica há 50 anos, correta. Aqui, na minha geração, já foram três reformas do gênero, uma mais maluca que a outra. Botaram acento em “boemia”, escreveram “xeque” quando toda língua busca lembrar o árabe shaik, insistiram que o certo é “veado” quando o Brasil inteiro pronuncia “viado”. Como chegaram a tais conclusões? Essas coisas são idiotas e cabe a você aceitar ou não. Veja o caso da crase. A crase, na prática, não existe no português do Brasil. Já vi tábuas de mármore com crase errada. Se todo mundo erra, a crase é quem está errada. Se vamos atribuir crase ao masculino “dar àquele”, por que não fazer o mesmo com “dar alguém”? Não podemos.
Disponível em: http://revistalingua.uol.com.br/textos/97/millor-fernandeso-senhor-das-palavras-247893-1.asp. Acesso em: 13/06/2014. Adaptado.
Quanto aos aspectos semânticos e efeitos de sentido alcançados pelo vocabulário utilizado no Texto 2, assinale a alternativa CORRETA.
Questão 7 802591
UFN Inverno 2009/1Onde está o respeito na escola?
Jocelin Azambuja, Presidente do Conselho Sul-Americano de Comisiones e CPMs/APMs
[1] A escola, hoje, de maneira geral, vive sérios
problemas. Entre eles, a falta de respeito en-
volvendo alunos e professores. A redemocrati-
zação do país atingiu a escola, que, buscando
[5] práticas democráticas, não soube mais desen-
volver os limites necessários em qualquer or-
ganização social. As regras são fundamentais,
quer na família, quer na escola, e estas, quando
não sabem dar limite e responsabilidades a
[10] seus alunos e filhos, acabam por se perder em
seus próprios erros.
É importante que façamos uma reflexão so-
bre esta realidade. Professores, pais e estu-
dantes devem se indagar sobre as razões que
[15] levam as escolas com propostas de maior rigor
e disciplina a conseguir melhores resultados
educacionais. É importante que governantes e
sociedade analisem também sob este foco os
dados do Enem e de outras avaliações educa-
[20] cionais.
Dois aspectos, além dos limites, podem ser
positivos, a meu ver, para melhorar a escola: a
valorização da participação da família, para es-
timular a integração dos pais à escola, partici-
[25] pando das atividades das associações de pais,
os CPMs/APMs, e da vida escolar de seus fi-
lhos em permanente debate, trocando ideias e
buscando objetivos que tornem o dia-a-dia da
escola melhor e a educação mais qualificada.
[30] Importante lembrar que a organização dos pais
através dos CPMs/APMs tem chamado a aten-
ção de pesquisadores em nosso Estado e no
país. Outro aspecto é a volta do uso de unifor-
me. Entendo que o uniforme é fundamental para
[35] dar maior segurança e igualdade na escola. Na
Argentina, no Uruguai, países do Mercosul, e
nos países considerados desenvolvidos, usa-se
uniforme, inclusive para professores, evitando
com esta prática as competições, as diferenças
[40] entre os estudantes e auxiliando na segurança
e disciplina no espaço escolar.
Precisamos repensar a instituição escolar,
para que dê limites e responsabilidades, que
receba investimentos materiais e técnicos, para
[45] que seja uma instituição em que o respeito ao
aluno e dos alunos aos professores seja uma
prática constante. Precisamos aliar a isto o 1-
deal dos professores, o ideal de formar homens
e mulheres para o futuro deste país, pais que
[50] participem do dia-a-dia da escola de seus fi-
lhos e governantes que entendam que a educa-
ção é a solução.
ZERO HORA, O X da Educação 18/03/2009
Dentre as alternativas, a mais adequada para o que ocorre entre a preposição “para” (l. 38) e a forma verbal “para” é