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Acesse GrátisQuestões de Português - Gramática
Questão 3 147003
UFPE 2016Madeira do Rosarinho
Madeira do Rosarinho
Vem à cidade sua fama mostrar
E traz com seu pessoal
Seu estandarte tão original…
Não vem pra fazer barulho,
Vem só dizer, e com satisfação:
“Queiram ou não queiram os juízes
O nosso bloco é de fato campeão.
E se aqui estamos
Cantando esta canção,
Viemos defender
A nossa tradição
E dizer bem alto que a injustiça dói.
Nós somos madeira de lei,
Que cupim não rói!”
(Capiba. Madeira do Rosarinho. Guia Prático dos Blocos Líricos de Pernambuco)
A expressão “Nós somos madeira de lei, que o cupim não rói” poderia, semanticamente, ser substituída por:
Questão 9 5719553
UNIEVA Medicina 2015/1Leia o texto a seguir para responder à questão.
Certos textos só podem ser adequadamente compreendidos quando se recorre a regras pragmáticas do discurso, aquelas estabelecidas pelo contexto. Veja-se o caso do seguinte enunciado inscrito num cartaz fixado em um centro comercial:
“Esta área é um espaço reservado a não fumantes. Mas há um bar no final do corredor”.
Para compreender essa sequência de duas orações interligadas pelo conectivo “mas”, é necessário que o interlocutor interprete a relação aí estabelecida. Para isso, deve procurar uma interpretação verossímil, apoiando-se ao mesmo tempo no contexto e no valor de “mas” na língua.
MAINGUENEAU, Dominique. Análise de textos de comunicação. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2008. p. 28. (Adaptado).
Considerando-se o contexto em que ocorre, a oração “Mas há um bar no final do corredor” assume o seguinte valor semântico:
Questão 4 7330769
UNIPAM 2011Leia, com atenção, o texto a seguir para responder à questão.
57% e o direito da maioria
Nem por serem praticadas profissionalmente certas modalidades do desporto são excluídas da proteção constitucional. Ocorre, porém, que o artigo 217 da Constituição refere o tratamento diferente do esporte amador e do profissional, para dar preferência ao primeiro.
Nesse sentido, a pesquisa da Folha desta semana mostra que o povo se afina com a Carta, pois não foi seduzido pelos milhões de dólares que o futebol movimentará na Copa do Mundo de 2014.
A população reconhece que a maioria dos profissionais do esporte é composta por atores secundários, integrados ao palco dos milionários e dos figurões das entidades.
O leitor, sabendo dos dólares ou euros reclamados pelo pessoal do futebol, está informado das distorções em grandes eventos, com benefício para intermediários e não para o povo.
O futebol movimenta milhões de pessoas que o praticam, dos clubes mais elegantes às áreas mais pobres. Onde há um espaço livre, por pequeno que seja, sempre haverá quem queira "bater uma bolinha".
Há, porém, outro fato concreto: a popularidade do futebol e a próxima Copa do Mundo não foram suficientes para perturbar a opção da maioria, compatível com o pluralismo político e, sobretudo, com a preservação da sociedade solidária, na busca de mais benefícios coletivos e de menos privilégios.
Grandes investimentos em estádios, instalações esportivas e obras muito custosas, só porque o Brasil sediará o certame mundial de 2014, não correspondem ao interesse geral. Dois exemplos ilustram essa verdade.
A África do Sul viveu o problema dos estádios construídos para a Copa deste ano, mas com posição mais equilibrada do que a nossa, pois lá o rúgbi é o esporte favorito do povo e, assim, os estádios serão adequados para essa modalidade.
A França, cuja Copa do final do século 20 foi jogada em um único estádio de grande porte, em Paris, não quis saber dos projetos faraônicos em outros centros.
Não é racional nem razoável que, num país no qual parte substancial da população vive em condições de subemprego e de sobrevivência difícil, a administração pública desconsidere a preferência pelo bem geral para gastar em projetos de estádios monumentais que, depois, serão subutilizados durante anos.
Nisso, aliás, os presidentes do Corinthians e do São Paulo mostraram juízo quando se recusaram a assumir grandes aventuras financeiras para novas obras. O corintiano disse que o comparecimento a seus jogos não é compatível com praça de esportes de grandes proporções que exceda demasiadamente o padrão médio de público.
O excesso multiplicará os encargos de manutenção e de uso, prejudicando sua situação financeira.
Os empresários que vivem do futebol querem aproveitar a chance para ampliar ganhos, o que é legítimo. Não é, porém, possível de ser feito à custa de toda a comunidade, nestes tempos em que agremiações tradicionais são compradas por milionários e passam a ser empresas de diversões, com seus artistas em atividades que parecem esportivas, mas estão deixando de ser.
Os 57% da população consultada pela Folha definiram seu direito majoritário: levantar grandes estádios não é política pública proporcional aos benefícios permanentes a serem colhidos ao longo dos anos.
CENEVIVA, Walter. 57% e o direito da maioria. Folha de S. Paulo, São Paulo, 21 ago. 2010, Caderno Cotidiano, p. C2
Assinale a alternativa em que a função argumentativa da palavra ou expressão destacada está CORRETAMENTE descrita entre parênteses.
Questão 5 103191
UnB 1° Dia 2011/1A relação entre verdade e justiça
[1] Gostaria de me deter um instante na relação
verdade-justiça, porque, claro, é um dos temas fundamentais
da filosofia ocidental. Afinal de contas, um dos pressupostos
[4] mais imediatos e mais radicais de todo discurso judiciário,
político, crítico é o de que existe pertinência essencial entre
o enunciado da verdade e a prática da justiça. Ora, acontece
[7] que, no ponto em que vêm encontrar-se a instituição
destinada a administrar a justiça, de um lado, e as instituições
qualificadas para enunciar a verdade, de outro, sendo mais
[10] breve, no ponto em que se encontram o tribunal e o cientista,
onde se cruzam a instituição judiciária e o saber médico ou
científico em geral, nesse ponto são formulados os
[13] enunciados que possuem o estatuto de discursos verdadeiros,
que detêm efeitos judiciários consideráveis e que têm, no
entanto, a curiosa propriedade de serem alheios a todas as
[16] regras, mesmo as mais elementares, de formação dos
discursos científicos, de serem alheios também às regras do
direito e de serem, no sentido estrito, grotescos.
Michel Foucault. Os anormais. São Paulo: Martins Fontes, 2002, p. 14-15.
Com base no texto acima, extraído da obra Os Anormais, de Michel Foucault, julgue o item.
O sentido que o trecho “sendo mais breve” (R.9-10) assume no texto equivale ao das expressões em outras palavras ou em resumo.
Questão 5 103842
UnB 1° Dia 2010/1
No mapa acima, estão representadas as longas distâncias percorridas pelos homens na Antiguidade, quando viajar era uma atividade extremamente perigosa, tal como se depreende do texto a seguir.
Viajando por terra ou mar, arriscando suas vidas, os mercadores ficavam longe de suas famílias durante
meses ou até mesmo anos. Piratas emboscados e naufrágios eram apenas alguns dos perigos que esses bravos
tinham de enfrentar em nome de todos. Por que os mercadores continuavam a participar daquelas jornadas
[4] arriscadas? Bom, não era apenas pelo dinheiro. O alimento vendido por eles ajudava as pessoas a matarem a
fome. Eram tantos vivendo nas cidades, que não era possível cultivar a quantidade suficiente de alimento para
todos. Sem a colheita dos grãos do Egito ou sem os carregamentos de vinho da região que hoje corresponde à
[7] França e o azeite de oliva da região correspondente à Espanha, o que essas sociedades fariam?
Idem, ibidem (com adaptações).
Tendo como referência o mapa e o texto acima bem como os múltiplos aspectos por eles suscitados, julgue o item.
Com a pergunta “Por que os mercadores continuavam a participar daquelas jornadas arriscadas?” (l.3-4), o autor organiza a argumentação do texto, antecipando um possível questionamento do leitor e criando espaço para uma justificativa das informações iniciais como atos de bravura.
Questão 9 6311579
UNIFIMES 2021Leia o trecho do ensaio de Luiz Bras para responder a questão.
Muito já se escreveu sobre a relação lúdica e mágica que sempre se estabelece entre o leitor pequeno e certos livros a ele endereçados, quando finalmente se encontram e desse encontro escapam fogo e faísca. Relação tão mais lúdica e mágica quanto mais inventivo e sedutor for o livro que o pequeno leitor estiver lendo. Também muito já se escreveu sobre a relação igualmente lúdica e mágica que sempre se estabelece entre o leitor adulto e certos livros a ele endereçados, quando finalmente se encontram e desse encontro escapam fogo e faísca. A maneira positiva e até mesmo a maneira negativa como certas obras são recebidas pelo público a que são destinadas interessam não só à teoria da recepção mas também à história da literatura, à sociologia, à psicologia, à filosofia e a tantas outras disciplinas do conhecimento humano. Porém não tenho notícia de nada escrito sobre a relação lúdica e mágica que sempre se estabelece entre o leitor adulto e certos livros escritos para as crianças ou para os jovens, quando finalmente se encontram e desse encontro existencial escapam fogo e faísca. Adultos saboreando livros infantis e juvenis é algo que parece não interessar a muita gente, mesmo que o prazer provocado por essa leitura seja tão intenso quanto o prazer provocado pela leitura do mais refinado romance do momento. Adultos saboreando livros infantis e juvenis é algo geralmente aceito com leve impaciência. É algo que, por pertencer à coleção de pequenas excentricidades que todos nós cultivamos ao longo da vida madura, pode muito bem ser tolerado pelos amigos e pela família, desde que não fuja do controle e não vire mania ou fetiche. C. S. Lewis parece não ter sido levado a sério quando disse certa vez que “uma história para crianças de que só as crianças gostam é uma história ruim”.
(Muitas peles, 2012.)
“Relação tão mais lúdica e mágica quanto mais inventivo e sedutor for o livro que o pequeno leitor estiver lendo.”
O sentido do período acima é construído