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Acesse GrátisQuestões de Português - Gramática
Questão 1 6707209
UNIFIMES 2022Considere a tirinha de Laerte.
Mantendo o sentido original, a expressão “Por incrível que pareça” pode ser substituída por:
Questão 9 6710985
UNIFIMES 2022Leia o texto de Jaime Pinsky para responder a questão.
Um presente do Nilo
Heródoto, historiador grego que viveu no século V, tem uma célebre frase em que afirma ser o Egito uma dádiva, um presente do Nilo. A frase atravessou séculos e é repetida acriticamente por todos os manuais de história que falam do Egito. Fica, para muitos, a impressão que Heródoto efetivamente quis passar, ou seja, que mais importante do que a ação do homem, é o dom da natureza. Etnocêntricos e pretensiosos, os gregos tinham um despeito enorme do Egito, sabidamente já uma grande civilização, quando eles mesmos ainda viviam em aldeias isoladas. Considerando-se superiores, não podiam aceitar esse fato a não ser atribuindo-o a razões sobrenaturais ou, simplesmente, a razões geográficas.
Que os gregos subestimassem os egípcios é, pois, compreensível. O que não é aceitável, contudo, é a repetição do mesmo preconceito, livro após livro. Na verdade, não há um milagre egípcio, ele tem bases muito concretas. O rio, em si, oferece condições potenciais, que foram aproveitadas pela força de trabalho dos camponeses egípcios — os felás —, organizados por um poder central, no período faraônico. Trabalho e organização foram, pois, os ingredientes principais da civilização egípcia. O rio, em si, como pode ser visto em ilustrações, ao mesmo tempo que fertilizava, inundava. A cheia atingia de modo violento as regiões mais ribeirinhas e parcamente as mais distantes. Era necessário organizar a distribuição da água de forma mais ampla, para se poderem evitar alagados ou pântanos em algumas áreas e terrenos secos em outras. A solução foi o trabalho coletivo e solidário, intenso e organizado.
(As primeiras civilizações, 1994. Adaptado.)
Na última oração do texto, a palavra “solidário” deve ser entendida como:
Questão 32 6778514
UFPR 2022O texto a seguir é referência para a questão.
O Tempo Livre e o Novo Feitiço do Capital
Nathan Caixeta
A “queda do zap” na última segunda-feira (04/10) atinou com desaviso a inquietante e cada vez mais esquecida forma de viver,
forçando o distanciamento compulsório das redes sociais e das inúmeras formas de conexão virtual que consomem a atenção das
pessoas. Estima-se que as ações do Facebook tenham caído em quase 5%, enquanto os operadores da empresa se esforçavam
para corrigir a falha técnica. Contudo, a paralisação de parte do mundo virtual em questão de horas forneceu um interessante
[5] experimento social, levando as pessoas a perceberem a existência do próprio real desnudo da celeridade virtual que encobre, seja
para arrancar os cabelos ao efetuarem pagamentos virtuais não compensados, ou para solucionarem a questão do que fazer com
o próprio tempo-livre, uma vez que sua instância de captura imediata fixou-se em um limbo que retrocedeu as eras: do tempo das
relações virtuais para a época já imperceptível das relações pessoais. Embora tenha sido apenas um “susto” passageiro, o fenômeno
abre espaço para observar as conexões entre a valorização do capital cujos desdobramentos comerciais, produtivos e financeiros
[10] são parciais, ou integralmente conectados ao mundo virtual e a disposição, captura e transformação do tempo-livre dos indivíduos
em valor de troca. Conforme insiste Eduardo Mariutti, professor da Unicamp, a esfera do virtual não se opõe à realidade, mas se
expressa pelo transbordamento do “possível”, isto é, pelo conjunto de possibilidades acessíveis à imaginação humana. O virtual
transforma os fragmentos criados pela imaginação humana em um universo construído, potencialmente ilimitado, mas restrito ao
conjunto de percepções humanas em dado momento do tempo.
(Disponível em: https://outraspalavras.net/crise-civilizatoria/o-tempo-livre-e-o-novo-feitico-do-capital/. Acesso em: 18/10/2021. Adaptado.)
Considerando as seguintes sequências extraídas do texto: “forçando o distanciamento compulsório”; “a existência do próprio real desnudo da celeridade virtual”; e “uma vez que sua instância de captura imediata”, assinale a alternativa cujos termos podem substituir, respectivamente, os vocábulos grifados das expressões citadas, na acepção que lhes confere o texto.
Questão 7 7216403
PUC-Campinas Demais Cursos 2022Para responder a questão, baseie-se no texto abaixo.
Os anos seguintes à proclamação da Independência, em 7 de setembro de 1822, foram marcados por agitações políticas e intensas negociações sobre a criação da nação brasileira e a definição de um perfil de Estado nacional. Era preciso investir na formação de uma elite intelectual capaz de gerir a pátria recém-emancipada, instituindo-lhe uma identidade própria, em oposição à portuguesa. Mais do que novas leis, o país precisava de uma consciência jurídica, que deveria emanar de cursos estabelecidos em território nacional. Foram esses, entre outros, os argumentos que deram o tom das discussões políticas que culminaram nas duas primeiras faculdades de direito do Brasil, em agosto de 1827, em São Paulo e Recife. “A criação de escolas de direito nas regiões Sul e Norte, como se dizia à época, pretendia integrar as diferentes regiões do país, fortalecendo a unidade territorial”, explica a advogada e historiadora Ana Paula Araújo de Holanda, da Universidade de Fortaleza, Ceará.
A proposta de criação de um curso de direito foi apresentada em 1823. Tratava-se de um pedido de brasileiros matriculados na Universidade de Coimbra, em Portugal, onde a maioria dos que pretendiam seguir nas profissões jurídicas estudava. O projeto, apresentado pelo advogado Fernandes Pinheiro, foi encaminhado para debate na Assembleia, e logo iniciaram-se as divergências sobre a localização dos cursos. Os debates transcorreram de forma apaixonada. “Os parlamentares advogavam em favor de suas províncias de origem, já que desses cursos sairia a elite política do país”, comenta a advogada e historiadora Bistra Stefanova Apostolova, da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília. O projeto aprovado na Assembleia Geral, no entanto, não rompeu totalmente com a tradição jurídica portuguesa. Houve desencontros entre as intenções dos parlamentares e a prática, segundo Bistra. Adotaram-se provisoriamente os Estatutos da Universidade de Coimbra.
Ambas as faculdades tornaram-se importantes polos inspiradores das artes literárias e poéticas nacionais, contribuindo para a construção da identidade nacional. As instituições também foram importantes para os principais movimentos cívicos, literários e políticos que se seguiram ao longo das décadas no país, como os que levaram à proclamação da República, em 1889, e à Abolição, um ano antes.
(Adaptado de ANDRADE, Rodrigo de Oliveira. “Para formar homens de lei”. Revista Pesquisa Fapesp, out/2017)
Mantendo o sentido original, o termo sublinhado pode ser substituído pelo que se encontra entre parênteses em:
Questão 4 6131233
UEA - SIS 3° Etapa 2021Leia o trecho do romance Dois irmãos, de Milton Hatoum, para responder a questão.
A partida de Yaqub foi providencial para mim. Além dos livros usados, ele deixou roupas velhas que anos depois me serviriam: três calças, várias camisetas, duas camisas de gola puída, dois pares de sapato molambentos. Quando ele viajou para São Paulo, eu tinha uns quatro anos de idade, mas a roupa dele me esperou crescer e foi se ajustando ao meu corpo; as calças, frouxas, pareciam sacos; e os sapatos, que mais tarde ficaram um pouco apertados, entravam meio na marra nos pés: em parte por teimosia, e muito por necessidade. O corpo é flexível. Inflexível foi o próprio Yaqub, que enfrentou a resistência da mãe quando informou no Natal de 1949, que ia embora de Manaus. Disse isso à queima roupa, como quem transforma em ato uma ideia ruminada até a exaustão. Ninguém desconfiava de seus planos; ele era evasivo nas respostas, esquivo até nas miudezas do cotidiano, indiferente às diabruras do irmão, que soltava as rédeas no Galinheiro dos Vândalos.
Yaqub quase nada revelava sobre sua vida no sul do Líbano. Rânia, impaciente com o silêncio do irmão, com o pedaço de passado soterrado, espicaçava-o com perguntas. Ele disfarçava. Ou dizia, lacônico: “Eu cuidava do rebanho. Eu, o responsável pelo rebanho. Só isso”. Quando Rânia insistia, ele se tornava áspero, quase intratável, contrariando a candura de gestos e a altivez e aderindo talvez à rudeza que cultivara na aldeia. No entanto, havia acontecido alguma coisa naquele tempo de pastor. Talvez Halim soubesse, mas ninguém, nem mesmo Zana, arrancou do filho esse segredo. Não, de Yaqub não saía nada. Ele se retraía, encasulava-se no momento certo. Às vezes, ao sair do casulo, surpreendia. [...]
Yaqub vinha ruminando a mudança para São Paulo. Foi o padre Bolislau quem o aconselhou a partir. “Vá embora de Manaus”, dissera o professor de matemática. “Se ficares aqui, serás derrotado pela província e devorado pelo teu irmão.”
Um bom mestre, um exímio pregador, o Bolislau. A mãe se desnorteou com a notícia da viagem de Yaqub. O pai, ao contrário, estimulou o filho a ir morar em São Paulo, e ainda lhe prometeu uma parca mesada.
(Dois irmãos, 2006.)
• “Ninguém desconfiava de seus planos; ele era evasivo nas respostas, esquivo até nas miudezas do cotidiano, indiferente às diabruras do irmão, que soltava as rédeas no Galinheiro dos Vândalos.” (1º parágrafo)
• “Yaqub vinha ruminando a mudança para São Paulo.” (3º parágrafo)
“A mãe se desnorteou com a notícia da viagem de Yaqub.” (4º parágrafo)
Os termos sublinhados estão empregados, respectivamente, em sentido
Questão 1 7236026
PUC-PR Inverno Demais Cursos 2021Rosa e Momo
2020141h 35minFilmes italianos
Uma sobrevivente do Holocausto abre as portas de casa para um garoto de rua complicado. É o começo de uma amizade improvável.
Estrelando: Sophia Loren, Ibrahima Gueye, Renato Carpentier.
Disponível em: https://www.netflix.com/br/title/81046378. Acesso em: 25/11/2020
A palavra “improvável”, no último período do texto, pode ser substituída, sem alteração de sentido, por